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Crimes Contra a Administração Pública - Art. 321 ao 325

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DIREITO PENAL IVPágina2
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – artigos 321 a 325
Advocacia administrativa 
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: 
Pena — detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo: Pena — detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da muita.
1. Bem jurídico tutelado: Administração Pública. 
2. Sujeitos do crime Sujeito ativo / Sujeito passivo.
3. Tipo objetivo: Patrocinar 
4. Tipo subjetivo: 
5. Consumação e tentativa 
7. Forma qualificada: Parágrafo único do artigo 321 e Art. 327, § 2º, do CP.
8. Questões especiais 
Licitação = art. 91 da Lei 8.666/93;
Art. 91.  Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Concurso com os artigos. 316, 317 e 333 do CP. 
Orientação ao cidadão acerca de seus direitos?
Se deixar de praticar ato de ofício = corrupção passiva ou prevaricação;
Se contra a Administração Fazendária: artigo 3º, inciso III da Lei 8.137/90. Neste sentido, segue julgado do TJDFT.
Nos crimes de advocacia administrativa perante a Administração Fazendária (artigo 3º, III, da Lei 8.137/1990), o elemento subjetivo na atuação como servidor público se configura com o simples patrocínio, auxílio ou ajuda na resolução do processo, não exigindo necessariamente o resultado favorável ao administrado, por se tratar de crime formal. 
(Acórdão n.484567, 20050110583388APR, Relator: LEILA ARLANCH, Revisor: SANDRA DE SANTIS, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 24/02/2011, Publicado no DJE: 03/03/2011. Pág.: 215)
Pena e ação penal 
VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
1. Bem jurídico tutelado
Administração Pública. 
2. Sujeitos do crime 
Sujeito ativo 
Sujeito passivo 
3. Tipo objetivo: 
4. Tipo subjetivo: 
5. Consumação e tentativa 
6. Figura majorada: 327, § 2º do CP
9. Questões especiais 
Concurso material? 
Art. 21 da LCP – vias de fato (absorvidas)
Uso de força física durante a Prisão: arts. 284 e 292 CPP
 Art. 284.  Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
 Art. 292.  Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Revogação do dispositivo?
Lei n. 4.898/65 – Abuso de Autoridade X art. 322 do CP.
RHC 95617 / MG - MINAS GERAIS  
RECURSO EM HABEAS CORPUS
Relator(a):  Min. EROS GRAU
Julgamento:  25/11/2008           Órgão
Julgador:  Segunda Turma
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. CP, ART. 322. CRIME DE VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA. REVOGAÇÃO PELA LEI N. 4.898/65. INOCORRÊNCIA. O artigo 322 do Código Penal, que tipifica o crime de violência arbitrária, não foi revogado pelo artigo 3º, alínea i da Lei n. 4.898/65 (Lei de Abuso de Autoridade). Precedentes. Recurso ordinário em habeas corpus não provido.
APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL E VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA. RECURSOS DA DEFESA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PLEITO ABSOLUTÓRIO. ACOLHIMENTO. IN DUBIO PRO REO. VERSÃO DOS RÉUS CONFIRMADA POR TESTEMUNHAS OCULARES DOS FATOS. RECURSO DEFENSIVO CONHECIDO E PROVIDO. RECURSO MINISTERIAL PREJUDICADO. 
2. No caso dos autos, tendo sido a versão dos réus - de que se utilizaram da força necessária para conter as vítimas, que haviam os desacatado e estavam exaltadas - confirmada por duas testemunhas oculares dos fatos, não há como simplesmente descartar essa versão. Assim, havendo duas versões plausíveis para os fatos, a absolvição é medida que se impõe, por incidência do princípio in dubio pro reo. 
3. Recursos conhecidos. Recurso da Defesa provido para absolver os recorrentes das penas do artigo 129, caput (lesão corporal), por três vezes, na forma do artigo 71, e do artigo 322 (violência arbitrária), por três vezes, também na forma do artigo 71, tudo do Código Penal. Recurso ministerial prejudicado.
(Acórdão n.572852, 20070710002566APR, Relator: ROBERVAL CASEMIRO BELINATI, Revisor: SILVÂNIO BARBOSA DOS SANTOS, 2ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 15/03/2012, Publicado no DJE: 19/03/2012. Pág.: 253)
10. Pena e ação penal
Abandono de função
        Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
        § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
        § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
        Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Bem jurídico tutelado 
Sujeitos do crime 
Sujeito ativo (funcionário que ocupa cargo público)
Sujeito passivo é o Estado. 
3. Tipo objetivo: 
Abandono temporário = por força maior ou estado de necessidade; 
Tem que haver um perigo concreto para a administração pública.
Acefalia do cargo= inexistência ou ocasional ausência de substituto legal do desertor; deixar o cargo ao desamparo.
4. Tipo subjetivo: 
Animus definitivo? 
5. Consumação e tentativa 
6. Formas qualificadas
§§ 1º e 2º: prejuízo público / Faixa da fronteira Lei n. 6.634/79; Art. 1º. - É considerada área indispensável à Segurança Nacional a faixa interna de 150 Km (cento e cinquenta quilômetros) de largura, paralela à linha divisória terrestre do território nacional, que será designada como Faixa de Fronteira.
Art. 327, § 2º.
7. Questões especiais 
Pedido de aposentadoria ou exoneração?
Se o abandono for coletivo = art. 201 do CP. 
 Paralisação de trabalho de interesse coletivo
Art. 201 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Pena e ação penal
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
        Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Bem jurídico tutelado
Sujeitos do crime 
Sujeito ativo: V. 328 do CP / Sujeito passivo 
Tipo objetivo: 
a) entrar no exercício da função pública antes de satisfeitas as exigências legais; 
b) continuar a exercê-la (a função pública);
Tipo subjetivo: 
Consumação e tentativa 
Pena e ação penal 
Julgado
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE 
ACÓRDÃO: 20094563 
APELAÇÃO CRIMINAL 0447/2008  PROCESSO: 2008311197  APELAÇAO CRIMINAL - USURPAÇAO DE FUNÇAO PÚBILCA (ART.328, DO CP)- MATERIALIDADE E AUTORIA - COMPROVAÇAO DE CRIME DIVERSO DA CONDENAÇAO - PROVA TESTEMUNHAL E DOCUMENTAL QUE CARACTERIZAM O DELITO CAPITULADO NO ART. 324, DO CP - DESCLASSIFICAÇAO - PRESCRIÇAO DA PRETENSAO PUNITIVA - EXEGESE DO ARTIGO 109, VI - EXTINÇAO DA PUNIBILIDADE - ARTIGO 107, IV, DO CP - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - UNÂNIME. [...]
II - O crime de usurpação do exercício de função pública não deve ser confundido com o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Aquele ocorre mediante usurpação de atribuição que não era do particular ou do próprio funcionário público, esta se dá quando um cidadão dotado de atribuições públicas, continua exercendo-as, mesmo depois de sua demissão, como é o que exsurge destes autos. III - Com a desclassificação operou-se a prescrição da pretensão punitiva estatal, pois com a nova pena máxima em abstrato, ou seja, 01 (um) mês, o prazo prescricionalreduziu-se para 02 (dois) anos, conforme ditames do art. 109, VI, do CP. IV - Recurso conhecido e parcialmente provido. Unânime.
Violação de sigilo funcional
        Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
        § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Bem jurídico tutelado 
Sujeitos do crime 
Sujeito ativo 
Sujeito passivo
Tipo objetivo: 
4. Tipo subjetivo
Consumação e tentativa 
8. Forma qualificada 
9. Questões especiais 
Se o segredo é particular: arts. 151, 153 ou 154 do CP. 
Pena e ação penal 
Julgado
PENAL E PROCESSUAL PENAL. RÉUS ABSOLVIDOS DA ACUSAÇÃO DE FALSIDADE IDEOLÓGICA E VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR CERCEAMENTO DE DEFESA. RAQUITISMO PROBATÓRIO. PREVALECIMETNO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO. SENTENÇA CONFIRMADA. 
1 Réus acusados de infringirem os artigos 299, parágrafo único, e 325, § 1º, inciso II e § 2º, do Código Penal, eis que, sendo auditores tributários da Subsecretaria da Receita do Distrito Federal teriam usado indevidamente o acesso restrito do sistema de informações para colher dados de contribuintes para o fim de adquirirem em seu nome e para uso próprio linhas e telefones celulares. 
[...]
4 A condenação criminal não pode se basear em meras conjecturas, partindo de deduções a conclusões nem sempre precisas. O raquitismo das provas não a permite, devendo em tal hipótese absolverem-se os réus pelo princípio in dubio pro reo. 
5 Apelação desprovida.
(Acórdão n.506911, 20050110584294APR, Relator: GEORGE LOPES LEITE, Revisor: SANDRA DE SANTIS, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 17/03/2011, Publicado no DJE: 27/05/2011. Pág.: 233)

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