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AULA TELEPRESENCIAL Auditoria Contábil PROF. Inaldo Paixão Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br Resumo dos Principais Tópicos da Auditoria1 A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os PFCs e as NBCs e, no que for pertinente, a legislação específica. A independência é atributo essencial para a atividade de auditoria. Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes de observância, que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estão em efetivo funcionamento e cumprimento, e testes substantivos, que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade, dividindo-se em: testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica. A fraude é ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. O erro é ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. Os fatores relevantes no planejamento são: práticas contábeis adotadas e alterações em relação ao exercício anterior; sistemas contábil e de controles internos; riscos de auditoria; áreas importantes; natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria; entidades associadas, filiais e partes relacionadas; trabalhos de outros auditores e especialistas; natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, e atender a prazos estabelecidos. O planejamento em uma primeira auditoria contempla: saldos de abertura do exercício que não contenham representações errôneas; adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura; práticas contábeis adotadas no atual exercício uniformes; fatos relevantes e eventos subseqüentes ao exercício anterior. O auditor considera a relevância para determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria. Deve-se avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e classificação das contas e determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informação. O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas. Para sua determinação o auditor deve compreender: a função e envolvimento dos administradores; a estrutura organizacional e os métodos de administração quanto a limites de autoridade e responsabilidade; as políticas de pessoal e segregação de funções; normas para inventário, para 1 Elaborado, tendo por base as Resoluções do CFC. AULA TELEPRESENCIAL Auditoria Contábil PROF. Inaldo Paixão Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis; implantações, modificações e acesso aos sistemas; sistema de aprovação e registro de transações; as limitações de acesso físico a ativos e registros e as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados. Na supervisão dos trabalhos, o auditor deve: avaliar o cumprimento do planejamento e do programa; avaliar se as tarefas distribuídas à equipe técnica estão sendo cumpridas no grau de competência exigido; resolver questões significativas quanto à aplicação dos PFCs; avaliar se os trabalhos foram adequadamente documentados; e avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos trabalhos executados. O controle de qualidade do auditor inclui a avaliação permanente da carteira dos clientes, quanto aos seguintes aspectos: capacidade de atendimento, em face da estrutura existente; grau de independência existente; e integridade dos administradores do cliente. Os sistemas contábil e de controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia operacional. O auditor deve efetuar o estudo e avaliação dos sistemas contábil e de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando: o tamanho e complexidade das atividades; os sistemas de informação contábil; as áreas de risco de auditoria; natureza da documentação; o grau de descentralização; e o grau de envolvimento da auditoria interna. A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar: a definição de funções; o processo decisório; a estrutura organizacional; as políticas de pessoal e segregação de funções; e o sistema de controle da administração. A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar: as normas para elaboração de demonstrações contábeis; a elaboração, revisão e aprovação de conciliações; a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros; a adoção de sistemas de informação; os controles adotados sobre as contas; o sistema de aprovação e guarda de documentos; a comparação de dados internos com fontes externas de informação; os procedimentos de inspeções físicas periódicas; a limitação do acesso físico a ativos e registros; e a comparação dos dados realizados com os dados projetados. Os procedimentos básicos de auditoria são: inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis; observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade; cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência, efetividade e continuidade dos controles internos. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões: existência – se o componente patrimonial existe em certa data; direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data; ocorrência – se a transação de fato ocorreu; abrangência – se todas as transações estão registradas; e mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os PFCs e as NBCs. AULA TELEPRESENCIAL Auditoria Contábil PROF. Inaldo Paixão Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar: o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis; a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias anteriores e a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade. Os seguintes pressupostos deverão ser adotados pelo auditor na análise da continuidade da entidade auditada: a) indicadores financeiros: passivo a descoberto; posição negativa do capital circulante líquido; empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos, sem possibilidade derenovação pelos credores; excessiva participação de empréstimos de curto prazo, sem a possibilidade de alongamento das dívidas ou capacidade de amortização; índices financeiros adversos, de forma contínua; prejuízos substanciais de operação e de forma contínua; retração ou descontinuidade na distribuição de resultados; incapacidade de devedores na data do vencimento; dificuldades de acertos com credores; alterações ou renegociações com credores e incapacidade de obter financiamentos para desenvolvimento de novos negócios ou produtos, e inversões para aumento da capacidade produtiva. b) indicadores de operação: perda de elementos-chave; perda de mercado; dificuldades de manter mão-de-obra; e c) outras indicações: não-cumprimento de normas legais; contingências e mudanças das políticas governamentais. Na determinação da amostra o auditor deve levar em consideração: população objeto; estratificação; tamanho; risco; erro tolerável e erro esperado. Na seleção de amostra devem ser consideradas: seleção aleatória; sistemática, observando um intervalo constante entre as transações realizadas, e casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional. O parecer dos auditores é o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele indicadas. Classifica-se em sem ressalva; com ressalva; adverso; e abstenção de opinião. O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar por fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência. Razões de perda da independência: vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau; relação de trabalho; participação direta ou indireta como acionista ou sócio; interesse financeiro; função ou cargo incompatível; fixados honorários condicionais ou incompatíveis e qualquer outra situação de conflito de interesses. A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional, quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade auditada. • Informações Importantes – Prazos e Datas - Continuidade: 1 ano do Balanço. - Parecer: último dia de trabalho de campo. - Carta de Administração: data do parecer. - Independência: colateral, 3º grau; afinidade, 2º grau; relação de trabalho, 2 últimos anos. - Papéis de trabalho: 5 anos da data do parecer. - Revisão dos pares: a cada 4 anos. - Rodízio: 5 anos. AULA TELEPRESENCIAL Auditoria Contábil PROF. Inaldo Paixão Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins. www.cursoparaconcursos.com.br - Retorno após rodízio: 3 anos. • Informações Importantes – Parecer - Risco na continuidade: parágrafo de ênfase. - Evento subseqüente: demanda ajuste nas demonstrações contábeis ou divulgação em notas explicativas. Quando não ajustado ou revelado: ressalva ou ênfase. - Incerteza relevante: afeta posição patrimonial ou financeira. Ênfase, se divulgada em notas explicativas, ou ressalva ou adverso, se não divulgada. • Análise de Continuidade - Indicadores Financeiros (11). - Indicadores Operacionais (3): perda de pessoa-chave, perda de mercado e dificuldade de manter mão-de-obra. - Outros Indicadores (3): descumprimento de normas, contingências, mudanças de política governamental.
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