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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Leandro Vitor Alves Como forma de defesa das relações sociais, a legislação brasileira adotou dois institutos muito valorosos e que devem sempre ser observados, de maneira quase automática, pois definem num primeiro instante se a ação há ser proposta terá chances de lograr êxito em seu propósito. Estes institutos são conhecidos como: Prescrição e Decadência. 1 – PRESCRIÇÃO Resultante de definição legal, a prescrição é o prazo (espaço de tempo) que um interessado possui para reclamar seus direitos sobre outrem. É o prazo para se ajuizar uma ação reclamatória de direitos. A prescrição “...existe para criar tranquilidade e segurança nas relações sociais, pois não se pode admitir que uma pessoa tenha sobre outra uma pretensão que pode ser reivindicada ou não no decorrer dos tempos...”. (RODRIGUES, 2014). Coerentemente, a autora deixa claro que a prescrição se faz importante no âmbito da atual organização social, não permitindo que uma pessoa tenha sobre outra um direito eterno, que possa ser reclamado a qualquer tempo, baseando-se simplesmente na sua vontade. Segundo DINIZ, citado por Garcia (2005) algumas das características da prescrição são: A prescrição extingue a ação e indiretamente o direito; O prazo prescricional é definido somente por lei; A prescrição das ações patrimoniais não pode ser decretada ex-ofício; Só as ações condenatórias sofrem os efeitos da prescrição. Segundo o artigo 198 CC, não corre prescrição para: Incapazes, os que estiverem em serviço público fora do País e aos membros das forças armadas em tempos de guerra. 2 – DECADÊNCIA A decadência “também chamada de caducidade, ou prazo extintivo, é o direito outorgado para ser exercido em determinado prazo, caso não for exercido, extingue-se.” (GARCIA, 2005). É a “perda do direito por não havê-lo exercido no prazo fixado em lei”. (JUSBRASIL, 2014) Com o sentido semelhante ao da prescrição, a decadência também trata do lapso temporal que o interessado possui para propor uma ação em razão de um direito a que faz jus. Porém na decadência, a perda do prazo extingue o próprio direito e indiretamente extingue a ação que poderia ser proposta. Segundo DINIZ, citado por Garcia (2005) algumas das características da decadência são: O prazo decadencial é estabelecido por lei ou vontade unilateral ou bilateral; A decadência requer uma ação cuja origem é idêntica à do direito; A decadência corre contra todos; A decadência decorrente de prazo legal pode ser julgada, de oficio, pelo juiz, independentemente de arguição do interessado. 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS De forma bem simples, a prescrição é a perda do prazo para propor uma ação e decadência e a perda o direito em si mesmo. A perda de prazos e sempre fatal, seja para o interessado que sentira amargo na boca ao ver seus direitos se esvaírem, ou seja, para o profissional que por sua própria culpa perderá credibilidade ao decepcionar seus clientes, negligenciando o compromisso assumido. Sendo um ou outro, a perda de prazos já foi causa de muitas ações ganhas por parte de infratores e causa também da perda de muitos direitos de pessoas de bem. REFERÊNCIAS GARCIA, Wilson Roberto Barbosa. Prescrição e decadência no direito civil: Definição, causas que impedem ou suspendem a prescrição, prazos prescricionais. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2313/Prescricao-e-decadencia-no-Direito- Civil>. Acesso em: 19 mai 14. JUSBRASIL. Decadência de direito. Disponível em:<http://www.jusbrasil.com.br/topicos /298834/decadencia-de-direito>. Acesso em: 20 mai 14. RODRIGUES, Sabrina. O que é prescrição? Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=3241>. Acesso em: 20 mai 14
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