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Relatório de Estágio

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO – ECS
EMPRESA X AUDITORES INDEPENDENTES
AUDITORIA CONTÁBIL
ALUNO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP
2020
Sumário
LISTA DE FIGURAS	8
INTRODUÇÃO	9
1.	DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO	11
1.1.	Razão Social	11
1.2.	Origem da Organização	12
1.3.	Evolução	12
1.4.	Ramos de Atividade	12
1.5.	Missão e Visão e Valores	13
1.6.	Filiais	14
1.7.	Principais Concorrentes	14
1.8.	Principais Serviços	15
2.	DESCRIÇÃO DA ÁREA ESTAGIADA	16
2.1.	Auditoria Contábil	16
2.2.	Organograma	17
2.2.1 Organograma Geral da Organização	17
2.2.2. Organograma Específico Área de Estágio	19
2.3.	Descrição das Funções Contidas no Organograma	19
2.3.1.	Diretoria	19
2.3.2.	Gerência	20
2.3.3.	Supervisão	22
2.3.4.	Auditores	25
2.3.5.	Assistentes	27
2.3.6.	Estagiários	30
2.4.	Descrição das Atividades Executadas	30
2.4.1.	Auditoria das demonstrações contábeis	30
2.4.2.	Revisões das demonstrações contábeis	30
2.4.3.	Laudos contábeis	31
2.4.4.	Procedimentos previamente acordados para emissão de relatórios especiais	31
2.4.5.	Auditoria de levantamento de inventários de estoque	31
2.4.6.	Due diligence contábil.	31
3.	VISÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL DO PROBLEMA	32
3.1.	O Auditor e a Fraude	32
3.1.1.	Características da Fraude	33
3.1.2.	Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude	34
3.1.3.	Ceticismo Profissional	35
3.1.4.	Componentes do Controle interno	35
3.1.5.	Avaliação da evidência de auditoria	36
3.1.6.	Representações da administração	37
3.1.7.	NBC TA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do entendimento da entidade	38
3.1.8.	NBC TA 330 - Resposta do auditor aos riscos identificados e avaliados	41
4.	DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DO PROBLEMA	43
4.1.	Conceito e Características de Auditoria	43
4.2.	A origem da auditoria externa	45
4.3.	O perfil profissional do auditor	46
4.4.	O Papel da Auditoria	47
4.5.	Procedimentos de Auditoria	48
4.6.	DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA	50
4.7.	Evidência de Auditoria (NBC TA 500 E 501)	51
4.7.1.	Fontes da Evidência de Auditoria	53
4.8.	Planejamento e Execução dos Trabalhos	54
4.9.	Os Papéis de Trabalho	56
4.10.	Guarda e Sigilo	58
4.11.	Fraude	59
4.12.	Aplicações da Auditoria	60
4.14.	Supervisão e Controle de Qualidade	63
4.15.	Aplicação dos Procedimentos de Auditoria	64
4.16.	Amostragem	66
4.17.	Relatórios de Auditoria	68
4.18.	Opinião do Auditor	72
CONCLUSÃO	1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	3
APÊNDICES	5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Tipos de Organograma	18
Figura 2 - Organograma Geral EMPRESA X.	18
Figura 3 - Organograma Específico EMPRESA X.	19
Figura 4 – Relatório de recomendações (EMPRESA X)...........................................74
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é desenvolvido no 8º semestre da graduação objetivando o aluno a discorrer sobre seu aprendizado e experiência no mercado de trabalho, colocando em prática toda teoria estudada em sala dentro da empresa onde realizou o estágio, capacitando o aluno para seu próprio desenvolvimento, qualificação e contribuindo para sua formação como profissional.
O Relatório ajuda o aluno a se desenvolver, apurar seu senso crítico sobre diversas análises e aprimorar seu aprendizado teórico na prática. 
O Estágio é concluído individualmente o que dá ao aluno uma visibilidade no mercado.
Com orientação da Auditora Adriana Almeida (Sócia - Gerente), e de Paulo Vinicius Nogueira Martins (orientador do curso de Ciências Contábeis e do ECS). O Estágio foi realizado na EMPRESA X Auditores Independentes na área de Auditoria Contábil.
A empresa foi escolhida para a realização do relatório por ser uma empresa de grande nome dentre as empresas de auditoria e consultoria na região do vale do paraíba.
Esta oportunidade é sem dúvida muito importante para o aprendizado, pois dá ao aluno, autonomia para tomar decisões, realizar análises e fornecer seu ponto de vista sobre diversos assuntos.
Abordaremos no 1º capítulo sobre a apresentação da empresa, identificando o seu histórico dentro do mercado, razão social, origem e evolução, ramo de atividade, missão, visão e valores, principais concorrentes e os serviços prestados. 
No 2º capítulo será sobre a descrição da área estagiada, discorreremos sobre a área estagiada e seu funcionamento, o organograma da entidade, descrição dos cargos e das atividades executadas pela organização. 
O 3º capítulo irá apresentar a visão teórica do problema, apresentaremos além do funcionamento do processo de auditoria, os procedimentos, riscos, fraude e responsabilidades, da organização e do auditor. 
No 4º capítulo será abordado o desenvolvimento do trabalho, como funciona de fato uma auditoria, a aplicação da auditoria e apresentaremos como exemplo um relatório final e auditoria emitido pela EMPRESA X.
Por fim, teremos a conclusão do trabalho apresentado, as referências bibliográficas e apêndices.
1. DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
As organizações produzem bens e serviços, trançam objetivos e metas para atenderem às necessidades da sociedade. Sobre isto, descreve Maximiano (2010, p.4): 
“A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o atendimento de necessidades das pessoas. Serviços de saúde, água e energia, segurança pública, controle de poluição, alimentação, diversão, educação em todos os níveis – praticamente tudo depende de organizações.” 
Diante desse contexto, a organização é responsável por alcançar propósitos, que atendam à comunidade através de um sistema de recursos constituído por pessoas, informação, conhecimento, espaço, tempo, dinheiro e instalações.
A EMPRESA X possui soluções inovadoras para as áreas tributárias, fiscais, contábeis e previdenciárias.
1.1. Razão Social 
A EMPRESA X Auditores Independentes, inscrita sob o CNPJ: XXXX é uma empresa de médio porte e atua no mercado de consultoria tributária e auditoria contábil desde 1990.
Situada atualmente na R. Dr. xxxx. A empresa é comporta por 2 diretores e 5 sócios gerentes.
1.2. Origem da Organização
A EMPRESA X, teve seu início em 1990, fundada pelo Sócio Diretor Sr. xxxxx EMPRESA X que após uma carreira sólida teve a iniciativa de criar uma entidade capaz de atender as necessidades das empresas da região do Vale do Paraíba nas áreas de consultoria tributária e auditoria contábil.
1.3. Evolução
O escritório possui mais de 30 anos e presta serviço para diversas empresas, inclusive indústrias de grande porte. Hoje conta com uma vasta equipe multidisciplinar e capacitadas para atender os clientes em dois escritórios, o de São José dos Campos e outro localizado em Taubaté, além disso conta com equipes alocadas em clientes que os atendem dentro de sua organização. 
As áreas são divididas entre Auditoria, Consultoria e Outsourcing. 
1.4. Ramos de Atividade
A EMPRESA X possui soluções inovadoras para as áreas tributárias, fiscais, contábeis e previdenciárias.
Desde 1990, a EMPRESA X oferece serviços de excelência nas áreas de Auditoria, Consultoria e Outsourcing, propondo soluções inovadoras e respostas ágeis, construindo relações de parceria, agregando valor à gestão das empresas.
A EMPRESA X foi uma das primeiras empresas de auditoria do Brasil a receber a certificação ISO 9001:2015, outorgada pela BSI e, desde 1999, é listada na Comissão de Valores Mobiliários.
A equipe da EMPRESA X é composta por profissionais multidisciplinares, com vasta experiência acumulada na prestação de serviços para centenas de empresas nacionais e multinacionais de diversos segmentos. Para tanto, a EMPRESA X tem como prioridade o investimento permanente na atualização e aperfeiçoamento de seus profissionais.
Com uma estrutura tecnológica de servidores compartilhados baseada no conceito de "Cloud Computing", a EMPRESA X possui uma atuação nacional ágil, eficaz e segura.
1.5. Missão e Visão e Valores
Missão, visão e valores são os princípios fundamentais que norteiam uma organização. Eles indicam a forma como a empresa quer se posicionar no mundo e ser reconhecida por seusclientes, colaboradores e parceiros.
Segundo Chiavenato (2005), missão significa uma tarefa que é recebida. É a razão da existência da organização.
 Segundo Oliveira (2005), a missão também deve satisfazer o ambiente externo, ou seja, oferecer algo que responda a sua ansiedade. 
Missão EMPRESA X
Prover serviços de Auditoria, Consultoria e Outsourcing nas áreas contábil e tributária, construindo parcerias duradouras e de confiança.
Visão EMPRESA X
Ser referência no segmento em que atua, utilizando tecnologia de vanguarda e fortalecendo suas relações com crescimento contínuo e rentabilidade.
Valores EMPRESA X
Paixão pelo que faz - Prazer em trabalhar, orgulho pelas conquistas, sensação de bem estar, cultivar um bom ambiente de trabalho, evolução permanente, criar relações pessoais de amizade e lealdade, são sensações que contribuem para um sentimento de felicidade.
Respeito - Cada um de nós tem sua crença, seus valores, sua origem, sua religião, suas ambições, sua doutrina política, seu livre arbítrio. Conviver com toda a diversidade, sem preconceitos ou preferências, é um fator preponderante para criarmos um ambiente saudável e que contribua para o desenvolvimento constante da EMPRESA X.
Integridade - Agimos com imparcialidade e independência. Nossas ações e decisões são pautadas no que é certo, por meio de conduta ética e de atendimento a normas e regulamentos.
Desenvolvimento Profissional - Investimos continuamente no treinamento da nossa equipe e em tecnologia de vanguarda. Incentivamos novas ideias e compartilhamos conhecimento.
1.6. Filiais
A EMPRESA X conta com um segundo escritório em Taubaté, mas não é uma filial, é uma extensão das atividades, pois, no escritório de São José dos Campos são prestados os serviços de Consultoria e Auditoria e em Taubaté serviços de Outsourcing.
1.7. Principais Concorrentes
Conforme Kotler (2008), em uma abordagem voltada para o mercado, são concorrentes aquelas empresas que satisfazem uma mesma necessidade do consumidor. A consideração do referido autor foi feita com base no grau de substituição do produto, e distingue quatro níveis de concorrência: 
1. concorrência de marca: ocorre quando a empresa identifica outras empresas que ofertam produtos e serviços similares aos mesmos consumidores e com preços semelhantes;
2. concorrência industrial: acontece quando a empresa identifica como concorrentes todas aquelas outras que fabricam o mesmo produto ou classe de produtos;
3. concorrência de forma: neste nível de concorrência, a empresa tem por 16 concorrente todas aquelas empresas que fabricam produtos ou que prestam o mesmo serviço;
4. concorrência genérica: a empresa vê como concorrente todas as demais empresas que disputam pelo dinheiro do consumidor;
Os principais concorrentes da EMPRESA X são os escritórios que atuam na área. Destacamos os nomes dos 4 escritórios, denominados Big Four que são grandes concorrentes, como: 
· PWC;
· KPMG;
· Deloitte;
· Ernest Young;
Ademias, também destacamos a BDO que atua no ramo e tem um escritório situado em São José dos Campos.
1.8. Principais Serviços
Os serviços oferecidos são:
Auditoria Contábil PPA-Procedimentos Previamente Acordados e de opinião (parecer); revisão das demonstrações contábeis, como: Balanço patrimonial, DRE, DFC; revisão da ECD, revisão da ECF, EFD Fiscal e Contribuições; levantamento de créditos tributários; revisão das apurações de impostos federias, estaduais e municipais entre demais serviços relacionados a tributos.
2. DESCRIÇÃO DA ÁREA ESTAGIADA
2.1. Auditoria Contábil
A Auditoria contábil tem por finalidade realizar um exame das demonstrações financeiras, registros ou transações com o objetivo de assegurar a fidelidade das operações e conformidade com as normas e leis, proporcionando maior credibilidade aos dados apresentados.
O planejamento dos trabalhos de auditoria é extremamente importante e deve, invariavelmente, considerar o escopo da auditoria a ser realizada, ou seja, sua abrangência, com estabelecimento de metas para tornar o trabalho o mais eficiente possível. Pressupõe o adequado nível de conhecimento sobre a natureza das operações, dos negócios, da forma de organização da empresa e legislação aplicável, assim como a identificação prévia de problemas a serem analisados.
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, tais como:
 a) a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
b) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
c) a necessidade de atender os prazos estabelecidos pelo próprio órgão ou por terceiros;
d) a execução individual ou em conjunto com outros órgãos.
O planejamento dos trabalhos de auditoria deve ser documentado pelo auditor, a quem também cabe preparar programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.
Os programas de auditoria devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio de controle de sua execução.
O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.
2.2. Organograma
Cury (2007, p. 219) conceitua o organograma como a “representação gráfica e abreviada da estrutura da organização” e Chiavenato (2001, p.251) diz que ele “representa a estrutura formal da empresa”. Assim vê-se que a estrutura organizacional e os cargos que a compõe são devidamente representados pelo organograma. Ele deve representar os órgãos componentes da empresa, as funções por eles desenvolvidas, os níveis administrativos e a via hierárquica (CURY, 2007).
	
2.2.1 Organograma Geral da Organização
A Figura 1 tipifica alguns organogramas. 
Figura 1 – Tipos de Organograma
 O tipo de organograma adotado na EMPRESA X seria o estrutural, tradicional ou clássico, em virtude do médio porte da organização. 
Embora o tipo de organograma estrutural, tradicional ou clássico seja o que mais traduz a realidade da EMPRESA X vale lembrar que, no período do estágio, não havia organograma estabelecido para a organização.
Figura 2 - Organograma Geral EMPRESA X.
2.2.2. Organograma Específico Área de Estágio	
 Figura 3 - Organograma Específico EMPRESA X.
2.3. Descrição das Funções Contidas no Organograma
2.3.1. Diretoria
O Diretor Dirige, planeja, organiza e controla as atividades de diversas áreas da empresa, fixando políticas de gestão dos recursos financeiros, administrativos, estruturação, racionalização, e adequação dos serviços diversos. Desenvolve planejamento estratégico, identifica oportunidades, avalia a viabilidade e faz recomendações sobre novos investimentos ou desenvolvimento de novos negócios.
2.3.2. Gerência
Atividades comerciais 
Prospecção de clientes.
Desenvolvimento de novos negócios.
Elaboração, envio, acompanhamento e negociação de propostas.
Contatos com parceiros comerciais.
Participação no desenvolvimento de novos produtos.
Atendimento das necessidades dos clientes.
Reuniões periódicas em clientes - gestores dos nossos contratos – relacionamento.
Mídia
Coordenação da EMPRESA X em Revista - conforme cronograma distribuído entre os gestores.
Suporte à assessoria de imprensa - atendimento de demandas.
Participação em eventos. 
Elaboração de artigos.
Apresentação ou coordenação de treinamentos externos.
Atividades técnicas
Orientação, acompanhamento e revisão de trabalhos da área que atua, por amostragem, de forma a garantir a qualidade da entrega dos trabalhos.
Suporte técnico e orientações à equipe.
Revisões de circulares quando solicitado pelos supervisores. 
Coordenação de projetos de desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas de trabalho.
Gestão do PEC – programa de educação continuada, ou seja, garantir a qualificação técnica da equipe.
Garantia do cumprimento do planejamento anual dos clientes, mediante disponibilização de recurso.
Rotinas administrativas 
Participação do processo de construção do Planejamento Estratégico da empresa.
Apresentação de sugestão à diretoriade alteração no Plano de Cargos e Salários e Plano de Carreira da sua UN ou do seu Departamento.
Aprovação dos processos de promoção e aumento de salário dos colaboradores.
Participação em processos de contratação - sênior e supervisor.
Aprovação da participação dos colaboradores em cursos livres, de idiomas, graduação e pós-graduação, respeitadas as normas do Manual do Funcionário e orçamento. 
Avaliação das assistentes administrativas do departamento e dos supervisores da área que atua.
Revisões de contratos, comunicação à equipe e controle de faturamento.
Acompanhamento e revisão dos indicadores de qualidade da área em que é responsável. 
Elaboração de demonstrativos - acompanhamento do resultado da empresa – reuniões com Diretoria.
Elaboração do orçamento anual.
Contatos para cobranças de inadimplentes.
Revisão de obrigações perante aos órgãos de classe – CRC/SP, CFC e CVM. 
2.3.3. Supervisão
Atividades comerciais
Identificar novos negócios em clientes. 
Visitar prospects. 
Elaborar, enviar, acompanhar e negociar propostas de acordo com as alçadas definidas.
Participar do desenvolvimento de novos negócios.
Desenvolver novos produtos ou metodologias de trabalho. 
Mídia
Participar da EMPRESA X em Revista - conforme cronograma distribuído entre os gestores.
Atender demandas da assessoria de imprensa relacionadas à área de atuação.
Escrever e publicar artigos.
Participar regularmente de eventos.
Atividades técnicas
Ter domínio das normas envolvendo a sua área de atuação (leis, regulamento, pronunciamentos contábeis, instruções normativas, decisões normativas etc.).
Definir, com a aprovação da Gerência, o posicionamento da EMPRESA X em relações a questões polêmicas apresentadas na área. 
Manter os programas de trabalho atualizados.
Revisar o planejamento dos trabalhos em clientes novos, ou que apresentem alta complexidade e/ou de auditoria independente.
Revisar os procedimentos executados pelos profissionais sêniores apenas nos trabalhos ou procedimentos considerados como de alta complexidade.
Revisar as conclusões de todos os trabalhos desenvolvidos, de forma a certificar-se de que os pontos relevantes e críticos constam dos relatórios, exceto trabalhos de baixa ou média complexidade, os quais serão revisados pelos consultores sêniores.
Garantir que a metodologia de trabalho definida pela empresa está sendo observada, no que se refere a:
· Elaboração dos papéis de trabalho;
· Cumprimento dos programas de revisão específicos para cada procedimento de revisão executado;
· Procedimentos de auditoria obrigatórios – específico para auditoria independente.
Revisar circulares de assuntos pertinentes à área para envio aos clientes.
Adaptar os serviços oferecidos às peculiaridades dos clientes e do mercado. 
Manter-se atualizado em relação às normas, legislação, jurisprudências, julgados e teses da área em que atua, bem como ter noções dos temas relevantes das demais áreas.
Programar e conduzir reuniões para discussão de assuntos técnicos.
Buscar cursos de interesse da companhia.
Coordenar ou apresentar treinamentos internos e externos. 
Garantir que os relatórios sejam enviados de forma clara e concisa, com o uso correto da língua portuguesa.
Elaborar o Relatório dos Auditores Independentes de forma clara e concisa, com uso correto da língua portuguesa e das normas técnicas (exclusivo para supervisor que atua na área contábil).
Preparar e conduzir reuniões para apresentação dos relatórios.
Outras Atribuições
Garantir o cumprimento dos prazos e cronogramas de acordo com metas estabelecidas e/ou acordados com os clientes. 
Garantir a adequada distribuição dos trabalhos e dos recursos. 
Propor ao Gerente do Departamento a contratação, o desligamento de colaboradores, bem como promoção e aumento de salário.
Preencher o Apontamento de Horas (Time Sheet) diariamente.
Avaliar o desempenho dos profissionais Pleno e Sênior.
Revisar o time sheet da equipe e aprovar banco de horas.
Aprovar as solicitações de reembolsos de despesas e os relatórios de quilometragem da equipe.
Cumprir o PEC – Programa de Educação Continuada e controlar a pontuação mínima exigida, se contador.
Pré-aprovar a participação dos colaboradores em cursos livres, de idiomas, graduação e pós-graduação, respeitadas as normas do Manual do Funcionário. 
Revisar e aprovar a análise crítica e justificativas dos excedentes de horas trabalhadas apresentados pelos sêniores, bem como propor ações corretivas.
2.3.4. Auditores
O Auditor ou Junior atenderá clientes com operações de baixa complexidade, assim classificadas por gerentes e supervisores e de média complexidade desde que acompanhado de auditor mais experiente (pleno ou sênior).
Atividades técnicas
Revisar o cumprimento das normas em vigor, envolvendo:
· Analise das contas do Balanço Patrimonial e do Resultado do Exercício, observando as Normas e Práticas Contábeis adotadas no Brasil e/ou das normas expedidas pelas agências reguladoras, no que se refere a reconhecimento e mensuração e os impactos na redação do Relatório dos Auditores Independentes.
· Análise das contingências, com base nas cartas respostas encaminhadas pelos advogados e nos relatórios de recomendações de outras áreas e impacto na redação do Relatório dos Auditores Independentes.
· Conhecer as obrigações acessórias que devem ser cumpridas pela empresa de acordo com o segmento e ter noções de seu conteúdo. 
Garantir que a metodologia de trabalho definida pela empresa está sendo observada, no que se refere a:
· Elaboração dos papéis de trabalho;
· Cumprimento dos programas de revisão específicos para cada área de atuação;
· Procedimentos de auditoria obrigatórios – específico para auditoria independente;
· Identificação de possíveis riscos de contingências (tributárias, fiscais e trabalhistas) que exigem provisões contábeis (contingências ativas e passivas) ou podem impactar em opinião no Relatório dos Auditores Independentes (Ressalva em Parecer).
Elaborar o planejamento dos trabalhos, de acordo com as horas disponíveis para cada cliente e o grau de complexidade das operações.
Executar trabalhos considerados média e baixa complexidade.
Revisar os papéis de trabalho executados pelos profissionais assistentes sob sua coordenação nos trabalhos considerados como de média e baixa complexidade, de forma a certificar-se de que os pontos relevantes e críticos foram analisados e reportados.
Sugerir alterações nos procedimentos e programas de trabalho.
Manter-se atualizado em relação a área de atuação.
Auxiliar nas reuniões para discussão de assuntos técnicos.
Buscar cursos de interesse.
Divulgar e aplicar conhecimentos adquiridos em pesquisas e cursos.
Treinar os Consultores/Auditores Assistentes, caso o trabalho seja por ele conduzido.
Apresentar treinamentos internos.
Atender as consultas de clientes, incluindo o plantão, com o auxílio de consultor mais experiente, auxílio esse que pode ocorrer de forma remota.
Elaborar notas e comentários nos papéis de trabalho e nos relatórios de forma clara e concisa, com o uso correto da língua portuguesa;
Participar de reuniões de encerramento do trabalho.
Outras Atribuições
 Elaborar, mensalmente, as solicitações de documentos para as visitas.
Confirmar data, horário e local das visitas.
Controlar o recebimento de documentos e informações necessários para a realização dos trabalhos em campo. 
Preencher o Apontamento de Horas (Time Sheet) diariamente.
Levantar os Controles de Horas Trabalhadas dos relatórios concluídos no mês e encaminhar para os consultores Plenos e Seniores para que esses façam análise crítica e justificativa de excedente. 
Entregar o Monitoramento do Produto a cada relatório liberado para revisão, nos trabalhos sob sua responsabilidade.
 Preencher o Suporte ao Monitoramento do Produto, com as falhas identificadas por ocasião da revisão dos Papéis de Trabalho dos Consultores sob sua coordenação.
Manter a Pasta Permanente dos clientes sob sua responsabilidade atualizada.
Elaborar circulares para envio aos clientes.
Cumprir o PEC – Programa de Educação Continuada econtrolar a pontuação mínima exigida, se contador.
Avaliar o desempenho dos Consultores/Auditores Assistente sob sua responsabilidade.
Identificar novos negócios em clientes.
Sugerir o desenvolvimento de novos produtos ou metodologias de trabalho.
2.3.5. Assistentes
O Auditor Assistente participará, juntamente com um Júnior, Pleno ou Sênior, de auditorias em clientes.
Atividades técnicas
Revisar o cumprimento das normas em vigor, envolvendo:
· Analise das contas do Balanço Patrimonial e do Resultado do Exercício, observando as Normas e Práticas Contábeis adotadas no Brasil e/ou das normas expedidas pelas agências reguladoras, no que se refere a reconhecimento e mensuração e os impactos na redação do Relatório dos Auditores Independentes.
· Conhecer as obrigações acessórias que devem ser cumpridas pela empresa de acordo com o segmento e ter noções de seu conteúdo. 
Garantir que a metodologia de trabalho definida pela empresa está sendo observada, no que se refere a:
· Elaboração dos papéis de trabalho;
· Cumprimento dos programas de revisão específicos para cada área de atuação;
· Procedimentos de auditoria obrigatórios – específico para auditoria independente;
· Identificação de possíveis riscos de contingências (tributárias, fiscais e trabalhistas) que exigem provisões contábeis (contingências ativas e passivas) ou podem impactar em opinião no Relatório dos Auditores Independentes (Ressalva em Parecer).
Sugerir alterações nos procedimentos e programas de trabalho.
Manter-se atualizado em relação a área de atuação.
Auxiliar nas reuniões para discussão de assuntos técnicos.
Buscar cursos de interesse.
Divulgar e aplicar conhecimentos adquiridos em pesquisas e cursos.
Apresentar treinamentos internos.
Atender as consultas de clientes, incluindo o plantão, com o auxílio de consultor mais experiente, auxílio esse que pode ocorrer de forma remota.
Elaborar notas e comentários nos papéis de trabalho e nos relatórios de forma clara e concisa, com o uso correto da língua portuguesa;
Participar de reuniões de encerramento do trabalho.
Outras Atribuições
Elaborar, mensalmente, as solicitações de documentos para as visitas.
Confirmar data, horário e local das visitas.
Controlar o recebimento de documentos e informações necessários para a realização dos trabalhos em campo. 
Preencher o Apontamento de Horas (Time Sheet) diariamente.
Levantar os Controles de Horas Trabalhadas dos relatórios concluídos no mês e encaminhar para os consultores Plenos e Seniores para que esses façam análise crítica e justificativa de excedente. 
Manter a Pasta Permanente dos clientes sob sua responsabilidade atualizada.
Elaborar circulares para envio aos clientes.
Cumprir o PEC – Programa de Educação Continuada e controlar a pontuação mínima exigida, se contador.
Identificar novos negócios em clientes.
Sugerir o desenvolvimento de novos produtos ou metodologias de trabalho.
2.3.6. Estagiários
Os estagiários são um apoio para os departamentos. São contratados primeiramente com o intuito de aprendizado, onde colocarão em prática os seus ensinamentos adquiridos no curso que estão realizando, e, ao mesmo tempo são avaliados como futuros funcionários efetivos para as áreas específicas da organização.
Auxiliam em todos os departamentos, em uma espécie de “job rotation” nos trabalhos do dia a dia, podendo participar de todas as etapas dos trabalhos, até mesmo adquirindo responsabilidades e atribuições. Auxiliam a supervisão e gerência entre outras funções.
2.4. Descrição das Atividades Executadas
2.4.1. Auditoria das demonstrações contábeis
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, conforme os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Um dos pilares da relação empresa, acionistas e o mercado é a transparência. Emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis é um compromisso com todo o mercado. A consciência do papel da auditora é o que faz perseguir a excelência.
2.4.2. Revisões das demonstrações contábeis
Efetuar revisão das informações intermediárias, visando verificar se os critérios contábeis adotados estão de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos reguladores ou matriz.
2.4.3. Laudos contábeis
A EMPRESA X oferece serviços de emissão de laudos contábeis para fins de M&A.
2.4.4. Procedimentos previamente acordados para emissão de relatórios especiais
Para atender necessidades específicas da administração, poderá ser realizado procedimentos pré-acordados para cobrir as áreas de maior preocupação, gerando informações úteis focadas nas necessidades da empresa.
2.4.5. Auditoria de levantamento de inventários de estoque
Para promover a obtenção de números e demonstrações contábeis confiáveis, são necessários serviços de auditoria e levantamento de contagem de inventário de estoques e de ativo fixo com fins de assegurar a confiabilidade dos processos e a precisão dos resultados.
2.4.6. Due diligence contábil.
A apuração do EBITDA para fins de precificação da empresa é recorrente. A EMPRESA X pode ajudá-lo na análise da qualidade dos resultados e dos ativos, por meio da revisão das demonstrações contábeis, oferecendo informações sobre possíveis vulnerabilidade e oportunidades que possam influenciar o preço da compra.
3. VISÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL DO PROBLEMA
Para uma empresa que presta serviços de Auditoria Contábil, o objetivo principal da auditoria não é a detecção da fraude, mas sim o de emitir uma opinião quanto à veracidade das demonstrações contábeis; no entanto, na execução do trabalho poderão ser detectados erros ou fraudes, cabendo ao auditor o dever de comunicar a administração da empresa, bem como seus reflexos nas demonstrações contábeis, incluindo também sugestões de correções.
3.1. O Auditor e a Fraude
Os objetivos do Auditor com a auditoria são:
Identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrente de fraude.
Obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas apropriadas.
Afirma Melhem (2012, p.19):
“As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração e as informações que as contradizem. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e na avaliação dessas evidências.” 
Responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria.
O risco do auditor independente é emitir uma opinião inadequada quando as demonstrações financeiras apresentam erros materiais.
3.1.1. Características da Fraude
A norma contábil define fraude e erro:
Fraude - Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de demonstrações contábeis de terceiros um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal;
Erro - Ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante e material nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor: - Distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas - Apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.
Para Melhem (2012, Pg. 120): 
“A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação. Portanto, os procedimentos de auditoria aplicados para coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de distorçãorelevante...”
Informações contábeis fraudulentas podem originar/decorrer dos seguintes itens: 
Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura), alteração de registros contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis;
Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações ou outras informações significativas; 
Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, classificação, forma de apresentação ou divulgação.
3.1.2. Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude
Responsabilidade da Alta Administração - A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da Entidade e da sua administração;
Responsabilidade do auditor - O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria (nacionais e internacionais) é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. 
Conforme descrito na NBC TA 200, devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria.
O auditor não é responsável e não pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros, entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
Melhem (2012 Pg. 120) afirma ainda que:
“Existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor.”
3.1.3. Ceticismo Profissional
Conforme NBC TA 200 o auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a auditoria, reconhecendo a possibilidade de existir distorção relevante decorrente de fraude, não obstante a experiência passada do auditor em relação à honestidade e integridade da administração e dos responsáveis pela governança da entidade. A não ser que existem razões para crer o contrário, o auditor deve aceitar os registros e os documentos como legítimos. Caso as condições identificadas durante e auditoria levem o auditor a acreditar que um documento pode não ser autêntico ou que os termos no documento foram modificados sem que o fato fosse revelado ao auditor, este deve investigar o caso. Quando as respostas às indagações junto à administração ou aos responsáveis pela governança são inconsistentes, o auditor deve investigar as inconsistências.
3.1.4. Componentes do Controle interno
O controle interno é definido como um plano de organização, um conjunto de métodos e medidas adotados pela entidade para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e o grau de confiança de seus dados contábeis, bem como promover a eficiência operacional.
A grande relevância do controle interno é que precisa possuir qualidade, já que uma de suas funções é a de prevenção contra erros e fraudes.
Ainda segundo a Resolução CFC nº 820/97, o auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria, considerando: 
O tamanho e a complexidade das atividades da entidade.
Os sistemas de informação contábil para efeitos tanto internos quanto externos.
As áreas de risco de auditoria.
A natureza da documentação, em face dos sistemas de informação adotados pela entidade.
O grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
O ambiente de controles internos abrange os seguintes elementos:
Estrutura organizacional
Compromisso com a competência
Filosofia e estilo operacional da Administração
Comunicação, integridade e valores éticos
Atribuição de autoridade e responsabilidade
Políticas e práticas de recursos humanos
3.1.5. Avaliação da evidência de auditoria
A NBC TA 330 requer que o auditor, com base nos procedimentos de auditoria (teste de controle interno e teste substantivo) executados e nas evidências de auditoria obtidas, considere se as avaliações dos riscos de distorção relevante no nível das afirmações continuam apropriadas. Esta avaliação é primariamente uma questão qualitativa baseada no julgamento do auditor. Tal avaliação pode fornecer maior subsídio dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude e se há necessidade de executar procedimentos adicionais de auditoria ou diferentes. O auditor deve avaliar se os procedimentos analíticos aplicados perto do final do período, na formação da conclusão global de que as demonstrações contábeis, como um todo, estão consistentes com o entendimento sobre a entidade e com seu ambiente.
3.1.6. Representações da administração
O Auditor deve obter representações da administração (ISA 580) e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, de que:
Reconhecem sua responsabilidade pelo desenho, implementação e manutenção do controle interno de prevenção e detecção de fraude;
Revelaram ao auditor os resultados da avaliação do risco da administração de que as demonstrações contábeis podem ter distorções relevantes decorrentes de fraude;
Revelaram ao auditor seu conhecimento sobre a suspeita ou ocorrência de fraude afetando a entidade, envolvendo:
A administração;
Empregados com funções significativas no controle interno;
Outros cuja fraude poderia ter efeito relevante nas demonstrações contábeis;
Eles revelaram ao auditor seu conhecimento de quaisquer suspeitas ou indícios de fraude que afetassem as demonstrações contábeis da entidade, comunicadas por empregados, ex-empregados, analistas, órgãos reguladores ou outros.
Segundo Melhem (2012 Pg. 17):
“Uma das premissas do auditor é entender que a “administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria.”
3.1.7. NBC TA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do entendimento da entidade
O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.
Melhem (2012 Pg.108) define Risco de detecção:
“É o risco de que os procedimentos executados 	pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.” 
Os procedimentos de avaliação de riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade incluem:
Indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude ou erro;
Execução de procedimentos analíticos;
Observação e inspeção O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações.
Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados, o auditor deve:
Considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível de afirmações para cada classe de transação, saldo de contas e divulgações, incluindo:
(i) a probabilidade de distorçãorelevante devido às características particulares da classe de transações, saldo de contas ou divulgação relevantes (isto é, o risco inerente);
(ii) se a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes (isto é, o risco de controle), exigindo assim que o auditor obtenha evidência de auditoria para determinar se os controles estão operando eficazmente (isto é, o auditor pretende confiar na efetividade operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos substantivos).
Obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do auditor.
O auditor deve buscar entender se a entidade tem processo para identificar riscos de negócio relevantes para os objetivos das demonstrações contábeis, estimar a significância dos riscos, avaliar a probabilidade de sua ocorrência e decidir sobre ações em resposta a esses riscos.
O auditor deve obter entendimento do sistema de informação, inclusive dos processos de negócio relacionados, relevantes para as demonstrações contábeis, incluindo as seguintes áreas:
As classes de transações operacionais que sejam significativas para as Demonstrações Contábeis;
Os procedimentos, tanto de tecnologia de informação (TI) quanto de sistemas manuais, pelos quais essas transações são iniciadas, registradas, processadas, corrigidas conforme a necessidade, transferidas para o razão geral e divulgadas nas demonstrações contábeis;
Como o sistema de informações captura eventos e condições que são significativos para as demonstrações contábeis, que não sejam transações;
O processo usado para elaborar as demonstrações contábeis da entidade, inclusive estimativas e divulgações contábeis significativas;
Controles em torno de lançamentos de diário, inclusive lançamentos de diário não rotineiros usados para registrar transações ou ajustes não usuais.
Sistema de informação é composto de infraestrutura (componentes físicos e de hardware), software, pessoas, procedimentos e dados. Muitos sistemas de informação fazem uso extenso de tecnologia da informação (TI).
“Alguns objetivos da auditoria das estimativas ou provisões contábeis são: constatar se a fundamentação está correta, se os valores estão corretamente registrados e se existe divulgação apropriada nas demonstrações contábeis. Melhem (2012 Pg.47)”
A consideração de divulgações nas demonstrações contábeis pelo auditor ao identificar riscos inclui divulgações quantitativas e qualitativas, cuja distorção poderia ser relevante. Dependendo das circunstâncias da entidade e do trabalho, exemplos de divulgações que apresentam aspectos qualitativos e que podem ser relevantes na avaliação de riscos de distorção relevante incluem divulgações sobre:
Liquidez e compromissos de dívida de entidade em dificuldades financeiras;
Eventos ou circunstâncias que levaram ao reconhecimento de perda do valor recuperável;
Principais fontes de incerteza de estimativa, incluindo premissas sobre o futuro;
A natureza de mudança na política contábil e outras divulgações relevantes requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, por exemplo, onde se espera que novos requisitos de relatório financeiro tenham impacto significativo sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho da entidade;
Acordos de pagamentos baseados em ações;
Partes relacionadas e transações com partes relacionadas;
Análise de sensibilidade.
3.1.8. NBC TA 330 - Resposta do auditor aos riscos identificados e avaliados
Trata-se da responsabilidade do auditor ao planejar e implementar respostas aos riscos de distorção relevante, identificados e avaliados pelo auditor de acordo com a NBC TA 315 na auditoria de demonstrações contábeis O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos de distorção relevante avaliados por meio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas a esses riscos.
Ao determinar respostas para enfrentar os riscos de distorção relevante avaliados nas demonstrações contábeis, o auditor deve:
Enfatizar para a equipe de auditoria a necessidade de manter o ceticismo profissional;
Designar pessoal mais experiente ou aqueles com habilidades especiais ou usar especialistas;
Fornecer mais supervisão no processo de auditoria;
Avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude;
Avaliar se a seleção e a aplicação de políticas contábeis pela entidade, em especial as relacionadas com medições subjetivas e transações complexas, podem ser indicadores de informação financeira fraudulenta decorrente de tentativa da administração de manipular os resultados;
Incorporar elemento de imprevisibilidade na seleção da natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.
Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve:
Executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência de auditoria sobre a efetividade operacional dos controles, incluindo: Modo como os controles foram aplicados ao longo do período, por quem ou por quais meios eles foram aplicados, consistência de como eles foram aplicados.
Determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (controles indiretos) e, caso afirmativo, se é necessário obter evidência de auditoria que suporte a operação efetiva desses controles indiretos.
O auditor deve incluir na documentação de auditoria as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis e a natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria executados, o relacionamento desses procedimentos com os riscos avaliados no nível de afirmações e os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as conclusões nos casos em que eles não estiverem de outra forma claros.
Melhem (2012 Pg. 117) diz que:
“O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências de auditoria. Isso inclui questionar evidências de auditoria contraditórias e a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações e outras informações obtidas junto à administração e aos responsáveis pela governança.”
4. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DO PROBLEMA
Discorreremos nesse capítulo sobre o desenvolvimento prático da área estagiada, demonstrando com exemplos a identificação de fraudes nas Demonstrações Contábeis e apresentando a opinião de autores consagrados da área de Ciências Contábeis.
4.1. Conceito e Características de Auditoria
Através de testes de auditoria, faz-se o levantamento dos relatórios, os quais propiciará o estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade.
A Auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes.
Em resumo, de acordo com Crepaldi ( 2012, p.3), acrescenta:
“a auditoria consiste em auditar as áreas-chaves nas empresas a fim de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, por meio de testes regulares nos controles internos específicos de cada organização.”
Segundo o mesmo autor, podemos definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade.
Dessa forma, o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. Em seu exame, o auditor, por um lado, utiliza os critérios e procedimentos que lhe traduzem provas que assegurem a efetividade dos valores descritos nas demonstrações financeiras e por outro lado, cerca-se dos procedimentos que lhe permitem assegurar a inexistência de valores ou fatos não constantes das demonstrações financeiras que sejam necessários para seu bom entendimento.
Para Attie (2011), asdemonstrações contábeis, de modo geral precisam ser preparadas de maneira que expressem de forma clara e precisa a real situação da entidade.
De acordo com Crepaldi , (2012, p.4): 
“o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada.”
Entretanto, o objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos e fatos da administração, bem com sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado, cujas informações mereçam confiança desde que possa ser admitida como seguras pela evidência ou por indícios convincentes.
Pode a auditoria, inclusive, basear-se em informações obtidas fora da empresa, tais como as relativas à confirmação de contas de terceiros e de saldos bancários, por exemplo. As confirmações obtidas de fontes externas geralmente oferecem melhor características de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada.
Sobre esse objeto a auditoria exerce sua ação preventiva, saneadora e moralizadora, para confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio, do próprio fisco e até, da sociedade em geral. (CREPALDI, 2012, p. 5).
4.2. A origem da auditoria externa
Com a necessidade por parte dos investidores e proprietários na real situação econômico-financeira que representam o patrimônio das entidades, principalmente com o surgimento das transnacionais, distribuídas geograficamente e com o simultâneo desenvolvimento econômico que como base foi aflorada pela globalização, disseminando o capital estrangeiro, a auditoria é a ferramenta que auxilia a administração na tomada de decisão em busca de melhores resultados.
Já o termo auditor segundo Attie (2011, p.7) em português, muito embora perfeitamente representado pela origem latina (aquele que ouve, ou ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa TO AUDIT (examinar, ajustar, corrigir, certificar).
Entretanto, a Revolução Industrial em meados do século XVIII, foi responsável por dar novas técnicas e diretrizes a contabilidade e consequentemente a auditoria, essa última pela expansão das transnacionais.
No Brasil, as instalações de empresas internacionais de auditoria independente têm como ponto de partida as filiais e subsidiarias de empresas estrangeiras, financiamentos de empresas brasileiras através de entidades internacionais,  a evolução do mercado de capitais, crescimento das empresas brasileiras e a necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas,  a profissionalização da diretoria,  a criação de normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972 ,  e a criação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Lei  6.404/76 das Sociedades por Ações.
Vales ressaltar que a origem da contabilidade no Brasil se dá com a chegada da família real em 1.822.
“A auditoria interna é uma atividade de avaliação objetiva e de consultoria, voltada a agregar valor e a melhorar as operações das organizações; auxilia a empresa a alcançar seus 3 objetivos, através de um acompanhamento sistemático e com adequados enfoques, para avaliação e melhoria da eficácia dos controles, do gerenciamento de riscos, do desempenho dos processos e de governança corporativa (CREPALDI, 2012).”
4.3. O perfil profissional do auditor
Este item, tem como objetivo informar que todas a profissões têm a ética como princípio primordial.  E, a auditoria notoriamente não foge deste princípio. O auditor tem em suas mãos grande responsabilidade, como, por exemplo, conhecer todas as irregularidades, falhas, erros, dentro do conjunto.  Um bom auditor tem dentro do perfil profissional, conhecimento do responsável hierárquico, de seus deveres, direitos e obrigações de acordo com o código de ética.
Segundo Attie (2009, p. 52):
“ acontece em todas as profissões, na auditoria também foram estabelecidos determinados padrões técnicos que objetivam qualificação na condução dos trabalhos de auditoria e garantir atuação consistente tecnicamente suficiente do auditor e de seu parecer, assegurando, a todos aqueles que dependem de sua opinião, a observação de uma série de requisitos considerados indispensáveis para que o trabalho seja concretizado.”
Contidas na Resolução CFC nº 751, de 29.12.93, e atualizadas pela resolução CFC nº 980, de 24. 10.2003, e reconhecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, as quais iremos estudar detalhadamente em Normas Profissionais de auditoria.
De acordo com Crepaldi (2012):
“o principal objetivo da auditoria interna é observar a eficiência dos controles internos, dando maior ênfase à qualidade dos registros, avaliando também a necessidade e a possibilidade de novos controles ou de novas normas internas. Com este instrumento de controle administrativo, a organização obtém maior segurança no funcionamento das operações.”
 
4.4. O Papel da Auditoria
Com a atual crise econômica, e o cenário atual em que vive hoje as empresas, e seus investidores, o papel da auditoria passa a ser útil para ambos, uma vez que por meio da análise das demonstrações financeiras, devidamente acompanhadas do parecer do auditor podem avistar com segurança as empresas que poderão aplicar seus recursos em busca de novos investimentos.
Crepaldi (2012, p.7), nos fala que cercados pela exigência legal da contratação de auditores, (no caso das empresas de capital aberto), e pressionado pela atual crise econômica as mesmas se veem obrigadas a investir em uma atividade que seguramente diminui o impacto das perdas.
 “O exame do auditor é um processo que leva o profissional independente a uma viagem pela empresa, empregando técnicas que o asseguram formar uma opinião sobre a adequação das demonstrações financeiras incluindo a sua continuidade operacional. Trabalho esse que permitem ao auditor opinar sobre a posição da empresa mediante parecer sobre suas demonstrações financeiras para que essas sejam dignas de fé pública.”
4.5. Procedimentos de Auditoria
Os procedimentos da auditoria das demonstrações contábeis é o trabalho realizado pelos Auditores, que após aplicação de um conjunto de técnicas e procedimentos por ele adotado, emite um parecer sobre a conformidade das demonstrações contábeis avaliadas.
O parecer do auditor independente é elaborado observando-se as demonstrações contábeis quanto à adequação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e demais legislações pertinentes. Para que o auditor possa suportar sua opinião por meio do parecer, o mesmo deve aplicar diversos procedimentos e técnicas para testar a conformidade das demonstrações contábeis. Nesse sentido, Attie (2011, p.209), assevera que:
“os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho, constituindo na reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação das informações obtidas, para a formação de sua opinião imparcial”.
Segundo o mesmo autor, o objetivo é fundamentar seu ponto de vista com fatos, evidências e informações possíveis, necessárias e materiais.
Entretanto, esses procedimentos levam o auditor a identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando técnicas adequadas a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer, até a obtenção de provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada (Attie ( 2011, P.209).
Considera-se também como procedimentos de auditoria o conjunto de métodos e técnicas peloqual o auditor obtêm evidências ou provas suficientes para fundamentar o seu parecer sobre as demonstrações contábeis auditadas.
Os procedimentos de auditoria podem ser adotados em vários períodos: antes do encerramento do exercício, no término, após o encerramento e antes da elaboração das demonstrações.
São procedimentos de auditoria: 
- Procedimento de revisão analítica;
- Inspeção;
- Confirmação;
- Questionamento;
- Contagem;
- Rastreamento;
- Vouching; (exame dos documentos e registros da entidade auditada)
- Observação;
- Repetição;
- Técnicas de auditoria computadorizada.
 
Esses procedimentos são chamados de testes de observância:
 
- Permite o auditor analisar os o cumprimento e bom funcionamento dos controles internos. Esses controles são estabelecidos pela administração da entidade. No entanto, o auditor deverá efetuar sugestões objetivas para o seu aprimoramento, decorrentes das constatações do trabalho.
 
e testes substantivos (ou procedimentos substantivos).
 
- Buscam a exatidão, eficiência, integridade e validade dos dados produzidos durante um determinado período.
Os testes podem demonstrar distorções relevantes no nível de informações, avaliar riscos ou controles, verificar as movimentações de contas e saldo de contas etc. Essas verificações podem ser analisadas de várias formas, como por exemplo, circularizações, comprovação de registros contábeis, inspeção dos ativos, conciliações etc.
 Devido a quantidade de informações apresentadas e o curto período desse tipo de trabalho, é de extrema importância a aplicação dos testes, que demonstrará a partir de amostragem a situação da entidade.
  
4.6. DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
 
A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica de Auditoria (NBA TA-230), diz respeito da responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de auditoria para a auditoria das demonstrações contábeis.  Documentos estes que servirão para várias finalidades, inclusive assegurar o auditor no planejamento e execução de suas tarefas.
O objetivo é fornecer registros suficientes e apropriado para o embasamento do relatório do auditor e evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e exigências legais e regulamentares aplicável.   
Entretanto ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o auditor deve registrar as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados, quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído, e quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.
Tais procedimentos irão assegurar o auditor na execução das tarefas e servirão como meios para sustentar o relatório de auditoria.
Segundo Crepaldi (2012, p. 703):
“inclui mas não se limita-se, a documentação na descrição dos procedimentos adotados, memorando sobre as conclusões, e observações com respeito ao cumprimento da escrituração de constituição, de estatutos, de atas de assembleias, de planos de alteração do capital, de contratos sociais, de leis e regulamentos fiscais e comerciais, de leis regionais e de outros requisitos legais, cálculos e restrições sobre distribuições do Patrimônio Líquido, impostas por regulamentos, contratos de empréstimos sociais ou outros instrumentos e regulamentos.” 
 
4.7. Evidência de Auditoria (NBC TA 500 E 501)
 
Esta Norma define o que constitui evidência de auditoria em uma auditoria de demonstrações contábeis e trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a opinião do auditor.
Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:  
Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os livros diário, razões geral e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações contábeis não refletidas no diário e as planilhas de trabalho, que suportem as alocações de custos, cálculos, conciliações e divulgações. 
Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. 
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações.
Segundo Melo, (2015 Pg.256).
“Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação de riscos de distorção relevante das demonstrações, independentemente se causada por fraude ou erro.”
 
Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os seguintes significados 
 A) Registros contábeis: compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os livros diário, razões geral e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações contábeis não refletidas no diário e as planilhas de trabalho, que suportem as alocações de custos, cálculos, conciliações e divulgações.
 B) Adequação da evidência de auditoria: é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
 C) Evidência de auditoria: compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações.
 D) Especialista da administração: é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.
 E) Suficiência da evidência de auditoria: é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e pela qualidade da evidência de auditoria.
 
4.7.1. Fontes da Evidência de Auditoria
 
Algumas evidências de auditoria são obtidas pela execução de procedimentos de auditoria para testar os registros contábeis, por exemplo, por meio de análise e revisão, dos procedimentos seguidos no processo de elaboração das demonstrações contábeis e conciliação de tipos e aplicações relacionadas das mesmas informações. Pela execução de tais procedimentos de auditoria, o auditor pode determinar que os registros contábeis são internamente consistentes e estão de acordo com as demonstrações contábeis.
Melo (2015 Pg.182) cita como exemplo:
“Um procedimento alternativo de auditoria é a análise do relatório comercial que detalha as contas a receber por idade de vencimento, de forma a possibilitar a análise da razoabilidade do nível de inadimplência.”
Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou representação da administração.
Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados comparáveis sobre concorrentes. Obtém-se informações de terceiros através de correspondências emitidas pelos auditores independentes, chamadas tambémde Cartas de Circularização. Os auditores solicitam confirmações de saldos credores e/ou devedores. Juntamente com a carta de confirmação, enviam também os envelopes selados para as respectivas respostas.
Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.
Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes.
Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralela que possa influenciar o reconhecimento da receita.
4.8. Planejamento e Execução dos Trabalhos
Em auditoria podemos definir planejamento como sendo o ato de pensar hoje as implicações que podemos decidir ou não no futuro. Assim, Planejamento é o ato antes da ação. 
De acordo com Crepaldi (2012, p.520) o planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.
Crepaldi (2012), cita ainda que:
“um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para auxiliá-lo a dedicar a atenção apropriada às áreas importantes da auditoria, identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais, organizar adequadamente o trabalho na busca de formas eficaz e eficiente entre outras.”
Assevera, o autor que o planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade e o nível geral de competência de sua administração.
Levando em consideração todos os fatores, inclusive as práticas contábeis adotadas pela entidade, bem como o conhecimento detalhado do sistema contábil e controles internos, a profundidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados, como o uso de outros profissionais, inclusive de outros auditores.
 Attie (2011, p.324), relata que planejamento é um compromisso para a ação ordenada, realística e sistemática de uma escolha racional, determinando o curso da ação do trabalho a realizar.
O autor (2011) ressalta ainda que:
“por planejamento deve-se entender uma metodologia de preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas e os processos de avaliação de que se atingiram as metas programadas.”
Por fim, um planejamento só tem efetividade a partir do momento em que se torna o projeto e o leva a bom retorno, como foi concebido.
 O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade e o nível geral de competência de sua administração.
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior
b) o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade.
c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades
d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
e) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
f) o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos;
g) a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade; e 
h) a necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuários externos. 
4.9. Os Papéis de Trabalho
De acordo com a NBC – T – 11 – IT – 02, “... o auditor deve documentar todas as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar o parecer de auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações contábeis”.
Os papéis de trabalho constituem a forma organizada como os auditores realizaram a auditoria, desde os trabalhos de campo até a emissão do relatório de auditoria. Constituem também a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria
Os Papéis de Trabalho têm por finalidade:
- Apresentar registro dos exames realizados;
- Demonstrar os objetivos, o escopo e a metodologia, incluindo os critérios de amostragem utilizados;
- Evidenciar o trabalho realizado que embase as conclusões e os comentários significativos;
- Fornece informações relevantes ao planejamento de futuras auditorias;
- Servir como evidência que fundamente o relatório emitido;
- Registrar a evidência de reexame da supervisão do trabalho realizado;
 Para Attie (2011, p. 235):
“os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que contém as informações necessárias do apontamento do auditor  durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; onde constitui a evidência do trabalho executado e as fundamentações de sua opinião para a formação do parecer final.”
Segundo Crepaldi (2012, p. 470): 
“os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou  fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.”
Segundo o mesmo autor, são elaborados, estruturados e organizados para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor para cada trabalho de auditoria.  
Assim, os papéis de trabalho deverão ser divididos em três partes, como veremos a seguir:
 Primeira denominamos Cabeçalho, que deverá conter a identificação da empresa e a definição do assunto, o estabelecimento do critério (parâmetro), o período pesquisado, e a identificação do responsável;
 Segunda é destinada à coleta de Informações (composta de quadros) e,
 Terceira é destinada à Apresentação das conclusões sobre o item verificado.  
4.10. Guarda e Sigilo 
 - O auditor deve registrar nos papéis de trabalho a informação relativa ao planejamento da auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas conclusões da evidência da auditoria.
 - Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor sobre todas as questões significativas, com a conclusão a que chegou.
Segundo Crepaldi (2012, p. 470),
“os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.”
- Ao avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar o que seria necessário para proporcionar a outro auditor, sem experiência anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para as principais decisões tomadas, sem explorar aspectos detalhados da auditoria. É possível que esse outro auditor somente possa entender os fatos analisados pela auditoria, discutindo-os com os auditores que prepararam os papéis de trabalho.
4.11. Fraude
 
De acordo com Crepaldi (2012,p.247) o termo fraude aplica-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.
 A auditoria não tem como objetivo a descoberta de fraude. Sua finalidade é a emissão de um parecer acerca da adequação das demonstrações contábeis.
Entretanto, o auditor deverá considerar a possibilidade da ocorrência de fraude. Ele deve considerar essa possibilidade na fase do planejamento dos trabalhos, pois é nessa fase que o auditor vai especificar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria.
Exemplos de Fraude:
I) Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos;
II) Apropriação indébita de ativos;
III) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;
IV) Registro de transações sem comprovação;
V) Aplicação de práticas contábeis indevidas.
 Exemplos de Erro:
I) Erros aritméticos na escrituração contábil ou Demonstrações Contábeis;
II) Aplicação incorreta das práticas contábeis;
III) Interpretação errada das variações patrimoniais.
 Ainda segundo Crepaldi (2010, p.11) A auditoria independente de demonstrações contábeis objetiva validar e certificar a adequação dessas demonstrações em face das normas brasileiras de contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil. 
“Para que tenha condições de certificar as informações apresentadas, o auditor aplica dois grandes conjuntos de testes: os testes de observância (ou aderência) e os testes substantivos. Os primeiros objetivam verificar a existência, efetividade, adequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com vistas a determinar, em um segundo momento, o volume de testes substantivos a serem aplicados nas diversas áreas a serem testadas. Os testes substantivos compreendem duas categorias: os de transações e saldos e os procedimentos de revisão analítica.”
4.12. Aplicações da Auditoria
Segundo Sergio Jund (2007, p. 9):
“os serviços prestados pelo auditor na sua área de especialização devido ao elevado número de usuários por ele servidos e atingidos, o mais conhecido é o exame das demonstrações financeiras ou auditoria contábil; sobre elas deve opinar, no caso de refletirem apropriadamente a posição financeira e o resultado das operações.
As mesmas compreendem o conjunto de pesquisas, revisões analíticas dos registros contábeis, comprovantes e outros elementos que evidenciam e corroboram as informações contidas nas demonstrações financeiras, levando ainda em consideração a preparação de um informe escrito-parecer do auditor, no qual o profissional expõe o resultado de seus exames. Para essa finalidade é empregada diversas técnica e provas, selecionando os procedimentos que, segundo seu juízo e experiência, são os mais eficientes para cada fase do trabalho.
Toda via, a auditoria das demonstrações financeiras destina-se ao exame e a avaliação dos componentes dessas demonstrações, no que concerne a adequação dos registros e procedimentos contábeis, sistemática dos controles internos, observância de normas, regulamentos e padrões aplicáveis, bem como a aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade.
4.13. Riscos de Auditoria – NBC TA 200
Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião isoladamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas.
A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância em dois níveis: Geral e Específico (CREPALDI 2012, P. 286).
O principal objetivo do auditor independente é emitir opinião sobre as demonstrações financeiras examinadas, de acordo com as peças contábeis que já conhecemos. E como já sabemos o auditor independente necessita do planejamento de seu trabalho, o qual irá avaliar o controle interno relacionado com a parte contábil e proceder a revisão analítica das contas do Ativo, Passivo, Receitas e Despesas, a fim de estabelecer os procedimentos de auditoria, colhendo evidências comprobatórias das informações das demonstrações e avaliar essas evidências.
De acordo com Crepaldi (2012,p.350), os testes em auditoria constituem o processo pelo qual o auditor reúne elementos comprobatórios.
Podemos aplicar os testes a todas as transações ou somente a uma amostra representativa adequada. E segundo Crepaldi (2012, p.351):
“por ser última opção a mais comum, o teste converteu-se em sinônimo de amostragem procedimento por meio do qual o auditor consegue examinar uma quantidade menor que o total dos conjuntos de dados a fim de emitir uma conclusão sobre o mesmo.”
De acordo com o auditor, o problema fundamental do auditor é a maneira de determinar a natureza e a extensão da verificação necessária: até onde se deve chegar, quando é preciso investigar, quais são as variáveis a considerar, para se ter a certeza de que as condições testadas referem-se também às que não foram e, com isso, formar uma opinião definitiva sobre as áreas auditadas.
Em geral, o risco de auditoria é composto por três riscos:
- Risco inerente:  risco que se origina da natureza própria da conta ou tipo de operação analisada;
- Risco de controle: consiste na incapacidade do sistema de controle interno de evitar ou detectar oportunamente um erro importante;
- Risco de detecção: corresponde ao risco de que erros importantes, individualmente ou em conjunto com as contas anuais, não sejam detectados pelas provas substantivas.
Dessa forma, o auditor deve determinar e valorizar os riscos inerentes e de controle, e planejar procedimentos de auditoria para o risco de detecção de tal forma que o risco geral de auditoria não supere o nível aceitável.
Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo:
a) a função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;
b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade;
c) as políticas de pessoal e segregação de funções;
d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;
e) as implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;
f) o sistema de aprovação e registro de transações;
g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e
h) as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
 
4.14. Supervisão e Controle de Qualidade
 A execução da perícia
"Consiste essa verificação no exame de pessoas, coisas ou lugares, para a simples percepção de fatos, a fim de fornecer ao juízo elementos de prova quanto à existência ou inexistência desses. Sua função é, então, a de pôr à vista, apresentar em exposição, mostrar, expor ao juiz as percepções e observações dos seus sentidos. No exercício dessa função, o perito se aproxima do testemunho – perito perficiente –. Vê e sente os fatos para relatá-los ao juiz segundo o que viu e sentiu." (Moura, Ril, Perícia Contábil)
Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica durante a execução da auditoria, o auditor deve:
 a) avaliar o cumprimento do planejamento e do programa de trabalho;
 b avaliar se as tarefas distribuídas à equipe técnica estão sendo cumpridas no grau de competência exigido;
 c) resolver questões significativas quanto à aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;
d) avaliar se os trabalhos foram adequadamente documentados e os objetivos dos procedimentos técnicos alcançados; e
e) avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos trabalhos executados e permitem ao auditor fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis.
Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qualidade dos seus serviços são os que seguem:
a) o pessoal designado deve ter a competência e habilidade profissionais compatíveis com o

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