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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA 
 
 
 
 
LICENCIATURA EM LETRAS 
ESTUDOS DISCIPLINARES V 
 
 
 
 
TRABALHO EM GRUPO 
 
POEMA “REINVENÇÃO” 
CECÍLIA MEIRELES 
 
 
 
 
 
Ângela Ferreira Possidônio Angiolett RA 1512588 
Noélia Alexandre Rocha RA 1511891 
 
 
 
 
 
Polo Brusque – Santa Catarina 
 
2016 
“A vida só é possível 
reinventada. 
 
Anda o sol pelas campinas 
e passeia a mão dourada 
pelas águas, pelas folhas... 
Ah, tudo bolhas 
que vêm de fundas piscinas 
de ilusionismo... – mais nada. 
 
Mas a vida, a vida, a vida, 
a vida só é possível 
reinventada. 
 
Vem a lua, vem, retira 
as algemas dos meus braços. 
Projeto-me por espaços 
cheios da tua Figura. 
Tudo mentira! Mentira 
da lua, na noite escura. 
 
Não te encontro, não te alcanço... 
Só – no tempo equilibrada, 
desprendo-me do balanço 
que além do tempo me leva. 
Só – na treva, 
fico: recebida e dada. 
 
 Porque a vida, a vida, a vida 
a vida só é possível 
reinventada.” 
 
Cecília Meireles 
 
Como você interpreta a “reinvenção” da vida, proposta no 
refrão do poema pela autora? 
Explique o sentido para a repetição do vocábulo “vida” no refrão: 
“Porque a vida, a vida, a vida, / a vida só é possível/ reinventada”. 
 
 
Reinvenção é um poema de autoria da escritora e poetisa Cecília Meireles. 
Ele é composto por três estrofes, de seis versos, e três refrãos, de dois versos. 
Conforme SILVA (2004, pág.97) “O poema Reinvenção é constituído de vinte e seis 
versos com rimas alternadas em três estrofes, e com rimas livres no refrão, que se 
repete três vezes, sendo escrito diferentemente cada vez.” 
Nesta obra o eu poético descreve a luta humana em busca de uma vida plena 
contra as experiências negativas, inerentes ao cotidiano, como a desilusão, a 
mentira, a incerteza e a solidão. 
 As três estrofes do poema, apresentam o estado de ânimo da alma, que é 
tomada pela desilusão, incerteza e solidão. Observa-se que o sofrimento gerou um 
intenso sentimento negativo e pessimista. 
 Lê-se na primeira estrofe: “Ah! tudo bolhas/ que vêm de fundas piscinas/ de 
ilusionismo… - mais nada. /” Tudo é ilusão. Tudo é vazio como uma bolha, sem 
conteúdo, superficial. As piscinas simbolizam a mente e o coração humano, onde 
guarda-se tudo: lembranças, emoções, valores, conhecimentos, cultura. Para a 
autora, as piscinas, de onde vêm estas bolhas, são preenchidas apenas de ilusões.
 Em seguida na segunda estrofe: “Tudo mentira! Mentira/ da lua, na noite 
escura. /” há o reforçamento da ideia, de que a vida quer enganar a alma. Tudo é 
mentira, tudo é falsidade. Não há verdade. Por isso, a noite escura que é uma figura 
usada para indicar a falta de perspectiva e o sofrimento. 
 Na terceira: “Não te encontro, não te alcanço…/ Só – no tempo equilibrada, / 
desprendo-me do balanço/ que além do tempo me leva. / Só – na treva, / fico: 
recebida e dada.” O eu poético revela claramente o sentimento de solidão e tristeza 
em que se encontra. Está na solidão e não encontra ninguém. A alma está sozinha e 
na treva, na noite escura. 
 Contudo, o tema do poema não se resume no conteúdo dessas três estrofes 
carregadas de incertezas e desânimo. As estrofes revelam como a alma se sente, 
deixam transparecer o padecimento. A chave temática do poema é definitivamente 
encontrado nos refrãos. 
Os refrãos carregam todo o sentido da obra: “A vida só é possível/ 
reinventada. /”; “Mas a vida, a vida, a vida, /a vida só é possível/reinventada. /” e 
“Porque a vida, a vida, a vida/a vida só é possível/reinventada. /” 
Distribuídos no início, meio e fim, trazem, em suas palavras, a saída para a 
superação destes estados de desânimo relatados: reinventar a vida, daí o título, 
Reinvenção. 
 Reinventar é inventar, de novo, algo que já existe. É dar um sentido novo para 
tudo o que fazemos no dia a dia. 
Conforme o eu poético, para viver bem, é necessário reinventar a vida. Buscar 
uma motivação sempre nova, renovar a energia e fazer tudo como se fosse a 
primeira vez. 
 Sem a reinvenção da vida, não é possível viver bem. É uma condição 
obrigatória, uma questão de sobrevivência 
O eu poético, começa o poema com o refrão: “A vida só é possível/ 
reinventada. /” Este primeiro refrão, já declara de forma imperativa, a necessidade 
de reinventar a vida, para que ela seja possível, de ser bem vivida. 
 Após a primeira estrofe, vem o segundo refrão: “Mas a vida, a vida, a vida, / a 
vida só é possível / reinventada. /” O refrão inicia-se com mas, ou seja, é uma ideia 
contrária a tudo o que foi dito na estrofe anterior. Não importa o tamanho da 
desilusão sentida pela alma, a vida será possível, se houver a reinvenção. 
 No segundo e no terceiro refrão, devido a intensidade dos sentimentos 
negativos, vivenciados pelo eu poético, ocorre a anáfora da palavra vida. A repetição 
deste termo, enfatiza a voz do otimismo e enfraquece, o pessimismo, experimentado 
pela alma. 
 Depois da segunda e, da terceira estrofe, o poema é terminado com o terceiro 
refrão: “Porque a vida, a vida, a vida/ a vida só é possível/reinventada.” 
 O desfecho final se faz com uma explicação simples: porque viver exige uma 
atitude mental de dar um sentido novo a tudo que é feito, todos os dias, a todo 
momento. Porque viver exige manter uma atitude positiva, diante dos fatos, nunca 
perder o entusiasmo e a vontade de viver. Porque viver exige espantar o desânimo, 
a tristeza, a decepção, o cansaço, a doença, com ânimo, coragem, renovando as 
forças continuamente. 
 Se a reinvenção, proposta pela autora, pode tornar o ser humano melhor, 
consequentemente, tornará o pai ou mãe de família, melhores; o médico, a 
advogada, o professor, o político, a costureira, a cozinheira, e tantas outras pessoas 
e profissionais, melhores em seus papéis e missões no mundo. 
 A leitura e a reflexão deste poema, levam o leitor a concluir, que trata-se de 
uma obra literária possuidora de muitas riquezas. 
 Em sua função estética, presenteia o leitor com uma obra composta de versos 
cheios de ritmo e rimas, repletos de recursos de figuras de linguagem. 
Com presença de metáforas: “...tudo bolhas/ que vêm de fundas piscinas/ 
de ilusionismo...”; “...na noite escura” e, ainda, “desprendo-me do balanço que 
além do tempo me leva.” 
Observa-se, a metonímia em: “Anda o sol pelas campinas/ e passeia a mão 
dourada”. 
A anáfora em: “Mas a vida, a vida, a vida/ a vida só é possível/ reinventada.”; 
“Porque a vida, a vida, a vida/ a vida só é possível/ reinventada.” 
E, ainda, a personificação em:” Anda o sol pelas campinas/ e passeia a não 
dourada/” “Vem a lua, vem, retira/ as algemas dos meus braços”; “Mentira da lua”. 
Em sua função formadora do homem, apresenta-se como um excelente 
instrumento de reflexão de cunho pessoal, comunitário e social. 
Desse modo, cumpre uma missão importante de prática social. Promove o 
autoconhecimento e sugere uma mudança de atitude perante a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
AVILA, Roberto. Cecília Meireles. Disponível em:< 
http://www.robertoavila.com.br/arquivos/literatura_aula58.htm>. Acesso em 21/03/2016. 
 
 
DELVAJE, Raquel. Análise do poema de Cecília Meireles – Reinvenção. Disponível em: < 
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4214009 >. Acesso em 28/03/2016. 
 
GUTEMBERG, Cecília Meireles e a reinvenção da vida. Disponível em: < 
http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/2006/11/ceclia-meireles-e-reinveno-da-vida.html>. 
Acesso em 24/03/2016. 
 
 
JÚNIOR, Arnaldo Nogueira. Cecília Meireles.Projeto releituras. Disponível em: < 
http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp >. Acesso em 22/03/2016. 
 
 
MEIRELES, Cecília. Reinvenção. Disponível em:< 
https://algoparaler.wordpress.com/category/cecilia-meireles/ >. Acesso em 30/03/2016. 
 
 
SILVA, Rosiane Maria Soares de. A vida só é possível reinventada. 
Disponível em: 
<http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/7971/arquivo8351_1.pdf?sequence
=1&isAllowed=y >. Acesso em 23/03/2016. 
 
 
SUA PESQUISA.COM, Cecília Meireles. Disponível em: 
<http://www.suapesquisa.com/biografias/cecilia_meireles.html >. Acesso em 23/03/2016.

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