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MUDANÇAS À VISTA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO Este livro relaciona os grandes passos da reforma do ensino, introduzidos logo após a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no governo Fernando Henrique Cardoso, sob o comando do seu ministro da Educação, Paulo Renato Souza, e do MEC. Esses passos são agora, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, postos em questionamento. Tomemos conhecimento dos principais. Fala-se em mudanças ou em modificações, mas até a presente data (data do lançamento do livro) há pouca coisa definida. SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Uma medida provisória, editada pelo governo em dezembro de 2003, criou o novo Sistema Nacional de Avaliação e Progresso do Ensino Superior (Sinaes), preparado por uma comissão especial, Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Conaes). O novo sistema propõe mudanças no Exame Nacional de Cursos, o Provão. O foco, agora, da avaliação será a instituição e não o desempenho do aluno. O exame dos alunos perde peso para a avaliação institucional. O teste deixa de ser obrigatório para todos os formandos e será apenas um dos itens da avaliação das instituições do ensino superior. Será aplicado por amostragem e a classificação por conceitos abandonada. A avaliação institucional levará 3 anos para ser concluída. Começará com uma auto-avaliação, feita por alunos, professores e funcionários. A instituição passará por uma análise externa, organizada pelaComissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior(Conaes). Essa comissão dará um parecer sobre a instituição, formando um dossiê com os resultados da avaliação para cada universidade, cujo resumo será divulgado pela Internet. Um dos componentes do Sinaes é o Processo de Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação de Área (Paidea). O teste dos alunos recebeu esse nome, Paidea, que, em grego, significa ensino ou educação. O exame será realizado por áreas: ciências humanas, exatas, tecnológicas e biológicas. Cada área será avaliada de dois em dois anos, com testes em duas etapas: no 2.º ano e no fim do curso. O teste além do conteúdo incluirá a avaliação do aluno sobre a instituição em que estuda. Além da auto-avaliação, a cada três anos, a instituição receberá a visita de uma comissão externa, que verificará a infra-estrutura, entrevistará professores, alunos e servidores. O Paidea será feito por amostragem, só ficarão obrigados a passar por ele os alunos sorteados. Acabam os conceitos de A a E. O resultado do Paidea vai compor o dossiê final. Ficarão reunidas no Sinaes avaliações já existentes, como o Censo da Educação Superior, o Cadastro do Perfil Institucional (bibliotecas, laboratórios e outros equipamentos), Avaliação do Ensino Tecnológico Superior e Avaliação da Pós-graduação, realizada pela Capes. Todos vão fornecer elementos para o relatório final. Esse novo sistema cria o Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior (Ides), que resultará da combinação de 4 indicadores: ensino, aprendizagem, capacidade institucional e responsabilidade social. Os cursos serão classificados em “bem avaliados”, “intermediários” e “não satisfatórios”. Ensino-aprendizagem exige avaliação constante, contínua. Processos de avaliação são indispensáveis a qualquer tipo de atividade humana. Nas universidades, constatam a correspondência entre o que é oferecido e o que, realmente, oferecem, entre o que se fala e o que se faz, comprovam se os cursos cumprem um papel social, cultural Quanto ao Sinaes, só o tempo, com sua aplicabilidade, dirá de sua validade, de sua eficácia. Clique para voltar ao sumário �PAGE � �PAGE �139�
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