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Farmacologia (aula 7)

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Farmacologia (FAR 532) Clara L. Vianna 
Aula 7 -> Continuaçao de farmacologia do SNA (19.04.12) 
 
 
 
� Dentre os anti-colinesterasicos (agentes colinomimeticos de açao indireta), exitem dois 
tipos: os reversiveis (edrofonio e carbamatos) e os irreversiveis (inseticidas organofosforados). 
 Os carbamatos sao os mais utilizados na clinica, ja os irreversiveis nao sao farmacos 
utilizados na clinica, porem sua importancia convem quando o individuo esta intoxicado com 
esses inseticidas organofosforados. 
 
� Colinesterases: Podem ser de dois tipos (Acetilcolinesterase – especifico para ACH; 
butirilcolinesterase – pseudocolinesterases /colinesterases plasmaticas). Metabolizam os 
esteres de colina, atraves de dois sitios (sitio esterasico e o sitio anionico). Normalmente o 
farmaco se liga primeiramente ao sitio esterasico; posteriormente o sitio anionico ira quebrar 
essas substancias, deixando a parte “acetato” sozinha, ou seja retira a “colina”. A parte acetato 
tambem eh retirada do susbtrato e a enzima continua trabalhando e metabolizando. 
 O que ocorrera com o uso de inibidores reversiveis ou irreversiveis, vai ser que eles 
vao ocupar o sitio ESTERASICO da enzima, logo, inibindo-a; pois quando esse esta ocupado, 
nao ha mais a condicao de ocupar outro substrato. 
 
 
1. Edrofonio: Farmaco inibidor da colinesterase reversivel. Como possui açao CURTA, 
eh utilizado na clinica no diagnostico de miastenia grave (doença auto-imune, 
aonde ha destruicao dos receptores nicotinicos na JNM; individuo se queixa de 
fraqueza muscular, dificuldade na deglutiçao, ptose, etc.). O farmaco funciona da 
seguinte maneira: Caso o individuo, apos o uso de tal, demonstrar melhora no 
quadro de sintomas, esse possui miastenia grave; caso nao, nao a possui. 
 
2. Carbamatos: Depois de diagnosticado o quadro de miastenia grave, pode-se tratar 
o paciente com carbamatos de açao media (inibidor da achase de acao media); 
esses normalmente atuam na periferia, diferentemente de alguns carbamatos que 
atuam no SNC (vastigimina, exelon, galantamina). Sobre os carbamatos que atum 
na perferia, pode-se citar algumas caracteristicas: normalmente sao hidrosoluveis 
(fiostigimina, neostigimina, etc.); promovem o aumento da ACH, que ira estimular 
tanto os receptores muscarinicos, quanto os nicotinicos. 
2.1. Fisiostigimina: Exceçao dos carbamatos, pois possui uma certa 
lipossolubilidade, logo, possui um beneficio de poder atravessar a barreira 
hematoencefalica; normalmente eh utilizada no glaucoma de angulo aberto 
(lembrando que no glaucoma de angulo fechado, so sao utilizados tais 
farmacos no pre- cirurgico). Pode ser utilizado tambem, quando um individuo 
esta intoxicado com um anti-depressivo triciclico (anti-muscarinico antagonista 
dos receptores muscarinicos – atropina), pois vai inibir a achase na periferia, 
aumentando a ACH, tanto nos receptores muscarinicos quanto nicotinicos; e 
alem disso, ela tambem vai atravessar a barreira hematoencefalica, inibindo a 
achase no encefalo. 
2.2. Neostigimina: pode ser utilizada quando o individuo possui um quadro de 
atonia de bexiga (diminuiçao de contracao muscular dessa). Tambem eh 
utilizado pelos anestesiologistas para reverter o bloqueio neuromuscular, em 
um caso pos-cirurgico; nesse caso tambem poder ser utilizado o edrofonio, 
porem por esse ter uma meia-vida muito curta, seria necessario uma 
quantidade muito grande de tal. A neostigimina eh utlizada como primeira 
escolha, pois inibe a acetilcolinesterase, aumentando a acetilcolina, 
aumentando assim o agonista, fazendo com que o quadro possa se reverter, 
pois o agonista em niveis altos, bloqueia o efeito do anatagonista competitivo 
reversivel. Mas alem disso, essa eh agonista nicotinico, ou seja, alem do 
aumento da acetilcolina, ainda havera a presença de agonismo do proprio 
farmaco, fazendo com que a reversao do quadro de bloqueio seja mais rapida 
ainda. 
2.3. Piridostigimina: Pode ser utilizado na miastenia grave, por essa ter uma meia-
vida um pouco mais longa. 
 
3. Organofosforatos: Sao muito lipossoluveis (inseticidas); porem, dentro desses ha o 
ecotiofato, que mesmo sendo um organofosforato, nao possui a lipossulubilidade 
que essa classe possui, logo eh hidrossoluvel em relacao aos outros. Esse eh um 
dos unicos organfosforatos que, por apresentar tal caracteristica, eh utilizado 
clinicamente (glaucoma). Por esses serem irreversiveis, havera inibiçao da achase, 
e MUITO aumento da acetilcolina, mimetizando um quadro de intoxicaçao por 
muscarinico; ou seja, os efeitos no organismo vao ser aqueles que seriam se 
estivessem sendo utilizados farmacos muscarinicos ao extremo, como: bradicardia, 
hipotensao; paralisia do musculo esqueletico; cessamento do diafragma, pois 
como havera ligacao da ACH ao receptor nicotinico ininterruptamente, havera 
bloqueio desse, levando a paralisia do diafragma, podendo levar ao obito. O 
tratamento de individuos com intoxicaçao por organofosforatos, eh a utilizacao da 
atropina, pois essa eh antagonista muscarinica. Tambem pode ser utilizada como 
tratamento, a pralidoxina (reativadora da enzima colinesterase); essa se liga ao 
sitio anionico e tambem se liga ao organosfosforato por uma parte sua que eh 
muito reativa ao fosforo desse composto, ao fazer tal, retira o organofosforato da 
ligacao com o sitio esterasico. O organofosforato eh eliminado junto com a 
pralidoxina, fazendo com que a enzima volte a funcionar. Eh importante saber, que 
tal reversao, feita pela pralidoxina, do organosfosforato com o organismo, so pode 
ser feita ate 8 horas, pois depois disso ocorre o “envelhecimento da ligaçao 
organofosforato com a enzima”, e tal farmaco nao possui mais efeito na reativacao 
enzimatica. 
 
���� Anti-colinergicos /anti-colinomimetico /Parassimpaticoliticos /atropinicos: 
 Podem ser anti-nicotinicos ou anti-muscarinicos, porem sera estudado muito mais a 
segunda opcao. 
 O prototipo do anti-colinergico, eh a atopina, porem existem outros farmacos de tal 
classe: escopolamina (principio ativo do buscopan); tropicamida e ciclopentolato (utilizados 
bastante na oftamologia); ibratropio (atrovent- utilizado em pacientes asmaticos); pirenzepina 
(utilizado no tratamento da ulcera peptica; eh um anatagonista muscarinico seletivo de 
receptores M1. Porem hoje em dia os farmacos que inibem a bomba de sodio-potassio, 
superaram o uso de antagonistas muscarinicos nesse quadro clinico); benzitropina (farmaco 
utilizado no parksonismo; normalmente eh utilizado junto com a levodopa). 
 A atropina eh retirada da planta Atropa belladona, e era muito utilizada no seculo XVI, 
pra provocar midriase, pois a mulher que se encontrava em tal estado, era muito desejada; 
porem tal tambem deixava a visao embaçada (pois ha bloqueio do musculo ciliar). A atropina 
pode ser utilizada na reduçao de secrecoes, para regular a bradicardia, antidoto dos agentes 
colinergicos (diretos ou indiretos), na diarreira NAO infecciosa, etc..Esse farmaco faz o papel 
de antagnista competitivo reversivel: 
 
 Como a atropina exerce o papel de antagonista competitivo, sua curva nao aparece no 
grafico (esta paralela a linha das abcissas), e sim a curva da ACH sobre o efeito da atropina. A 
partir do grafico dado acima, percebe-se que por mais que a potencia tenha sido diminuida, ou 
seja, seu kd, a acetilcolina conseguiu atingir a sua eficacia maxima, pois a atropina eh 
REVERSIVEL. 
 Os tecidos mais sensiveis a atropina sao: glandulas salivares, bronquicas e sudoripara; 
depois, musculo liso e miocardioe por ultimo, as celulas parietais do estomago (explicando o 
fato de que para a que a atropina seja utilizada na reducao de HCl, essa tem que ser em doses 
elevadas). 
 O ibratropio eh utilizado para tratar broncoespasmo, que pode ocorrer na asma ou na 
DPOC. O bom desse farmaco, eh que ele vai sim reduzir as secrecoes, porem nao tanto quanto 
a atropina, por exemplo, que as inibe. 
 A escopolamina (buscopan), relaxa a musculatura lisa e nao faz efeito analgesico. Pode 
ser utilizado como efeito anti-emetico (em um quadro de cinetose - enjoo com movimento), 
porem nao vai inibir o ancio de vomito, quando a zona quimioreceptora eh estimulada. Ao 
utilizar esse, ate em doses terapeuticas, ocorre uma depressao do SNC, ocorrendo uma 
sonolencia; pode tambem apresentar amnesia de memoria a curto prazo (anterogroda). Em 
doses elevadas pode gerar agitaçoes e alucinaçoes. Pode tambem provocar, efeito euforizante. 
 Todos esses anti-muscarinicos sao contra-indicados no caso do glaucoma, pois havera 
um aumento da pressao intra-ocular, por causa da inibicao da acetilcolina nos receptores 
muscarinicos. 
 Os efeitos desses parassimpaticoliticos sao: taquicardia; contracao dos esfincteres do 
TGI; inibicao das secrecoes; etc.

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