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Revista Industria da mineração 53

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Brasil conhece 
metodologia inovadora 
de promoção da 
sustentabilidade 
do setor mineral
6º Fórum Mundial da Água: Brasil 
registra participação de 50 instituições
EXPOSIBRAM Amazônia 2012: 
garanta sua participação!
Va
le Mina de Taquari-Vassouras, Sergipe
Março de 2012Ano VII - nº 53
Mineração
i n d ú s t r i a d a
www.facebook.com/ibram.mineracaowww.facebook.com/ibram.mineracaowww.twitter.com/ibram_mineracaowww.twitter.com/ibram_mineracaoIBRAM nAs Redes socIAIs:IBRAM nAs Redes socIAIs: w w w. I B R A M . o R g . B Rw w w. I B R A M . o R g . B R
EDITORIAL
EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Presidente Interino: Rinaldo César Mancin / Diretor de Assuntos 
Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin • CONSELHO DIRETOR – Presidente: Ricardo Vescovi de Aragão / Vice-Presidente: 
Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) / Textos: Flávia Agnello e Anna Lima • Sede: SHIS QL 12 
Conjunto 0 (zero) Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 / Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: ibram@ibram.org.br – Portal: www.ibram.org.br • 
IBRAM Amazônia: Av Gov. José Malcher, 815 s/ 313/14 – Ed. Palladium Center – CEP: 66055-260 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – E-mail: ibramamazonia@ibram.org.br 
• IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223.6751 – E-mail: ibram.mg@ibram.org.br • 
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IBRAM promove mineração 
no Brasil e no exterior
2º Congresso Internacional 
de Direito Minerário – 
Inscrições abertas
Estão abertas as inscrições para o 2º Con-
gresso Internacional de Direito Minerário que 
acontece em Salvador, Bahia, de 2 a 4 de maio, 
e tem como objetivo debater a legislação mi-
neral. O evento é uma iniciativa conjunta do 
IBRAM, do Departamento Nacional de Produ-
ção Mineral (DNPM) e da Escola da AGU – Ad-
vocacia-Geral da União. Inscrições no site www.
direitominerario.org.br.
Informações: secretarIa executIva – ÉtIca Promoção 
de eventos Ltda. teL.: (31) 3444.4794 / e-maIL: dIrmIn@
etIcaeventos.com.br ou etIca@uaIgIga.com.br
7º CBMINA recebe 
trabalhos até 16 de abril
O IBRAM recebe, até 16 de abril, os traba-
lhos que serão apresentados durante o 7º CB-
MINA, que acontece em Belo Horizonte, Minas 
Gerais, de 10 a 12 de julho. Os três melhores 
trabalhos serão premiados. O evento engloba o 
7º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, o 
7ºCongresso Brasileiro de Mina Subterrânea
Os assuntos a serem abordados são: fecha-
mento de mina, barragens de rejeitos (tecnolo-
gia, implantação e gestão), controle de quali-
dade, economia mineral/avaliação econômica, 
geomecânica aplicada, hidrogeologia (gestão de 
recursos hídricos e controle de drenagem ácida), 
meio ambiente (controle ambiental e recupera-
ção de áreas mineradas), operações unitárias 
(automação e outras tecnologias), planejamento 
de lavra, saúde e segurança, ventilação de mina 
subterrânea, mineração e sustentabilidade (bio-
diversidade e comunidades) e mineração e mu-
danças climáticas.
InscrIções e Informações: www.cbmIna.org.br; 
etIca@uaIgIga.com.br ou cbmIna@etIcaeventos.com.br
O Brasil é a sexta economia mun-
dial, com investimentos externos 
diretos em expansão e crescente 
participação no fluxo de comércio in-
ternacional. A mineração tem grande 
destaque nesse cenário. 
O setor mineral brasileiro reveste-
-se de grande importância na econo-
mia, sendo um dos maiores exporta-
dores, com efeitos positivos em toda a 
cadeia produtiva, gerando empregos 
e promovendo o desenvolvimento. 
Uma das prerrogativas do IBRAM 
é difundir junto à população tal im-
portância, bem como quão signifi-
cativos são o crescimento e o desen-
volvimento sustentável da atividade. 
Assim, o Instituto pretende despertar 
na sociedade o reconhecimento de 
que o Brasil, para galgar novos pata-
mares socieconômicos, precisa con-
tar com uma mineração robusta e 
estruturada – à semelhança do que 
ocorre, por exemplo, na Austrália e 
no Canadá.
Um dos caminhos para atingir 
este objetivo é a realização de quatro 
eventos setoriais de grande porte. Es-
tes encontros também são momentos 
para aperfeiçoamento do setor, onde 
se busca discutir os rumos da minera-
ção mundial. Neles estarão reunidos 
os principais nomes da mineração na-
cional e internacional, além de repre-
sentantes de empresas interessadas 
em contribuir para o crescimento do 
mercado mineral brasileiro.
Em paralelo à organização des-
ses encontros, o Instituto apresen-
tou no fim de fevereiro o Mining: 
Partnerships for Development Toolkit, 
uma metodologia que tem por ob-
jetivo identificar os impactos socio- 
econômicos da mineração.
Além disso, o IBRAM, a ADIMB – 
Agência para o Desenvolvimento Tec-
nológico da Indústria da Mineração 
Brasileira e o Governo Federal coor-
denaram, de 4 a 7 de março, a partici-
pação de empresas brasileiras no Bra-
sil Pavilion, espaço nobre em um dos 
mais importantes eventos internacio-
nais do setor, o PDAC – Prospectors 
& Develpers Association of Canada 
(PDAC), realizado em Toronto.
O objetivo central foi mostrar a 
realidade mineral do Brasil no exte-
rior e as novas oportunidades para o 
setor. Este conjunto de ações faz com 
que o Instituto abra outras oportuni-
dades para as associadas no exterior e 
também dentro do País.
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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 2
Sustentabilidade: "Programa Escola Que Vale promove 
educação para a comunidade envolvida com projeto mineral"
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O IBRAM , em parceria com a ERM – En-
vironmental Resources Management, desen-
volve estudo para identificar as práticas de 
gestão voltadas à sustentabilidade no setor 
empresarial mineral.
O objetivo é verificar como essas ações 
evoluíram ao longo do tempo, considerando 
como linha de corte a Rio-92. A publicação 
terá como base informações dos associados 
do Instituto, bem como as ações identifica-
das por meio de análise de dados públicos. 
O intuito é identificar como a relação das 
empresas com a sustentabilidade tem ocor-
rido em termos práticos.
O trabalho de pesquisa do IBRAM e da 
ERM iniciou em janeiro deste ano, quando 
os associados receberam um questionário 
sobre temas relacionados a meio ambiente, 
produção, relações com a comunidade, di-
reitos trabalhistas, entre outros. 
A publicação oferecerá a oportunidade de 
comprovar como as estruturas gerenciais das 
empresas têm progredido na inclusão e inte-
gração da sustentabilidade. Procurará, ainda, 
demonstrar que é possível à mineração con-
tribuir para o desenvolvimento sustentável.
Rio + 20
Vinte anos depois de sua estreia como 
sede de uma grande cúpula internacional, a 
cidade do Rio de Janeir volta a ser, em junho 
próximo, a capital mundial do meio ambien-
te. A Rio+20 oferecerá oportunidade única 
para avaliar os avanços registrados e os futu-
ros desafios a serem enfrentados pela comu-
nidade internacional em seus esforços para 
conciliar desenvolvimento econômico e so-
cial com preocupações ambientais e aquelas 
associadas à mudança do clima.
O combustível das discussões vem das 
mudanças climáticas, medidas pela ciência, 
e da crise financeira que se abate sobre os 
IBRAM estuda práticas de 
sustentabilidade na mineração
Instituto analisa como a indústria minerária 
administra os recursos naturais atualmente
países ricos. Cientistas, ativistas ambientais, 
empresários e chefes de Estado tentarão, ao 
longo de 11 dias na cidade, apontar ocami-
nho e estabelecer compromissos de gover-
nos e empresas para os próximos anos.
Para nortear as discussões o evento traz 
como temas centrais “Economia verde no 
contexto do desenvolvimento sustentável e 
erradicação da pobreza” e “Estrutura institu-
cional para a desenvolvimento sustentável”. 
A intenção é conciliar os anseios de uma 
classe média global emergente e a necessi-
dade de frear o ritmo com que os 7 bilhões 
de humanos consomem os recursos do pla-
neta – em 1992 éramos 5 bilhões e meio.
Mineração e 
sustentabilidade
Cerca de 80% do que 
se utiliza diariamente tem a 
presença de minerais. Des-
de o material que faz par-
te das paredes das casas, 
até as tintas que colorem 
roupas, papéis, silicones, 
entre outros. Todos esses 
produtos contêm minérios 
em sua composição ou são 
gerados a partir destes bens 
naturais, evidenciando a 
importância da mineração 
na vida da sociedade.
Muito do conceito de 
economia verde (um dos 
temas globais da Rio+20) 
está baseado na busca por 
maior eficiência no uso 
dos recursos naturais, vi-
vos e não vivos. Neste en-
tendimento, a mineração 
tem papel fundamental, 
visto que os minerais têm 
capacidade comprovada 
de reciclagem contínua, aumentando as-
sim o ciclo de vida de um bem mineral 
e diminuindo a pressão sobre o uso de 
recursos primários. Soma-se a isto, a eco-
nomia de energia que esta capacidade de 
reciclagem representa. Outra forma de al-
cançar uma economia verde se relaciona 
à busca por fontes alternativas de energia. 
Muitos metais são cruciais para desenvol-
ver novas tecnologias como as que propor-
cionam energias limpas. A maioria dessas 
inovações somente é possível graças ao 
uso dos metais.
Outra importante contribuição da in-
dústria da mineração para o desenvolvi-
mento sustentável está em funcionar tanto 
como alicerce quanto como catalisador 
do desenvolvimento econômico e social 
de uma região. A atividade é reconheci-
da mundialmente por sua grande capaci-
dade de transformar as relações sociais e 
econômicas, devido ser uma atividade de 
longo prazo, propiciando assim o desen-
volvimento econômico das comunidades 
localizadas em seu entorno.
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 3
A parceria entre o IBRAM e o 
ICMM – Conselho Internacio-
nal de Mineração e Metais (In-
ternational Council on Mining 
and Metals) avança mais uma 
importante etapa rumo a am-
pliar a sustentabilidade do setor 
mineral brasileiro.
Em 29 de fevereiro, as duas entidades 
sediaram em Brasília um seminário para 
apresentar e debater metodologia que 
objetiva identificar os impactos socioeco-
nômicos da mineração. Diante dos resul-
tados é possível tomar atitudes para am-
plificar os benefícios proporcionados pelo 
projeto mineral.
Trata-se de um “toolkit”, desenvolvido 
pelo ICMM, e já aplicado em alguns países, 
como Chile, Peru e Laos e que agora está 
sendo aplicado no Sudeste do Pará. Um pro-
jeto-piloto que certamente será expandido 
para outras regiões do Brasil.
Brasil conhece metodologia inovadora de 
promoção da sustentabilidade do setor mineral
O Mining: Partnerships for Develop-
ment Toolkit identifica aspectos diversos do 
projeto mineral e permite que as minera-
doras e agentes públicos tomem medidas 
articuladas para minimizar impactos que 
possam gerar problemas, bem como, irra-
diar os efeitos positivos de outros reflexos 
da atividade produtiva.
“Até hoje a mineração brasileira adota 
metodologias diversas para tornar seus pro-
jetos sustentáveis. Muitas recorrem a meto-
dologias consagradas internacionalmente; 
outras desenvolvem iniciativas próprias. O 
toolkit do ICMM é inovador e uma solução 
viável para a mineração brasileira. Acredito 
que este primeiro estudo de campo desper-
tará o interesse do setor em adotá-lo em 
larga escala. O IBRAM apoiará as minera-
doras nisso”, diz Rinaldo Mancin, Diretor 
de Assuntos Ambientais e Presidente Inte-
rino do IBRAM.
O seminário reuniu especialistas em 
mineração e em meio ambiente, do gover-
no, da Academia e da iniciativa privada, 
parlamentares e imprensa especializada 
em mineração. Entre eles, Robert Court, 
Coordenador do programa Resource En-
dowment Work do ICMM e Executivo 
Chefe Global de Assuntos Externos da mi-
neradora Rio Tinto.
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Workshop realizado durante Mining: Partnerships for Development Toolkit
Mesa de abertura do lançamento do Mining: Partnerships for Development Toolkit
Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 4
Ele explicou no encontro que a meto-
dologia resulta de esforços concentrados de 
instituições de renome internacional, como 
Banco Mundial, UNCTAD, Harvard, BID, 
entre outras. “É um fator, entre muitos, que 
asseguram credibilidade ao toolkit”, disse.
O toolkit leva em conta aspectos diver-
sos, como redução da pobreza, desenvol-
vimento regional, investimento social para 
mensurar os impactos dos projetos minerais.
“Com a aplicação do toolkit a socieda-
de passa a ter maior percepção do papel 
da mineração para a localidade, para a 
região e para o País. Se problemas forem 
identificados, fica muito mais fácil encon-
trar soluções viáveis para estes, de modo a 
preservar a atividade e suas contribuições 
positivas”, afirma Mancin.
Segundo Alan Roe, Consultor Associado 
da Oxford Policy Management, que conduz 
o projeto-piloto no Pará, a mineração no 
Brasil sofre preconceitos, até mesmo por 
parte de alguns especialistas em assuntos 
socioeconômicos, “que evitam associar a 
mineração como algo positivo para a vida 
das pessoas”. Curiosamente, disse, é um 
dos setores que mais realizará investimen-
tos no Brasil nos próximos anos, “especial-
mente em regiões menos desenvolvidas, 
onde há baixa capacidade de ação do setor 
público e alta sensibilidade em relação às 
questões ambientais”.
Alan Roe até levantou a questão de que 
a mineração no Brasil deveria ser um tema a 
ser tratado por mais de um ministério, além 
do de Minas e Energia, uma vez que impacta 
fortemente a economia nacional.
O Secretário Nacional de Geologia, Mi-
neração e Transformação Mineral, Cláudio 
Scliar, representou o Ministro de Minas e 
Energia no seminário e elogiou a iniciativa 
do encontro em evidenciar preocupação do 
setor com a sustentabilidade em consonân-
cia com as políticas públicas.
O Deputado Federal Arnaldo Jardim 
(PPS/SP) foi outro a celebrar a aplicação do 
toolkit no Brasil. “É um claro exemplo de ati-
tude responsável do setor mineral. Afinal, o 
desenvolvimento não pode ser construído a 
qualquer custo. Tem que ser de forma sus-
tentável, de forma racional”.
De acordo com Pablo Fajnzylber, Co-
ordenador de Operações do Banco Mun-
dial no Brasil, a mineração no Brasil e em 
outros países da América do Sul é um se-
tor fundamental, responsável pela atração 
de divisas pela exportação das chamadas 
“commodities minerais”. 
Ele criticou quem afirma que países que 
têm grande volume de produção e de ex-
portação de commodities (sejam minérios 
ou não) não avançam. “A produtividade não 
tem crescimento menor no segmento de 
commodities do que no de manufaturados”, 
afirmou, com base em estudos do próprio 
Banco Mundial.
Fajnzylber disse que políticas públicas 
devem ser traçadas e adotadas de modo a 
efetivar o papel da mineração como indu-
tora do desenvolvimento socioeconômico. 
“É preciso planejar o futuro porque um dia 
a commodity pode acabar. É preciso poupar 
nos tempos de fartura. Cidades que recebem 
o royalty (CFEM) têm que planejar o que fa-
zer com o recurso arrecadado”, sugeriu.
Durante o seminário foram realizados 
workshops específicos para os participantes 
discutirem os primeiros resultados da apli-
cação do toolkit no Pará. O próximo passo 
é reunir as contribuições e produzir docu-
mento que seráapresentado em junho, du-
rante a Rio+20.
maIs Informações sobre o tooLkIt:
Ibram@Ibram.org.br
ICMM, Vale, OPM e IBRAM no lançamento do Mining: Partnerships for Development Toolkit
Presidente Interino do IBRAM, Rinaldo Mancin, 
elogia ferramenta que ajuda a comunicação da 
atividade minerária com a sociedade
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 5
IBRAM-CONIM participa de reunião no Japão
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A indústria mineral (mineração e transformação mineral) apresen-
tou em 2011 saldo positivo de US$ 34 bilhões na balança comercial 
brasileira, segundo informações do Ministério de Minas e Energia 
(MME). No ano passado, as exportações somaram US$ 70 bilhões, 
valor 43% superior ao verificado em 2010. As importações foram 
de US$ 36 bilhões.
Segundo análise feita pela Secretaria de Geologia, Mineração e 
Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (SGM/MME), 
em 2011 a mineração contribuiu com 18% do total exportado pelo 
Brasil e a transformação mineral, com 9%. Ao todo, o País vendeu 
US$ 256 bilhões ao exterior.
O aumento dessas receitas provém das vendas de minério de 
ferro (pelotas incluídas), participando com 93% das exportações da 
mineração. As vendas do produto cresceram 45% (em valor) com 
A 15ª Reunião do Comitê Técnico da ISO 
de Minério de ferro e pré-reduzidos (ISO/TC 
102 – Iron ore and direct reduced iron) mobi-
lizará os principais produtores e consumido-
res mundiais desse minério. Entre os dias 23 
e 27 de abril, representantes de países como 
África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Ca-
nadá, China, Coréia, Holanda, Japão, Reino 
Unido e Suécia estarão reunidos na Cidade 
do Cabo, no país sul africano, com o objetivo 
de discutir as normas elaboradas pelo ISO/TC 
102. Na mesma ocasião também se reunião 
seus três subcomitês: SC 1 – Sampling, SC 2 
– Chemical analysis e SC 3 – Physical testing.
A coordenação da delegação brasileira, 
bem como dos trabalhos realizados pelo se-
tor, estará sob responsabilidade do Comitê 
para a Normalização Internacional em Mi-
neração – IBRAM-CONIM, que atua por 
delegação e em nome da ABNT Associação 
Brasileira de Normas Técnicas. 
Organizações como Anglo Research, 
Arcelor Mittal Mines, Baosham, Baosteel, 
BHP Billiton Iron Ore, Corem, Corus, Csi-
ro Minerals, Guong Dong, Jisf, JFE, Kumba 
Resources, Lkab, Nippon Steel, Nisshin, 
Rio Tinto Iron Ore, Samarco, SGA, Shan-
ghai-CIQ, Sumitomo Metals, Tiajin, Thys-
senkrupp Sthal e Vale estão entre as mais 
presentes nessas reuniões. A delegação bra-
sileira, em geral composta por 12 delega-
dos representando as principais empresas 
produtoras do País, é considerada uma das 
mais atuantes. O Brasil tem estado presente 
de forma ininterrupta desde 1982, defen-
dendo e fortalecendo os interesses do setor 
brasileiro de minério de ferro.
De acordo com a Coordenadora do 
IBRAM-CONIM, Thásia de Medeiros, “o de-
safio permanente do ISO/TC 102 é aprovar, 
por consenso entre fornecedores e consu-
midores, a melhor metodologia internacio-
IBRAM-CONIM prepara 
delegação à 15ª Reunião 
internacional de produtores e 
consumidores de minério de ferro
nal para amostragem, análise química, de-
terminação da distribuição granulométrica, 
do teor de umidade e para ensaios físicos e 
metalúrgicos”. Estas normas fazem parte das 
especificações em contratos comerciais e, 
portanto, têm impacto direto no faturamen-
to das empresas.
As reuniões do ISO/TC 102 e seus sub-
comitês ocorrem de dois em dois anos, se-
guindo um sistema de rodízio entre os con-
tinentes. Os encontros têm caráter técnico, 
com um programa de trabalho contínuo, 
que requer discussões profundas e detalha-
das a respeito dos aspectos que envolvem 
metodologias de amostragem e diversas 
análises de minérios de ferro. 
Brasil apresenta saldo positivo na indústria mineral
relação a 2010, registrando 331 milhões de toneladas e US$ 42 
bilhões. Estima-se que em 2011, a produção de minério de ferro 
tenha alcançado 400 milhões de toneladas.
As importações de bens minerais totalizaram US$ 11,2 bilhões. 
O aumento de 45% em relação ao ano anterior foi devido, princi-
palmente, ao crescimento das compras de carvão metalúrgico (de 
US$ 3,6 bilhões, em 2010, para US$ 5,2 bilhões) e de potássio (de 
US$ 2,2 bilhões, em 2010, para US$ 3,5 bilhões).
Em 2011, a arrecadação da CFEM - os royalties da mineração - 
alcançou R$ 1,5 bilhão, aumento de 43% em relação ao ano anterior. 
Do total arrecado, a maior parte foi com o minério de ferro, que 
teve sua participação na CFEM aumentada de 65%, em 2010, para 
72%, no ano passado.
Fonte: MME
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 7
A Unidade de Negócio Minério de Fer-
ro Brasil da Anglo American possui 36% de 
trabalhadoras, superando a meta mundial 
de empregabilidade de mão de obra femi-
nina da empresa para 2012, que é de 25%. 
Atualmente, 14% da folha de empregados 
da Anglo American no mundo – composta 
por aproximadamente 107 mil – é com-
posta por mulheres. 
Apenas para a fase de operação do Pro-
jeto Minas-Rio, o empreendimento global 
mais importante da Anglo American e que 
atualmente encontra-se em fase de obras 
em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a 
Unidade de Negócio Minério de Ferro 
Brasil contratará aproximadamente trezen-
tas profissionais até o final de 2013. “Um 
dos nossos principais objetivos para 2012, 
e maiores desafios, é mapear, atrair e man-
ter essa mão de obra feminina. Para todas 
as vagas, independentemente da área, te-
mos como política a seleção de currículos 
de mulheres. Nós, inclusive, preferimos a 
mão de obra feminina para cargos como o 
de operador de usina de beneficiamento 
e soldador de instalações industriais. Elas 
têm mais habilidades manuais e uma aten-
ção mais concentrada do que a dos ho-
mens”, ressalta a Gerente de Recursos Hu-
manos e Administrativo da Pré-Operação 
do Projeto Minas-Rio, Claudiana Silva. 
Para a fase operacional do Minas-Rio, 
as mulheres terão a chance de se candi-
datar a vagas para técnicos, operadores, 
engenheiros e geólogos assim como para 
as áreas de planejamento, manutenção de 
mina e usina, gestão ambiental, gestão de 
processos, gestão de projetos, infraestru-
tura, segurança empresarial, saúde ocu-
pacional e meio ambiente. As interessadas 
devem se cadastrar pelo site da empresa, 
www.angloamerican.com.br, por meio do 
link Carreiras. 
Mulheres ganham espaço 
nas minas da Anglo American
Uma das três unidades de negócio da empresa no Brasil já possui 
36% de trabalhadoras e contratará mais 300 até o final de 2013
Contratada há quatro anos para traba-
lhar no empreendimento, a hidrogeóloga 
Ana Katiuscia Souza, 36, que coordena 
uma equipe de sete homens e já esteve 
em minas de fostato, cálcio e ouro. Ela de-
fende a presença feminina na mineração 
e afirma que nunca sofreu preconceito 
por estar em um ambiente predominan-
temente masculino. “Sou apaixonada pela 
minha profissão e não vejo diferença en-
tre homens e mulheres no que concerne 
à competência nesse ramo. Além disso, 
também acho que a vocação é essencial e 
tudo depende da sua postura no ambiente 
de trabalho. Os homens da minha equipe 
não reclamam”, diz. 
Ana Katiuscia conta que não perdeu a 
feminilidade por trabalhar no setor, mas 
que é impossível não perder um pouco da 
vaidade dada a natureza do trabalho. “O 
maior desafio, na verdade, é a exposição 
às intempéries do campo, mas você aca-
ba se acostumando e é uma parte também 
muito interessante e presente na minha 
profissão”, ressalta. 
A técnica em mineração Verlaine San-
tos, 25, que coordena uma equipe for-
mada por quatro homens e trabalha na 
planta-piloto do Projeto Minas-Rio, no 
município mineiro de Conceição do Mato 
Dentro, diz que não sofre nenhum tipo de 
rejeição ou preconceito por trabalhar nosetor, ser mulher e jovem. “Sou respon-
sável pela análise dos dados da sonda-
gem do minério de ferro feita em campo 
e trabalho como técnica há quatro anos. 
O que vejo é que atualmente existe uma 
grande aceitação da sociedade em relação 
à presença feminina na mineração. O que 
às vezes ainda acontece é que algumas 
pessoas acham que somos mais frágeis, ou 
que não daremos conta do trabalho por 
sermos mulheres, mas são poucos. No en-
tanto, não me importo com isso. Pretendo 
continuar com meus estudos e me tornar 
uma engenheira de minas“, explica. 
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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 8
Mulheres no comando
O Dia Internacional da Mulher, celebra-
do em 8 de março, tem como origem as 
manifestações das mulheres russas por me-
lhores condições de vida e trabalho e contra 
a entrada do seu país na Primeira Guerra 
Mundial. Mas a data só foi oficializada em 
1975, pela ONU.
No Brasil, as mulheres, dia após dia, de-
monstram sua força e lutam pela sua igual-
dade. Atualmente, elas conquistaram espa-
ços e passaram a ocupar postos de trabalho 
tidos anteriormente como masculinos. Pela 
primeira vez no Brasil, o cargo de presidente 
da república, a maior posição administrativa 
do país, é ocupado por uma mulher.
No mundo corporativo, o poder femini-
no também conseguiu moldar a realidade e 
quebrar antigos tabus. A Anglo American é 
a única dentre as grandes empresas de mi-
neração que possui na liderança uma presi-
dente mulher, Cynthia Carroll. A CEO afirma 
que a presença feminina pode trazer benefí-
cios para a linha de produção: “Precisamos 
de mais mulheres engenheiras, geólogas, es-
pecialistas em metalurgia, e também que te-
nham a habilidade para dirigir caminhões e 
operar maquinários”, afirma. No Brasil, Cris-
tina Isola, Gerente de Recursos Humanos da 
Unidade de Negócio Níquel da companhia, 
reconhece as vantagens da força de trabalho 
feminina. “As mulheres são mais calmas e 
concentradas no momento de dirigir maqui-
nários pesados”, afirma Cristina. 
Maria Francisca de Santana está na Anglo 
American há quase dois anos e trabalha como 
auxiliar de produção na área de Expedição 
em Niquelândia. Ela ajuda no enchimento de 
bags (sacas que armazenam o minério final) e 
controla o peso do carregamento de carretas. 
Anteriormente, Maria Francisca compunha a 
equipe de serviços gerais do Horto Aranha, 
campo de reflorestamento de eucaliptos da 
empresa. Agora, sente-se ainda mais realizada 
por trabalhar na planta industrial: “Eu sempre 
tive o sonho de ir para a usina. Por isso, come-
cei a fazer um curso técnico de metalurgia, e 
assim surgiu a chance. É muito bom trabalhar 
nessa área. Temos sempre a oportunidade de 
expandir nosso conhecimento”. 
Outro destaque é Keila Aparecida dos San-
tos. Ela iniciou sua atuação na empresa como 
mensageira na unidade de Niquelândia e foi 
promovida à auxiliar administrativo do depar-
tamento de Segurança, em uma área majo-
ritariamente ocupada por homens. Há dois 
anos trabalhando na Anglo American, ela afir-
ma que o trabalho é extremamente satisfató-
rio. “As mulheres ganharam um espaço muito 
além do que imaginavam, e isso faz com que 
estejamos mais realizadas profissionalmente. 
Todos aqui se respeitam, e trabalhamos em 
equipe pelo sucesso de uma só Anglo Ameri-
can. Sou suspeita para falar, porque meu so-
nho sempre foi trabalhar aqui”. 
Fonte: Anglo American
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 9
Da esquerda para direita: Paulo Santana, Ouvidor do DNPM, Fernando Coura, Presidente do 
SINDIEXTRA, Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Sérgio Dâmaso, 
Diretor Geral do DNPM, Rinaldo Mancin, Presidente Interino do IBRAM, Willer Pos, Consultor.
Presidente Interino do IBRAM e Diretor de 
Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin, no café da 
manhã da delegação brasileira no PDAC 2012
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A mineração brasileira se fez presente 
no Internacional Covention Trade Show & 
Investors Exchange – PDAC 2012, realizado 
nos dias 4 a 7 de março. Nesta edição, o 
mais importante evento da mineração mun-
dial contou com a presença de expositores 
de 120 países e mais de 30 mil visitantes, 
ultrapassando o recorde registrado no ano 
passado de 27 mil pessoas.
Trata-se de uma grande vitrine, tanto 
para as empresas já consolidadas, como 
para aquelas que buscam referências, inves-
timentos ou parcerias, com destaque para 
empresas juniores. É também uma oportuni-
dade ímpar para se conhecer tendências de 
investimentos em pesquisa e em produção 
mineral em todo o mundo.
Brasil participa 
do maior 
evento mundial 
de exploração 
mineral
Pavilhão Brasil no PDAC 
2011 divulga o potencial e 
as oportunidades que o setor 
mineral brasileiro oferece
A participação brasileira no PDAC 2012 
teve como objetivos promover o setor mi-
neral do País, divulgar o potencial e oportu-
nidades de exploração mineral e apresentar 
a legislação e as ações de fomento do Go-
verno à atividade. 
Além da delegação, o País participou do 
evento com o Brasil Pavilion, organizado 
pela ADIMB e IBRAM, com apoio do go-
verno brasileiro(por meio do Departameto 
Nacional de Produção Mineral – DNPM) e 
de empresas privadas que atuam no País.
O Pavilhão forneceu uma infraestrutu-
ra capaz de possibilitar contatos e reuniões 
das empresas patrocinadoras com as insti-
tuições estrangeiras da mineração mundial, 
proporcionando, assim, excelentes oportu-
nidades de negócios.
O IBRAM aproveitou sua presença no 
PDAC 2011 para divulgar os eventos mais 
importantes do setor da mineração na 
América Latina, promovidos pelo Instituto: 
o 2º Congresso Internacional de Direito Mi-
nerário, o 7º Congresso Brasileiro de Mina 
a Céu Aberto, 7º Congresso Brasileiro de 
Mina Subterrânea, o 2º Seminário Interna-
cional de Gestão da Energia na Indústria da 
Mineração, Exposição Internacional de Mi-
neração da Amazônia (EXPOSIBRAM Ama-
zônia 2012) e o 3º Congresso Brasileiro de 
Mineração da Amazônia.
“O Brasil continua sendo atrativo para 
os investidores, com boas oportunidades 
para a mineração”, afirma o Presidente In-
terino do Instituto, Rinaldo Mancin.
Brasil Pavilion
Durante a convenção, a Câmara de Co-
mércio Brasil-Canadá, BCCC, fez uma visita 
especial às empresas mineradoras brasilei-
ras. Neste encontro, representantes do go-
verno federal e da iniciativa privada expuse-
ram casos de sucesso. 
O Brasil Pavilion ofereceu aos visitantes os 
prospectos com potencialidade para desco-
berta de novas jazidas ou abertura de novas 
minas, despertando a atenção de investido-
res, abrindo oportunidades para formação de 
joint-ventures ou divulgando as condições fa-
voráveis à realização de novos negócios. 
Brazilian Mining Day
Além de ser um dos pavilhões mais visi-
tados no PDAC, o Brasil contou com o Bra-
zilian Mining Day, uma série de seminários 
voltados para apresentar as oportunidades 
de investimentos no setor mineral do País. 
O secretário de Geologia, Mineração e 
Transformação Mineral do Ministério de Mi-
nas e Energia (MME), Claudio Scliar, falou 
sobre a situação atual e as perspectivas para 
o setor mineral. Scliar frisou a importância 
da atualização da legislação brasileira para 
o setor. “Fizemos estudos da legislação de 
vários países para aperfeiçoarmos a nossa. 
Queremos é um melhor aproveitamento do 
bem mineral do nosso País.”, disse, se refe-
rindo a mudanças que ocorrerão no código 
de mineração, caso sejam aprovadas. “Nos-
sa intenção é atrair investimentos para o Bra-
sil”, afirmou o Secretário.
Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 10
EXPOSIBRAM 
Amazônia 2012: garanta 
sua participação!
A EXPOSIBRAM Amazônia 2012 (Expo-
sição Internacional de Mineraçãoda Ama-
zônia) e o 3º Congresso Brasileiro de Mi-
neração da Amazônia serão realizados de 
5 a 8 de novembro, no Hangar Centro de 
Convenções da Amazônia, em Belém, Pará.
Visando a aproximação e o diálogo 
com os mais diversos atores que compõem 
a extensa cadeia produtiva do setor de mi-
neração, os eventos serão mais uma vez 
palco privilegiado para difundir o conhe-
cimento, discutir os rumos e realizar análi-
ses em profundidade sobre o quadro atual 
desta indústria.
Neste ano, assim como nas duas edi-
ções anteriores, tanto a Exposição quanto o 
Congresso reunirão especialistas de vários 
países para debaterem e traçarem os rumos 
da mineração na Região Norte do Brasil nas 
próximas décadas. 
Para se ter uma ideia, o setor mineral 
anuncia grandes aportes financeiros no Bra-
sil ao longo do período 2011-2015. Serão 
US$ 68,5 bilhões, dos quais 35% destina-
dos ao Estado do Pará.
Cabe destacar que essas inversões tam-
bém representam uma nova era de com-
promisso com a sustentabilidade, um dos 
grandes desafios do setor mineral. A ativi-
dade vem intensificando suas ações neste 
campo a fim de promover o desenvolvi-
mento sustentável, incorporando cada vez 
mais esse conceito em suas estruturas de 
governança e de operações. 
Para o Diretor de Assuntos Ambientais 
e Presidente Interino do Instituto, Rinal-
do Mancin, a importância socioeconômi-
ca conquistada pela atividade mineral na 
Amazônia é prova de que o setor se vale 
de avançadas tecnologias e técnicas de 
gestão que permitem desenvolver a ativi-
dade com os menores impactos possíveis, 
lembrando que estes são sempre localiza-
dos, administráveis e, principalmente, mi-
tigáveis, até por força da moderna legisla-
ção ambiental brasileira. 
“Este moderno perfil industrial deixa 
claro à sociedade que a mineração pode 
desempenhar um papel estratégico na 
matriz de desenvolvimento sustentável da 
Amazônia projetada para as próximas dé-
cadas”, aponta.
Possibilidade de novos negócios
A indústria mineral planeja seus negó-
cios com anos de antecedência e o elevado 
interesse de empresários em sondar negó-
cios no Brasil é uma significativa sinalização 
para as próximas décadas. Além disso, o 
Instituto faz o acompanhamento periódico 
dos projetos de mineração em planejamen-
to e em execução.
A partir deste cenário, a EXPOSIBRAM 
Amazônia se coloca como um bom mo-
mento para aproximar as companhias 
nacionais e internacionais de mineração 
dos fornecedores regionais, equipamen-
tos e serviços da Amazônia, com objetivo 
de fomentar negócios a curto, médio e 
longo prazos.
Quem quer garantir sua presença na Ex-
posição Internacional precisa estar atento 
aos prazos. Os estandes já estão à venda 
para patrocinadores e associados. Os ex-
positores participantes da EXPOSIBRAM 
2011 (Belo Horizonte) e da última edição 
do evento no estado paraense em 2010, 
também, já podem adquirir seus espaços. 
A partir de 01 de junho as vendas estarão 
abertas para os demais interessados.Estandes da EXPOSIBRAM Amazônia 2010
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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 12
PATROCINADORES
Diamante R$ 120.000,00 cada
Ouro R$ 80.000,00 cada
Prata R$ 60.000,00 cada
Bronze R$ 30.000,00 cada
Cordão crachá 1 cota de R$ 20.000,00
Totem p/ dispenser com Álcool Gel 1 cota de R$ 10.000,00
Os patrocínios poderão ser pagos em até 03 vezes através de boleto, 
sendo o último vencimento em 01 de Novembro de 2012.
maIs Informações
Telefones: (91) 3229.6468 / 3269.5503 • siTe oficial eXPosiBRaM: www.eXPosiBRaM.oRg.BR
PREÇOS DE ESTANDES
Categoria Início Término 
Somente 
Área
Montagem 
Básica
“Chave 
na mão”
Área Externa 
Descoberta
(mínimo 
de 16 m²)
(obrigatório 
até 15 m²)
(opcional de 
até 16 m²)
(mínimo 
de 100 m²)
Patrocinadores 
/Associados 
IBRAM
01/03/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00
Expositor 
2010 / 2011
01/03/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00
Demais 01/06/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00
Data encerramento das vendas e prazo final de pagamento: 1º de novembro de 2012.
DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE ÁREAS
Somente área
•	Disponível	 para	 estandes	 acima	 de	 16m2.	
Área	 demarcada	 no	 piso	 do	 pavilhão,	 sem	
qualquer	elemento	de	montagem.
•	A	infraestrutura	de	energia	elétrica,	hidráu-
lica	e	ar	comprimido	serão	cobrados	separa-
damente	e	deverá	ser	solicitada	através	de	
formulário	existente	no	Manual	do	Expositor.
Área com montagem básica
•	Obrigatória	para	estandes	de	até	15m2.	Será	
fornecido	 com	 carpete,	 divisórias	 brancas	
em	 sistema	 modular	 de	 alumínio,	 ilumina-
ção	com	01	spot	 light	a	cada	3m2	de	área	
montada,	01	tomada	de	500w	por	estande	
e	nome	da	empresa	expositora	em	placa	pa-
dronizada	na	testeira.
Área com “chave na mão”
•	Opcional	para	estandes	de	até	16m2.	Será	
fornecido	 com	 carpete,	 divisórias	 brancas	
em	sistema	modular	de	alumínio,	 ilumina-
ção	com	01	spot	light	a	cada	3m2	de	área	
montada,	01	tomada	de	500w	por	estande,	
logomarca	 da	 empresa	 expositora	 em	
placa	 padronizada	 na	 testeira	 e	mobiliário	
de	acordo	com	a	dimensão	do	estande.
Área externa descoberta
•	Disponível	para	aquisição	acima	de	100m2.	
Será	demarcada	no	piso,	 sem	qualquer	el-
emento	de	montagem.
AUDITÓRIO EXPOSITOR
•	Opcional	para	expositores.	Com	capacidade	
para	50	pessoas,	 incluso	Projetor,	Tela,	So-
norização	e	50	cadeiras,	com	uso	deduração	
máxima	de	1h20m	por	locação.	
Grade de horários: 
•	15h00	–	16h20	//	16h30	–	17h50	
	 18h00	–	19h20	//	19h30	–	20h50
•	Empresa	expositora	sócia:		
	 R$ 2.000,00
•	Empresa	expositora	não-sócia:	
	 R$ 3.300,00
•	Empresa	não	expositora	sócia:	
	 R$ 2.700,00
•	Empresa	não	expositora	não-sócia:	
	 R$ 4.000,00
Público prestigia EXPOSIBRAM Amazônia 2010
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Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 13
O IBRAM registra participação ativa 
nos trabalhos de elaboração e aperfeiçoa-
mento da regulamentação dos artigos 7º e 
20º da Lei nº 12.334, que estabelece a Po-
lítica Nacional de Segurança de Barragens. 
O Instituto representa o setor produtivo 
minerário e o Grupo de Trabalho criado no 
âmbito do Conselho Nacional de Recursos 
Hídricos (CNRH), que é coordenado por 
representante do Ministério de Minas e 
Energia (MME). 
O GT, composto por profissionais re-
lacionados ao tema de segurança de bar-
ragens, tem como função definir critérios 
gerais de classificação das barragens de 
acumulação de água e de resíduos e rejei-
tos quanto à categoria de risco, dano po-
tencial associado e volume. Cabe ressaltar 
que geotécnicos e trabalhadores correlatos 
das empresas de mineração, profissionais 
dos órgãos ambientais e agentes do gover-
no afetos ao setor trabalham em conjunto 
para estruturar uma matriz concisa e de 
IBRAM contribui para 
a regulamentação de 
segurança de barragens
real aplicabilidade, promovendo a segu-
rança das barragens do setor, no entendi-
mento que a ação preventiva é a melhor 
maneira de se preservar a segurança de 
uma barragem. 
Nesse contexto, o GT elaborou uma ma-
triz de classificação para barragens de acu-
mulação de água e de resíduos e rejeitos, 
que se encontra, no momento, em consul-
ta pública no site da Agência Nacional de 
Águas (ANA). A ideia é que o produto esta-
belecido pelo GT seja apresentado na reu-
nião ordinária do CNRH, marcada para o 
segundo semestre de 2012.
Política Nacional de 
Segurança de Barragens
A Lei nº 12.334, sancionada em 2010, es-
tabelece a Política Nacional de Segurança de 
Barragens (PNSB) destinadas à acumulação 
de água para quaisquer usos, disposição de 
rejeitos e acumulação de resíduos industriais. 
O objetivo desta Lei é garantir a obser-
vância de padrões de segurançade barra-
gens, de maneira a reduzir a possibilidade 
de acidentes e suas consequências, além de 
regulamentar as ações e padrões de segu-
rança. O empreendedor será o responsável 
legal pela segurança da barragem, caben-
do-lhe o desenvolvimento de ações para 
garantir a segurança.
Programa Especial de Segurança 
de Barragens e Rejeitos
Pioneiro à Lei, o IBRAM criou, em 
2009, o Programa Especial de Segurança 
em Barragens de Rejeitos. Consciente da 
responsabilidade da indústria da mineração 
quanto à conservação ambiental, o Instituto 
busca auxilia a redução dos riscos socioam-
bientais e econômicos decorrentes de aci-
dentes nas barragens. 
O Programa objetiva capacitar profissio-
nais dos setores de mineração, governos e 
sociedade civil quanto às melhores práticas 
para a gestão de segurança em barragens 
de rejeitos, disponibilizando modernas fer-
ramentas e estratégias de gestão. Assim, 
pretende contribuir decisivamente para 
minimizar a ocorrência de acidentes e inci-
dentes nessas barragens. Para aqueles que 
não podem frequentar o curso, o treina-
mento utiliza a plataforma do e-leanirng de 
educação à distância.
Barragem Itabiruçu
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Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 15
SEGURANÇA E SAÚDE
Em todo o mundo, são registrados anual-
mente cerca de três milhões de acidentes 
percutâneos com agulhas contaminadas por 
material biológico. Entre os tipos mais fre-
quentes de infecção, estão a contaminação 
pelo vírus HIV, Hepatite B e Hepatite C. Os 
dados são da Organização Mundial de Saú-
de (OMS) e foram apresentados pela Médica 
Cristiane Rapparini durante curso promovi-
do pelo Programa MINERAÇÃO, na sede do 
IBRAM-MG, no dia 29 de fevereiro. 
Com o tema Plano de Prevenção de Riscos 
de Acidentes com Materiais Perfurocortan-
tes – NR 32, o evento teve como objetivo 
chamar a atenção dos profissionais para a 
legislação já vigente no País e reuniu re-
presentantes de mineradoras de vários 
estados. De acordo com a Portaria 1.748 
do Ministério do Trabalho, que aprovou 
o Anexo III da NR 32 (Plano de Preven-
ção de Riscos de Acidentes com Materiais 
Perfurocortantes), é de obrigação das em-
presas criar e implementar um plano de 
prevenção de riscos de acidentes com ma-
teriais perfurocortantes para proteger os 
CURSO ALERTA SOBRE OBRIGATORIEDADE 
DE PROTEGER PROFISSIONAIS DA SAúDE
profissionais da Saúde. O não atendimen-
to à norma sujeita a empresa à autuação. 
“É de extrema importância criar dispositivos 
de segurança que protejam tanto o paciente 
quanto o trabalhador desta área”, afirmou 
Cristiana, que possui também o título de 
Doutora em Infectologia, é autora do manu-
al de implementação Programa de Preven-
ção de Acidentes com Materiais Perfurocor-
tantes em Serviços de Saúde, publicado pela 
Fundacentro, e criadora do site Risco Bio-
lógico (www.riscobiologico.org). Para ela, o 
cenário de acidentalidades no Brasil aponta 
números ainda muito preocupantes.
O curso contou com carga horária de oito 
horas e propôs a análise de acidentes de tra-
balho ocorridos e das situações de risco com 
materiais perfurocortantes. O conteúdo pro-
gramático abrangeu também as diretrizes do 
Ministério da Saúde e do Ministério do Tra-
balho e Emprego e medidas de prevenção, 
como comitês para prevenir acidentes com 
materiais perfurocortantes, análise de tarefas 
e procedimentos para escolha de produtos e 
priorização de critérios existentes para avalia-
ção e seleção de dispositivos de segurança. 
A segunda metade do curso foi destinada às 
atividades práticas. Os participantes tiveram 
a oportunidade de fazer a análise de dispo-
sitivos de segurança, de discutir critérios e 
prioridades de acordo com as necessidades 
locais, de enfrentar situações simuladas, 
além de uma avaliação a partir da observa-
ção das situações colocadas.
O curso Plano de Prevenção de Riscos de Aci-
dentes com Materiais Perfurocortantes – NR 
32 integra a agenda de cursos promovidos 
pelo Programa MINERAÇÃO com o objetivo 
de estimular ações seguras nas mineradoras 
de todo o país. Para saber mais sobre a inicia-
tiva e o que fazer para se tornar um associa-
do, acesso o site do Programa MINERAÇÃO. 
Curso Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes – NR 32
IB
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M
-M
G
boAS pRáticAS AtUAliDADES
SAMA ADERE AO PACTO 
GLOBAL DA ONU
A SAMA S.A. – Minerações Associadas (as-
sociada ao IBRAM) tornou-se uma das 165 
signatárias do Pacto Global da Organização 
das Nações Unidas (ONU) no Brasil. A ini-
ciativa mundial tem como objetivo avançar 
a prática da responsabilidade social corpora-
tiva, na busca de uma economia global mais 
sustentável e inclusiva.
Em todo o mundo, são mais de três mil 
empresas signatárias. Para Rubens Rela Fi-
lho, Diretor Geral da SAMA, a adesão ao 
Pacto Global é sinal de que a empresa e 
cada um de seus colaboradores apoiam os 
dez princípios defendidos pela ONU e se 
comprometem a divulgá-los. “Aderimos ao 
Pacto Global relatando nossa experiência e 
modelo empresarial e, acima de tudo, nos 
comprometendo a compartilhar e divulgar 
nossas ações como forma de contribuição 
na construção de uma sociedade mais justa 
e sustentável”, afirma Rela Filho.
CONGRESSO 
ACEITARÁ RESUMOS 
EM INGLêS E ESPANHOL
A Health and Safety Conference, promovi-
da pelo ICMM – Internacional Council on 
Mining & Metals, acaba de anunciar que 
serão aceitos resumos em inglês e espanhol 
para os workshops e sessões técnicas do 
evento. O encontro acontecerá em Santia-
go do Chile, entre os dias 13 e 16 de no-
vembro de 2012, com o tema “Sharing suc-
cesses and challenges – learning from each 
other” (Partilhando sucessos e desafios – 
aprendendo com os outros, em tradução li-
vre). O objetivo é reforçar a importância do 
investimento em ações de Saúde e Segu-
rança Ocupacional por parte das empresas.
Para participar, é preciso ser membro ICMM, 
incluindo CEOs, supervisores, gerentes e 
demais responsáveis pelas áreas de Saúde e 
Segurança e Operações. Interessados devem 
enviar resumos de no máximo 300 palavras 
até o dia 25 de maio, para o email healthan-
dsafety2012@icmm.com.
maIs Informações, acesse www.Icmm.com.
A Unidade Poços de Caldas da Votorantim 
Metais (associado ao IBRAM) acaba de superar 
o recorde de mais de 1.500 dias sem acidentes 
de trabalho com afastamento de funcionários 
próprios e terceirizados - marca que corres-
ponde a mais de quatro anos de operações. 
Para isso, além de trabalhar em conformidade 
com as legislações nacionais de segurança e 
trabalho, a empresa desenvolve uma série de 
mobilizações e programas internos, além de 
investimentos em prevenção a acidentes. 
O Comportamento Seguro, o Pacto de Segu-
rança e os equipamentos de monitoramento 
instalados nos caminhões terceirizados são 
exemplos de iniciativas implementadas pela 
empresa que visam sensibilizar seus cola-
boradores e prestadores de serviços para a 
adoção contínua de práticas seguras duran-
te o exercício de suas funções, bem como 
estabelecer padrões que contribuam para a 
formação de um ambiente de trabalho mais 
seguro e saudável. “O alcance de uma meta 
como esta é resultado do comprometimen-
to de todos os envolvidos em nossas ativi-
IMERyS ESTIMULA 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
E ATIVIDADE FíSICA
A qualidade de vida do colaborador é uma 
preocupação constante do setor de Medicina 
do Trabalho da Imerys (associada ao IBRAM). 
A bola da vez é uma campanha para incen-
tivar os funcionários a praticarem exercício 
físico e comerem corretamente. “Temos um 
número significativo de colaboradores acima 
do peso ideal. Na verdade, de acordo com 
nosso último levantamento, são 123. Quere-
mos mostrar que com hábitos simples é pos-
sível ter uma vida mais saudável e espantar o 
fantasma da obesidade”, explica o Técnicode Enfermagem da empresa, Ronaldo Vale.
Segundo Francisco Filho, Médico do Traba-
lho da mineradora, a má alimentação, em 
conjunto com o sedentarismo, pode gerar 
riscos para a saúde. “As pessoas comem mal 
e se movimentam cada vez menos. Hoje 
existe controle remoto para tudo e até à pa-
daria muitos costumam ir de carro”, explica.
Ainda segundo o Médico, a obesidade pode 
causar diabetes, problemas cardiovascula-
res, hipertensão, entre outras doenças. “Para 
saber se o seu IMC (Índice de Massa Corpó-
rea) está cima do normal, a fórmula é sim-
ples, calcule o peso, divido por sua altura ao 
quadrado. Se o resultado for acima de 30, é 
bom procurar um especialista”, conta.
Já para quem buscar a qualidade de vida, a 
receita é muito simples. “Comer mais vege-
tais, frutas, peixes e aves. Evitar o excesso de 
sal e açúcar. E claro, praticar atividades físi-
cas por pelo menos três vezes por semana, 
durante uns 15 a 40 minutos vai gerar uma 
grande diferença,” finaliza o Médico.
Fonte: Site Imerys
VOTORANTIM METAIS COMPLETA MAIS DE 
qUATRO ANOS SEM ACIDENTES DE TRABALHO 
COM AFASTAMENTOS EM POÇOS DE CALDAS
dades, incluindo colaboradores e terceiros, 
além das iniciativas da empresa em buscar 
soluções inovadoras para os seus processos, 
mantendo-os sob controle quanto às ques-
tões de segurança”, explica o Gerente de 
Mineração da Unidade Poços de Caldas da 
Votorantim Metais Hamilton Wuo.
Sobre a Votorantim Metais
A Votorantim Metais é uma Empresa do 
Grupo Votorantim, um dos maiores conglo-
merados empresarias da América Latina. A 
Companhia possui dezessete (17) unidades: 
onze (11) no Brasil, quatro (4) nos Estados 
Unidos, uma (1) na China e uma (1) no Peru. 
A Empresa é a maior fabricante de níquel 
eletrolítico da América Latina, e líder no 
mercado brasileiro de alumínio e uma das 
cinco maiores produtoras de zinco do mun-
do. Esta sinergia reforça a posição da Com-
panhia como segunda maior empresa brasi-
leira de metais básicos, com faturamento de 
R$ 7,9 bilhões em 2010 e aproximadamente 
10 mil funcionários.
Representantes do Instituto Embu de Sus-
tentabilidade, juntamente com o governador 
de São Paulo Geraldo Alckmin e os secretários 
do Estado de Meio Ambiente, Bruno Covas, 
e de Habitação, Silvio Torres, participaram no 
dia 24 de fevereiro da cerimônia de implan-
tação do Parque Tizo (Terras Institucionais da 
Zona Oeste). Com uma área total de 1,3 mi-
lhão de m² e localizado na Zona Oeste da 
Região Metropolitana de São Paulo, abrange 
áreas dos municípios de São Paulo, Cotia, Ta-
boão da Serra, Embu das Artes e Osasco. 
Durante o evento, o Diretor de Relações 
Institucionais do Instituto Embu, Fábio Bar-
ros, fez a entrega da nova edição do Plano 
Diretor do Parque ao Governador de São 
Paulo. O Deputado Gilmaci Santos falou a 
respeito da forma de administrar do gover-
no, que segundo ele, tem se preocupado 
com a causa ambiental, e ressaltou os be-
nefícios que o Parque levará à região. Já o 
Secretário de Desenvolvimento Metropolita-
no, Edson Aparecido, lembrou do Decreto 
Estadual de 2006, que criou o Parque Tizo 
voltado à preservação da floresta, pesqui-
sa, sustentabilidade e educação ambiental, 
frisando a parceria das Secretarias do Meio 
Ambiente e Habitação.
Os investimentos para a obra do Parque 
serão de aproximadamente R$ 34 milhões 
e segundo o Governador já foram investi-
dos R$ 6,1 milhões, com parcerias entre a 
SMA e a Secretaria de Habitação. Estes re-
cursos possibilitarão a preservação da área, 
construção de grades e muros para o cer-
camento, a contratação de levantamentos 
topográficos e de projetos executivos, a re-
alização de trabalho social, a aquisição de 
equipamentos e a capacitação de vigilantes 
pela Polícia Ambiental. Serão investidos, 
também, R$ 28 milhões em terraplenagem, 
implantação de redes internas de água e de 
energia, tratamento local de esgoto, cami-
nhos de piso intertravado, cerca de 3 mil 
m² de passarelas suspensas em madeira 
de reflorestamento, mirante, três portarias, 
centro de educação ambiental, parque in-
fantil, administração e estacionamento.
Instituto Embu participa da 
implantação do Parque Tizo
Segundo o Ambientalista e Presidente do 
Conselho Gestor do Parque, Paulo Nogueira 
Neto, considerado o “pai” do ambientalis-
mo brasileiro, a criação do Parque Tizo será 
uma importante oportunidade para crianças 
e jovens ficarem mais próximos das questões 
relacionadas ao meio ambiente. “Precisamos 
fazer com que a nova geração conheça a na-
tureza e que os parques se multipliquem.”
Parque Tizo
O Parque Tizo, criado pelo Decreto Esta-
dual nº 50.597 de 27 de março de 2006, é 
um projeto da Secretaria do Meio Ambiente 
do Estado de São Paulo, que tem como ob-
jetivo a implantação e administração de um 
parque urbano de conservação ambiental e 
lazer. A criação do Parque Tizo provocou, à 
época, um amplo processo de mobilização 
pela proteção da área que envolveu socie-
dades de amigos de bairro, comunidade 
escolar, lideranças e cidadãos em um exem-
plar exercício de cidadania.
No Parque Tizo, uma das importantes 
alternativas e estratégias que deram certo 
foram os estabelecimentos de parcerias com 
a iniciativa privada, dentre elas as formaliza-
das com o IES – Instituto Embu de Susten-
tabilidade, IBRAM, ANEPAC – Associação 
Nacional das Entidades de Produtores de 
Agregados para Construção Civil, MGA – 
Mineração e Geologia Aplicada e a Bureau 
de Projetos e Consultoria para a implanta-
ção de projetos sócio-ambientais. As par-
cerias proporcionam recursos técnicos e a 
formação de um ambiente de colaboração e 
complementação que favoreceu o desenvol-
vimento do projeto. 
O Geólogo e Diretor Técnico da MGA, 
Hércio Akimoto, um dos técnicos partici-
pantes do Plano Diretor do Tizo, ressalta que 
importantes parques existentes na Região 
Metropolitana de São Paulo foram antigas 
cavas de mineração e que esta área não é di-
ferente: “o Parque Tizo tem uma parte que 
foi outrora utilizada como caixa de emprés-
timo e aproveitamos nossos conhecimentos 
para ajudar no plano de recuperação da 
área degradada, incorporando a mesma ao 
projeto e preservando os locais que ainda 
têm cobertura vegetal ”.
O Plano Diretor e as Diretrizes de Proje-
to para o Parque Tizo foram elaborados por 
uma equipe multidisciplinar composta por 
arquitetos, geógrafos, agrônomos, biólogos, 
geólogos e engenheiros que atuaram de for-
ma voluntária, além de técnicos e pesquisa-
dores de diferentes unidades da Secretaria 
do Meio Ambiente. A MGA e o IES partici-
param ativamente da elaboração do Plano 
Diretor e Diretrizes do projeto desde a assi-
natura do Decreto Estadual, com a doação 
de horas técnicas, por meio da assinatura 
junto à SMA de um Termo de Doação.
A previsão de entrega do Parque é julho 
de 2013 e contará com anfiteatro ao ar livre, 
lanchonetes, viveiro de mudas (com aproxi-
madamente 12.000 mudas nativas), centro 
de educação ambiental, biblioteca, videote-
ca, praça de encontros, passarela suspensa 
para não prejudicar o meio ambiente e uma 
grande área de mata atlântica e preservação 
da natureza. O parque funcionará como 
uma imensa sala de aula integrada ao seu 
entorno, de maneira a oferecer condições 
para estabelecimento de programas que 
unam as dimensões do desenvolvimento de 
crianças e jovens: educação, saúde, traba-
lho, lazer e cultura.
Fonte: EMBU (por Luana Lopes - MGA)
Geraldo Alckmin planta muda no Parque Tizo
EM
BU
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 19
ARTIgO
A Indústria Mineral tem elevada partici-
pação na economia paraense e faz do Pará 
um grande Estado minerador. É líder em 
produção, exportação, investimentos, e a 
maior referência em sustentabilidade. En-
quanto forte indutora de crescimento eco-
nômico, tem papel fundamental na constru-ção de um novo ciclo de desenvolvimento. 
Seja pela contribuição direta, ou indireta, 
ao PIB por meio dos efeitos multiplicadores 
de seus investimentos, a Indústria de Mine-
ração abre uma gigantesca janela de opor-
tunidade ao crescimento dos municípios.
Crescimento e desenvolvimento, con-
tudo, são conceitos diferentes, cuja rela-
ANDRÉ REiS
Coordenador do Instituto Brasileiro de Mineração da 
Amazônia e do Sindicato das Indústrias Minerais do 
Estado do Pará
É preciso aumentar a capacidade en-
dógena de inovação, empreendedoris-
mo e organização social, de tal sorte que 
os municípios possam reter e reinvestir os 
excedentes econômicos alavancados pela 
força motriz da mineração. Cabe combinar 
a força do mineral-negócio com uma polí-
tica pública de inovação que proporcione 
uma nova trajetória de desenvolvimento. 
O Pará necessita de plataformas produti-
vas inovadoras que podem ser criadas em 
regiões mineradoras a partir da capacida-
de endógena de crescimento ativada pela 
indústria mineral. Para isso, entretanto, é 
necessário associar a onda de crescimento 
ao uso sustentável de royalties e compensa-
ções ambientais. Em um novo paradigma, a 
inovação deve substituir a dependência, o 
planejamento deve preceder à criação de 
taxas e os marcos regulatórios devem apri-
morar a ambiência de investimentos.
A pobreza e a desigualdade na Amazô-
nia não serão vencidas com políticas que 
intensifiquem o isolamento produtivo e a 
dependência. É preciso fortalecer as ins-
tituições e ativar a capacidade de organi-
zação da sociedade. Novas alianças são 
necessárias e o papel das entidades gover-
namentais, das Instituições de Pesquisa, do 
terceiro setor, ao lado do setor mineral, é 
fundamental na construção de um novo pa-
radigma que comprove que a passagem da 
mineração pela Amazônia pode alavancar e 
impulsionar o desenvolvimento.
Mineração e inovação na 
base de um novo paradigma 
de desenvolvimento
"É PrECISo AuMEntAr A 
CAPACIdAdE EndógEnA dE 
InovAção, EMPrEEndEdorISMo 
E orgAnIzAção SoCIAl, dE 
tAl SortE quE oS MunICíPIoS 
PoSSAM rEtEr E rEInvEStIr 
oS ExCEdEntES EConôMICoS 
AlAvAnCAdoS PElA forçA 
MotrIz dA MInErAção."
ção entre causa e efeito não é absoluta. 
O desenvolvimento pressupõe o fortale-
cimento das instituições e o atendimento 
das aspirações de bem-estar da sociedade. 
Neste sentido, é preciso ir além dos inves-
timentos empresariais. A colaboração das 
empresas, embora seja fundamental, não 
necessariamente conectará o crescimento 
ao desenvolvimento dos municípios, ou 
transformará riqueza em bem-estar.
A falta de políticas que permitam apri-
morar a gestão da renda mineral tem leva-
do muitos municípios a uma situação de 
elevada dependência econômica frente à 
mineração. Com raras exceções, criam-se 
verdadeiros “polos de dependência” que 
terminam por inibir o desenvolvimento de 
outras atividades, passando-se a adotar a mi-
neração como sua principal matriz geradora 
de renda e empregos. Em que pese todas as 
ações determinadas pelas condicionantes do 
licenciamento ambiental, as empresas, iso-
ladamente, sem uma eficiente participação 
paralela do Poder Público, não reverterão a 
dependência e não impedirão o previsível 
colapso econômico de muitos municípios 
após o encerramento das minas.
Capa do Anuário Mineral do Pará
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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 20
Com investimentos de US$ 1,36 bilhão, 
a Vale inaugura um centro de distribuição e 
planta de pelotização no Complexo Industrial 
do Porto de Sohar, no Sultanato de Omã. A 
planta está pronta para operar com capaci-
dade máxima de produção, de 9 milhões de 
toneladas métricas anuais de pelotas de re-
dução direta. A pelotizadora e o centro de 
distribuição, que permite o armazenamento 
de grandes quantidades de minério bruto dis-
ponível just in time, servem como hub para 
atender a crescente demanda por produtos 
de minério de ferro no Oriente Médio, Norte 
da África e Ásia, incluindo Índia.
As operações da Vale em Omã geram 
1.200 empregos, dos quais 450 são diretos e 
750 terceiros que trabalham no empreendi-
mento, e outros 3.120 empregos gerados in-
diretamente, o que representa mais de 60% 
de taxa de contratação de mão de obra local.
O complexo industrial da Vale é formado 
por duas unidades de pelotização, cada uma 
Vale inaugura 
centro de 
distribuição e 
pelotizadora 
em Omã
com capacidade nominal de 4,5 milhões de 
toneladas métricas anuais de pelotas de re-
dução direta, e um centro de distribuição, 
com capacidade de movimentação anual de 
40 milhões de toneladas métricas por ano.
A Vale investiu US$ 40 milhões em tec-
nologias que reduzem o impacto ambiental 
do empreendimento, como precipitadores 
eletroestáticos e wind fence (barreiras de 
vento), para controlar a emissão de particu-
lados. A área conta ainda com um sistema 
de monitoramento contínuo de emissões e 
tem 100% de reciclagem de água.
“Temos um compromisso sólido com 
Omã”, disse Murilo Ferreira, Diretor-Presi-
dente da Vale. “Reunimos esforços com o 
governo, setor privado e com cada comu-
nidade onde atuamos para estabelecer um 
catalisador que estimule o desenvolvimento 
sustentável. Em cada estágio, asseguramos 
que as relações com nossos parceiros te-
nham como base a transparência, respeito 
e confiança”, destacou o Diretor-Presidente.
As operações da primeira unidade de 
pelotização começaram em abril de 2011. 
Para maximizar a capacidade do centro de 
distribuição, a Vale fechou uma parceria 
com a Sohar Industrial Port Company, res-
ponsável pela construção de um terminal 
de águas profundas de 1,4 km. O terminal 
é um dos primeiros portos do mundo a re-
ceber os navios do tipo Very Large Ore Car-
riers (VLOCs), com capacidade de 400 mil 
toneladas, responsáveis pelo transporte do 
minério de ferro do Brasil para a costa do 
Sultanato de Omã.
O centro de distribuição e a pelotizado-
ra de Omã, juntamente com a estação de 
transferência de minério em Subic Bay, nas 
Filipinas, o centro de distribuição e porto em 
construção na Malásia e os navios VLOCs, 
fazem parte da estratégia da Vale para au-
mentar a flexibilidade e competitividade 
para atender os mercados que mais crescem 
no mundo, em condições de igualdade com 
seus concorrentes mais próximos.
A Vale assinou ainda acordo com a 
Oman Shipping Company para a construção 
de quatro navios afretados, com operação 
dedicada à empresa. Dois serão entregues 
no primeiro semestre de 2012 e o restante 
no segundo semestre deste ano, aumentan-
do a eficiência de seu sistema logístico.
“Nos últimos 41 anos, Omã estabeleceu 
um modelo único de desenvolvimento entre 
seus vizinhos”, disse Marcos Beluco, Coun-
try Manager da Vale em Omã. “A empresa 
criou uma mina virtual no Sultanato que irá 
dar suporte ao desenvolvimento econômico 
baseado no uso intensivo de aço, além de 
atender à crescente demanda da indústria 
na região”, afirmou.
Desde o início de suas operações em 
Omã, a Vale tem desempenhado um papel 
importante na construção de sólida infraes-
trutura industrial, promovendo o desenvol-
vimento da economia local por meio de in-
vestimentos voltados à preservação do meio 
ambiente, à geração de empregos e ao avan-
ço da cadeia de fornecedores locais.
Fonte: Vale
Legenda: Cerimônia de inauguração de centro de distribuição e pelotizadora em Omã
Va
le
Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 22
Coro de Marselha na abertura do 
6º Forum Mundial das ÁguasTrês temas foram convergentes no 6º Fó-
rum Mundial da Água, em Marselha, França, 
realizado em março, com a presença dos mi-
nistros de Meio Ambiente e delegações oficiais 
de cerca de 140 países. Em várias das mais de 
cem sessões distribuídas pelasemana, especia-
listas, membros de governos e representantes 
da sociedade civil , das academias e centros 
de pesquisas defenderam um maior compro-
metimento com o tema água na Rio+20, um 
mecanismo de governança global da água e o 
aprofundamento das discussões e pesquisas 
sobre gestão e uso responsável dos recursos 
hídricos, para garantir os múltiplos usos e para 
enfrentar as consequências adversas advindas 
das mudanças do clima.
As conclusões do Fórum serão encami-
nhadas à Conferência das Nações Unidas 
sobre Desenvolvimento – Rio+20 e expres-
sam claramente a necessidade de fortalecer 
o tema água na agenda de discussões nessa 
Conferência e assim conseguir dos governos 
compromissos e soluções concretas para 
uma adequada gestão dos recursos hídricos.
A declaração ministerial do Fórum refor-
çou também o compromisso de garantir o 
acesso à água a todos, o seu múltiplo uso, a 
importância da gestão hídrica para segurança 
alimentar e o desenvolvimento econômico, e 
consequentemente para o bem estar social.
Segundo seus responsáveis, o encontro 
conseguiu o apoio necessário para que a 
água seja tema de relevância das cúpulas 
internacionais, como a que acontecerá no 
Rio de Janeiro.
“É tempo de líderes e chefes de Estado 
reconhecerem que a água é um problema 
global”, declarou Loic Fauchon, que presi-
de o Conselho Mundial da Água, o organis-
mo que organiza o Fórum, realizado a cada 
três anos em diferentes países. O próximo 
Fórum, março de 2015, acontecerá na Co-
réia. O Brasil se apresentou como candida-
to para 2018.
6º Fórum Mundial da Água: 
Brasil registra participação de 
50 instituições
As agendas políticas nacionais e interna-
cionais sobre mudança do clima “devem con-
siderar, cada vez mais, a questão da água”, 
disse Fauchon no encerramento do Fórum. 
Brice Lalonde, coordenador do Rio+20, que 
participou do Fórum de Marselha, confirmou 
à AFP que “a água será inscrita como uma 
prioridade na agenda” da Rio+20. 
O Forum
Lideranças governamentais, coletividades 
locais, empresas e associações de cerca de 
140 países se comprometeram, na cerimônia 
realizada no Palácio de Congressos e Con-
venções de Marselha, a lutar, com “os meios 
que dispõem”, contra “a crise da água”.
Os “compromissos” anunciados buscam 
garantir o “direito humano sobre o acesso à 
água e ao saneamento”, o uso mais eficaz 
da água e uma melhor gestão desse precioso 
recurso, cuja demanda aumentou devido ao 
crescimento da população mundial. Há que 
se considerar ainda o surgimento de zonas 
de escassez, em regiões antes com elevado 
potencial hídrico, como conseqüência das 
variações climáticas e o agravamento de 
processos de desertificação. 
Os pagamentos por serviços ambientais 
foram um dos destaques das soluções apre-
sentadas. Vários países mostraram suas mo-
dalidades deste tipo de serviço. O programa 
Produtor de Água, da Agência Nacional de 
Águas, despertou bastante interesse e foi 
tema de duas palestras.
Sob o tema “Tempo de Soluções”, o 6º Fó-
rum Mundial da Água conclui, com um saldo 
positivo de mais de mil exemplos de boas prá-
ticas, apresentados por palestrantes de vários 
países, de acordo com Loïc Fouchon, presi-
dente do Conselho Mundial da Água.
O Fórum contou com uma sessão de par-
lamentares dos vários países presentes, da 
qual participaram 5 Senadores e 7 Deputados 
Federais brasileiros. Ao final desse encontro, 
os parlamentares divulgaram um documento 
com vários compromissos, entre eles o de au-
mentar a inserção do tema água nas agendas 
políticas de seus países.
Delegação Brasileira
A delegação brasileira, chefiada pela mi-
nistra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, 
foi a maior do evento. Cerca de 250 brasilei-
ros entre representares de governos, de em-
presas privadas e da sociedade civil estiveram 
no Fórum. O Pavilhão Brasil contou com 40 
instituições públicas e privadas, de vários se-
tores usuários como hidroenegia, saneamen-
to, irrigação, regulação e outros. O espaço de 
345 m² apresentou 26 palestras paralelas às 
sessões técnicas do Fórum, com temas varia-
dos como água e energia, gestão, sáude, irri-
gação, indústria e educação ambiental.
No Pavilhão Brasil uma oportunidade 
ímpar. Houve uma importante reunião com 
5 Senadores e 7 Deputados Federais, co-
ordenada pelo Presidente da ANA Vicente 
Adreu, na qual se enfatizou a necessidade 
de o Congresso Nacional tratar o tema água 
de forma mais dedicada e estratégica.
Na delegação brasileira destaque tam-
bém para a participação da indústria na-
cional, que coordenada pela CNI , com o 
apoio da Petrobras, promoveu e apresentou 
uma discussão sobre o papel das empresas 
no esforço global para um uso cuidadoso e 
responsável dos recursos hídricos. 
A forte presença e o comprometimento 
do Brasil reforçaram o interesse do País em 
sediar o 8º Fórum Mundial da Água, em 
2018. O próximo, em março de 2015, será 
na Coréia do Sul.
*Com informações da ANA, Agência Brasil, 
EcoDesenvolvimento, CMB Consultorial e Patrícia Boson
Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 23

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