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Aula Poli meros

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UNIVERSIDADE	FEDERAL	RURAL	DO	SEMI-ÁRIDO		
Bacharelado	em	Ciência	e	Tecnologia	
Campus	Caraúbas	-	RN	
Química	Aplicada	à	Engenharia	
Professor:	Marcelo	Batista	de	Queiroz	
2	
Estrutura		
dos		
Polímeros	
3	
Os	POLÍMEROS	 que	ocorrem	naturalmente	–	aqueles	derivados	
de	plantas	e	animais	–	 têm	sido	usados	há	muitos	séculos;	esses	
materiais	incluem	madeira,	borracha,	algodão,	lã,	couro	e	seda.	
4	
Uma	 vez	 que	 a	 maioria	 dos	 polímeros	 é	 de	 origem	 orgânica,	
vamos	 fazer	 uma	 breve	 revisão	 dos	 conceitos	 básicos	
relacionados	com	as	estruturas	de	suas	moléculas.	
	
Em	 primeiro	 lugar,	 muitos	 materiais	 orgânicos	 são	
HIDROCARBONETOS;	 isto	 é,	 são	 compostos	 por	 hidrogênio	 e	
carbono.	
metano	 parafina	
5	
As	 ligações	 DUPLAS	 e	 TRIPLAS	 entre	 dois	 átomos	 de	 carbono	
envolvem	 o	 compartilhamento	 de	 dois	 e	 três	 pares	 de	 elétrons,	
respectivamente.	
As	 moléculas	 com	 ligações	 covalentes	 duplas	 e	 triplas	 são	
denominadas	INSATURADAS.		
Um	 hidrocarboneto	 SATURADO	 é	 o	 que	 possui	 todas	 as	 suas	
ligações	simples.	
6	
As	 ligações	 covalentes	 em	 cada	 molécula	 são	 fortes,	 porém	
apenas	fracas	ligações	de	hidrogênio	e	de	Wan	der	Waals	existem	
entre	moléculas	 e,	 portanto,	 esses	 hidrocarbonetos	 tem	 pontos	
de	fusão	e	ebulição	relativamente	baixos.	
7	
As	moléculas	 nos	 polímeros	 são	 gigantescas	 em	 comparação	 às	
moléculas	dos	hidrocarbonetos	discutidas	até	aqui;	devido	a	 seu	
tamanho,	elas	são	chamadas	de	MACROMOLÉCULAS.	
Estas	 longas	moléculas	 são	 compostas	por	 entidades	 estruturais	
chamadas	 unidades	 repetidas,	 que	 se	 repetem	 ao	 longo	 da	
cadeia.	 O	 termo	MONÔMERO	 refere-se	 à	 pequena	 molécula	 a	
partir	da	qual	um	polímero	é	sintetizado.	
8	
Considere	 o	 hidrocarboneto	 etileno	 (C2H4),	 que	 é	 um	 gás	 à	
temperatura	e	pressão	ambientes:	
	
	
	
	
	
Se	o	gás	reagir	sob	condições	apropriadas,	ele	 irá	transformar-se	
em	polietileno	(PE),	que	é	um	material	polimérico	sólido.	
9	
O	processo	de	reação	começa	quando	um	centro	ativo	é	formado	
pela	reação	entre	um	iniciador	ou	catalisador	(R⋅)	e	o	monômero	
etileno:	
10	
O	resultado	final,	após	a	adição	de	muitas	unidades	monoméricas	
de	etileno,	é	a	molécula	de	polietileno.	
	
	
	
	
ou	
	
	
	
	
Nessa	representação,	as	unidades	são	colocadas	entre	parênteses	
e	o	subscrito	n	indica	o	número	de	vezes	que	ela	se	repete.	
11	
EXEMPLOS:	
	
O	monômero	 tetrafluoroetileno,	CF2=CF2,	 pode	 polimerizar	 para	
formar	o	politetrafluoroetileno	(PTFE)	–	Teflon.	
12	
EXEMPLOS:	
	
O	monômero	cloreto	de	vinila	 (CH2=CHCl)	é	uma	 ligeira	variação	
daquele	 do	 etileno,	 em	 que	 um	 dos	 quatro	 átomos	 de	 H	 é	
substituído	 por	 um	 átomo	 de	 cloro.	 Forma-se	 o	 cloreto	 de	
polivinila	(PVC).	
13	
Alguns	 polímeros	 podem	 ser	 representados	 usando	 a	 seguinte	
forma	genérica:	
	
	
	
	
	
Em	que	R	representa	tanto	um	átomo	(H	ou	Cl,	para	o	PE	ou	PVC,	
respectivamente),	 ou	 um	 grupo	 orgânico,	 tal	 como	CH3,	 C2H5	 e	
C6H5	(metil,	etil,	fenil).	
	
Por	 exemplo:	 Quando	 o	 R	 representa	 um	 CH3,	 o	 polímero	 é	 o	
polipropileno	(PP).		
14	
15	
16	
17	
18	
Uma	 forma	 de	 expressar	 o	 tamanho	 médio	 da	 cadeia	 de	 um	
polímero	 é	 por	 seu	 GRAU	 DE	 POLIMERIZAÇÃO	 (GP),	 o	 qual	
representa	 o	 número	 médio	 de	 unidades	 repetidas	 em	 uma	
cadeia.	
	
	
	
	
Onde:	
	
m			=	massa	molar	da	unidade	repetida;	
	
							=	massa	molar	numérica	média.	
19	
As	moléculas	 de	 polímeros	 vem	 sendo	mostradas	 como	 cadeias	
lineares,	 desprezando	 o	 arranjo	 zigue-zague	 dos	 átomos	 da	
cadeia	principal.	
	
As	ligações	simples	na	cadeia	são	capazes	de	sofrer	ROTAÇÕES	e	
FLEXÕES	em	três	dimensões.	
20	
Os	 polímeros	 consistem	 em	
grandes	 números	 de	 cadeias	
moleculares,	 cada	 uma	 das	 quais	
pode	dobrar,	enrolar	e	contorcer.	
	
Esses	 espirais	 e	 embaraços	
molecu la res	 a leatór ios	 são	
responsáveis	 por	 uma	 grande	
quantidade	 de	 CARACTERÍSTICAS	
importantes	 dos	 pol ímeros,	
incluindo	 as	 grandes	 extensões	
elásticas	das	borrachas.	
21	
As	 características	 físicas	 de	 um	polímero	 dependem	não	 apenas	
de	 sua	massa	molar	e	de	 sua	 forma,	mas	 também	de	diferenças	
nas	estruturas	das	cadeias	moleculares.	
	
	
Os	polímeros	podem	ter	cadeia:	
	
ü  	Linear;	
ü  Ramificada;	
ü  Com	ligações	cruzadas;	
ü  Rede.	
22	
23	
O	 isomerismo	 também	é	encontrado	nas	moléculas	poliméricas,	
nas	 quais	 são	 possíveis	 diferentes	 configurações	 atômicas	 para	
uma	mesma	composição.	
	
Os	 ESTEREOISÓMEROS	 são	 compostos	 que	 apresentam	 a	
mesma	 fórmula	 química	 mas	 diferem	 posição	 dos	 átomos	 no	
espaço.	
	
Podem	possuir	uma	cadeia:		
	
ü 		ISOTÁTICA	–	Grupo	R	do	mesmo	lado	
ü 		SINDIOTÁTICA	–	Grupo	R	em	lados	alternados	
ü 		ATÁTICA	-	Grupo	R	aleatório	
24	
Isotática	
	
	
	
	
	
Sindiotática	
	
	
	
	
Atática	
25	
Isotática	
	
	
	
	
Sindiotática	
	
	
	
	
	
Atática	
26	
Outras	 importantes	 configurações	 de	 cadeia	 são	 possíveis	 em	
unidades	repetidas	que	têm	uma	DUPLA	LIGAÇÃO	entre	átomos	
de	carbono	na	cadeia.	
	
Exemplo:	unidade	repetida	do	isopreno	
CH3	e	H	do	mesmo	lado	(cis)	
cis-poli-isopreno	(borracha	natrual)	
CH3	e	H	em	lados	opostos	(trans)	
trans-poli-isopreno	(guta-percha*)	
	
*Substância	semelhante	à	borracha,	mas	que	não	
apresenta	a	propriedade	elástica	desta	
27	
28	
A	resposta	de	um	polímero	a	forças	mecânicas	em	temperaturas	
elevadas	está	relacionada	à	sua	estrutura	molecular	dominante.	
	
Os	 TERMOPLÁSTICOS	 amolecem	 (liquefazem)	 quando	 são	
aquecidos,	 e	 endurecem	 quando	 são	 resfriados	 (processos	
reversíveis).	
Uma	degradação	irreversível	ocorre	quando	a	
temperatura	de	um	termoplástico	fundido	for	
aumentada	 excessivamente.	 São	 geralmente	
lineares.	Exemplos:	PE,	PS,	PVC.	
29	
Os	polímeros		TERMOFIXOS	são	polímeros	em	rede.	Eles	tornam-
se	 permanentemente	 rígidos	 durante	 sua	 formação	 e	 não	
amolecem	 sob	 aquecimento.	 Apresentam	 ligações	 cruzadas	
covalentes	entre	as	cadeias	moleculares	adjacentes.	
	
Um	 aquecimento	 excessivo	 causará	 o	 rompimento	 das	 ligações	
cruzadas	e	a	degradação	do	polímero.	Geralmente	os	termofixos	
são	mais	duros	e	resistentes	que	os	termoplásticos.	
Exemplo:	borracha	vulcanizada,	
epóxis,	resinas	fenólicas.	
30	
Considere	um	copolímero	composto	por	duas	unidades	repetidas,	
como	 representados	 por	 	 •	 	 e	 	 •.	 Dependendo	 do	 processo	 de	
polimerização	são	possíveis	diferentes	sequências	de	arranjos	de	
unidades	repetidas.	
	
Podem	ser	formados	os	copolímeros:	
	
ü 			aleatório	
ü 			alternado	
ü 			em	bloco	
ü 			enxertado	
31	
aleatório	
	
alternado	
	
em	bloco	
	
enxertado	
32	
O	 estado	 cristalino	 pode	 existir	 nos	 materiais	 poliméricos.	
Entretanto,	uma	vez	que	ele	envolve	moléculas	em	vez	de	átomos	
e	íons	,	os	arranjos	atômicos	serão	mais	complexos.	
	
Consideramos	 a	 CRISTALINIDADE	 DOS	 POLÍMEROS	 como	 a	
compactação	 de	 cadeias	moleculares	 para	 produzir	 	 um	 arranjo	
atômico	ordenado.	
	
Em	 consequência	 de	 seus	 tamanhos	 e	 da	 sua	 frequente	
complexidade,	 as	 moléculas	 dos	 polímeros	 são,	 normalmente	
apenas	 parcialmente	 cristalinos	 (SEMICRISTALINOS),	 com	
regiões	cristalinas	dispersas	no	material	amorfo	restante.	
33	
Arranjo	de	cadeias	moleculares	em	uma	célula	
unitária	para	o	polietileno.	
34	
Características,	
Aplicações	e	
Processamento		
dos	Polímeros	
35	
As	 CARACTERÍSTICAS	 MECÂNICAS	 dos	
polímeros,	 em	 sua	 maioria,	 são	 altamente	
sensíveis	 à	 taxa	 de	 deformação,	 à	
temperatura
e	 à	 natureza	 química	 do	
ambiente	 (presença	 de	 água,	 oxigênio	 e	
solventes).		
	
Tipicamente	 são	 encontrados	 TRÊS	 tipos	
diferentes	 de	 comportamento	 tensão-
deformação	para	os	materiais	poliméricos.	
36	
37	
Para	 os	 polímeros	 plásticos,	 o	
l imite	 de	 escoamento	 é	
tomado	como	o	valor	máximo	
n a	 c u r v a , 	 q u e	 o c o r r e		
imediatamente	após	o	término	
da	região	elástica	linear.		
A	 tensão	 nesse	 ponto	 de	
máx imo	 é	 o	 l im i t e	 d e	
escoamento	 (σl).	 O	 limite	 de	
resistência	 a	 tração	 (LRT)	
corresponde	 à	 tensão	 na	 qual	
ocorre	a	fratura.	
38	
As	 características	 mecânicas	 dos	 polímeros	 são	 muito	 mais	
sensíveis	 	 a	 mudanças	 de	 temperatura	 próximo	 a	 temperatura	
ambiente.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Exemplo:	poli	(metil	metacrilato)	
39	
Curva	 tensão-deformação	 em	
t r a ç ão	 p a r a	 um	 ma te r i a l	
semicristalino:	
	
No	 l imi te	 do	 escoamento	
superior,	um	pequeno	pescoço	se	
forma	 na	 seção	 útil	 do	 corpo	 de	
prova.	Nesse	pescoço,	 as	 cadeias	
ficam	orientadas	 (isso	 é,	 os	 eixos	
da	 cadeia	 ficam	 al inhados	
paralelamente	 à	 direção	 do	
alongamento).	 O	 que	 leva	 a	 um	
a u m e n t o 	 l o c a l i z a d o	 n a	
resistência.	
40	
Consequentemente,	 há	 nesse	
pon t o	 uma	 r e s i s t ê n c i a	 à	
continuidade	da	deformação,	 e	 o	
alongamento	 do	 corpo	 de	 prova	
prossegue	 pela	 propagação	 do	
p e s c o ç o 	 a o 	 l o n g o 	 d o	
comprimento	útil.		
	
O	 Fenômeno	 de	 orientação	 das	
c a d e i a s	 a c ompanha	 e s s a	
extensão	do	pescoço.	
41	
42	
43	
Um	 pol ímero	 amorfo	 pode	 se	
comportar	 como	 um	 vidro	 em	
temperaturas	 baixas,	 como	 um	 sólido	
com	as	características	de	borracha	em	
temperaturas	 intermediárias	 e	 como	
um	 líquido	 viscoso,	 conforme	 a	
temperatura	é	aumentada	ainda	mais.	
	
Em	 temperaturas	 intermediárias,	 o	
p o l í m e r o	 é	 um	 s ó l i d o	 c om	
características	 de	 borracha,	 essa	
c o n d i ç ã o 	 é 	 c h a m a d a 	 d e	
VISCOELASTICIDADE.	
44	
A	 d e f o rma ç ã o	 e l á s t i c a	 é	
instantânea,	 o	 que	 significa	 que	 a	
deformação	 total	 ocorre	 no	
instante	 em	 que	 a	 tensão	 é	
aplicada	 ou	 liberada	 (isto	 é,	 a	
deformação	 é	 independente	 do	
tempo).	
	
Além	 disso,	 com	 a	 liberação	 das	
tensões	 externas,	 a	 deformação	 é	
totalmente	recuperada.	
45	
E m	 c o n t r a s t e , 	 p a r a 	 u m	
comportamento	 tota lmente	
viscoso,	 a	 deformação	 não	 é	
instantânea;	 isto	 é,	 em	 resposta	 à	
aplicação	 de	 uma	 tensão,	 a	
deformação	 é	 retardada	 ou	
dependente	do	tempo.		
	
Além	disso,	essa	deformação	não	é	
reversível	 ou	 completamente	
recuperada	 após	 a	 tensão	 ter	 sido	
liberada.	
46	
Um	 fenômeno	 que	 precede	 com	 frequência	 	 a	 fratura	 em	 alguns	
polímeros	 termoplásticos	 é	 a	 FIBRILAÇÃO	 (crazing).	 Associados	 à	
fibrilação	 existem	 regiões	 que	 apresentam	 deformações	 plásticas	
muito	 localizadas,	 as	 quais	 levam	 à	 formação	 de	 microvazios	
pequenos	e	interligados.	
	
	
Pontes	fibrilares	(fibrilas)	formam-se	entre	esses	microvazios,	onde	as	
cadeias	moleculares	ficam	orientadas.	Se	a	 carga	de	 tração	aplicada	
for	 suficiente,	 essas	 pontes	 alongarão	 e	 romperão,	 levando	 ao	
crescimento	e	ao	coalescimento	dos	microvazios.	
47	
48	
Os	polímeros	podem	sofrer	fratura	ductil*	ou	frágil	sob	uma	carga	de	
impacto,	 dependendo	 da	 temperatura,	 do	 tamanho	 da	 amostra,	 da	
taxa	de	deformação	e	do	modo	de	aplicação	da	carga.	
	
Tanto	 os	 polímeros	 semicristalinos,	 como	os	 amorfos	 são	 frágeis	 	 a	
baixas	 temperaturas,	 e	 ambos	 possuem	 resistências	 ao	 impacto	
relativamente	baixos.	
	
	
*	 a	 ductilidade	 está	 associada	 à	 capacidade	 que	 um	 material	
apresenta,	de	ser	transformado	em	fios.	
§ 		Resistência	ao	impacto	
49	
Os	 polímeros	 podem	 apresentar	 falha	 por	 fadiga	 sob	 condições	 de	
carregamento	cíclico.	
	
Os	 ensaios	 de	 fadiga	 em	 polímeros	 não	 tem	 sido	 tão	 extensivos	
quanto	 aqueles	 com	 os	metais,	 no	 entanto,	 os	 dados	 de	 fadiga	 são	
traçados	 	da	mesma	maneira	para	ambos	os	tipos	de	materiais,	e	as	
curvas	resultantes	apresentam	a	mesma	forma	geral.	
§ 		Fadiga	
50	
§ 		Fadiga	
51	
§ 		Fadiga	
O	 carregamento	 cíclico	 dos	 polímeros	 em	 alta	 frequência	 e/ou	
tensões	 relativamente	 grandes	 pode	 causar	 um	 aquecimento	
localizado;	 consequentemente,	 a	 falha	 pode	 ser	 causada	 por	 um	
amolecimento	do	material.	
52	
§ 		Resistência	ao	Rasgamento	e	Dureza	
A	 habilidade	 em	 resistir	 ao	 rasgamento	 é	 uma	 propriedade	
importante	para	alguns	plásticos,	especialmente	aqueles	empregados	
em	 filmes	 finos	 para	 embalagens.	 A	 RESISTÊNCIA	 AO	
RASGAMENTO,	 que	 é	 o	 parâmetro	 mecânico	 medido,	 é	 a	 energia	
necessária	para	rasgar	uma	amostra.	
	
A	 DUREZA	 representa	 a	 resistência	 de	 um	 material	 a	 risco,	
penetração,	e	assim	por	diante.	Os	polímeros	são	mais	macios	que	os	
metais	e	as	cerâmicas,	e	a	maioria	dos	ensaios	de	dureza	é	conduzida	
por	técnicas	de	penetração.	
53	
Uma	 grande	 variedade	 de	 diferentes	 técnicas	 é	 empregada	 na	
CONFORMAÇÃO	dos	materiais	poliméricos.	O	método	usado	para	o	
polímero	específico	depende	de	diversos	fatores:	
	
(1)  se	o	material	é	termoplástico	ou	termofixo;	
(2)  se	ele	for	termoplástico,	da	temperatura	na	qual	ele	amolece;	
(3)  a	 estabilidade	 atmosférica	 do	 material	 que	 está	 sendo	
conformado;	
(4)  a	geometria	e	o	tamanho	do	produto	acabado.	
	
A	 fabricação	 	 de	 materiais	 poliméricos	 ocorre	 normalmente	 em	
temperaturas	elevadas,	e	com	frequência,	com	aplicação	de	pressão.	
54	
A	MOLDAGEM	 é	 o	método	
m a i s	 c omum	 p a r a	 a	
conformação	 de	 polímeros	
plásticos.	As	 várias	 técnicas	
de	 mo ldagem	 u sadas	
incluem	 as	 moldagens	 por	
compressão,	 transferência,	
sopro,	injeção	e	extrusão.	
Em	 cada	 uma	 delas,	 um	 plástico	 granulado	 ou	 finamente	 peletizado	 é	
forçado,	 em	 uma	 temperatura	 elevada	 e	 sob	 pressão,	 a	 escoar	 para	 o	
interior,	preencher	e	assumir	a	forma	da	cavidade	de	um	molde.	
55	
A	 moldagem	 por	 compressão	 é	 o	 método	 de	 processamento	 mais	
antigo	 que	 existe	 e	 consiste	 em	 transformar	 um	material	 polimérico,	
colocado	na	cavidade	de	um	molde,	em	uma	peça	de	 forma	definida,	
através	da	aplicação	de	calor	e	pressão.	
	
É	 o	 método	 mais	 empregado	 na	 transformação	 de	 termorrígidos.	
Neste	 caso,	 o	 molde	 fechado	 e	 aquecido	 favorece	 a	 formação	 de	
ligações	cruzadas	no	polímero,	ou	seja,	sua	cura,	obtendo-se	artefatos	
rígidos	 após	 sua	 extração	 do	molde.	 No	 caso	 dos	 termoplásticos,	 os	
moldes	devem	ser	resfriados	antes	de	sua	abertura.	
§ 		Moldagem	por	Compressão	e	por	Transferência	
56	
O	 equipamento	 utilizado	 é	
composto	 por	 uma	 prensa	
hidráulica	 de	 dois	 pratos	
paralelos,	 aquecida	 por	 um	
sistema	 elétrico,	 a	 vapor,	 a	
gás,	a	óleo	ou	água	quente,	
e	um	molde.	
§ 		Moldagem	por	Compressão	e	por	Transferência	
57	
A	 moldagem	 por	 TRANSFERÊNCIA	 consiste	 em	 aquecer,	 em	
uma	 câmara	 no	 molde,	 uma	 quantidade	 pré-determinada	 de	
material	a	ser	moldado,	que	amolece	e	é	transferido	sob	pressão	
através	 de	 um	 canal	 de	 alimentação	 à	 cavidade	 fechada	 do	
molde.	O	material	curado	é	removido	do	molde	com	o	auxílio	de	
pinos	ejetores	após	a	sua	abertura.	
§ 		Moldagem	por	Compressão	e	por	Transferência	
58	
A	 moldagem	 por	 injeção	 é	 um	 processo	 cíclico	 em	 que	 o	
termoplástico	é	fundido	e	depois	introduzido	na	cavidade	de	um	
molde,	 através	da	pressão	exercida	por	 um	êmbolo.	Dentro	do	
molde	o	material	é	resfriado	e	solidificado	e,	por	fim,	extraído.		
	
O	 processo	 de	 moldagem	 por
injeção	 se	 assemelha	 ao	
funcionamento	 de	 uma	 seringa,	 onde	 o	 êmbolo	 empurra	 o	
líquido	 através	 da	 agulha.	 No	 caso	 do	 processamento	 de	
termorrígidos	ou	elastômeros,	a	reação	de	cura	ocorre	dentro	do	
próprio	molde.	
§ 		Moldagem	por	Injeção	
59	
§ 		Moldagem	por	Injeção	
60	
As	 máquinas	 injetoras,	 ou	 simplesmente	 injetoras,	 são	
classificadas	em	verticais	e	horizontais,	sendo	esta	última	a	mais	
utilizada	na	indústria.	Estima-se	que	as	injetoras	correspondem	a	
cerca	 de	 60%	 de	 todas	 as	 máquinas	 empregadas	 no	
processamento	de	plásticos.	
§ 		Moldagem	por	Injeção	
61	
Na	extrusão	a	matéria-prima	é	amolecida	e	sua	saída	é	 forçada	
através	 de	 uma	matriz	 instalada	 no	 equipamento,	 denominada	
rosca	 extrusora,	 produzindo	 um	 produto	 que	 conserva	 a	 sua	
forma	ao	longo	de	sua	extensão,	após	seu	resfriamento.	
	
Aplicação:	 fabricação	 de	 produtos	 FLEXÍVEIS,	 como	
embalagens,	sacolas,	sacos	e	bobinas	(filme),	após	o	processo	de	
extrusão,	 podem	 ser	modelados	 no	 produto	 final	 com	 soldas	 e	
cortes;	 e	 produtos	 RÍGIDOS	 ou	 SEMI-RÍGIDOS,	 como	 tubos,	
mangueiras	e	chapas.	
§ 		Extrusão	
62	
§ 		Extrusão	
63	
§ 		Moldagem	por	Sopro	
Em	 primeiro	 lugar,	 um	 parison	 ou	 um	 segmento	 de	 tubo	 de	
polímero	é	extrusado.	Enquanto	ainda	está	em	um	estado	semi-
fundido,	 o	 parison	 é	 colocado	 em	 um	 molde	 bipartido	 que	
apresenta	a	configuração	desejada	para	o	recipiente.	A	peça	oca	
é	 conformada	 pelo	 sopro	 de	 ar	 ou	 de	 vapor	 sob	 pressão	 no	
interior	 do	 parison,	 forçando	 as	 paredes	 do	 tubo	 a	 se	
conformarem	aos	contorno	do	molde.	
64	
§ 		Moldagem	por	Sopro	
Obviamente,	 tanto	 a	 temperatura	 quanto	 a	 viscosidade	 	 do	
parison	devem	ser	cuidadosamente	reguladas.

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