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Chantal Mouffe

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA
DISCENTE: ELOISIO DE FREITAS NEVES
	Considerações sobre o artigo de Chantal Mouffe :
	MOUFFE, Chantal.Por um modelo agonístico de democracia. Rev. Sociol. Polit. [online]. 2005, n.25, pp.11-23. ISSN 0104-4478.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782005000200003.
DOCENTE: FABIO DUARTE
DISCIPLINA: FILOSOFIA POLÍTICA - FIL805N
PALMAS
JULHO / 2016
 Para C Mouffe o pluralismo e o conflito são essenciais na sua concepção, pois para ela tais elementos das democracias liberais contemporâneas são impulsionadores do desenvolvimento democrático. Ela se opõe às teses de pensadores consensualistas, como Rawls e Habermas, que veem a diversidade de posições e o conflito existente entre elas como uma barreira a ser ultrapassada. C Mouffe considera que as ações sociais fazem parte da política, na medida em que se constituem como atos de poder, ela concebe que o poder não é relação externa a duas identidades já constituídas, mas sim, que ele é parte fundante das próprias identidades. 
 Desta forma, as relações sociais são também políticas, já que os atos de poder da sociedade se constituem também como umas formas de prática política já para os consensualistas da democracia deliberativa consideram que quanto mais às relações sociais estejam incorporadas pelo poder, menos democrática uma sociedade será. Pois a intenção destes consensualistas é de tirar o caráter político das relações sociais, e passar toda a política para uma esfera externa à sociedade, como a alçada jurídica em Rawls. C Mouffe estabelece que a política seja algo próprio das relações sociais, ela não tangencia a complexidade que o pluralismo e o conflito estabelecem nas democracias buscando formas de poder que sejam mais compatíveis com o pluralismo e conflitos inerentes das democracias. Para C Mouffe a legitimidade do poder não pode ser fundamentada apenas pela racionalidade pura, ou pelo melhor argumento como propõe Habermas. Para ela, um ato de poder pode ou não ser legítimo dependendo do reconhecimento perante a sociedade este reconhecimento não teria como parâmetro apenas por fundamentos racionais, mas principalmente por fatores práticos, como a influência econômica ou éticos morais.
 O modelo proposto, C Mouffe faz uma separação entre a política e o político. A politica diz respeito ao conjunto de práticas, discursos e instituições que buscam organizar a coexistência humana em sociedades muitas vezes conflituosas já politico é essencialmente agente do dissenso e antagonismo inerente às relações humanas, que pode se expressar de diversas formas que não haverá consenso que estabeleça teremos ai adversários. C Mouffe fazendo esta diferenciação vai contra e se opõe aos racionalistas, que buscam eliminar os conflitos por meio da construção de um consenso racional. Para Mouffe a erradicação dos antagonismos não satisfazem as necessidades de uma democracia pluralista para ela, isto seria impossível e como alternativa propõe transformar o antagonismo existente nas relações sociais em agonismo não estabelecendo qualquer posição contrária como inimiga e passar a trata-la como adversária. A politica teria como finalidade a necessidade de transformar o antagonismo em agonismo, cabendo a politica a criação de uma unidade em um contexto de conflito e diversidade. Para C Mouffe o estabelecimento do modelo agonístico que permite a existência do dissenso é o mais ponderável é verdadeiro como significado da tolerância nas democracias liberais é necessário que os adversários tenham suas posições consideradas legítimas, e que as partes em conflito se proponham conjuntamente a seguir os princípios éticos e políticos de uma democracia liberal, a liberdade e a igualdade. 
 O modelo agonístico implica em modificar a forma de encarar seus inimigos. Para se abandonar a concepção inimigo para adotar a ideia de adversário, abrindo campo para a negociação, estabelecendo compromissos recíprocos, apesar de que o conflito em questão não cesse. Diferenciando a teoria agonística de C Mouffe e as consensualista, ela procura canalizar as paixões existentes nas relações humanas na direção de objetivos democráticos, já os consensualistas procuram eliminar estas emoções. 
 Apesar de C Mouffe critique o consenso na forma como ele é defendido por Rawls e por entender que ele leva a uma despolitização da sociedade e que a solidificação das posições coletivas pode acarretar a explosão violenta dos antagonismos, ela não descarta totalmente a ideia do consenso. No modelo de pluralismo e agonista de democracia há a menção de certa quantidade de consenso, principalmente em relação aos princípios éticos e políticos de uma democracia liberal, porém ele será sempre conflitivo em virtude das diferentes concepções de cidadania e C Mouffe vê como transitório, pois para ela toda hegemonia é provisória, pois qualquer estabilidade do poder implica em uma exclusão, o que alimenta o processo conflitivo e abre espaço para alternância do poder.
Referencias: 
MOUFFE, Chantal.Por um modelo agonístico de democracia. Rev. Sociol. Polit. [online]. 2005, n.25, pp.11-23. ISSN 0104-4478.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782005000200003.