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Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 1 Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 2 iPED – Instituto Politécnico de Ensino à Distância. Todos os Direitos Reservados. iPED é marca registrada pela Empresa Brasileira de Comunicação LTDA. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 3 Sumário Introdução ............................................................................................................ Pág. 7 Perfil e Qualidades do Auditor .............................................................................. Pág. 10 Procedimentos Gerais de Auditoria ...................................................................... Pág. 12 Metodologias de Auditoria .................................................................................... Pág. 14 Auditor e Auditado ................................................................................................ Pág. 19 Metodologia de Processo de Auditoria Contábil ................................................... Pág. 20 A Finalidade da Auditoria ..................................................................................... Pág. 22 Classificação da Auditoria .................................................................................... Pág. 24 Terminologias de Auditoria ................................................................................... Pág. 27 Missão da Auditoria .............................................................................................. Pág. 28 Normais de Auditoria ............................................................................................ Pág. 29 Evidência em Auditoria......................................................................................... Pág. 32 Riscos de Auditoria .............................................................................................. Pág. 36 Auditoria Baseada em Riscos .............................................................................. Pág. 42 Aspectos da Metodologia da Auditoria Independente .......................................... Pág. 45 Modelos de Papéis de Trabalho ........................................................................... Pág. 48 Plano de Trabalho – Roteiro de Procedimentos ................................................... Pág. 61 Artigos – Fraudes na Empresa ............................................................................. Pág. 79 Estratégia de Auditoria ......................................................................................... Pág. 81 Risco de Auditoria e Materialidade ....................................................................... Pág. 82 Risco de Negócio ................................................................................................. Pág. 88 Qualidade da Auditoria ......................................................................................... Pág. 89 Estudo e Avaliação do Sistema Contábil e Controle Internos .............................. Pág. 90 Amostragem ......................................................................................................... Pág. 91 Processamento Eletrônico de Dados ................................................................... Pág. 92 Estimativas Contábeis .......................................................................................... Pág. 93 Responsabilidade da Administração .................................................................... Pág. 94 Parecer do Auditor ............................................................................................... Pág. 95 Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 4 Institucional O iPED, Instituto Politécnico de Ensino a Distância, é um centro de educação on-line que oferece informação, conhecimento e treinamento para profissionais, educadores e qualquer um que queira evoluir profissionalmente e culturalmente. Nosso objetivo é torná-lo uma base forte de conhecimento e expandir cada vez mais o seu nível intelectual e cultural. Oferecemos uma quantidade enorme de informação, além de diversos cursos on-line, onde você se mantém atualizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Educação à Distância Aulas online ou a prática de aprendizagem à distância, através de ambientes virtuais e redes de computadores interligadas para fins educacionais e culturais, nada mais é do que o meio mais prático e inteligente de proliferação de conhecimento. Através de ambientes virtuais e sistemas inteligentes, é possível adquirir conhecimento de forma total ou gradativa. Esse é nosso conceito de educação, em tempo real, total ou gradativo, quando quiser e onde quiser e acima de tudo, da forma que quiser! Nossa Missão O Grupo iPED foi lançado com o intuito de aprimorar e disseminar o conceito de ensino a distância. Com a implantação do ensino a distância, pesquisas recentes registram que as pessoas alavancam os resultados dos módulos de treinamento em até 70%, eliminando as distâncias geográficas e proporcionando a melhoria da gestão do conhecimento e dos recursos humanos por competências. Pensando nisso o iPED presta esse serviço a todos, para que a exclusão digital seja cada vez menor e com o passar do tempo ela desapareça completamente. Esse é nosso objetivo, essa é nossa missão, e esteja certo que vamos conseguir! Fabio Neves de Sousa Diretor Geral - Grupo iPED Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 5 Certificação O conceito de reconhecimento virtual é concedido através de avaliação feita pelo sistema inteligente, que do inicio até o fim do curso está avaliando cada aluno em suas atitudes individuais e em comparação as atitudes do coletivo. Ao termino do conteúdo avaliado o aluno é submetido a uma avaliação final que nada mais serve do que comprovar a avaliação do desempenho dele ao longo de toda a trajetória do curso. Nosso sistema garante 100% de segurança. Empresas poderão confirmar a autenticidade do certificado, pois temos o que existe de melhor em tecnologia disponível no mercado. Confira o grande diferencial de nosso certificado: Certificado Especial - Tramas em linhas personalizadas - Tarja de Segurança - Tinta Luminescente - Selo de Segurança - Numeração Intransferível Detalhes sobre o selo Ao término do curso solicite o seu! Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 6 Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 7 CAPITULO I: INTRODUÇÃO AUDITORIA É: Uma função independente que busca priorizar a qualidade dos processos e otimizar os resultados operacionais Uma técnica, uma análise, um levantamento criterioso. Um estudo e uma forma de avaliação sistemática dos procedimentos, práticas e rotinas internas de uma entidade e de suas demonstrações contábeis.Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controles internos de uma organização, objetivando a integridade, transparência e confiança nas informações e operações. Auditoria Contábil é manifestar uma opinião sobre as Demonstrações Contábeis de uma entidade, envolvendo todos os critérios adotados para sua elaboração, bem como todos os processos de registros e controles desenvolvidos internamente. A Controladoria é um segmento da Contabilidade, mas também pode ser definida como ramo da Administração, dependendo do enfoque dado pelos gestores e contadores responsáveis pelo suprimento de informações aos tomadores de decisão. Devido a esse fato, ela pode ser dividida didaticamente em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, mas na prática profissional isso não é muito comum, pois ambas as partes costumam ficar sob a confiança de um único gestor (controller ou controlador).O encarregado pela área de Controladoria em uma empresa é chamado de Controller ou Controlador. Tal área é considerada um órgão de staff, ou seja, de assessoria e consultoria, fora da pirâmide hierárquica da organização. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 8 Um trabalho especial de Auditoria é desenvolvido para atender a uma necessidade da empresa, geralmente é contratada para uma avaliação de uma área específica como: Tributos, disponível, estoques, departamento de pessoal, ou para finalidades como Cisão, Fusão, Incorporação, dentre outras. ALGUMAS ATIVIDADES DO AUDITOR INTERNO: - Revisar e avaliar a eficácia, suficiência e aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais. - Determinar a extensão do cumprimento das normas, dos planos e procedimentos vigentes. - Determinar a extensão dos controles sobre a existência dos ativos da empresa e da sua proteção contra todo tipo de perda. - Determinar o grau de confiança, das informações e dados contábeis e de outra natureza, preparados dentro da empresa. - Avaliar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas para o cumprimento das respectivas responsabilidades. - Avaliar os riscos estratégicos e de negócio da organização. O Auditor Interno deve ter liberdade para revisar e avaliar as normas, os planos, procedimentos e registros; mas seu trabalho de modo algum isenta os demais membros da Organização das responsabilidades que lhes foram designadas. É difícil determinar a exata data em que foi procedido o primeiro trabalho de Auditoria no Brasil, mas, há exatamente um século, o balanço da SãoPaulo Tramway Light & Power Co., relativo ao período compreendido entre junho de 1899 e 31 de dezembro de 1902, foi certificado pela empresa canadense de Auditoria Clarkson & Cross – atualmente Ernst & Young. Em termos operacionais, a primeira empresa de Auditoria Independente a se estabelecer no Brasil foi a Deloitte Touche Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 9 Tohmatsu, que instalou seu primeiro escritório no Rio de Janeiro, em 1911, e o segundo em Recife, em 1917. Um dos primeiros artigos sobre esse tema foi publicado, em 1928, pela Revista Paulista de Contabilidade, como título “Contabilidade na Grã-Bretanha”. O primeiro livro sobre Auditoria foi publicado apenas em 1957e denominado “Curso de Auditoria”. Os conceitos e técnicas de auditoria foram formalmente Introduzidos no ensino universitário por força do Decreto-Lei7.988, de 22 de dezembro de 1945, o qual regulamentava a educação superior nos cursos de Economia, Contabilidade e Ciências Atuariais. Somente em 1965, pela primeira vez, foi introduzida a figura do Auditor Independente em um diploma legal. Esse foi um marco de enorme importância para a evolução da profissão e das práticas contábeis. Segundo Toledo Filho (op. cit., p. 58), “data de 1957 e denomina- se Curso de Auditoria, o primeiro livro editado no Brasil sobre o assunto”. De autoria do Prof. Antônio Lopes de Sá, foi originalmente lançado em dois volumes sendo, também, o primeiro autilizar o vocábulo “Auditoria” já que, conforme foi assinalado anteriormente, até então a disciplina era denominada “Revisão e Perícia Contábil”. Basicamente, as Normas de Auditoria subdividiam-se em três tópicos: I. Normas Relativas à Pessoa do Auditor; II. Normas Relativas à Execução dos Trabalhos; III. Normas Relativas ao Parecer. Anos mais tarde, o mesmo assunto seria objeto de amplos estudos por parte do Conselho Federalde Contabilidade e culminaria com a edição,em 23 de outubro de 1981, da Resolução CFC nº 529/81 que dispunha sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade e, na mesma data, pela Resolução CFC nº 530/81, que aprovava os Princípios Fundamentais de Contabilidade, Norma NBC T 1 (CFC, 2000, p. 22). Em 1973, o Prof. Stephen Kanitz publicava um livro denominado “Análise do Parecer do Auditor”, uma das primeiras obras brasileiras a tratar o tema com maior profundidade. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 10 CAPITULO II: PERFIL E QUALIDADES DO AUDITOR É muito importante, na profissão de auditor, exercer as funções com honestidade, sempre de acordo com as leis e os interesses dos clientes. Além disso, outras características interessantes são: Integridade Responsabilidade Confiabilidade Ser organizado Ser ético Ser flexível Ser dedicado Estar em constante atualização Gostar de cálculos matemáticos Postura crítica Segurança diante problemas Capacidade de lidar com o stress do trânsito Disciplina Comprometimento Honestidade Disponibilidade para viagens Ter conhecimentos básicos de informática Para trabalhar na área de auditoria é preciso ter diploma de graduação de curso superior em Ciências Contábeis. O profissional para exercer a profissão deve estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC de sua região). Os auditores que pretenderem auditar entidades de capital aberto e aquelas que operam no mercado financeiro sujeitam ao controle do Banco Central do Brasil devem estar registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 11 O auditor pode atuar tanto no setor público como no privado, principalmente nas multinacionais. Nas empresas, normalmente ele começa em um escritório de auditoria externa, e com o decorrer do tempo, alguns profissionais tornam-se se auditores internos de grandes corporações. Especializações: Contador geral; Controlador; Contador judicial; Contador de prefeituras e outros órgãos da administração indireta; Oficial contador; Auditor independente ou externo: profissionais da mais alta importância por exercerem o papel de controladores externos. Os acionistas das sociedades anônimas de capital aberto, por meio dos auditores independentes, fiscalizam as contas administrativas da empresa. Auditor contábil: verifica se as contas consignadas no balancete ou balanço expressam a realidade. Seu parecer sobre as demonstrações é como um certificado de que o balanço contábil está correto. Auditor trabalhista: deve conhecer profundamente as leis, a previdência, as normas de segurança e medicina de trabalho, e os controles internos da área de recursoshumanos. Auditor fiscal (ICMS E IPI): averigua o correto cálculo e recolhimento DO IPI, ICMS, ISS, CIDE etc. Auditor tributário (IRPJ, CSSL, PIS, COFINS e outros impostos): entra em ação após a análise das bases de cálculo do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro, PIS, COFINS e outros impostos. Auditor gerencial (controles internos e área financeira): verifica a segurança das transações da empresa quanto aos seus controles de caixa, contas a pagar e a receber, estoques, faturamento, vendas, suprimento, recebimento de mercadorias, orçamento, compras e etc. Auditor de demonstrações financeiras; Auditor de gestão; Auditor interno: os maiores empregadores são os bancos, que contratam também economistas e advogados para essas funções. Auditor ambiental; Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 12 CAPITULO III: PROCEDIMENTOS GERAIS DE AUDITORIA Inspeção Inspeção física de determinados bens do ativo Inspeção da documentação que suporta as diferentes operações Observação Trata-se de observar como são desenvolvidas na prática as funções cometidas às várias pessoas Perguntas Entrevistas Confirmação Obtenção de prova: Interna Geradas pela própria empresa Enviadas por terceiros diretamente para a empresa Externa Certidões Circularizações Declaração de responsabilidade Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 13 Análise Análise dos movimentos e saldos das contas e de outros registros contabilísticos com o fim deconstatar a credibilidade que merece a informação divulgada nas demonstrações financeiras. Comparação Valores reais relativos a períodos idênticos; Valores reais versus valores orçamentados; Valores reais de uma empresa versus valores reais de empresas similares Verificação Verificação dos cálculos aritméticos efetuados pela empresa assim como da adequação das bases em que os mesmos foram efetuados. Verificação da ocorrência de eventuais acontecimentos subsequentes havidos entre a data a que se referem às demonstrações financeiras e a data em que o auditor emite o seu parecer. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 14 CAPITULO IV: METODOLOGIAS DE AUDITORIA Metodologia corresponde a: Um conjunto de etapas a cumprir Um elenco de técnicas a praticar Uma série de procedimentos a realizar Uma sequência de documentação a produzir Uma estrutura de produto final a obter 1. HERMANSON, STRAWSER E STRAUWSER (1987) Estes autores afirmam que cada auditoria inclui 3 passos: Planejamento Preliminar O estudo preliminar dos negócios da empresa Preparação do programa de auditoria Designação de membros da equipe Desempenho do trabalho de auditoria Relatório de resultado dos trabalhos de auditoria Elaboração da demonstração contábil pela administração do cliente Processamento e emissão do parecer da auditoria 2. ARENS E LOEBBECKE (1991) Um processo de auditoria é uma metodologia bem definida para organizar uma auditoria que auxilia o auditor a acumular evidencia competente e suficiente. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 15 FASES Planejar e desenvolver um enfoque de auditoria Testar controles e transações Executar procedimentos e testes Completar auditoria e emitir parecer. 3. RICCHIUTE (1988) O processo de auditoria é logico, sistemático e desenvolvido para gerar evidencia de auditoria. 1. VASARHELTYI E LIN (1988) Para estes autores a sequencia de auditoria é: Estudo de Viabilidade Planejamento do Contrato Avaliação de controles internos Prova de observância com controles internos Prova de detalhes (teste substantivo) Atestação Estudo de viabilidade Exame ambiental Definição de tarefas Estabelecer objetivos Planejamento de Contrato Planejamento de auditoria Avaliação de risco Avaliação de custo benefício Revisão analítica Prova de observância Controle interno Prova de observância Amostragem de resultado de amostra Avaliação de resultado Prova de detalhes Teste substantivo Detalhes de amostragem e teste Revisão analítica Extrapolação de julgamento final Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 16 Atestação Formulação de julgamento final Opinião Cartas de gerencia 5. MONTGOMERY (1905 E 1909) Etapas Obtenção de documentação do entendimento Preliminar Planejamento e documentação Avaliação preliminar Desempenho de teste de observância Desempenho de testes substantivo Relatório 6. HOOG (2008) Tricotomia contábil Pericia Auditoria Consultoria Pericia Descreve como esta a riqueza Auditoria Opinativa Consultora Para tomada de decisão Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 17 7. MULLER & PENIDO (2009) Auditoria integral: Metodologia GAP GAP: GlobalAudit Points ou Pontos de auditoria. Em suma, o GAP® é uma metodologia inovadora que apresenta uma nova forma de compreensão dos ambientes organizacionais, buscando fundamentar estratégias e ações que permitam às empresas atingirem o maior grau de performance na gestão de seus negócios. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 18 Fonte: Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 19 CAPITULO V: AUDITOR & AUDITADO Há duas dimensões básicas na execução do trabalho. Uma delas é a preocupação com a produção, a outra é a preocupação com as pessoas. A parte do trabalho relativa à produção depende do know-how técnico a respeito de matérias como: Contabilidade Matemática Auditoria Administração Outras. O Auditor deve ser tecnicamente competente. O Auditor Interno lida muito com pessoas e precisa delas para executar um bom trabalho. Um Auditor bem sucedido tecnicamente deve também ser competente para lidar com pessoas nos mais variados níveis, desde Diretores até simples funcionários. Não existe conflito entre essas duas preocupações. Pelo menos não deveria existir. Mas algumas pessoas erroneamente acreditam que não é possível atingir um bom resultado técnico sem pressionar alguém para obter resultados. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados- www.iped.com.br 20 CAPITULO VI: METODOLOGIA DE PROCESSO DE AUDITORIA CONTABIL A metodologia de processo de metodologia independente compreende: Reconhecimento Contratação Pesquisa ambiental Planejamento Gestão Comunicação Termino Auditoria externa ou independente vem evoluindo nos últimos anos, fazendo com que muitos profissionais da área contábil busquem conhecimentos e habilidades específicas para atuar nesta área. A auditoria, em especial a auditoria externa ou independente é um instrumento de controle administrativo, onde se destaca como um ponto de convergência de todos os efeitos, fatos e informações originadas dos diversos segmentos da empresa, a execução de uma auditoria, não se isola somente ao controle da contabilidade, mas se estende aos diversos segmentos de uma empresa onde surgem cuidados especiais ou análises de resultados ou ainda fatores que venham trazer confiabilidade ou benefícios a empresa. Attie (2000) expressa um exemplo de auditoria na empresa "Em uma auditoria que tenha por objetivo expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras, o trabalho do auditor converge, portanto, a todos os segmentos da empresa que possam influir e gerar dados para as demonstrações financeiras em exame". No principio a auditoria limitou-se somente as verificações dos registros e informações contábeis, visando observar se eles eram exatos. Segundo Sá (2002) "A forma primária, portanto, confrontava a escrita com as provas do fato e as correspondentes relações de registro". A auditoria procede-se de uma critica e sistemática observação do controle interno da Contadoria e dos documentos em geral que circulam em uma empresa, isto porque existem, mesmo, até fatos de natureza extrapatrimonial que são objetos de observação do auditor para que possa fundamentar as suas conclusões. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 21 Sá (2002) expressa que "a conceituação da Auditoria é o exame de livros contábeis, comprovantes e demais registros de um órgão público, instituição, corporação, firma, pessoa ou alguma ou alguns colaboradores de confiança, com o objetivo de averiguar a correção ou incorreção dos registros e expressar opinião sobre os documentos revisados, comumente em forma de certificado". Sá (2002) afirma que "Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorrido, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados". A origem da auditoria externa ou independente surgiu como um foco da evolução do capitalismo, sendo que no principio as empresas eram exclusivamente fechadas e a participação em seu capital sucedia de um grupo familiar. Devido a grande expansão do mercado e a muitas concorrências, surgiu a necessidade de expansão e crescimento para que as empresas conseguissem suportar o mercado e ampliar seus negócios garantindo a fidelidade de seus clientes. Segundo Almeida (1996) "Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos e, portanto, tornando mais competitivos seus produtos no mercado". Sá (2002) retrata que "A Revolução Industrial, operada na segunda metade do Século XVII, imprimiu novas diretrizes às técnicas contábeis e especialmente às de auditoria, visando atender às necessidades criadas com o aparecimento de grandes empresas. Como conseqüência as demonstrações contábeis passaram a ter importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos, como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações. Almeida (1996) descreve que os futuros investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica, surgindo então a profissão do auditor devido o conhecimento e técnica em examinar as demonstrações contábeis da empresa e emitir sua opinião sobre estas, é o auditor externo ou independente. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 22 CAPITULO VII: A FINALIDADE DA AUDITORIA A auditoria tem por finalidade principal a certificação dos registros contábeis quanto a sua veracidade, expondo os resultados a que chegou e por seqüência emitindo um relatório de auditoria ou um certificado. Os fins da auditoria são os aspectos sob os quais seu objeto é considerado ou para que serve. Sá (2002) descreve abaixo várias situações e finalidades da Auditoria: Indagações e determinações sobre o estado patrimonial e a gestão pública ou privada; Indagações e determinações sobre o estado financeiro; Indagações e determinações sobre o estado residual e de economicidade; Descoberta de erros e fraudes; Preservação contra erros e fraudes ou opinião sobre tais aspectos; Estudos gerais sobre casos especiais. As variedades das finalidades da auditoria atestam por si só a grandeza desta técnica e sua profundidade atribuem a ela um caráter de grande auxilio de relatórios e documentos que requerem cuidados especiais. E estes cuidados especiais são enfocados também nas continuas fraudes e também erros na contabilidade que se tornam vícios contínuos. Sá (2002) retrata que "No mundo atual, com a decadência dos princípios éticos tão acentuados, com a pobreza moral que domina as administrações de instituições públicas, bancos, grandes grupos empresariais, é impossível desconhecer a influência desse mal social". Segundo Sá (2002) As tarefas do auditor precisam ser planejadas e a execução deve acompanhar acontecimentos assim como observar aqueles que já ocorreram. Existem tarefas "concomitantes" e "subseqüentes", ou seja, as que acompanham os fatos patrimoniais enquanto ocorrem e as que só procedem à verificação depois de sucedidos os fenômenos, em todos os casos há necessidade de uma previsão ou plano que oriente o método executivo. A chamada "auditoria de acompanhamento" é a única que pode oferecer segurança ao controle de uma empresa ou instituição; a "auditoria Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 23 retrospectiva" ou de fatos é tanto mais falha quanto maior o número de elementos a examinar a quanto mais distantes, no tempo, estiverem às ocorrências. Para Almeida (1996) "O auditor externo deve-se preocupar com erros que, individual ou cumulativamente, possam levar os leitores das demonstrações contábeis a terem uma interpretação errônea sobre elas". Os trabalhos de auditoria realizados, massificados e comercialmente, por "grandes empresas" levaram o método e a segurança dos serviços, fazendo com que suas informações sejam precisas e idôneas. Sá (2002) descreve que "Por natureza procurou-se entender a auditoria como um exame à posteriori (e esta continua sendo a prática de maior difusão, o que nos leva, inclusive, a admiti-la como genérica), ou seja, aquele procedido depois dos registros já realizados". Planejar, partindo de sondagens sérias, supervisionar de forma ampla, estudar, analisar, refletir para avaliar com segurança, sentir-se seguro diante de evidencias inequívocas, tudo fazendo para obtê-las, preservar a independência não aceitando subordinações nem limitações à indagação,adotar prudência para opinar somente com segurança, evidenciar e destacar o que causaram dúvidas são partes de uma Metodologia de Auditoria que não se pode omitir, seja qual for a Finalidade a cumprir com a tarefa. Os principais órgãos relacionados com os auditores são os seguintes: CVM - Comissão de Valores Mobiliários; Instituto Brasileiro de Contadores - Ibracon; Conselho Federal e Regional de Contabilidade; Instituto dos Auditores Internos do Brasil - OIO. A independência é condição primordial do trabalho de auditoria, para a obtenção dos elementos de prova e exercício de seu julgamento. O condicionamento de seus atos, para o exercício de sua função constitui-se elemento restritivo e, portanto, impeditivo de executar o que de fato é necessário. Para Attie (2000) "O auditor deve ser absolutamente independente e imparcial na interpretação de tudo que lhe for apresentado, atestando a cada dado um pronunciamento conclusivo". A independência necessita orientar o trabalho do auditor no sentido da verdade evitando interesses, conflitos, vantagens, sendo honesto em suas afirmações. Attie (2000) indaga que o trabalho do auditor externo precisa ser encaminhado com observância às normas de auditoria e aos padrões e técnicas aplicáveis ao exercício de sua função, valendo-se, se for o caso, de opiniões de outras profissões técnicas quando o momento assim o exigir. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 24 CAPITULO VIII: CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA A auditoria é a pesquisa analítica que segue o desenvolvimento das operações contábeis, desde o início até o balanço. Portanto, é o exame cientifico e sistemático dos livros, contas, comprovantes e outros registros financeiros de uma organização, com a finalidade de determinar a integridade do sistema de controle interno contábil, das demonstrações financeiras, bem como o resultado das operações, e, assessorar a companhia no aprimoramento dos controles internos, contábil e administrativo. AUDITORIA PODE SER CLASSIFICADA (VALE 2001B, P.16): QUANTO À FINALIDADE Contábil - abrangendo os aspectos orçamentários, financeiros e patrimoniais. Operacional - envolvendo os aspectos relacionados à economia, eficiência e eficácia na gestão de recursos públicos; Integrada - reunindo, numa só ação, as auditorias contábeis de conformidade legal e o operacional. QUANTO AO ÂMBITO Interna - realizada por iniciativa e com profissionais da própria entidade auditada; Externa - realizada por órgãos ou profissionais estranhos à entidade auditada. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 25 QUANTO AO MOMENTO Prévia Concomitante Subseqüente QUANTO À FORMA Documental - abrangendo tão-somente a análise da documentação disponível ao auditor ou ao órgão de auditoria; Diligencial - consistindo nas verificações “in loco” na entidade auditada, como nos contatos com outras entidades que possa, através do fornecimento de informações, auxiliar o desenvolvimento do processo de auditoria; Mista - reunindo, num só processo, as formas documentais e diligenciais de auditoria. QUANTO AO PERÍODO Ordinária ou periódica - realizada de forma sistemática, com intervalos de tempo mais ou menos iguais, e geralmente, utilizados para atender às exigências da legislação; Especial ou esporádica - realizada para tender situações de relevância e/ou urgência, tais como denúncias, requisições, solicitações, complementações de instrução, etc. QUANTO AO CONTEÚDO: Orçamentária. Financeira Patrimonial De obras De pessoal De solicitação De convênios Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 26 De exigências Constitucionais e legais Outras. Machado e Peter (2003a, p. 42) citam que a auditoria pode ser realizada de forma: Direta, é realizada com a utilização do analista de Finanças e Controle AFC, com a atribuição de auditoria, em órgão central ou setorial do sistema; Integrada, é realizada sob a coordenação do órgão central com a utilização do AFC nos órgãos setoriais e seccionais; Compartilhada, é realizada com a utilização de auditores de entidade para em conjunto do órgão o AFC do órgão setorial, sob a coordenação do órgão setorial, desenvolverem trabalhos específicos na própria entidade auditada ou numa terceira; Subsidiária, é realizada pelas respectivas unidades de auditoria interna dasentidades em exame, sob a orientação do órgão setorial do sistema; Indireta, é realizada por empresas privadas de auditoria, contratadas em caráter supletivo, devido à situação excepcional, para sob a supervisão dos órgãos centrais do sistema, efetuarem trabalhos em entidades ou projetos. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 27 CAPITULO IX: TERMINOLOGIAS DE AUDITORIA Segundo Arter e Dennis, (1995, p.152), é importante para o auditor o conhecimento de determinados termos no campo da auditoria; citando os seguintes: Documento – uma descrição escrita de uma atividade a ser executada; Registro – uma descrição escrita de uma atividade que foi realizada; Exame – uma medição de bens, serviços, ou conhecimento para determinar a conformidade com alguma norma; Inspeção – atividade (tais como medir, examinar ou testar) que oferece uma ou mais características de um produto ou serviço, e comparam estas com exigências específicas para determinar sua conformidade; Evidência objetiva – informação qualitativa ou quantitativa, registros ou exposições de fatos, relativos à qualidade de um item ou serviço ou à existência e execução de um elemento de um sistema de qualidade, que é baseado em observação, medição ou teste, e pode ser verificado. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 28 CAPITULO X: MISSÂO DA AUDITORIA Segundo o autor Sergio Jund (2002f, p. 27) a Auditoria Interna tem por missão básica, assessorar a Administração, na execução de suas funções e responsabilidades, através do exame da: Adequação e eficácia dos controles; Integridade e confiabilidade das informações e registros; Integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para assegurar a observância de políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos e sua efetiva utilização. Eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e da utilização dos recursos; dos procedimentos e métodos para salvaguarda dos ativos e a comprovação de sua existência, assim como a exatidão dos ativos e passivos; Compatibilidade das operações e programas com os objetivos, planos e meios de execução estabelecidos; Enfim, assessorar e aconselhar a direção, em todos os níveis, fazendo recomendações sobre diretrizes, planos, sistemas, procedimentos, operações, transações etc., visando, entre outros resultados: Simplificar procedimentos e, portanto, otimizar os custos; Melhorar a execução e a eficiência das áreas; Corrigir problemas organizacionais, funcionais ou operacionais; Otimizar a aplicação da legislação fiscal e seus custos; Melhorar a qualidade e velocidade de informações para tomada de decisões gerenciais. Grupo iPED- Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 29 CAPITULO XI: NORMAS DE AUDITORIA Segundo a resolução nº 828/98 CFC as normas de auditoria: Normas Relativas à Pessoa do Auditor Competência profissional; Independência; Responsabilidade do auditor na execução dos trabalhos; Honorários; Guarda de documentos; Sigilo; Responsabilidade do auditor interno; Responsabilidade pela utilização do trabalho de especialistas; Informações anuais aos conselhos de contabilidade; Educação continuada; Exame de competência profissional; NORMAS RELATIVAS À EXECUÇÃO DOS TRABALHOS O auditor governamental, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas as dependências dos órgãos ou entidade auditada, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de processo, documento ou informação, que podemos classificar como: Planejamento dos Trabalhos • Exame preliminar • Elaboração de Programas de Trabalho Avaliação dos Controles Internos Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 30 • Capacidade dos Sistemas de Controles • Efetividade • Exame dos Objetivos de Controle Internos • Prevenção de Improbidades e Irregularidades Supervisão dos Trabalhos de Auditoria • Responsabilidade de Quem Dirige a Função • Supervisão das Equipes de Trabalho • Intensidade de Supervisão • Áreas de Enfoque de Supervisão Obtenção de Evidências • Finalidade da Evidência • Qualidade da Evidência – suficiente, adequada e pertinente • Critérios para Obtenção da Evidência Improbidade e Irregularidade • Detecção • Apuração Normas Relativas à Opinião do Auditor O parecer de auditoria será emitido quando verificar e certificar as contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou de responsabilidade da União, do Estado ou Município. Tipos de Parecer • Pleno – será emitido quando o analista formar opinião de que a gestão de recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade; • Restrito, será emitido quando o auditor constatar falhas, omissões ou improbidades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais quanto à legalidade, legitimidade e economicidade e que, Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 31 pela relevância ou imaterialidade, não caracterize atuação irregular dos agentes responsáveis; • Parecer de Irregularidade será emitido quando o auditor verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantitativo para a entidade pública e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e respectivas gestões dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado. Normas relativas ao Relatório de Auditoria Para cada auditoria realizada será elaborado pelo auditor relatório que refletirá os resultados dos exames efetuados, de acordo com a forma ou tipo de auditoria. As informações que proporcionem a abordagem da auditoria, quanto aos atos de gestão, fatos ou situações observados, devem reunir principalmente os seguintes atributos de qualidade. De acordo comNBC T 11 – II – 02: Concisão – Linguagem clara e concisa; Objetividade – Mensagem direta a fim de que o leitor entenda facilmente o que se quer transmitir; Convicção – Relatar de tal modo que as evidências conduzam a qualquer pessoa às mesmas conclusões que chegou o auditor; Clareza – Assegurar-se de que a estrutura do relatório e a terminologia empregada permitam que as informações reveladas possam ser entendidas por qualquer pessoa; Integridade – Devem ser incluídos no relatório todos os fatos relevantes observados sem nenhuma omissão; Coerência – Assegurar-se de que os resultados da auditoria correspondem aos objetivos determinados; Oportunidade – Os relatórios devem ser apresentados intempestivamente, afim de que os assuntos abordados possam ser objetos de oportunas providencias; Apresentação – Cuidar para que os assuntos sejam apresentados numa seqüência lógica, segundo os objetivos do trabalho; Conclusivo – O relatório conclusivo deve permitir a formação de opinião sobreas atividades realizadas. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 32 CAPITULO XII: EVIDÊNCIA EM AUDITORIA O termo evidência, segundo Fernandes et al in dicionário globo, é a qualidade ou caráter do que é evidente, incontestável, origina-se do latim evidentia. Evidenciar significa tornar evidente, comprovar, demonstrar. Evidente significa manifesto; claro; incontestável; que não oferece dúvida; provado; certo. Em Auditoria, evidência á a informação que sustenta relatórios, conclusões ou opiniões do auditor. Tem o poder de comunicar os fatos observados durante a execução do trabalho de auditoria. De nada adianta o auditor detectar falhas nos controles internos, por exemplo, e não relata-las com convicção e provas contundentes. Tratando-se de auditoria das demonstrações financeiras o auditor só deve se expressar sobre sua adequação às normas e princípios de contabilidade após cercar-se de fatos que evidenciem a certeza de que referidas demonstrações refletem a situação econômico financeira e patrimonial do ente auditado. A idéia central do processo de inquirição de auditoria é obter a evidência competente. Se a evidência disponível estiver limitada, deficiente ou inadequada, a opinião e/ou relatório dos auditores, vai ser por conseqüência circunscrita, restringida ou qualificada em referência às faltas. A excelência da evidência e sua extensão determinam as condições da opinião ou relatório do auditor, de maneira que uma das tarefas importantes para os auditores é avaliar o significado, sentido e persuasão da evidência para determinado tema. O grau de confiança que os auditores têm sobre um assunto particular é dependente da avaliação da evidência que está disponível. O intercâmbio e interdependência entre evidência e responsabilidade são os fatores cruciais Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 33 na determinação de ambos os programas de investigação e das condições do relatório. A evidência refere-se aos fatos obtidos pelos auditores e que auxiliam esses profissionais na formação de conclusões sobre a adequação da estrutura de controle do auditado e, em última análise, sobre a adequação das principais condições dos recursos, processos e resultados da entidade auditada. O reconhecimento dos tipos de evidência relevantes a cada auditoria depende dos objetivos do auditor e da natureza dos critérios estabelecidos para a entidade auditada. A acumulação apropriada e o uso das evidências dependem do entendimento adequado das conclusões que um auditor entende por fazer e do uso satisfatório dos critérios avaliativos. Peter e Machado (2003c, p.88) definem Evidência em auditoria como o conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes, obtidos durante os trabalhos de auditoria, através de observações, inspeções, entrevistase exames dos registros, que sustentam as conclusões do auditor. TIPOS DE EVIDÊNCIA Dependendo da forma como a evidência é obtida, segundo Vale (2001) os principais tipos são: Física – obtida através da observação direta ou inspeção de bens corpóreos; Analítica – obtida através do exame dos documentos, comparações, cálculos, etc. Testemunhal – obtida através de entrevistas e depoimentos. Peter e Machado (2003d, p.89) identificam quatro tipos de Evidência segundo a forma: física, testemunhal, documental e analítica. Estes autores classificam a evidência quanto à fonte em: conhecimento profissional, evidência externa, evidência interna, evidências justapostas. Por tipo de prova fornecida a evidência segundo Peter e Machado (2003e, p.92) pode ser: positiva, primária, confirmativa ou contraditória. Duarte e Valério (2004b, p.49/50) classificam a evidência quanto à forma de obtenção em: física, documental, contabilista, subdividida em: evidência de comparação e raciocínio e evidência de cálculos e provas globais. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 34 CARACTERÍSTICAS DA EVIDÊNCIA Suficiente – a auditoria deve ser convincente para justificar os conteúdos dos relatórios, sendo encontrada quando ambos, auditor e receptor do relatório, estão satisfatoriamente convencidos que os achados e conclusões da auditoria são apropriados; Válida – refere-se à força ou credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões concernentes à natureza da entidade sob exame. Geralmente, quanto maior a confiabilidade da fonte e forma em evidência, mais válida ela será; Relevante – significa o grau de relação entre as evidências e os objetivos do auditor que podem ser divididos em de conformidade e de materialidade. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA EVIDENCIAÇÃO Propor evidência na realização do trabalho do Auditor não é uma questão de opção e sim cumprimento da Norma Brasileira de Contabilidade NBC T11- IT-02 que assim se expressa: a) O auditor deve documentar todas as questões que foram consideradas importantes para propiciar evidência, visando a fundamentar o parecer da auditoria e comprovar que auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente as Demonstrações Contábeis; b) Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, filmes, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. c) Os papéis de trabalho destinam-se a: • Ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da auditoria; • Facilitar a revisão do trabalho de auditoria; • Registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor independente; d) O auditor deve registrar nos papéis de trabalho informação relativos ao planejamento de auditoria, a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas conclusões da Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 35 evidência da auditoria. Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor acerca de todas as questões significativas, juntamente com a conclusão a que chegou. A norma anteriormente citada ao referir-se sobre os papéis de trabalho, no item e suas alíneas assim se expressa: os papéis de trabalho, além de outros específicos incluem: Evidência do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses programas; Evidências do entendimento, por parte do auditor do sistema contábil e do controle interno, e sua concordância quanto à eficiência e adequação; Evidências de avaliação dos riscos de auditoria; Evidências de avaliação e conclusão do auditor e revisão sobre o trabalho da auditoria interna; Evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisado e revisado. Consoante a tudo que foi colocado acerca da evidência em auditoria é bom lembrar que o princípio do contraditório e da ampla defesa está garantido na constituição e, que em direito existe uma máxima que diz: o ônus da prova compete aquele que a alega. Portanto, é imprescindível que o auditor se conscientize que o seu trabalho gera resultados, e é necessário fazê-lo com zelo, e acima de tudo, com convicção e provas contundentes que não deixem margem a que outros duvidem de sua capacidade profissional e acima de tudo que foi realizado de forma idônea baseado nos princípios da ética e da responsabilidade social. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 36 CAPITULO XIII: RISCOS DE AUDITORIA A auditoria é realizada por meio de processo de amostragem. Por isso, os auditores escolhem áreas a serem examinadas e evidências a serem investigadas, dentre aquelas que eles acreditam possuir a maior relevância para o seu propósito final, levando-se em conta que os trabalhos possuem limites impostos pelas restrições de tempo e de custos, não podendo, portanto, examinar todas as evidências disponíveis. Assim sendo, Risco de Auditoria, em sentido amplo, pode ser definido como a possibilidade de o auditor, por desconhecimento, deixar de modificar apropriadamente sua opinião sobre as demonstrações financeiras materialmente incorretas pelo efeito de erros ou irregularidades existentes, mas não detectados pelo seu exame. No caso específico da auditoria interna, essa opinião materialmente incorreta recairia sobre o risco de o auditor emitir um relatório errado ou incompleto sobre a área examinada. A abordagem compreende a identificação, no processo de planejamento, do grau de risco envolvido na auditoria e na determinação da amplitude exigida em face desses riscos. Assim, ao mesmo tempo em que se devem concentrar esforços em situações que envolvam alto risco, as operações que envolvam alto risco, as operações que envolvam poucos riscos constituem um potencial de redução de trabalho e de reordenação dos esforços para as áreas que envolvem maior risco. Conforme o autor Sergio Jund (2002g, p.204) , a análise específica do risco inclui: Avaliação de amplitude em que as técnicas de controle do negócio alcançam os objetivos de controle do ciclo; Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 37 Determinação dos riscos, quando um objetivo não é alcançado ou é apenas parcialmente alcançado; Planejamento de um conjunto proporcional de testes de observância (aderência), substantivos e com dupla finalidade. E ainda baseado no autor supracitado, a avaliação do risco tem como base o julgamento sobre se as técnicas proporcionam “garantia razoável” de que o objetivo de controle é: Alcançado; Parcialmente alcançado; Constatar que não proporcionam nenhuma garantia de que o objetivo é alcançado. Baseado no mesmo autor, a amplitude em que um objetivo particular é alcançado depende: Do que poderia sair errado, e se a técnica de controle impediria que isto acontecesse. Se isto realmente acontecesse – se um erro ou irregularidade efetivamente ocorresse – seria ele detectado na execução normal do processo e, nesse caso, quando? Percebe-se que os dois elementos básicos do controle interno são a prevenção e a detecção. Se Durante a análise dorisco Verificado que um objetivo não é plenamente alcançado e que os erros e irregularidades poderiam ocorrer sem serem prontamente detectados. Determinar que impacto esses erros ou irregularidades potenciais poderiam causar nos Balanços reportados ou nas operações do negócio. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 38 Em consonância com Sergio Jund (2002h), na determinação desses riscos, os seguintes fatores devem ser considerados: O controle geral do ambiente; A natureza dos ativos ou operações envolvidos; A importância das contas ou transações afetadas; A dispersão das transações afetadas; A natureza da ineficiência e o potencial do controle de balanceamento contábil; A extensão do tempo que um erro ou irregularidade poderia alcançar sem ser detectado; As experiências anteriores da Companhia; A estabilidade das práticas e procedimentos da Companhia; A experiência de Auditoria anterior. Segundo Sergio Jund (2002, p.206), os riscos podem ser tipificados em três amplas categorias: Risco inerente; Risco de controle; Risco de detecção; Risco de Auditoria De acordo com a NBC-T-11, Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos considerando a relevância em dois níveis: geral (considerando as demonstrações financeiras) e específico (considerando as contas separadamente). Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 39 Risco Inerente É a possibilidade do saldo de uma conta (ou classe) estar errado devido à inexistência ou inadequação de controles internos. Este tipo de risco é grande nas tarefas simples e rotineiras. Exemplificando, erro na execução (contagem) de inventário (exatamente por isto que o inventário é recontado, geralmente por outra equipe, confirmado e dadas soluções a possíveis diferenças), cálculos simples e rotineiros, como métodos de controle de estoque (PEPS, média, etc.), contagem de dinheiro, etc. Risco de Controle É a possibilidade do saldo de uma conta (ou classe/transação) estar errado e não ser detectado pelo sistema de controle interno. O risco de controle está ligado à eficácia dos procedimentos do controle interno (ao contrário, o risco inerente está mais ligado à inexistência do controle interno). Os riscos inerentes e de controle podem ser avaliados pelo auditor juntos ou separadamente já que ambos referem-se ao sistema de controle interno. Estes riscos sempre existem. Não há sistema de controle interno perfeito. Risco de Detecção É a possibilidade do saldo de uma conta (classe ou transação) estar errado e não ser detectado ou levar o auditor a concluir pela sua inexistência em função dos procedimentos de auditoria. O risco de detecção é função dos procedimentos de auditoria, isto é, dos testes substantivos. A existência deste tipo de erro é devido a: Sistemas de testes (principalmente) já que não são revistos todos os elementos que compõe uma conta. Procedimentos de auditoria inadequados. Equipe de auditoria inapta. Interpretação errônea do resultado do teste. Observe que o risco de detecção depende da auditoria ao contrário do risco inerente e de controle, que existem independente da auditoria (e sim dos controles internos). Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 40 Risco Final É o produto entre risco inerente (RI), risco de controle (RC) e risco de detecção (RD). Assim temos: RF = RI .RC . RD Obviamente o valor do risco final nunca é zero. O auditor deve efetuar os testes de modo que o resultado obtido seja menor que o risco (final) que ele está disposto a assumir. O risco final está ligado a procedimentos estatísticos e de amostragem. O Risco Inerente é o mais difícil de ser detectado, pois está intrínseco. O risco inerente, numa visão abarcante, do ponto de vista operacional, pode ser definido como a susceptibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades proeminentes antes de conhecer-se a eficácia dos sistemas de controle, a qual varia em função da: a) Natureza do negócio b) Natureza dos componentes c) Natureza dos sistemas de informações contábeis. Risco de Controle é o risco de que os sistemas de controle possam falhar na prevenção ou detecção, em tempo hábil, de erros ou irregularidades importantes. O coeficiente deste risco é uma função da efetividade dos processos de controle interno para atingir seus objetivos amplos, mas jamais será nulo Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 41 devido às limitações inerentes em qualquer sistema dependente do elemento humano para funcionamento. Risco de Detecção é o risco de que o resultado da execução dos procedimentos da auditoria enganosamente induza o auditor a concluir pela inexistência de erro ou irregularidade relevante, em decorrência de: Não examinar toda a evidência disponível; Possível ineficiência do próprio procedimento de auditoria que, embora bem aplicado, talvez seja incapaz de detectar certo tipo de erro; Possíveis deficiências na execução dos procedimentos de auditoria ou na avaliação dos fatos descobertos durante o exame O risco de detecção deve manter relação inversa aos riscos inerentes e de controle, ou seja, quanto menores estes, maior o patamar do risco de detecção que poderá ser aceito. Contrariamente quanto maiores os riscos inerentes e de controle, menor o nível do risco de detecção a ser aceito. Segundo Jund (2002j), os riscos em auditoria se classificam em: Mínimo Baixo Intermediário Alto Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 42 CAPITULO XIV: AUDITORIA BASEADA EM RISCOS Todos os riscos que estão presentes ou circundam a entidade devem ser avaliados. O processo pode ser dividido em etapas, como: Identificação das atividades exercidas pela entidade e, portanto, passíveis de serem auditadas; identificação dos perfis das atividades e avaliação do risco correspondente a cada uma delas; Estabelecimento de uma escala de atividades em função dos riscos; Programação de auditoria baseada na avaliação de riscos. FATORES DE RISCO E PONTUAÇÃO Eles estão assim definidos: Risco operacional: medida que avalia a possibilidade de a entidade não alcançar seus objetivos por não poder identificar e manejar os riscos de modo a dotar de integridade, eficácia e eficiência as suas operações e preservar os seus ativos; Risco financeiro: fato que pode gerar perda financeira para a entidade; Risco de tecnologia da informação: possibilidade de a tecnologia da informação com que se conta não funcionar segundo o previsto e vir a comprometer a disponibilidade, integridade e segurança da informação; Risco de informação para a tomada de decisões: possibilidade de a informação destinada a respaldar as decisões institucionais, ser incompleta, antiquada, inexata, tardia, não guardar relação com o processo de tomada de decisão e não comunicar adequadamente, interna ou externamente; Grupo iPED - Curso de AuditoriaContábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 43 Risco de recursos humanos: possibilidade de existir falta de valores éticos, de uma adequada estrutura organizacional, de competência profissional e de responsabilidade formal por parte da administração ou dos servidores de uma entidade; Risco contextual: possibilidade de existirem fatores externos que possam impactar a entidade ou modificar significativamente as diretrizes básicas que orientam os seus objetivos e estratégias globais e repercutir sobre sua capacidade de alcançar seus objetivos. MATRIZ DE PONTUAÇÃO A Matriz de Risco contém a pontuação correspondente ao risco de cada sistema/atividade analisada, de forma ordenada. Ela é obtida a partir da avaliação dos itens e fatores de risco relativos a cada atividade. A cada item se atribue uma pontuação cuja soma representa a importância do fator. Os fatores somados, por sua vez, representam a avaliação relativa ao risco do sistema, objeto da análise. EXEMPLO: A Matriz de Risco contém a pontuação correspondente ao risco de cada sistema/atividade analisada, de forma ordenada. Ela é obtida a partir da avaliação dos itens e fatores de risco relativos a cada atividade. A cada item se atribui uma pontuação cuja soma representa a importância do fator. Os fatores somados, por sua vez, representam a avaliação relativa ao risco do sistema, objeto da análise. Os itens de cada fator têm peso distinto. A atribuição dos pesos correspondentes a cada item constante do modelo foi feita considerando a experiência, a observação da realidade e a visão crítica de quem assim propôs. Tal fato, no entanto, poderá ser revisto para contemplar as particularidades de cada entidade ou os momentos distintos de uma realidade empresarial. O modelo proposto prevê a avaliação de risco, peso 10: · pelo auditor, quando dos trabalhos de campo. Vale peso 3 por ser um especialista em controle interno e por estar mais inteirado das rotinas referentes à atividade auditada; · pelo auditado, obtida por entrevista conduzida pelo auditor, pressupondo- se que ele não dispõe do embasamento teórico necessário para a atribuição de pontos sem auxílio. Análise facultativa (a não obtenção desses dados deve ensejar uma justificativa por parte do auditor). Vale peso 2 por ter uma abordagem distinta da auditoria, por vivenciar a rotina da atividade, por poder considerar outro aspectos de um mesmo fato, e, no entanto, não ser especialista em controles internos; Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 44 · pelo chefe do auditor ou coordenador de auditoria, quando da revisão dos papéis de trabalho. Vale peso 2,5 por ter uma visão da auditoria como um todo e da própria entidade, o que contribuirá para o seu julgamento; · pelo chefe da Auditoria, quando do planejamento, facultativamente, posto que ele deverá considerar a necessidade de participar do processo ou não. Vale peso 2,5 por ter uma visão sistêmica que poderá contribuir para o estabelecimento de análise do risco de uma atividade, em relação às demais. No caso de não ser possível a obtenção dos dados do auditado, o peso correspondente migrará para as demais instâncias administrativas, da seguinte forma: a análise do auditor terá peso 4 (acréscimo de 1 peso) e a do chefe do auditor de peso 3,5 pontos (acréscimo de 1 peso). Nesse caso o peso correspondente a análise do chefe da Auditoria não sofrerá alteração. Caso não haja interesse do chefe da Auditoria em participar da análise de risco, o peso correspondente migrará para o auditor que passará a valer peso 4 (acréscimo de 1 peso) e para o do chefe do auditor que passará a valer peso 4 (acréscimo de 1,5 peso). O peso referente à análise do auditado não sofrerá alteração. Na hipótese de nem o auditado, nem o chefe da Auditoria atribuírem pontuação aos itens de risco, a pontuação do auditor e do chefe do auditor terão peso 5. A média aritmética ponderada da pontuação atribuída pelas referidas instâncias administrativas permitirá uma classificação centralizada com a redução de inconsistências. Em caso de um mesmo sistema ser auditado em mais de uma unidade administrativa, a pontuação seria atribuída ao sistema em cada unidade, pelas instâncias referidas anteriormente (auditor, auditado - facultativamente, chefe do auditor, chefe da Auditoria - facultativamente). O resultado final seria o risco ponderado, inicialmente calculado por item entre todas as unidades administrativas, e após, entre os fatores, de modo a obter um valor consolidado por atividade ou sistema. No caso de determinado sistema não ter sido objeto de auditoria no período avaliado, sua pontuação deverá ocorrer por ocasião do planejamento pelo chefe do auditor e do chefe da Auditoria, facultativamente, valendo cada análise 5 pontos cada um. Caso o chefe da Auditoria não proceda a análise de risco, a pontuação correspondente à análise do chefe do auditor valerá 10. A atribuição de pesos a cada analista deve contemplar as particularidades de cada entidade e do momento empresarial vivido. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 45 CAPITULO XV: ASPECTOS DA METODOLOGIA DA AUDITORIA INDEPENDENTE A metodologia de processos de auditoria independente compreende as seguintes ações: RECONHECIMENTO O auditor e sua equipe , encarregados de um especifico sistema contratante são parte do sistema resposta do processo genérico de auditoria. Obtenção de dados preliminares Identificação do sistema contratante Determinação se a entidade contratante é passível de auditoria Reconhecimento da situação CONTRATAÇÃO Desenvolvimento de relações entre o sistema contratante e o sistema resposta da auditoria. Elaboração de contrato de prestação de serviços Elaboração de carta de compromisso Reunião Interação do sistema contratante com o atual sistema de auditoria Esclarecimento dos papeis Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 46 Reconhecimento claro e ético Obtenção de trabalho conjunto PESQUISA AMBIENTAL È o processo de compilardados relativos ao funcionamento do sistema contratante. Caracteriza fundamentalmente o trabalho do auditor o “ cetismo profissional” Identificação das condições da indústria em termos econômicos – competitividade – praticas contábeis – requisitos legais – obrigações de prestar informações. Identificação de características singulares do sistema contratante pela analise do ambiente interno. PLANEJAMENTO È o conjunto de procedimentos que estabelece atividade do auditor para serem aplicadas no sistema. Entendimento dos aspectos básicos Desenvolvimento da estratégia Identificação de sistemas contábeis Planejamento do esforço de documentação Planejamento de procedimento analíticos detalhados Considerações sobre tempestividade, pessoal, comunicação Documentação dos trabalhos de auditoria Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 47 GESTÃO Compreende os planos da concepção, desempenho e avaliação dos trabalhos de campo da auditoria. Formulação de um programa de auditoria preliminar com base em analise e riscos Formulação e um programa geral de auditoria Desenvolvimento de procedimentos mínimos COMUNICAÇÃO È o processo de emissão do parecer de auditoria e derelacionamento Apresentação e analise das normas do parecer dos auditores independentes aprovadas pela Resolução CF 700/91, do Conselho Federal de Contabilidade Apresentação e analise de normas do parecer dos auditores independentes IBRACON Normas do parecer de auditoria do AIPA (Instituto Americano de Auditores Independentes) Normas do parecer de auditoria do IAPC (International Auditing Practices Committee) TERMINO È o processo pelo qual o sistema resposta do auditor e o sistema contratante decidem que estão terminadas as responsabilidades mutuas. Reunião final Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 48 CAPITULO XVI: MODELOS DE PAPEIS DE TRABALHO Com base nas técnicas e procedimentos em auditoria contábil, foram relacionados algumas ocorrências comuns para facilitar a execução dos pápeis de trabalho. Os exemplos encontram-se separados em 3 (três) partes, que são: Objetivos: O foco da análise. Procedimentos: Levantamento de evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. Pontos: São as conclusão e opinião obtidas sobre as ocorrências contábeis. Observe que no texto são apenas exemplos ficticios de ocorrências que foram auditadas. CAIXAS E BANCOS OBJETIVOS: 1- Verificar o saldo existente nas contas de caixa e banco; 2- Verificar a carta de responsabilidade e anexar uma cópia; 3- Analisar a existência de itens pendentes de conciliação; 4- Verificar a natureza dos itens pendentes de conciliação; 5- Verificar se existem saldos negativos de conta corrente, classificados no ativo circulante; 6- Verificar a existência física e controles individuais dos itens que compõe o caixa como vale-transporte, cheques, outras moedas. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 49 PROCEDIMENTOS: 1- Solicitar a conciliação de todos os bancos para a data base, juntamente com todos os extratos de conta corrente. 2- Analisar e comparar com o saldo do boletim de caixa e o razão analítico da conta, estabelecendo possíveis diferenças. 3- Conferir o saldo contábil como razão, conferindo também o saldo bancário com o extrato bancário. PONTO DE AUDITORIA Nota-se durante as conciliações do Banco do Povo no mês de Janeiro/XX, a existência de avisos de débitos antigos lançados pelo banco no valor de 1.000 reais pagos ao fornecedor xxxx Ltda., o mesmo não foi registrado pela empresa. Solicitamos verificação do saldo da conta, efetuando a devida correção. DUPLICATAS A RECEBER / CLIENTES OBJETIVOS: 1- Determinar se os créditos são reais e se estão corretamente classificados e demonstrados de acordo com os princípios contábeis; 2- Verificar o sistema de controle interno existentes. 3- Verificar a provisão de devedores duvidosos e quais os critérios utilizados. 4- Determinar a forma de cobrança de juros sobre as duplicatas. PROCEDIMENTOS: 1- Confrontar o saldo de duplicatas a receber com o razão contábil dos principais devedores; 2- Determinar a composição das principais duplicatas pendentes e conferir com o razão, verificando eventos subseqüentes (recebimentos); 3- Averiguar a existência de cartão de crédito; Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 50 4- Averiguar a existência de adiantamentos concedidos a clientes do passivo; 5- Verificar a escrituração do livro registro de duplicatas; 6- Examinar e demonstrar a forma de cálculo e cobrança de juros sobre as duplicatas a receber; 7- Verificar a idade dos vencimentos das duplicatas pendentes e averiguar os procedimentos adotados para cobrança, analisando possíveis transferências para resultados (perdas); 8- Examinar o retorno do romaneio da NF assinado pelo cliente, dando ciência do recebimento da mercadoria; PONTO DE AUDITORIA Em casos de grande movimento, constatamos que no recebimento de duplicatas no local de vendas, o funcionário não encaminha-se ao caixa para efetuar a baixa no sistema. Estes valores podem afetar o capital de giro da empresa, ocasionando possíveis prejuízos, além de ficar como pendência de pagamento no sistema até que seja regularizado. ATIVO PERMANENTE OBJETIVOS: 1- Verificar o cálculo da depreciação e correção monetária quando for o caso; 2- Verificar a existência física e controles individuais; 3- Verificar se não existem despesas imobilizadas e investimentos não capitalizados; 4- Verificar se está devidamente contabilizado conforme os Princípios Contábeis e fiscais; 5- Verificar se está livre de restrição de uso, garantia ou penhora; 6- Verificar a equivalência patrimonial. Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 51 PROCEDIMENTOS: 1- Solicitar a movimentação ocorrida no Ativo Permanente, durante o período auditado, verificando os critérios utilizados para escrituração contábil; 2- Solicitar o relatório Auxiliar e mapa resumo, fazer o cálculo da depreciação/amortização e exaustão, quando for o caso, do período e confrontar com o razão contábil; 3- Solicitar os registros individuais dos bens e confrontar com o relatório global existente; 4- Verificar fisicamente, através de amostragem, os itens que compõem o Imobilizado, constatando também se o procedimento de emplaquetamento está correto; 5- Percorrer as contas de reparos e manutenção para certificar-se da existência ou não de itens capitalizáveis incluídas nas despesas, e vice- versa; 6- Relacionar os bens principais bens principalmente imóveis e verificar se há itens dados em garantia, penhora ou hipoteca, correlacionando com os empréstimos e financiamentos do passivo; 7- Verificar a origem dos investimentos e proceder o cálculo da equivalência patrimonial se for o caso. PONTO DE AUDITORIA Identificamos a máquina XXL no setor de Produção de Embalagens registrado no patrimônio da empresa sob o nº. xxxx, cuja compra foi realizada em 31/01/XX, no valor de R$ xxx,00, do fornecedor Cia xxx LTDA. A máquina atualmente encontra-se inoperante, pois ainda não foi instalada, porém de acordo o razão contábil encontra-se os lançamentos de depreciações deste equipamento. Solicitamos o estorno dos lançamentos, pois não deveram compor o saldo de credito dos impostos. ESTOQUES OBJETIVOS: 1- Constatar a existência real dos estoques; Grupo iPED - Curso de Auditoria Contábil Proibida a reprodução por qualquer meio eletrônico ou impresso. Grupo iPED - Todos os direitos reservados - www.iped.com.br 52 2- Verificar se a contabilização está de acordo com os princípios de contabilidade; 3- Verificar a forma de valorização dos estoques, se está de acordo com a legislação fiscal vigente; 4- Verificar o sistema de controles internos existentes; 5- Verificar a escrituração do Livro Registro de Inventário Modelo x. PROCEDIMENTOS: 1- Efetuar a contagem física dos principais itens em estoque e cruzar com o controle interno e razão contábil; 2- Obter resumo dos estoques e executar o seguinte: 2.1 Conferir quantidade, preço unitário e total (por amostragem), baseado nos documentos de entrada, cruzando com o razão contábil; 2.2 Verificar se há materiais, mercadorias ou produtos que o possam ser considerados morosos ou obsoletos e o tratamento contábil dispensado aos mesmos; 2.3 Verificar o critério de valorização dos estoques, se são válidos e de acordo com a legislação fiscal vigente; 3- Examinar o livro Registro de Inventário
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