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Aula 1 - Dorso terça-feira, 22 de setembro de 2009 19:21 Região. A região posterior do tórax é o que chamamos de dorso. Músculos. Existem 5 músculos localizados nesta região. São classificados como sento tóraco- apendiculares posteriores, porque têm uma fixação no tórax e outra no esqueleto apendicular, que é representado pelos membros superiores e inferiores. Superficiais. Os músculos trapézio e latíssimo do dorso são músculos toraco apendiculares superiores superficiais. Profundos. Os músculos levantador da escápula, rombóide maior, e rombóide menor são considerados toraco-apendiculares posteriores profundos. Músculo Trapézio. Se origina nos processos espinhosos das vértebras que formam a coluna vertebral até uma fixação espinha na escápula. Ele tem seis grupamentos de fibras musculares. Superiores podem agir isoladamente e elevar os ombros. Grupamento de fibras médias tem a capacidade de aproximar a escápula do plano mediano e fazer uma rotação desta escápula. O grupamento de fibras mais inferiores também pode agir isoladamente e tracionar a escápula inferiormente. Inervação do M. Trapézio. É feita pela raiz espinal do nervo acessório. Lesão do nervo causa paralisia do músculo trapézio, fazendo com que o paciente apresente ombro caído. Raiz espinal do nervo acessório. Ela inerva também o músculo esternocleidomastóideo além do m. trapézio. Músculo latíssimo do dorso. Antigamente chamado grande dorsal. Ele tem fixação medial também nos processos espinhosos das vértebras da coluan e lateralmente se fixa no úmero, possibilitando o movimento de extensão do braço e ajudando na adução e rotação do membro superior. É o músculo para escalada. Inervação do músculo latíssimo do dorso. É feita pelo nervo toracodorsal. Músculo levantador da escápula. Ele se fixa medialmente na coluna vertebral cervical e lateralmente na escápula. É inervado pelo nervo dorsal da escápula, vindo do plexo braquial Mm. rombóides. São localizados inferiormente ao m. levantador da escápula. O m. rombóide maior está inferior e o m. rombóide maior está superior. Muitas vezes suas margens musculares aparecem fundidas e difíceis de identificar na prática, então se diz que o m. rombóide maior está localizado nos dois terços inferiores da massa musclar. Eles fazem a aproximação das escápulas ao plano mediano. Se eles estiverem paralizados, a escápula fica posicionada mais lateralmente do que a escápula do lado que não sofreu lesão. Vasos dorsais da escápula. Passam entre o m. rombóide menor e o m. rombóide maior, e servem como ponto de reparo para sua separação. Inervação dos músculos rombóides. Eles são inervados pelo nervo dorsal da escápula, que vem do plexo braquial. Artéria dorsal da escápula. Pode vir diretamente da terceira porção da artéria subclávea ou ser ramo da artéria cervical transversa ou transversa do pescoço, que cruza o pescoço transversalmente. Trígono da ausculta. Ele não tem importância na prática médica e não é usado na semiologia. É a área localizada posteriormente no tórax, no dorso, que na teoria, seria a área onde sons pulmonares são mais nítidos. É delimitado medialmente pela borda lateral do m. trapézio. Lateralmente é delimitado pela borda medial da escápula. Inferiormente é delimitado pela borda superior do m. latíssimo do dorso. O trígono da ausculta fica no nível do 6º espaço intercostal. *** Aula 2 - Pescoço I - Estruturas superficiais do pescoço quinta-feira, 24 de setembro de 2009 20:33 Região cervical. É o pescoço. Ela contém um grande número de estruturas nobres em espaço pequeno, por isto é uma das regiões mais difíceis de serem estudadas no corpo humano. Bócio. É causado pelo aumento da glândula tireóide. Limite inferior. A região cervical (pescoço) é delimitada inferiormente pela abertura superior do tórax. Abertura superior do tórax. O manúbrio do esterno é o limite anterior da abertura superior do tórax. Os limites antero-laterais são as primeiras costelas. Posteriormente temos a coluna vertebral sendo limite posterior da abertura superior do tórax. Limite superior do pescoço. É a mandíbula e uma linha imaginária que se projeta posteriormente em direção ao crânio. Esqueleto. O pescoço tem um esqueleto ósseo e cartilaginoso. Cartilagens. A laringe e a traquéia são estruturas cartilaginosas do esqueleto cervical. Hióide. Osso flutuante que faz parte do esqueleto do pescoço. Músculo platisma. É um músculo subcutâneo superficial do pescoço. Fica sob a pele da mandídula e da clavícula. Quando contraído, o m. platisma retesa a pele do pescoço. Paralisia do m. platisma. Fica com a pele do pescoço pendente. Invervação do m. platisma. A inervação do m. plastisma é feita pelos ramos cervicais do nervo facial. Quando estes nervos ficam lesados, acontece paralisia do m. platisma e a pele do pescoço fica pendente. Importância cirúrgica. Numa facada na região cervical pode-se colocar os dedos através do ferimento, e se verificar que as fibras do m. platisma estão íntegras, então não houve lesão de nenhuma estrutura cervical nobre profunda. O paciente pode ficar em observação por poucas horas e depois ser liberado para casa. Se o dedo ultrapassar o platisma, o cirurgião deverá fazer uma cervicotomia - abertura da região cervical, mesmo que não haja nenhum sinal aparente de lesão das estruturas da região cervical. Músculo esternocleidomastóideo. É o músculo de referência na região cervical. Ele tem três fixações: uma no esterno, uma na clavícula e outra no processo mastóide do osso temporal. Por isso o nome esterno-cleido-mastóideo é inervado pelo nervo acessório. Músculo trapézio. Fica na região cervical posterior e é inervado também pelo nervo acessório. Veias jugulares. Evertendo o músculo platisma, encontramos a veia jugular anterior e mais lateralmente, a veia jugular externa. Veia jugular externa. Ela cruza o músculo esternocleidomastóideo, da parte mais medial para a mais lateral, sobre a fáscia cervical, e é tributária da veia subclávea. Ela é formada pela união das veias retromandibular e auricular posterior. Por receber estas veias, a v. jugular externa drena a face e o couro cabeludo. Veia retromandibular. Ela drena a face, posterior à mandíbula. Veia auricular posterior. Drena o couro cabeludo, posicionada posteriormente à orelha. Plexo cervical. Se origina no ponto médio da borda posterior do m. esternocleidomastóideo, é o ponto nervoso do pescoço. O plexo possui fibras de C1, C2, C3 e C4, formando 4 nervos, basicamente sensitivos, da inervação sensitiva de todo o pescoço. São os nervos occipital menor, nervo auricular magno, o nervo cervical transverso (ou transverso do pescoço) e os nervos supraclaviculares. Nervo occipital menor. É o primeiro nervo do plexo cervical, que inerva sensitivamente a região occipital do crânio. Nervo auricular magno. É paralelo à veia jugular externa. É responsável pela inervação sensitiva da orelha e de toda a área ao redor da orelha. Nervo cervical transverso. Também chamado de nervo transverso do pescoço. Cruza transversalmente a região cervical. É responsável pela invervação sensitiva anterior do pescoço. Nervos supraclaviculares. São um conjunto de nervos responsáveis pela inervação sensitiva da área inferior do pescoço, localizada sobre a clavícula. Não deve ser confundido com o nervo supra escapular. Bloqueio do plexo cervical. Pode ser feita para anestesiar o pescoço durante uma sutura de lesão extensa. Ele tem origem no ponto nervoso do pescoço, localizado no ponto médio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo. Bloqueio do plexo cervical anestesia toda a região antero lateral do pescoço até a clavícula. Complicação do bloqueio cervical. Se o anestésico for injetado muito profundamente ou em alta dose, pode se difundir para o nervo frênico, que faz inervação motora do músculo diafragma. Isto causa paralisia do músculo diafragma, do lado anestesiado. Anestesia geral. Dependendo do caso, o paciente estará em anestesia geral eacoplado a respirador ou então sofrerá anestesia local, para o procedimento apenas na região cervical. Osso hióide. É um osso flutuante e não se articula com nenhum outro osso. Ele tem um grupo de músculos associados a ele. Os que ficam acima são os músculos supra hióideos e os que ficam abaixo são os infra-hióideos, que têm a função de rebaixar o osso hióideo. Músculos infra hióideos. Eles recebem o nome de acordo com suas fixações e são todos inervados pela alça cervical (exceto pelo m. Tireo-hióideo). São os seguintes: 1. Músculo Omo-hióideo. Ligado à clavícula (antigo omoplata). 2. Músculo Esterno-hióideo. Do esterno ao hióide. 3. Músculo Esternotireóideo. Vai do esterno até a cartilagem tireóide, localizado mais lateralmente e profundamente do que o esterno-hióideo. 4. Músculo Tireo-hióideo. Vai da cartilagem tireóide até o osso hióide, acima do m. esternotireóideo. Alça cervical. É o nervo que inerva todos os músculos infra hióideos, exceto pelo m. Tireo-hióideo, inervado por T1 via nervo hipoglosso. Região cervical. É dividida em regiões menores tendo como referência o músculo esternocleidomastóideo. São 4 subdivisões: 1. Região do m. esternocleidomastóideo. É onde se encontra o músculo esternocleidomastóideo, com suas 3 fixações. 2. Região cervical anterior. É localizada anteriormente ao m. esternocleidomastóideo, antigamente chamada de trígono anterior. Ela tem como limites a anterior região mediana do pescoço, posterior a borda anterior do m. esternocleidomastóideo e superior a mandíbula. 3. Região cervical posterior. É ocupada pelo músculo trapézio. 4. Região cervical lateral. Entre a região cervical anterior e a região cervical posterior. Antigamente chamada de trígono lateral. Seu limite anterior é a borda posterior do m. esternocleidomastóideo, limite posterior é a borda anterior do trapézio, e o limite inferior é o terço médio da clavícula. Trígonos cervicais anteriores. As regiões cervicais podem se subdividir em regiões menores, chamadas de trígonos. Região cervical anterior tem vários trígonos (cobrados só em GQE): 1. Trígono submandibular; 2. Trígono submentual; 3. Trígono carótico; 4. Trígono muscular. Trígonos cervicais laterais. A região cervical lateral tem dois trígonos, separados pelo músculo omo- hióideo (que são cobrados em GQ1 e GQ3): Trígono occipital. Localizado mais superiormente. Contém nervo acessório. Trígono omoclavicular. Localizado inferiormente ao occipital. Contém a artéria e veia subcláveas, e plexo braquial. *** Aula 3 - Pescoço II - Estruturas profundas do pescoço quinta-feira, 20 de agosto de 2009 21:07 Artéria subclávea. No lado esquerdo ela é ramo direto do arco da aorta. No lado direito ela é ramo do tronco braquiocefálico, que é ramo do arco da aorta. Limites. Funcionamente, as artérias subcláveas começam na altura da articulação esternoclavicular, mesmo tendo origens diferentes. Elas se estendem até a borda externa da primeira costela. Artéria axilar. A partir da borda externa da primeira costela, a artéria subclávea passa a se chamar artéria axilar. Regiões cervicais. No pescoço temos 4 regiões: região cervical anterior, região esternocleidomastóidea, região cervical lateral e região cervical posterior. Região cervical lateral. Ela é dividida em duas partes pelo ventre posterior do m. omo-hióideo: Trígono occipital. Superior, contendo o nervo acessório, responsável pela inervação do m. esternocleidomastóideo e m. trapézio. Trígono omoclavicular. Contém vasos subcláveos e ramos do plexo braquial. Posição da a. subclávea. A artéria subclávea está na região cervical lateral, no trígono omoclavicular. Divisões da a. subclávea. Ela contém 5 ramos e é dividida em três porções de acordo com sua relação com o músculo escaleno anterior. Primeira porção. Fica medial a m. escaleno anterior. Emite 3 ramos. Segunda porção. Fica por trás do m. escaleno anterior. Emite 1 ramo. Terçeira porção. É a parte lateral ao m. escaleno anterior.Emite 2 ramos. Músculo escaleno anterior. Pode ser identificado pela passagem do nervo frênico, que passa anteriormente a ele. Ramos da primeira porção. A a. subclávea emite os seguintes ramos na sua primeira porção: Artéria vertebral. Não dá ramos do pescoço. Tronco tireocervical. Se direciona superiormente. Emite ramos no pescoço. Artéria torácica interna. Ele se direciona inferiormente, em direção ao tórax. Ele sai na mesma altura da a. subclávea que a a. torácica interna. Ramos da segunda porção. Na sua segunda porção, posicionada atrás do m. escaleno anterior, a a. subclávea emite apenas o tronco costocervical que emite ramos no pescoço. Ramos da terceira porção. Na sua segunda porção a a. subclávea emite apenas a artéria dorsal da escápula. Artéria dorsal da escápula. Passa entre os músculos rombóides menor e maior, permitindo distinção um do outro. Artéria carótida comum. Ela se origina da a. subclávea no lado direito e do arco da aorda no lado esquerdo. É envolvida por uma bainha de tecido conjuntivo chamada de bainha carotídea. Alça cervical. É vista anteriormente à bainha carotídea. Bainha carotídea. Contém a a. carótida comum, v. jugular interna e n. vago. V. jugular interna. Seu território de drenagem é o encéfalo. V. jugular externa. Faz a drenagem da face e couro cabeludo. Cruza o m. esternocleidomastóideo superficialmente. Tronco tireocervical. Emite os 3 seguintes ramos: 1. Artéria tireóidea inferior. É um ramo medial do tronco e supre a parte inferior da glândula tireóide. Emite um ramo para cima, que é a artéria cervical ascendente. 2. Artéria cervical transversa. É um ramo superior e lateral. Tem um trajeto horizontal no pescoço. 3. Artéria supraescapular. É um ramo inferior e lateral. Artéria tireóidea superior. Normalmente é ramo da a. carótida externa. Emite a artéria laríngea superior, que irriga a laringe. Tronco costocervical. Sai da segunda porção da artéria subclávea, fica posicionada atrás do músculo escaleno anterior. Tem dois ramos: 1. Artéria cervical profunda. Sobe pelo pescoço. 2. Artéria intercostal suprema. Desce indo em direção ao tórax. Tronco simpático cervical. Possui três gânglios relacionados a artérias. Os gânglios são: Gânglio cervical superior. Se relaciona à bifurcação da a. carótida comum. Gânglio cervical médio. Relacionado à a. tireóidea inferior. Gânglio cervical inferior. Relacionado à a. vertebral junto à sua origem na a. subclávea. Muitas vezes o gânglio cervical inferior está unido ao gânglio torácico superior, formando uma estrutura em forma estrelada - o glânglio estrelado, que envolve a a. vertebral. Bifurcação da a. carótida comum. Acontece no nível da borda superior da cartilagem tireóidea. A. carótida externa. Tem o mesmo território de irrigação que a v. jugular externa drena: face e couro cabeludo. A. carótida interna. Irriga o mesmo território que a v. jugular interna drena: o encéfalo. Artéria basilar. A artéria vertebral se une à artéria vertebral do outro lado para formar a artéria basilar. As duas artérias carótidas internas e a artéria basilar são responsáveis pela irrigação do encéfalo. Dupla vascularização encefálica. É importante para evitar problemas com obstruções do encéfalo. Facilita a oxigenação encefálica. Se acontece a formação de placas de ateroma nas artérias catóridas comuns, as artérias vertebrais e basilares ainda permitem chegada de sangue ao cérebro. *** Aula 4 - Pescoço III - Estruturas profundas do pescoço segunda-feira, 28 de setembro de 2009 20:54 Nervo acessório. Inerva o músculo esternocleidomastóideo e também o m. trapézio. Fica localizado no trígono occipital, acima do trígono omoclavicular, ambos contidos na região cervical lateral. Trígono omoclavicular. Fica abaixo do trígono occipital. Contém os ramos do plexo braquial e vasos subcláveos - artéria e veia subcláveas. Separado do trígono occipital pelo músculo homo-hióideo. Músculos escalenos. São três músculosprofundos ao esternocleidomastóideo, presentes na região cervical lateral. São músculos auxiliares à respiração. Eles são denominados de acordo com sua posição: Músculo escaleno anterior. Localizado mais anteriormente. Músculo escaleno médio. Posterior ao m. escaleno anterior. Músculo escaleno posterior. Posterior ao m. escaleno médio. Respiração. O próprio m. esternocleidomastóideo auxilia a respiração. Os mm. escalenos e esternocleidomastóideo são utilizados pelo paciente com dificuldade respiratória para fazer a inspiração. Sulco interescalênico. É um pequeno espaço localizado entre o músculo escaleno anterior e o músculo escaleno médio. Neste sulco temos a origem das raízes do plexo braquial, mais a artéria subclávea. A veia subclávea não passa no sulco, porque passa anteriormente ao escaleno anterior. Síndrome do desfiladeiro. Quando o sulco escalênico e as estruturas que passam por ele são comprimidos, caracterizando a síndrome do desfiladeiro cérvico torácico ou cérvico braquial. Surgem sintomas no membro superior: parestesia (formigamento), paresia (diminuição da força). Causa comum da síndrome de desfiladeiro é a presença de uma costela acessória na região cervical. É uma costela cervical. Costela cervical. Ela aparece e ocupa o espaço interescalênico, comprimindo as raízes do plexo braquial e mais a artéria subclávea. Ela deve ser retirada, senão o paciente evolui para atrofia muscular. Hipertrofia do m. escaleno. É outra causa comum da síndrome de desfiladeiro cervical. Temos compressão das raízes do plexo braquial e da a. subclávea. Tratamento é a escalenectomia - secção do músculo escaleno anterior, descoprimindo as raízes do plexo braquial e a a. subclávea. Diagnóstico. A síndrome do desfiladeiro pode ser diagnosticada com a seguinte manobra: palpar pulso na artéria radial e fazer hiperadução do membro superior. Isto aumenta mais ainda a compressão do espaço interescalênico, fazendo com que o pulso diminua mais ainda ou até suma. Complicações da escalenectomia. A mais comum é a lesão do nervo frênico. Para se achar o n. frênico, é identificado o músculo escaleno anterior, que tem o n. frênico passando anteriormente. Secção do n. frênico causa paralisia do m. diafragma no lado da lesão. Por isto, no paciente que tem síndrome do desfiladeiro cérvico braquial, cérvico torácico, bilateralmente, jamais se faz a cirurgia de secção simultânea dos dois lados. Primeiro se opera um lado, e com a alta, sem nenhuma complicação, é marcada a cirurgia para o outro lado. Lesão do n. frênico. O paciente tem dispnéia, mas a vida dele vai ser praticamente normal. Com a lesão de dois nervos frênicos, pode se provocar a morte do paciente, pois o diafragma não vai contrair e sem ele, o paciente não respira, fica entubado no ventilador e se não for implantado um marca-passo no diafragma, o paciente vai morrer. Punção da veia subclávea. Ela é profunda bem calibrosa e origina da veia axilar. Na borda lateral da primeira costela, deixamos de ter a veia axilar e temos a veia subclávea. Ela pode ser localizada utilizando como parâmetros o terço médio da clavícula e a incisura jugular. A clavícula pode ser utilizada como parâmetro, se toca a clavícula, retrocede um pouco e passa por baixo, indo sempre em direção à incisura jugular, que é parâmetro para punção veia subclávea. Então se pode infundir grandes volumes de sangue, soluções fisiolóticas, adrenalina ou atropina, por ser uma veia calibrosa. Anestesia para punção. Todo o periósteo da clavícula é anestesiado para a inserção da agulha, no nível do terço médio da clavícula, porque a agulha é bem calibrosa e pode encostar no periósteo da clavícula, causando grande dor ao paciente. O periósteo é muito vascularizado e muito enervado. Punção da veia jugular interna. Pode ser puncionada pela fossa supraclavicular medial, hoje chamada de fossa supraclavicular menor, entre as duas fixações mais inferiores do músculo esternocleidomastóideo - entre a fixação esternal e a fixação clavicular. A agulha é introduzida nesta fossa e orientada em direção ao mamilo homolateral. Veia jugular interna. Ela é uma veia profunda e calibrosa, que serve para se infundir grande quantidade de líquidos como solução fisiológica e até sangue. Bainha carotídea. É a fáscia cervical que envolve a veia jugular interna, a artéria carótida comum e seus ramos e o nervo vago, localizado entre a v. jugular interna e a a. carótida comum. Na bainha carotídea também temos vasos linfáticos e linfonodos, que não são observados na prática. Veia jugular interna. Ela drena o cérebro. Ela é a continuação do seio sigmóide, que drena o interior do crânio. Veia jugular externa. Ela drena a face e o couro cabeludo. Ela é formada pelas veias retromandibular e auricular posterior. Artéria carótida comum. No lado direito é ramo do tronco braquiocefálico e no lado esquerdo é ramo do arco da aorta. Nervo vago. Fica entre a veia jugular interna e a artéria catórida comum. Ele inerva estruturas do pescoço, dentro do tórax, dentro da cavidade abdominal, chegando praticamente até a pelve. Ele não pode ser confundido com o nervo alça cervical. Alça cervical. Ela forma um Y, fica fora e sobre a bainha carotídea, não em seu interior. É responsável pela elevação dos músculos infra hióides, exceto o m. tireo-hióideo (inervado por C1 via nervo hipoglosso). Quando a bainha carotídea já foi retirada, pode se ter a impressão de que a alça cervical fica em seu interior, mas não é verdade. Ela fica sobre a bainha carotídea e não é seu conteúdo. Veia braquiocefálica. O tronco braquiocefálico é uma estrutura ímpar, mas a veia braquiocefálica não. Ela é formada pela união da veia subclávea com a veia jugular interna. Existem uma veia braquiocefálica direita e uma esquerda. Tronco braquiocefálico só existe um, no lado direito. Tronco simpático. É localizado medialmente à artéria carótida comum. Existe um tronco simpático na porção do pescoço, chamado de tronco simpático cervical; outro localizado dentro do tórax, que é a porção torácica; outro no abdome, que é a porção abdominal; e outro localizado paralelamente à coluna lombosacral. Tronco simpático cervical. Ele tem três dilatações, que são gânglios - conjuntos de corpos de neurônios fora do sistema nervoso central. Se estivessem dentro do SNC, seriam chamados de núcleos. Os 3 gânglios cervicais são os seguintes: 1. Gânglio cervical superior. Fica no nível da bifurcação da artéria carótida quando ela se dividem em a. carótida externa e a. carótida interna. 2. Gânglio cervical médio. Fica superior à artéria tireóidea inferior. 3. Gânglio cervical inferior. Fica inferior à artéria tireóidea inferior. Em mais de 50% das vezes, ele pode se fundir ao primeiro gânglio torácico e formar o gânglio cervicotorácico ou gânglio estrelado. Tronco simpático torácico. Dentro do tórax, o tronco simpático possui 12 gânglios. Gânglio estrelado. Ele deveria ser uma variação anatômica, mas é a forma mais comum, pois ocorre em mais de 50% das vezes, ou seja, na maioria das pessoas. Gânglio estrelado na prática. Se for observado um gânglio mais anteriormente e outro quase posteriormente à artéria vertebral, o posterior será o gânglio estrelado, com um gânglio anterior e outro posterior. Como referência é usada a artéria vertebral, que é um ramo da artéria subclávea. Dois gânglios envolvendo toda a origem da artéria vertebral, é o gânglio estrelado. Um gânglio localizado superiormente sem envolver a a. vertebral, é o gânglio cervical inferior. Gânglio estrelado na prova prática. O gânglio estrelado é pedido quando se tem alfinetes dos dois lados do gânglio. Se o alfinete estiver apenas de um lado, o gânglio que estará sendo pedido será o gânglio cervical inferior. Lesão do gânglio estrelado. Causa a síndrome de Claude-Bernard-Horner, ou simplesmente síndrome de Horner. Síndrome é um conjunto de sinais ou sintomas. Os sintomas da síndrome de Horner são: 1. Ptose. Queda da pálpebra superiorno lado da lesão do gânglio estrelado. 2. Miose. Consctrição da pupila. 3. Anidrose. Falta de suor na face do lado da lesão. 4. Enoftalmia. Olho para dentro da órbita ocular. Cervicotomia. É a abertura da região cervical. A cervicotomia da região cervical anterior é feita em cirurgias cervicais. É preciso cuidado para não lesar a alça cervical. Bainha carotídea. Também na abertura da bainha carotídea deve se tomar cuidado para não lesar a alça cervical, que fica sobre ela. Alça cervical. Ela fica sobre a bainha carotídea e é formada por C1, C2 e C3, do plexo cervical em sua parte mais lateral, e mais medialmente recebe o ramo descendendo do n. hipoglosso. Ela inerva todos os músculos infra hióideos, exceto o tireo-hióideo (enervado por C1 via nervo hipoglosso). Abertura do seio carotídeo. Deve ser afastado o m. Esternocleidomastóideo e a veia jugular interna que é continuação do seio sigmóide. Deve ser afastada na abertura da bainha carotídea. Artéria carótida comum. Ela se divide em dois ramos, a a. carótida interna e a a. carótida externa. Artéria carótida externa. Mais medial e superficial. Ela é chamada de carótida externa porque emite ramos na irrigação do pescoço e da face. Ela fica medial em relação à a. carótida interna. Artéria carótida interna. Mais profunda e mais lateral. Chamada de interna porque emite ramos para irrigar estruturas do interior do crânio. Fica lateral em relação à a. catórida externa. Artéria tireoídea superior. É emitida pela a. carótida interna. Ela ajuda na irrigação da glândula tireóide. Bulbo ou seio carotídeo. É uma dilatação na bifurcação da artéria carótida comum, indo em direção à a. carótida interna. Nele estão barorreceptores, sensíveis à variação de pressão. Quando a pressão dentro do vaso aumenta muito, os barorreceptores são ativados e provocam o reflexo vagal, para diminuir a pressão arterial. Palpação. Os seios carotídeos devem ser palpados um de cada vez, senão os barorreceptores podem ser ativados e o paciente de pressão normal pode ter diminuição de pressão a ponto de desmaio, especialmente pacientes idosos. Glomo carotídeo. Também chamado de Corpo carotídeo. Fica posicionado na bifurcação da a. carótida comum. É uma estrutura com quimiorreceptores, sensíveis a variação de gases como o CO2. Variação de CO2 causa um reflexo que vai estimular aumento da frequências cardíaca e principalmente a respiratória. Artéria tireóidea superior. Ela sai da a. carótida externa e é acompanhada pela veia tireoídea superior e pelo nervo laríngeo superior. Placa de aterosclerose. Dentro da artéria carótida ou seus ramos faz com que o fluxo fique turbilhonado e lese a parede do vaso, que é fator de risco a mais para ter novas placas de aterosclerose. Na a. carótida comum ou a. carótida interna, placas de aterosclerose podem fechar o lúmen e o paciente evoluí para acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico. Ramos. Se der ramos, é a a. carótida externa. A a. carótida interna não dá ramos. Endarterectomia. É a retirada de placas de dentro da artéria. Quando é a carótida, é a endarterectomia carotídea. 70% de obstrução da artéria carótida já indica tratamento cirúrgico do paciente. São clampeadas as aa. carótida comum, carótida interna e carótida externa e então tem 5 minutos no máximo, para colocar um pequeno canudo, o shunt, da a. carótida comum em direção à a. carótida interna. O shunt liga a a. carótida comum à carótida interna. Então o cirurgião tem tempo para descolar as placas de aterosclerose. Quando estiver tudo pronto ele retira o shunt e sutura as artérias. 5 minutos é o tempo máximo que o cérebro pode ficar sem oxigênio sem sofrer lesão cerebral. Endarterectomia por via endovascular. Este procedimento pode ser feito por via endovascular. É punçada uma artéria femoral, sobe-se pela a. ilíaca externa, a. ilíaca comum, vai à a. aorta, indo até a porção torácica, vai para o tronco braquiocefálico e artéria carótida comum no lado direito. Do lado esquerdo se vai da porção torácica da a. aorta direto para a a. carótida comum. É feita uma imagem radiológica com contraste, e há uma fina quantidade de contraste na área de estenose. Balão. Na endarterectomia por via endovascular é levado um balão por fio guia até o lugar de estenose. Lá o balão é inflado, abrindo também um stent, que vai manter o fluxo sanguíneo dentro da a. carótida comum. Nervo laríngeo superior. É emitido pelo nervo vago. Seu ramo externo acompanha a a. tireóidea superior e seu ramo interno é relacionado à faringe e à laringe. Nervo vago. Ele desce, passa pela região cervical, chega ao interior do tórax aonde desce em direção ao abdome. Origem do n. laríngeo recorrente. O nervo vago do lado esquerdo passa por baixo do arco da a. aorta e vai passar a ser chamado de n. laríngeo inferior ou n. laríngeo recorrente. No lado direito se tem o nervo vago e o n. laríngeo recorrente ou laríngeo inferior passa ou por baixo do tronco braquiocefálico ou por baixo da a. subclávea. Por isto o n. laríngeo recorrente do lado esquerdo é maior do que do lado direito. Nervo laríngeo recorrente. Ele inerva músculos intrínsecos da laringe, responsáveis pela fonação. Ele tem íntima relação com a a. tireóidea inferior. Tireoidectomia. O médico tem que ligar as aa. tireoídea inferior e tireóidea superior. Na hora de ligar a a. tireóidea inferior, é preciso cuidado para não lesar o n. laríngeo recorrente. Na hora de ligar a tireóidea superior, é necessário cuidado para não lesar o ramo externo do nervo laríngeo superior. Sulco traqueoesofágico. É o espaço entre a traquéia e o esôfago. Ele é importante porque por ele passa o nervo laríngeo recorrente, ou laríngeo inferior. *** Aula 5 - Faringe e Laringe e Aspectos Anatomo-Clínicos quarta-feira, 2 de setembro de 2009 21:30 Pulmões. São o principal orgão do sistema repiratório. Trajeto. O sistema de tubos que levam ar para os pulmões começa no nariz, passa pela faringe (que também pertence ao sistema digestório), laringe, traquéia, brônquios, e chegando aos pulmões. Vias aéreas inferiores. São a traquéia e os brônquios. Vias aéreas superiores. São o nariz, faringe e laringe. Nariz. É por onde começa o sistema que leva ar aos pulmões. É subdividido em 2 metades - uma esquerda e outra direita, pelo septo nasal. Coanos. São os limites posteriores do nariz. Limites nasais. O nariz tem 2 limites anteriores e 2 limites posteriores. Os limites anteriores são as narinas. Os limites posteriores são os coanos. As narinas e os coanos são separados pelo septo nasal, que tem posição perpendicular. Septo nasal. Posição irregular do septo nasal, muito inclinado para um lado faz com que a pessoa tenha dificuldade respiratória no lado reduzido. Neste caso é necessário recolocar o septo nasal na posição perpendicular correta. A região anterior do septo nasal é cartilaginosa, enquanto que a posterior é constituída por ossos. Traumas no nariz. Podem comprometer o septo nasal. O nariz externo é praticamente feito de fibras musculares cartilagíneas e tecido fibromuscular. Na parte posterior do naris temos estruturas ósseas. Se o nariz sofre traumatismo, normalmente compromete o nariz externo, mas se for mais posterior a lesão, pode provocar fraturas ósseas. Mucosa nasal. É o tecido que reveste o nariz e o septo nasal. Ossos. O osso etimóide é a parte óssea superior do nariz interno, e a parte inferior é o osso vômer. Nariz externo. Se projeta na face. Nariz interno. O que está no interior da face é nariz interno ou cavidade nasal. Narinas. São separadas pelo septo nasal. Ápice. É a parte mais inferior do nariz externo, geralmente mais afinada. É a ponta do nariz. Raiz. É a fixação do nariz externo aos ossos nasais. Dorso. É a linha que dá forma ao nariz externo, indo da raiz ao ápice. Asas. São as regiões laterais do nariz externo. São constituídas por cartilagem e tecido fibromuscular. Crianças com bronquite, asma e crianças pequenas com ritmo irregular na parede torácica apresentammobilidade muito grande das asas nasais. O nariz se movimenta para frente e para trás. É o paciente apresentando o batimento das asas do nariz. Cirurgia. A pessoa que vai ao cirurgião plástico na verdade quer mudar a forma do dorso do nariz dela. Formatos. Dorso convexo com narina jogada para trás é o nariz aquilino. Dorso côncavo com narina voltada para a frente é o nariz arrebitado. O cirurgião muda o formato do dorso do nariz na plástica de correção do nariz. Septo nasal. Todo o interior do nariz, inclusive o septo nasal é revestido pela mucosa nasal. Mucosa é o tecido que reveste o interior de todos os orgãos humanos. A única região de todo o corpo humano que não é revestida por mucosa é o vestíbulo nasal do nariz externo. Fibrissas. São pêlos presentes no nariz externo junto à narina, a região do vestíbulo nasal. Elas começam a filtrar o ar ambiente. Partículas maiores de poeira ficam presas nas fibrissas. Vestíbulo nasal. É a parte do nariz externo junto às narinas, que não tem mucosa e é revestida por fibrissas. Nariz externo. Sua superfície interna é lisa e revestida por mucosa. Conchas. São 3 saliências do nariz externo. Concha nasal superior, média e inferior. Meatos. São 3 reentrâncias do nariz externo. Meato nasal superior, médio e inferior. Variação. Em pessoas com apenas duas conchas, a mais alta é a concha superior e a mais baixa é a concha inferior. Os meatos são o meato superior e meato inferior. Também existem pessoas com uma quarta concha lá em cima, chamada concha suprema. Função. As conchas e meatos servem para aumentar a superfície de contato do ar com a mucosa da cavidade nasal e o ar é melhor preparado para chegar aos pulmões. Quanto maior a superfície de contato para processar o ar ambiente, melhor, pois aumenta o contato com vasos sanguíneos que aquecem o ar. O ar é filtrado, aquecido e umidificado. Também tem olfação pelo nervo olfatório. Traqueostomia. Paciente com abertura na traquéia - traqueostomia definitiva tosse muito mais do que um paciente que inspira pelo nariz, pois o ar não é processado, entra com mais poeira, além de não ser aquecido nem umidificado. Isto provoca irritação nas vias aéreas seguintes, levando ao reflexo da tosse. Nervo olfatório. Penetra pelo teto do nariz e é responsável pela olfação. Sangramento nasal. A ruptura de vaso sanguíneo nasal é chamado epistaxe, qualquer que seja a causa. Hipertensão. Pessoa com pico hipertensivo, pode perder um pouco de sangue pelo nariz para evitar que elevação súbita da pressão cause sequela no sistema nervoso. Esforço físico intenso. Pode fazer com que a pessoa tenha sangramento nasal. Atletas de levantamento de peso por exemplo, no arranque, ao fazer epinéia durante o esforço pode levar a sangramento. Tamponamento. Na epistaxe é necessário fazer o tamponamento do nariz. Otorrinos usam tampão com material espefíco que usa para colocar gaze pela boca com fiosinho por trás. Ele então traz a gaze por um fio para tampar todo o interior do nariz. Médico não otorrino tem que colocar uma gase no sentido antero posterior, para cobrir o nariz. O tambão deve ser deixado por pelo menos 12 horas. Se o tampão for tirado vai ser necessário tamponar de novo. Lado de tamponamento. O lado que sangra é tamponado. Se ambos os lados são tamponados, a pessoa respira pela boca. Cirurgia de desvio de septo. É necessário fazer uma fratura da parte óssea do nariz interno, o que gera edema e pede tamponamento. Cirurgia plástica do nariz também é feito tamponamento e a pessoa respira pela boca. Ossos pneumáticos. São ossos relacionados ao nariz que têm seios (cavidades ósseas) em seu interior. Seios relacionados ao nariz são seios paranasais ou seios da face. São quatro os seios da face: 1. Seio frontal: anterior; 2. Seio maxilar: inferior e lateral. É necessário perfurar a cavidade nasal para vê-lo; 3. Seios etimoidais: junto ao teto do nariz, entre o esfenoidal e frontal; 4. Seio esfenóidal: mais posterior deles. Revestimento dos seios. É feito por mucosa nasal. Comunicação. Canais que comunicam o interior dos seios com a cavidade nasal se abrem nos meatos. Microorganismo pode ir da cavidade nasal para o interior deste seio e se desenvolver lá. Inflamação tem sufixo "ite" e seio "sinus". Sinusite é a inflamação dos seios nasais, que pode afetar todos os seios da face ou só alguns deles. Ela causa desconforto na região do seio que afeta. Sinusites esfenoidais e etimoidais dão sensação de desconforto por dor de cabeça ou dor na área ocular onde não é possível precisar a origem da dor. Tratamento para sinusite. O melhor tratamento é não usar descongestionantes nasais. Os grandes causadores de sinusite são descongestionantes que contém corticóides. Descongestionante à base de soro fisiológico hidrata. Descongestionante com corticóide tem propriedade antiinflamatória, que com o passar do tempo aumenta a espessura da mucosa, e a luz do seio diminui, pela mucosa estar mais espessada. Isto é um processo crônico que dificulta a avascularização e o processo inflamatório infeccioso faz repetição. Melhor alternativa é usar hidratantes. Uso crônico de corticóides é o que causa problema e dependência com consequências antifisiológicas. Melhora. Com a parada de uso do descongestionante com corticóides acontece uma melhora ao longo dos anos. Faringe. O nariz acaba nos coanos, que são o limite superior da faringe. O limite superior pode ser também chamado de base do crânio. A faringe começa nos coanos e termina na sexta vértebra cervical - C6. A coluna vertebral se situa posteriormente à faringe. Ela situa-se posteriormente ao nariz, à bora e à laringe. Espaço retrofaríngeo. É o espaço entre a parte posterior da faringe e a coluna vertebral. Divisão. A faringe é dividida em três segmentos: nasofaringe, orofaringe e laringo-faringe. Ela começa nos coanos e termina em C6. 2 acidentes que delimitam estas partes: úvula e a epiglote. 1. Nasofaringe: dos coanos à úvula; 2. Orofaringe: da úvula á epiglote; 3. Laringofaringe: da epiglote a C6. Palato. Parte anterior, dura é o palato duro, a região posterior, mole é o palato mole. No final do palato mole está a úvula. Uma das cartilagens impares da laringe é a epiglote. Esôfago. É a continuação da faringe. Parte anterior da faringe. A parede posterior da faringe é fechada, mas a parede anterior não é, porque na frente da nasofaringe tem o nariz, na frente da orofaringe tem a boca e na frente da laringofaringe tem a laringe. Músculos constrictores da faringe. A parte posterior da faringe é fechada e tem três músculos, que quando se contrarem, fazem a constricção, diminuição do calibre da faringe para ajudar a empurrar o bolo alimentar na direção inferior. Os músculos são: 1. Músculo constrictor superior; 2. Músculo constrictor médio; 3. Músculo constrictor inferior. Óstio faríngeo. É a abertura da tuba auditiva. Uma estrutura localizada na nasofaringe e que comunica a faringe com o ouvido médio. Toro tubário. Fica acima do óstio faríngeo. À frente e atrás do toro tubário temos duas pregas da mucosa chamadas de pregas salpingo-palatina (anterior ao toro tubário) e salpingo-faríngea (posterior ao toro tubário). Recesso faríngeo. Atrás da prega salpingo-faríngea, entre ela e a parede posterior da faringe. Tonsila faríngea. Tecido avermelhado do nosso sistema imune, localizado na base do crânio. Normalmente diminui à medida em que se chega à idade adulta, até praticamente desaparecer - por isto não é visto nas peças. Seu aumento patológico, pela sua posição não consegue entrar no nariz, então ela vai e se projeta para a região atrás da prega salpingo-faríngea, o espaço retrofaríngeo. Adenóide. É a tonsila faríngea quando hipertrofiada. Ela causa diminuição do espaço entre nasofaringe e orofaringe, trazendo dificuldades respiratórias. É feita uma cirurgia de retirada da adenóide, que é a tonsila faríngea hipertrofiada. Estrutura chave. O óstio faríngeo da tuba auditiva é o acidente chave parase identificar todas as estruturas da faringe. Essa tuba auditiva permite que a pressão do ar ambiente se iguale à pressão do ar do ouvido médio. Engolir saliva, bocejar ou mastigar chiclete permite que a pessoa iguale a pressão com isso sinta um estalar no ouvido. Tonsila faríngea. É a tonsila palatina, chamada popularmente de amídala, que muitas crianças operaram. Pregas. Existem duas pregas relacionadas à tonsila palatina, uma na frente e outra atrás dela. São chamados de arcos: arco palato-glosso (anterior) e arco palato-faríngeo (posterior). Fossa tonsilar. É o espaço onde fica a amídala (tonsila palatina), entre o palato glosso e o palato faríngeoque se encontra vazio quando ela já foi retirada. Exame. O arco visto quando o paciente coloca a língua para fora, na procura de infecção, é o arco palato-glosso. O palato-faríngeo está atrás da amídala e não é visualizado. Recesso piriforme. É uma reentrância da lagingo-faringe. Abriga os vasos laríngeos superiores. Artéria laríngea superior é ramo da a. tireóidea superior, que é o primeiro ramo da a. carótida externa. Ramo interno do nervo laríngeo superior. Fica dentro do recesso piriforme e é lesado quando se engole espinha de peixe ou osso de galinha que perfura o recesso piriforme. Causa a sensação de que há algo arranhando a garganta, por conta da lesão das fibras do n. Laríngeo superior. Epiglote. Separa a faringe (atrás) e a laringe (à frente). A abertura que separa laringe da laringofaringe é o ádito. Limite inferior. A laringe termina na mesma vértebra em que termina a faringe: C6. Constituição da laringe. Ela tem tecido fibromuscular e cartilagens. São cartilagens pares (não precisam ser guardadas) que são as cartilagens cuneiformes, corniculadas e aritenóides. Cartilagens ímpares são a epiglote, a cartilagem tireóide (tireo=escudo) e a cartilagem cricóide (cricos=anel). Superfície interna da laringe. Prega superior de cada lado é a prega vestibular. Prega inferior de cada lado é a prega vocal. Abertura entre as duas pregas é o ventrículo. Divisão laríngea. É dividida em 3 partes. 1. Vestíbulo: a primeira região, vai do ádito à prega vestibular; 2. Ventrículo: segunda região, começa na prega vestibular e termina na prega vocal; 3. Cavidade infraglótica: terceira parte da laringe, abaixo da rima da glote, se situa a partir das pregas vocais e vai até C6. Pregas. As pregas vocais têm uma proximidade maior e se fecham, enquanto que as pregas vestibulares têm uma posição mais lateral e ficam um pouco abertas quando contraídas. Rima da glote. Espaço entre as pregas vocais e é a região mais estreita da laringe, com formato de fenda (rima em latin). Parada respiratória por choque anafilático é causado pelo edema de glote, que faz o fechamento da laringe e impede que o ar passe. Borda inferior da cartilagem cricóide. Fica na altura de C6. Então pode-se dizer que o limite inferior da faringe é C6 ou borda inferior da cartilagem cricóide. O mesmo vale para a laringe. Fonação. A articulação das palavras é dada pelo movimento de aproximação das cordas vocais do plano mediano (adução) e afastamento do plano mediano (abdução). Nódulo. É um abaulamento na corda vocal que surge devido ao mal uso da voz. Profissionais que dão aula ou constantemente utilizam a voz no trabalho sem o uso de técnicas adequadas para a impostação. O esforço excessivo provoca o calo nas cordas vocais. Outra causa é a ingestão excessiva de fumo ou tabaco. Membranas. Existem duas membranas entre o osso hióide e a cartilagem tireóide e entre a cartilagem tireóide e cartilagem cricóide. Membrana entre o osso hióide e a cartilagem tireóide é a membrana tireohióidea. Membrana entre a cartilagem cricóide e a cartilagem tireóidea é a membrana cricotireóidea. Cricotireostomia. A cartilagem tireóidea é facilmente palpável no pescoço e conhecida como pomo de adão. Descendo pela cartilagem tireóidea se chega a uma reentrância que antecede a cartilagem cricóide. Essa reentrância é a membrana cricotireóidea - fácil de apalpar e acessar. Na obstrução de vias aéreas superiores em emergência é feita a incisão nesta membrana visando abrir caminho para a passagem de ar aos pulmões, sem risco de lesionar nada. Traqueostomia. É o procedimento eletivo acima do manúbrio, mais embaixo do anel cricóide, realizado para desobstrução de vias aéreas. Nervo laríngeo recorrente. Recorrente é o nome dado à artéria ou nervo que segue uma direção oposta ao vaso que lhe deu origem. O nervo que sai nervo vago por dentro da bainha carotídea é o n. laríngeo recorrente. Este nervo deve ser evitado durante a cirurgia de tireóide, pois sua lesão paralisa a prega vocal daquele lado, deixando-a permanentemente aduzida. Lesão do Nervo laríngeo recorrente. A lesão unilateral causa rouquidão permanente. Na lesão bilateral o paciente não vai mais conseguir falar e vai ter dificuldade para respirar. É importante localizar os nervos vago e laríngeo recorrente para evitar lesão durante cirurgia, especialmente porque podem ocorrer variações no trajeto destas estruturas. Paratireóides. Devem ser preservadas na cirurgia de tireóide. Elas são relacionadas com as artérias tireóideas superiores (ramo da carótida externa) e tireóideas inferiores. Artérias. Ramo que sai da carótida externa seguindo a tireóidea superior é a artéria laríngea superior. A tireóidea inferior é ramo do tronco tireocervical na 1ª porção da a. Subclávea (?). *** Aula 6 - Traquéia e Esôfago (Partes Cervicais) e Aspectos Anatomo- Clínicos quarta-feira, 23 de setembro de 2009 21:03 Posição. A traquéia fica posicionada anteriormente ao esôfago. A traquéia é a continuação da laringe. Limite. A linha divisória imaginária entre laringe e traquéia é C6. É também a altura onde está a borda inferior da cartilagem cricóide. Esôfago. É também nesta mesma altura que a faringe termina e tem sua continuação como o esôfago. Glândula tireóide. Ela é intimamente relacionada à traquéia. Tem um lobo direito, um lobo esquerdo e também o istmo da tireóide. Traqueostomia. Para fazer uma traqueostomia, abertura da traquéia, é necessário seccionar o istmo da tireóide que fica entre o 2º e 3º anel da cartilagem da traquéia. Artéria tireóidea inferior. Irriga a glândula tireóide e também a traquéia e o esôfago, principalmente na sua parte cervical. Inervação do esôfago. Ele é inervado principalmente pelo nervo laríngeo recorrente e também pelo tronco simpático, principalmente a sua porção cervical. Junção faringo esofágica. É a área de transição da faringe para o esôfago. Possui estreitamento nesta transição. Musculatura. A parte anterior do pescoço é formada por musculatura estriada esquelética e tem controle voluntário. O restante do esôfago, sua maior parte, tem musculatura lisa e controle involuntário. Traquéia. É um orgão fibrocartilaginoso, com cartilagens unidas por tecido fibroso. Os anéis de cartilagem da taquéia são fechados, completos anteriormente e abertos posteriormente. Podem ser comparados a uma ferradura. Relação com esôfago. A parede posterior da traquéia tem íntima relação com a parede anterior do esôfago. Fístula traqueo esofágica. Ás vezes se tem comunicações da traquéia com o esôfago, que são congênitas ou adquiridas. Estas comunicações são chamadas de fístulas traqueo esofágicas. Pode ser adquirida através de processos inflamatórios infecciosos, tumores e lesões iatrogênicas. Fístula iatrogênica. O médico vai fazer uma endoscopia e o aparelho ao tentar passar da traquéia aos brônquios, lesa a parede posterior da traquéia e a parede anterior do esôfago, ou ao contrário, está fazendo uma endoscopia digestiva alta e pode lesar a parede anterior do esôfago e a parede posterior da traquéia, fazendo a fístula. Fístula congênita. É má formação congênita. Dependendo da fístula, o paciente pode ou não ter incompatibilidade com a vida. Na fístula total, todo alimento é desviado do esôfago para a traquéia e precisa ser corrigida cirúrgicamente. Mediastino.A traquéia desce até o mediastino e se divide em dois troncos - um tronco principal direito e outro esquerdo. Reflexo da tosse. Acontece no ângulo formado pelo último anel de cartilagens da traquéia, chamado de carina, é aonde acontece o reflexo da tosse. O corpo estranho inspirado pelo paciente causa o reflexo da tosse ao atingir a carina. Tronco principal direito. É mais curto, mais grosso e mais verticalizado do que o esquerdo. Por ele ser mais curto, grosso e verticalizado as chances de um corpo estranho entrarem no tronco direito e causarem lesão no pulmão direito são maiores do que as de entrar no tronco esquerdo. Lóbulos. Os troncos principais se dividem em direção aos lóbulos, originando os troncos lobares. O pulmão direito tem três troncos lobares, os troncos lobares superior, médio e inferior - um para cada lóbulo, enquanto o pulmão esquerdo tem apenas dois troncos lobares. Pulmão esquerdo tem apenas dois ramos: o tronco lobar superior e o tronco lobar inferior. Mucosa da traquéia. É de tecido pseudo estratificado ciliado, para secretar as substâncias produzidas pelos pulmões. Cricotireóideostomia. É feita na laringe. É um procedimento de urgência. Traqueostomia. É feita na traquéia, a partir do segundo e terceiro anel de cartilagens da traquéia. Se for feito no primeiro, pode estenosar a traquéia. É um procedimento eletivo, programado. Única indicação de fazer traqueostomia de urgência é quando o paciente tem uma fratura do esqueleto da laringe, e se faz uma traqueostomia de emergência. Músculos anteriores. Os músculos infrahióideos, esternohióideos e esternotireóideos são encontrados anteriormente à traquéia. Stomia. É um sufixo grego que indica "Comunicação com o meio externo". Traqueostomia, esofagostomia, colostomia, íleostomia são cirurgias que comunicam a luz do orgão com o meio externo. Cânula. A cânula de traqueostomia metálica é trocada, diminuindo cada vez mais seu tamanho, até que a luz é pequena e acontece o fechamento da traqueostomia. As cânulas podem causar lesões se ficarem ali por muito tempo, causando inclusive estenose da traquéia, especialmente se o médico exagerar com a pressão manual e lesar a traquéia, podendo chegar a causar fístula traqueoesofágica. Traqueostomia percutânea. É feita por punção da traquéia e passagem do fio guia por dentro da traquéia, que leva todo o material a ela. Esta técnica tem o mínimo possível de incisão. Respirador. Traqueostomia pode ser acoplada a um respirador para manter as vias aéreas do paciente ventiladas. Sulco traqueoesofágico. É um espaço entre a traquéia e o esôfago, aonde encontramos o nervo laríngeo recorrente, ou laríngeo superior, que funcionamente é ramo do nervo vago. Fisiológicamente as fibras dele são do nervo acessório. Nervo laríngeo recorrente. Do lado esquerdo ele passa por baixo da a. aorta. Do lado direito passa por baixo do tronco cefálico ou da subclávea direita. Ele enerva todos os músculos intrínsecos da laringe, exceto o m. cricotireóide. Fonação. Os músculos intrínsecos da laringe permitem a movimentação das cordas vocais, ajudando o mecanismo de fonação. Músculo cricotireóideo. É inervado pelo ramo externo do nervo laríngeo superior, que é ramo do nervo vago. Nervo laríngeo superior. Ele emite um ramo interno, sensitivo, e um ramo externo, que é motor e inerva o músculo cricotireóideo. Esôfago cervical. É é a primeira porção do esôfago, inervado pelo n. laríngeo recorrente e tronco simpático. Esta primeira porção do esôfago é de músculo estriado esquelético, de controle voluntário. O restante do esôfago é de músculo liso, controle involuntário. Acesso do esôfago. Na região cervical é mais fácil pelo lado esquerdo. No tórax, é mais fácil acessar o esôfago pelo lado direito, devido à presença da a. aorta no lado esquerdo. Dentro do abdome o esôfago se posiciona mais para o lado esquerdo ou então mediana normal e esquerdo de novo. Artéria tireóidea inferior. É responsável pela irrigação do esôfago cervical e a porção mais superior da traquéia. Transplante de laringe. Trauma parietal da laringe pode ser submetido a laringectomia e depois transplante de toda a laringe. Feito em pacientes de lesões traumáticas ou cancerígenas. Lesão esofágica. Menos de 6 horas, é feita apenas a sutura e medicação de antibiótico para o paciente. Após 6 horas a área está toda contaminada e se for feita sutura, ela abrirá por infecção. O ideal é colocar a porção superior do esôfago para fora, por esofagostomia, dar antibiótico, e após alguns dias, sem intercorrência, fazer a reconstrução do esôfago do paciente. Músculos infrahióideos. São posicionados anteriormente à traquéia e ao esôfago. O m. esternohióideo é o mais superficial desta região. Mediastino. Ele passa pelo mediastino superior, ganhando o mediastino posterior, depois interior do abdome. Constricção. O esôfago da região cervical tem uma área de constricção na junção da faringe com o esôfago, a junção faríngeo esofágica. No tórax temos 3 contricções: uma quando o esôfago passa pelo arco da aorta; outra sobre o pálato do tronco principal esquerdo e outra quando o esôfago passa pelo músculo diafragma, no nível de C10. Movimentos peristálticos. O esôfago fica fechado. Apenas quando é feita ingestão de movimentos, há uma abertura e o alimento é empurrado por movimentos peristálticos em direção ao estômago. Esofagoscopia. O exame por contraste é pouco usado hoje. O que se faz mais é a endoscopia digestiva alta, pela qual conseguimos ver lesões na mucosa do esôfago, processos inflamatórios como esofagite e tumores. Tumores. Eles são assintomáticos e apenas causam sintomas como dor quando o tumor já está muito grande e causa dos ao paciente na ingestão de alimentos, fazendo com que ele não consiga mais comer. Divertículo faríngeo esofágico. É um saco onde pode ocorrer acúmulo de alimentos. Ele surge devido a fraqueza na junção da faringe com o esôfago. Evolui para mau hálito, devido ao acúmulo de alimentos. *** Aula 7 - Parede Torácica quinta-feira, 20 de agosto de 2009 21:53 Costelas. Sâo estruturas esqueléticas, com parte óssea e parte de tecido cartilaginoso, a parte condral das costelas. Verdadeiras. Costelas 1 a 7 são verdadeiras e se unem diretamente ao esterno. São as costelas verdadeiras. Falsas. Costelas 8 a 10 têm a porção condral se unificando e se unindo à porção condral da sétima costela, promovendo conexão indireta ao esterno. São as costelas falsas. Flutuantes. Duas últimas costelas, 11 e 12, que só se articulam com a coluna vertebral. São as costelas flutuantes. Esterno. Ele tem 3 segmentos. O manúbrio esternal, mais superior, depois o corpo esternal, no meio, e o processo xifóide, pontudo e mais inferior. Articulação. Elas se articulam no manúbrio e no corpo esternal. Incisuras costais. São as áreas onde as costelas se inserem no esterno e se articulam com ele. Ângulo esternal. É o ângulo da articulação enter o manúbrio e o corpo do esterno. Ele corresponde à segunda costela torácica. Ele serve para contar as costelas, sabendo-se onde fica a segunda. Espaços intercostais. São as regiões entre as costelas. Aberturas. O tórax tem uma abertura superior e outra inferior. Limites da abertura superior. Limite posterior: T1; laterais: primeiras costelas; anterior: borda superior do manúbrio esternal. Diafragma. Cavidade torácica separada da abdominal pelo músculo diafragma. Limites da abertura inferior. Limite posterior e lateral: T12; laterais: 11ª e 12ª costelas; anterior e lateral: margem ou rebordo costal (região para apalpação). Articulação Xifo-esternal. Entre o corpo do esterno e o processo xifóide, no limite anterior da abertura inferior da cavidade torácica. Músculos intercostais. São os músculos entre as costelas. Atuam a serviço do sistema respiratório. Os dois primeiros apresentam diferença na inclinação das fibras. O músculo intercostal externo vem de lateral para medial e de superior para inferior. O intecostal interno vem de medial paralateral, invertendo as fibras quanto ao m. Intercostal externo. M. Intercostal externo. Ele eleva as costelas. M. Intercostal interno. Ele tem duas partes, uma fixada à porção óssea da costela e otura à porção condral. Com isto ele exerce 2 ações contrárias. A região fixada a osso reprime as costelas, enquanto a parte fixada em osso eleva as costelas. Feixe intercostal. Passa entre o músculo intercostal interno e o músculo intercostal íntimo. O feixe separa os mm. Intercostal interno do íntimo. Músculos escalenos. São acessórios da respiração, localizados no pescoço. Eles se fixam na primeira e segunda costelas, chegando no máximo até a terceira. Eles auxiliam a respiração profunda. Serráteis. Eles também são músculos acessórios respiratórios. O serrátio costo-superior eleva as costelas e o costo-inferior reprime as costelas. Músculos Intercostais. Também movimentam as costelas durante a respiração. Músculo transverso do tórax. Trabalha junto com os intercostais. É fixado no esterno e reprime as costelas na expiração. Mecânica respiratória. Nela atuam os 3 mm. Intercostais, o m. Transverso do tórax, subcostal e o diafragma. Pressão. A pressão dentro da cavidade torácica é negativa devido às pleuras pulmonares. Alça de balde. É o movimento de elevação das costelas. Quando as costelas são elevadas, elas aumentam o volume interno do tórax no sentido lateral. Movimento de braço de bomba. É o movimento que o esterno faz quando o tórax se expande durante a inspiração. Ele aumenta o diâmetro antero-posterior. Vísceras abdominais. Elas são empurradas com a inspiração, devido à contração do diagragma. Isto aumenta a pressão abdominal. Artérias intercostais. São as artérias intercostal anterior e posterior. Elas fazem anastomose no meio do arco costal. Artérias intercostais anteriores. Elas saem da artéria torácica interna, que desce pela parede anterior do tórax e emite as intercostais anteriores. Divisão da A. Torácica interna. Ela se divide no final do processo xifóide e forma a a. epigástrica superior, medial, e a. músculofrênica, de trajeto lateral. A. Musculofrênica. Ela continua o trabalho da torácica interna e origina as aa. Intercostais anteriores abaixo do processo xifóide. Artéria aorta. Ela emite as artérias intercostais posteriores com exceção da do primeiro espaço intercostal, que é a a. Intercostal suprema, vinda do tronco costocervical. Tronco costocervical. Ele emite a a. Cervical profunda e a. Intercostal suprema. Intercostal suprema. Ela vasculariza o primeiro espaço intercostal. 12ª costela. A artéria inferior a ela é a artéria subscostal. Drenagem venosa. A drenagem intercostal é feita pelas vv. Intercostais. As veias intercostais anteriores triburam na v. Torácica interna. Vascularização. A parede torácica tem sua vascularização fornecida pelas a. Aorta e a. Subclávea, que origina a torácica interna e a. Intercostal suprema. Veia ázigo. Ela é um sistema de comunicação entre a v. Cava superior e v. Cava inferior. Ázigo quer dizer "ímpar". As veias renais direita e esquerda tributam na veia cava inferior. A união da veia renal direita com as lombares ascendentes, vindas da parede posterior, formam a veia ázigo. Tributárias da v. Ázigo. São as veias intercostais direitas posteriores e também a veia subcostal direita. Veia intercostal suprema. A a. Intercostal suprema saía da a. Subclávea. As vv. Intercostais supremas são tributárias da vv. Braquiocefálicas, e não da v. Ázigo. V. Hemi-ázigo. Quer dizer "metade da ázigo" e drena as veias subcostal e intercostais 11ª até a 5ª, do lado esquerdo. As vv. Intercostais do 2º, 3º e 4º espaços intercostais esquerdos vão formar a v. Hemi- ázigo acessória. Junção. As vv. Hemi-ázigo e hemi-ázigo acessória tributam na veia ázigo, entre a 4ª e 5ª costelas. Tributação da V. Ázigo. É na v. Cava superior que a v. Ázigo deságua. Nervos intercostais. Saem do tronco simpático, que têm comunicação com o sistema nervoso central através dos nn. Torácicos da medula espinhal, responsáveis pelo suprimento sensitivo da parede torácica. Sensibilidade visceral. Também vem de fibras dos nervos intercostais. *** Aula 8 - Mediastino quarta-feira, 2 de setembro de 2009 17:52 Mediastino. É uma cavidade dentro do tórax. Podemos dividir a cavidade torácica em 3 partes. Cavidades pleuro-pulmonares. São localizadas mais lateralmente. São também chamadas de cavidades pulmonares. Nelas estão presentes um pulmão e saco pleural - a pleura. Cavidade central. É o mediastino. Nele observamos a presença de várias estruturas importantes, entre elas o coração. É a cavidade central no interior do tórax. Delimitação lateral. É feita pelas pleuras, à direita e à esquerda. Superiormente o mediastino é delimitado pela abertura superior do tórax. Abertura superior do tórax. Delimitada pelo manúbrio do esterno lateralmente. Antero-lateralmente: o primeiro par de costelas. Posteriormente: T1. A abertura marca a transição da cavidade torácica para o pescoço. Delimitação do mediastino. Inferiormente: músculo diafragma. Lateralmente: pleuras. Superiormente: abertura superior do tórax. Anteriormente: esterno e cartilagens costais. Posteriormente: toda a coluna vertebral, de T1 a T12. Supero-inferior. O mediastino tem uma região superior e outra inferior. A junção do corpo do esterno com manúbrio, o ângulo esternal, disco intervertebral entre T4 e T5, divide mediastino superior e inferior. Mediastino inferior. É dividido em 3 mediastinos. A referência para divisão é o saco pericárdico - membrana fibro-serosa que envolve o coração. Mediastino anterior. Parte anterior ao saco pericárdico. Mediastino posterior. Posicionado posteriormente ao saco pericárdico. Mediastino médio. É tudo que está dentro do saco pericárdico. Contém coração, a. Aorta (parte ascendente), v. Cava superior, vv. Pulmolares e a. Pulmonar. Artéria aorta. Ela ocupa ao mesmo tempo 3 mediastinos. É voltada para o lado esquerdo. Ela ocupa o mediastino médio, pois está envolvida pelo saco pericárdico. Esôfago. Fica à direita da a. Aorta. É voltado mais para o lado direito, devido à presença da a. Aorta. Arco da aorta. Ele ascende e faz uma curva. É posicionado no mediastino superior. Depois o arco da aorta desce pelo tórax em direção ao abdomen. A parte descendente da a. Aorta é localizada no mediastino posterior. A parte ascendente da a. Aorta é localizada no mediastino médio. Lado esquerdo. Nele predomina a a. Aorta. É representado em vermelho no livro texto. Lado direito do mediastino. Nele predominam a v. Ázigo e outras veias importantes, por isto é representado em azul no livro texto. Esôfago. Posicionado no mediastino superior e depois no mediastino posterior. V. Ázigo. Formada pelas veias subcostal direita, lombares ascendentes do lado direito e v. Renal direita. Tem que colocar o lado, pois as veias do lado esquerdo formam a v. Hemi-ázigo. Veia ázigo recebe as veias intercostais posteriores e se descola da coluna vertebral formando o arco da veia ázigo, tributária da v. Cava superior. V. Cava superior. Primeiramente fica no mediastino superior e depois desce para o mediastiono médio, envolvido pelo pericárdio. Raiz pulmonar. É o pedículo pulmonar. É usada para identificar o nervo que passa anteriormente a ela, o nervo frênico, que vai em direção ao diafragma. Nervo vago. Passa posteriormente à raiz pulmonar. Tronco simpático. Sua porção torácica passa colado à coluna vertebral. Ele possui 12 gânglios na sua porção torácica. Um gânglio para cada vértebra torácica. Lesão. Se acontecer lesão na porção lateral (?) ou no gânglio cérvico-torácico, temos a síndrome de horner. Síndrome de Horner. Seus sintomas são miose: constricção da pupila, ptose: queda da pálpebra, anodrose: perda do suor na face do lado da lesão, endoftalmia: globo ocular se projetando posteriormente devido à queda da pálpebra (ptose causando pseudo-endoftalmia). Fratura na órbita pode causar projeção posterior do globo ocular. Ladodireito do tórax. Se observa veia ázigo, nervo frênico, tronco simpático com seus gânglios e nervo esplâncnico maior. Nervo esplâncnico maior. São ramos do tronco simpático. Ele se origina do tronco simpático e vai em direção ao esôfago, para ajudar a formar o plexo esofágico. Localizado mais inferiormente ao n. Esplâncnico maior temos o n. Esplâncnico menor. Ambos são ramos do tronco simpático. Lado esquerdo do mediastino. Tronco simpático e v. Hemi-ázigo e v. Hemi ázigo acessória. V. Hemi- ázigo e hemi-ázigo acessória se juntam e cruzam a coluna vertebral em direção à v. Ázigo. Tanto a hemi- ázigo quanto a hemi-ázigo acessória cruzam separadamente em direção à veia ázigo. Hemi-ázigo acessória cruza entre T7 e T8. A hemi-ázigo vai em direção à ázigo a partir de T9. Nervo vago. Passa posteriormente à raiz pulmonar, no mediastino superior e depois posterior. Nervo laríngeo recorrente. Passa por baixo da a. Aorta no lado esquerdo e ascende em direção à larige. Coração. Dentro do saco pericárdico. Timo. Localizado no mediastino superior, podendo ocupar o mediastino anterior. Geralmente involui na vida adulta. 4 Ts. O mediastino anterior pode ser ocupado por duas estruturas: timo e tecido adiposo. Também pode conter um dos 4Ts. 1. Timo: aumentado na vida adulta pode apresentar timoma, uma neoplasia que é tumor benigno do timo; 2. Teratoma: tumor de células embrionárias que contém cabelo, unha, dente e vários tecidos (pode se apresentar em diversas partes do corpo, entre elas o mediastino anterior); 3. Tireóide: pode crescer até alcançar o mediastino anterior. É o bócio mergulhante; 4. Terrível linfoma: vaso linfático com linfonodos que aumentados de tamanho levam à suspeita de linfoma. Nervo frênico. Passa anteriormente à raiz pulmonar acompanhado pela artéria pericárdico-frênica, ramo da artéria torácica interna. Artéria torácica interna. Seus ramos terminais são a A. Epigástrica superior e músculofrênica. Os ramos colaterais (não finais) da A. Torácica interna são as AA. Intercostais anteriores, até o 6º espaço intercostal, e a A. Pericárdico-frênica. Artérias intercostais anteriores. A partir do 7º espaço intercostal se originam da A. Musculofrênica, que é ramo da A. Torácica interna. Mediastino posterior. Posterior ao saco pericárdico. Apresenta o esôfago e a A. Aorta. Quando se faz entrada na região superior so tórax se prefere a parte direita, porque no lado esquerdo se tem a A. Aorta e queremos passar bem longe da A. Aorta. Plexo esofágico. Fica sobre o esôfago, formado por fibras dos nervos vago direito e esquerdo e nervos esplâncnicos maiores, direito e esquerdo, ramos dos troncos simpáticos direito e esquerdo. Troncos vagais. Quando o plexo esofágico se aproxima do abdomem, o plexo esofágico forma o tronco vagal anterior, que vai à direção abdominal, e também o tronco vagal posterior, que fica posterior ao esôfago. O tronco vagal anterior. Ele também contém fibras do nervo vago, especialmente do lado esquerdo. Anterior - esquerdo - vogal vogal. Tronco vagal posterior. Contém mais fibras dos nervos vagos, com predominância de fibras do N. vago direito. Posterior - direito - consoante consoante. Altura do tronco vagal. Se forma normalmente a partir de T9. O tronco vagal é facilmente identificável através do plexo esofágico, de onde vem um nervo que sai anterior que é o tronco vagal anterior. Mediastino posterior. Contém o esôfago, voltado para o lado direito; a A. Aorta, voltada para o lado esquerdo. Ducto torácico. Fica no lado direito, sobre o esôfago. É o maior ducto linfático do corpo humano. 99,9% das vezes só se consegue observar este ducto linfático na prática. Ele drena a linfa dos membros inferiores, pelve, abdomen, tórax do lado direito inferior, tórax de todo o lado esquerto, membro superior esquerdo, pescoço e cabeça do lado esquerdo. Ducto linfático direito. É o equivalente do lado direito ao ducto torácico. Ele drena parte superior direita do tórax, pescoço e face direitos, membro superior direito. Cisterna do quilo. Ela dá origem ao ducto torácico. Toda a linfa dos membros superiores, esterno e abdome vão para a cisterna do quilo, que dá origem ao ducto torácico, que ascende pelo tórax, se posiciona pelo mediastino posterior, ganha mediastino superior e cruza pelo lado esquerdo do pescoço, desembocando no ângulo entre a V. Subclávea esquerda e V. Jugular interna externa esquerda - o ângulo venoso ou júgulo-subcláveo. Posição do ducto torácico. Fica entre a A. Aorta e à esquerda da V. Ázigo, localizado posteriormente ao esôfago. *** Aula 9 - Pleuras e Pulmões e Aspectos Anatomo-Clínicos segunda-feira, 14 de dezembro de 2009 17:57 *Não vi esta aula. Aula 10 - Aspectos Anatomo-Clínicos do Coração domingo, 6 de setembro de 2009 21:45 Pericárdio. É a membrana fibroserosa que envolve o coração. Estímulos elétricos. O coração depende de estímulos elétricos para se contrais. Os estímulos elétricos são originados no complexo estimulante do coração. Câmaras. O coração possui 4 câmaras cardíacas. As duas localizadas mais superiormente são os átrios e as duas localizadas mais inferiormente são os ventrículos. Vascularicação do coração. É feita pelas artérias coronárias. Enervação. O nervo que faz enervação direta do coração é somente para parte sensitiva. A dor que sentimos no coração é só localizada e bem terrível. Membrana serosa. Ela é uma membrana fibroserosa. Externamente é mais endurecida e fibrosa. Internamente é uma membrana serosa. Pleura. É apenas uma membrana serosa, tanto a pleura parietal quando a visceral. Folhetos. A membrana serosa, localizada mais internamente, pode ser dividida em duas partes: Folheto parietal. Mais externo e intimamente relacionado à parede. Folheto visceral. Está grudado no coração. Folheto seroso. O externo é parietal e o interno é visceral. Pericárdio fibroso. Ele é a camada externa mais externa do pericárdio, que separa o coração do meio externo. É inelástico. Pericárdio seroso. Fica interno ao pericárdio fibroso e contém duas camadas: o pericárdio seroso parietal, mais externo, e o pericárcio seroso visceral, mais interno. Camada mais externa. O pericárdio seroso parietal é descrito por muitos como sendo a camada mais externa do coração. Endocárdio. É a camada mais interna do coração, intimamente relacionada com o sangue. Miocárdio. É uma camada intermedicária do coração. É muscular e a mais espessa das camadas. Pericárdio. Pode ser também chamado de epicárdio. É o nome da camada mais externa do coração. A lâmina mais interna do pericárdio seroso e pode ser chamada de lâmina visceral do pericárdio seroso ou apenas de epicárdio. Cavidade pericárdica. É o espaço que fica entre os folhetos parietal e visceral do pericárdio seroso. Ligamento pericárcido-frênico. Liga o pericárdio fibroso ao músculo diafragma. É ele que vai manter o pericárdio, e consequentemente o coração, na sua posição anatômica. Pericardite. O pericárdio pode sofrer processo inflamatório infeccioso, chamado de pericardite. Pode ser detectado durante a ausculta cardíaca. A ausculta do paciente com pericardite tem um som parecido com o roçar de seda. Extravasamento de líquido. Pode acontecer no paciente com pericardite. O líquido extravada na direção da cavidade pericárdica. Radiografia. Nos pacientes com extravasamento de líquid para a cavidade pericárdica, a radiografia aparece com uma grande área radio-opaca, na região do a cavidade pericárdica aumentada por acúmulo de líquidos. Derrame pericárdico. É o nome clínico para a condição em que a radiografia mostra uma área do mediastino aumentada, às custas do extravadamento de líquido para a cavidade pericárdica. O paciente só chega neste ponto se o derrame for crônico. Distenção. O derrame crônico pode fazer a distenção do pericárdio fibroso, que normalmente é inelástico. No derrame de líquido o pericárdio fibroso não se expande em caso de derrame agudo. A dilatação só acontece ao longo de muitotempo, no caso crônico de derrame, com distensão gradual de tamanho. Extravasamento agudo. Quando uma quantidade grande de líquido extravasa para a cavidade pericárdica, acontece o tamponamento cardíaco: o coração não consegue mais contrair e relaxar apropriadamente. O pericárdio fibroso é inelástico e o derrame diminui o volume disponível para o coração se dilatar e bombear sangue. Tamponamento cardíaco. O derrame pericárdico não é uma emergência em si, mas o tamponamento cardíaco é. Acontece no derrame súbito de muito líquido, que impede que o coração se contraia e relaxe para o enchimento de sangue. Congestão. Com o tamponamento cardíaco, todo o sistema fica congesto retrogadamente. Veia cava superior, veias braquiocefálicas, veia jugular interna, subclávea e principalmente a veia jugular externa. Turgência jugular. É quando observarmos facilmente a dilatação da veia jugular externa, com todo seu trajeto estufado. A veia jugular externa drena para a veia subclávea, que drena para a veia braquiocefálica, que drena para a veia cava superior, que chega para o coração. Com a congestão sistêmica, acontece o estufamento da veia jugular. Abafamento das bulhas cardíacas. Grande quantidade de líquido na cavidade pericárdica dificulta a ausculta cardíaca e é o segundo sinal clínico de tamponamento cardíaco. Os sons das bulhas estão abafados. É o abafamento das bulhas cardíacas. Hipotensão arterial. É o terçeiro sinal de tamponamento cardíaco. A resistência que a artéria aorta oferece para a saída do sangue do ventrículo esquerdo é a pressão máxima. Se o sangue não é ejetado, acontece a diminuição de pressão arterial máxima. Tríade de Beck. É a tríade clássica de sintomas do tamponamento cardíaco. 1. Turgência jugular; 2. Abafamento das bulhas cardíacas; 3. Hipotensão arterial. Turgêngia jugular. Não é restrita ao paciente de tamponamento cardíaco. Qualquer coisa que aumente a pressão intratorácica, pode causar turgência jugular. Insuficiência cardíaca. Um paciente com aumento do coração, insuficiência cardíaca congestiva, vai ter dificuldade também em bombear sangue para as artérias, e desenvolver congestão retrógrada, de todas as vias venosas, mostrando também a turgência jugular. Cardiomegalia. Formato de moringa da imagem de raio X cardíaco indica o derrame pericárdico crônico. Doença de chagas. A cardiomegalia vai aumentar toda a área cardíaca, sem o aspecto de moringa. Ruptura do pericárdio. Pode acontecer por trauma. Pericardite. A inflamação infecciosa do pericárdio altera a permeabilidade da membrana pericárdica, podendo levar ao extravasamento de líquido para a cavidade pericárdica. Não extravasa para fora do pericárdio. Só ocorre extravasamento para fora do pericárdio em caso de trauma. Radiografia. Não há tempo para esperar cardiografia e confirmar o derrame pericárdico crônico por formato de moringa do pericárdio. O paciente morreria neste meio tempo. O diagnóstico de tamponamento cardíaco é clínico, pela tríade de Beck. Tamponamento cardíaco é uma emergência cardiológica e é necessário fazer a drenagem deste líquido - a pericárdiocentese. Pericardiocentese. É a punção do pericárdio para retirada do líquido extravasado. Ela pode ser feita logo abaixo do esterno, na porção infraesternal, ou no quinto ou sexto espaço intercostal paraesternal, do lado esquerdo. Com isso o coração vai voltar a contrair e relaxar adequadamente. Derrame e tamponamento. O paciente que tem derrame pericárdico, pode a qualquer momento ter o tamponamento cardíaco, mas pode ter o derrame, sem necessariamente ter tamponamento. O tamponamento é condição de emergência e se nada for feito, o paciente vai morrer. Pericárdio. Ele envolve também os vasos relacionados ao coração, como a artéria aorta e o tronco venoso pulmonar. Seio transverso. Espaço criado pelo pericárdio como envoltório. O médico pode inserir o dedo posteriormente à a. Aorta e ao tronco pulmonar. Quando o médico coloca o dedo ali, pode facilitar o clampeamento tanto da a. Aorta quanto do tronco pulmonar para realizar uma cirurgia cardíaca. Cirurgias cardíacas. Muitas cirurgias cardíacas são feitas com o coração parado, para facilitar o ato operatório. Para isso é necessário desviar o fluxo sanguíneo do coração para uma máquina de circulação extra-corpórea. Ele coloca um tubo dentro do tronco pulmonar e outro dentro da a. Aorta, e o sangue é desviado todo para a máquina. O coração entra em parada cardíaca, o cirurgião realiza a operação e depois retira o tubo e fazer o coração voltar a funcionar. Alternativa. Pode ser também colocado um tubo na a. Aorta e outro no átrio direito, ao invés de no tronco pulmonar. Isso garante que o sangue passe pelos pulmões, seja oxigenado, e depois levado para os sistemas do corpo. Depois da cirurgia são retirados os tubos, fechadas as aberturas e o coração é reativado por estímulo elétrico. Seio oblíquo. É o espaço localizado atrás das veias pulmonares. Não tem a importância cirúrgica do seio transverso. Sua importância é apenas anatômica. Mediastino. O coração é o grande orgão do mediastino. Posição. O ápice do coração é voltado inferiormente e para o lado esquerdo. Sua base fica voltada superiormente para o lado direito. A maior parte do coração se encontra do lado esquerdo. Ápice cardíaco. Seu batimento reflete os batimentos de todo o coração e pode ser palpado na parede torácica. Ponta de choque ou batimento de ponta, chamado também de ictus cordis é o batimento de ponta do coração, ou do ápice do coração na parede torácica e se faz normalmente no quinto espaço intercostal esquerdo, variando de 6 a 10 centímetros da margem do esterno. Exames complementares. Hoje em dia muitos deles facilitam o diagnóstico cardíaco, mas antigamente não existia eletrocardiograma, ecocardiograma, cintigrafia de miocárdio... O médico então colocava a mão no ictus cordis e sabia diagnosticar a condição cardíaca do paciente. Margens cardíacas. O átrio direito ajuda a formar a margem direita do coração. O ventrículo esquerdo ajuda a formar a margem esquerda do coração. Câmara cardíaca mais anterior, relacionada ao terço inferior do esterno é o ventriculo direito. O átrio esquerdo se posiciona formando margem posterior ao coração. Se o átrio esquerdo aumenta de tamanho, ele chega a encostar no esôfago. Esqueleto fibroso. As camadas cardíacas geralmente ficam localizadas sobre um esqueleto fibroso. Câmaras cardíacas. Os ventrículos são as câmaras cardíacas mais inferiores e os átrios são as câmaras cardíacas mais superiores. Os átrios geralmente têm uma camada mais fina do que os ventrículos, que possuem parede mais robusta, devido à quantidade maior de sangue que bombeiam. Passagem sanguínea. 2/3 do sangue passa dos átrios para os ventrículos por diferença de pressão. Só no terço final é necessária a contração atrial para bombear o sangue. Os átrios não precisam de parede robusta porque a maior parte do sangue já vai deles para os ventrículos por diferença de pressão. Ventrículos. Eles têm que ejetar o sangue no tronco pulmonar e na artéria aorta por contração - o que hipertrofia as paredes ventriculares. A parede ventricular direita é mais delgada do que a direita porque a resistência pós carga a ser vencida pelo ventrículo esquerdo é muito maior do que a do ventrículo direito. O ventrículo esquerdo tem que bombear para o corpo inteiro - o direito apenas para os pulmões. Tronco pulmonar. É uma artéria que se divide em 2 ramos: artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda. A artéria pulmonar direita vai para o pulmão direito e a artéria pulmonar esquerda vai para o pulmão esquerdo. Pulmão. O sangue é levado para os capilares pulmonares, aonde acontece a troca de gás carbônico por oxigênio. Esta troca é chamada de hematose. Pressão pulmonar. A pressão dos capilares pulmonares é baixa. Então o ventrículo direito tem uma parede muscular menos espessa do que a do esquerdo. Se o paciente tem doença pulmonar, hipertensão, daí a parede
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