Escola de Frankfurt e Filosofia da Linguagem

Prévia do material em texto

Filosofia e Ética
José Guatemozin
Aula 9
Escola de Frankfurt
		O Intsituto de Pesquisa Social inaugurado em 1924, ficou conhecido com a Escola de Frankfurt, cujo projeto era modernizar o marxismo e entender a modernidade através da crítica social e científica. Seus fundadores foram Horkheimer e Adorno que com a teoria crítica assumem um programa que analisa as relações de dominação da sociedade. 
2
Escola de Frankfurt
		 A dialética do Iluminismo de Horkheimer e Adorno procura desmascarar as ambições de poder ocultas no Iluminismo, refletia a sua própria teoria como uma parte daquela fascinação do Iluminismo. A aceitação da teoria crítica foi uma tentativa de aceitar a sobrevivência obstinada do capitalismo e a ascensão de uma sociedade autoritária agravada pelo o que eles consideravam a “sociedade de massa”.
3
Theodor Adorno (1903-1969)
		Desenvolveu uma teoria crítica da ideologia da sociedade industrial, formulou o conceito de "indústria cultural" para caracterizar a exploração comercial e a vulgarização da cultura, principalmente através do rádio e do cinema. Denunciou sobretudo a ideologia da dominação da natureza pela técnica, que traz como conseqüência a dominação do próprio homem.
4
Max Horkheimer (1895-1973)
		 Juntamente com Adorno desenvolveu uma reflexão sobre o projeto filosófico,político, científico e cultural do Iluminismo e sua influência na formação da sociedade contemporânea. Sua obra é voltada sobretudo para temas centrais da sociedade con-emporánea como a família, a questão da autoridade política e do autoritarismo, a cultura de massas ea ideologia da sociedade burguesa.
5
Walter Benjamin (1892-1940)
		Benjamin desenvolveu uma reflexão crítica sobre a arte em seu texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica" procurando entender a mudança radical que se dá em relação à obra de arte, o que caracteriza, retornando uma ideia hegeliana, a perda da "aura", aquilo que faz do objeto de arte seja algo de único e especial. Tal como acontece no cinema e na fotografia.
6
Jürgen Habermas (1929)
		Pertencente à chamada "segunda geração" da escola de Frankfurt, pretende fazer uma revisão e uma atualização do marxismo capaz de dar conta das características do capitalismo avançado da sociedade industrial contemporânea. Habermas toma como ponto central de sua análise a racionalidade da sociedade, caracterizando-a em termos de uma razão instrumental. 
7
Habermas
		Para Habermas, numa perspectiva crítica, é necessário portanto recuperar a dimensão da interação humana, de uma racionalidade não instrumental, baseada no agir comunicativo entre sujeitos livres, de caráter emancipador em relação à dominação técnica.
8
Habermas
		A ideologia corresponde, para Habermas, à distorção dessa possibilidade de ação comunicativa, produzindo relações assimétricas e impedindo que a interação se realize plenamente. A crítica ao explicitar as condições da ação comunicativa, implícitas em todo uso significativo do discurso, permite o desmascaramento da ideologia e a retomada da razão emancipadora.
9
Habermas
		Nesse sentido, a proposta de Habermas formula-se em termos de uma teoria da ação comunicativa, recorrendo inclusive à filosofia analítica da linguagem para tematizar essas condições do uso da linguagem livre de distorção como fundamento de uma nova racionalidade 
 comunicativa.
10
Habermas
		 Contra os críticos da modernidade, que se caracterizam pela racionalidade técnica, como Lyotard, Habermas defende o racionalismo do projeto iniciado pelo Iluminismo, considerando-o como projeto ainda a ser desenvolvido e ainda significativo para nossa época, desde que a razão seja entendida criticamente no sentido do agir.
11
Filosofia da Linguagem
		Antes de começar a falar sobre a linguagem é necessário falar sobre Husserl, filósofo e matemático, que optou pela filosofia quando fez em Viena o curso de Brentano. O mestre recusava-se a separar a filosofia da ciência.
12
Edmund Husserl
		Nas cinco lições que pronuncia em 1907, diante de seus alunos, com o titulo “A ideia da fenomenologia”, adota o procedimento cartesiano como modelo explicativo. O intuito é estabelecer a filosofia num terreno inabalável, daí começar por duvidar de qualquer outra fonte de conhecimento. 
13
Fenomenologia
		A única realidade que se impõe de modo absoluto é a dos nossos pensamentos, ou seja, os “fenômenos” que aparecem para o nosso espírito, desde que, é claro, esse espírito seja definido não como “eu”, mas como consciência “pura”, dotada da capacidade de ver as essências em si mesmas, independentemente de qualquer referência a um mundo posto entre parênteses
14
Husserl
		 Segundo Heidegger é nesse texto de Husserl que ocorre a passagem da neutralidade metafísica das Investigações lógicas para uma nova filosofia do sujeito.
15
Ludwig Wittgenstein(1889-1951)
		 Wittgenstein, importante filósofo do séc. XX, viveu parte de sua vida na Inglaterra, onde foi professor na Universidade de Cambridge. Ele é um dos fundadores da filosofia analítica, publicou em vida a obra Tractatus logico philosophicus que se insere na tradição da análise lógica da linguagem iniciada por Frege e Russell e desenvolvida pelo "Círculo de Viena", do qual sofreu sua influência. 
16
Wittgenstein
		Wittgenstein queria em suas obras compreender o que poderia ser a prática da filosofia a partir do momento em que fica claro que esta não poderia, de forma algum, ser assimilada à prática de uma ciência. Segundo sua visão, a preocupação central da filosofia deve ser a análise da linguagem, de seu alcance e de seus limites. 
17
Wittgenstein
 		  A linguagem é vista nessa primeira obra como tendo uma estrutura lógica que reflete a estrutura lógica do real — a famosa "teoria pictórica do significado" — sendo a tarefa do filósofo estabelecer as condições dessa relação, determinando assim a possibilidade do significado.
18
Wittgenstein
		 Wittgenstein considera a tarefa da filosofia como análise da linguagem, através da qual podemos entender melhor nossa forma de ver a realidade de nossa experiência e não como construção de teorias ou de sistemas.
19
Wittgenstein
	 A noção central dessa segunda fase de seu pensamento, comumente conhecida como "o segundo Wittgenstein", é a de jogo de linguagem, ou seja, de uma multiplicidade de usos que fazemos de palavras e expressões, sem que haja nenhuma essência definidora da linguagem enquanto tal. 
20
Wittgenstein
 	A análise da linguagem passa a ser vista agora como consideração desses usos, das formas de vida a que pertencem, dos contextos de comunicação em que se inserem.
21
Wittgenstein
	J.A Gianotti dirá: “Certos textos filosóficos parecem muito fáceis. Ocorre que a leitura rápida de textos filosóficos, deixa de lado o entrelaçado das ideias e o diálogo que remetem com outros filósofos. As últimas produções de Wittgenstein se dão como sequência de notas, cada uma é compreendida quase que de imediato , mas o leitor a não ser que tenha uma boa educação filosófica , não entenderá o que lê. 
22
Wittgenstein
	 A dissolução é da linha argumentativa é proposital, resultado dos equívocos que o próprio Wittgenstein cometeu, quando pretendeu transformar o seu livroTractatuslogico-philosophicus, num edifício claro e tão estruturado como se ele fosse desenhado por um arquiteto como Niemaeyer. 
 
23
Wittgenstein
	A intenção foi estabelecer as condições de construção de qualquer linguagem humana cujas proposições empíricas sempre tivessem um sentido preciso, para isso elas deveriam ser construídas a partir de proposições elementares, bem analisáveis, de sorte que a síntese de seus nomes haveria de corresponder a uma síntese possível de objetos que forma estados de coisa do mundo. 
24
Wittgenstein
		Ele pretendia resolver de vez a questão da verdade como adequação da proposição à coisa e assim expulsar a metafísica do quadro das ciências bem comportadas."
25
Filosofia e Ética
Prof. José Guatemozin
Aula 9
Atividade
		Algumas máximas de Wittgnestein:"Meu sonho era criar uma linguagem lógica perfeita capaz de expor tudo com a maior precisão"; "No Tractatus eu disse que tudo o que podia ser pensado podia ser dito"; "Ao passo que nada pode ser dito sobre algo, como Deus, que não pode ser pensado direito.Filosofia é Clareza, parece simples, mas analisar a estrutura da língua é complicado."
27