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Trabalho e saúde no ambiente destrutivo do agrohidronegócio canavieiro no Pontal do Paranapanema, THOMAZ JUNIOR, Antonio - Revista Pegada – Vol 15 n2 São Paulo Brasil - Dezembro/2014 Autor do fichamento: Antonio Alcir da Silva Arruda - 2016 Resumo: O autor do artigo, foca os malefícios que os inseticidas e fungicidas causam ao trabalhador referente a sua saúde e ao meio ambiente, entendendo que esses produtos são catalisadores para acidentes e causadores de doenças laborais, descrevendo os diversos tipos de danos, e de todas as naturezas causados à saúde do trabalhador e também para a sociedade, na figura dos consumidores finais que estão sendo contaminados durante o consumo devido à exposição de elevada carga de insumos químicos utilizados na produção do agrohidronegócio. No artigo são consideradas as relações antagônicas entre trabalho e capital, delineando o principal objetivo oportunista protagonizado pelo capital agroindustrial, que é viabilizar o projeto de classe burguês, de fazer da submissão, dominação, exploração do trabalho e dos mecanismos especulativos, os vetores da acumulação de capital, sem se importar com a saúde de seus trabalhadores. O Estado corrobora e promove a identidade do agrohidronegócio quando legitima a grilagem das terras ocupadas, das melhores terras, com acesso aos melhores mananciais de água, provendo infraestrutura para escoamento de produção e ainda propiciando incentivos fiscais por lei regulamentada. Amparado pelo Estado, pela iniciativa privada e pela necessidade de emprego das pessoas, o agrohidronegócio possui todas as ferramentas para a expansão de seus negócios, “doa a quem doer”; à saúde dos trabalhadores e consumidores da sociedade ou ao meio ambiente com sua plena degradação ocasionada pelos agrotóxicos contaminantes de solo e mananciais de água da superfície e podemos inferir ainda, das águas subterrâneas. Debates: 1) Dinâmica territorial, formas de dominação e relações de trabalho, formas de uso da terra, gestão da água e saúde ambiental, ocupam lugar central na análise das consequências do modelo de desenvolvimento econômico integrado à dinâmica de valorização do capital. 2) No ambiente degradado pelos agrotóxicos externalizam-se os principais problemas para a saúde pública, Esse ambiente é a expressão de um modelo de sociedade e de desenvolvimento, para agricultura mecanizada e químico dependente em monocultivo intensivo e voltada para a exportação (plantation). 3 ) O capital tem à disposição elementos imprescindíveis para a marcha expansionista dos seus negócios. Além de contar com os favorecimentos dos investimentos públicos e privados, e por isso disputa apoios, cabe colocar em evidência que os bons resultados obtidos são complementados pelo acesso às melhores terras.(planas, férteis, localização.) Guia de leitura 1) Porque o Estado corrobora e permite a expansão do agronegócio, se ele causa problemas de saúde a sociedade e ao meio ambiente? 2) Debater o significado da expressão de Rigotto 2009 “O processo saúde doença é determinado pelo modo como o homem se apropria da natureza em um dado momento ” 3) Explicar porque a valorização do capital está atrelado a dinâmica territorial, formas de combinação e relações de trabalho, formas de uso da terra, gestão da água e saúde ambiental, ocupam lugar central na análise das consequências do modelo de desenvolvimento econômico integrado à dinâmica de valorização do capital.
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