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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC
CURSO DE PSICOLOGIA
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
ANÁLISE FILME “SPIDER DESAFIE SUA MENTE”
CONCÓRDIA
2015
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
E ANÁLISE FILME “SPIDER DESAFIE SUA MENTE”
Trabalho realizado com base ao filme assistido em aula, posteriormente analisado com referencia ao material já estudado. Envolvendo o curso de Psicologia ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, sob orientação da Professora Fábia Farina. 
CONCÓRDIA
2015
SPIDER DESAFIE SUA MENTE
Filme de David Cronenberg, conta a historia de Dennis Cleg, apelidado de Spider por causa de sua mania de pendurar verdadeiras teias em seu quarto, feitas de barbantes. A história tem inicio com sua chegada a uma casa de recuperação de doentes mentais. Ao longo do filme revisita cenas importantes e marcantes da sua infância tentando reconstituir sua relação com seus pais. Essa tentativa vem acompanhada de muita ansiedade, o que pode ser observado na escrita nervosa que Spider mantém em seu caderninho. O caderno é composto de vários fragmentos amontoados separados por linhas, escritos de lado, de cabeça pra baixo, sem organização ou esquema determinante, que relacione os itens entre si. 
Na medida em que vai investigando os fatos da infância vai mergulhando numa rede de recordações e construções distorcidas pela mente perturbada. Pode se observar que quando criança não possuía relações de convívio social nem tinha amigos, apresentava-se sempre com o mesmo semblante no rosto. Desde criança apresentava o comportamento de recolher objetos que encontrava no chão e guardá-los para si em uma meia.
Na mente de Spider sua mãe era santa, ele, possuía uma relação de afeto com ela, carinho era bastante presente, fato esse que gerava ciúmes quando o pai chegava por perto na tentativa de acariciar. 
As coisas começam a mudar a partir do momento em que o jovem vê sua mãe sair com seu pai em direção ao bar. Como nada é muito claro para ele, começa a criar em sua mente a traição de sua mãe para si, começa a associá-la a uma prostituta. Tudo em Spider se justifica pela confusão mental do personagem, inclusive o surpreendente desfecho.
INÍCIO DA SINTOMATOLOGIA – SINTOMAS POSSITIVOS/ NEGATIVOS
	Os sintomas da esquizofrenia nota-se em Spider ainda na infância, onde comportamento de recolher objetos que encontrava no chão e guardá-los para si em uma meia perduram até a fase adulta. Já na fase adulta não tem cuidado com sua higiene pessoal e sua vestimenta não condiz com o clima, chegando a usar 3 camisas ao mesmo tempo. O trauma sofrido na infância faz com que no momento que sentiu o cheiro de gás, já na fase adulta, leva-o a despir-se e enrola-se em jornais na tentativa de proteção. 
Apresenta sintomas positivos que incluíam as alucinações e delírios que tinha ao decorrer de todo o filme, era bastante visível sua desorganização do pensamento, sua forma de vestir mostrava seu comportamento bizarro agindo de forma inadequada. Nota-se ainda, a presença de fala difícil de entender, nos momentos em que tentara manter um dialogo sua comunicação era confusa e de difícil entendimento. 
Em todas as tentativas de comunicação com os demais apresentava uma redução em sua expressividade verbal, apresentando afeto embotado em seus relacionamentos. Durante suas atividades na casa de recuperação apresentava pouco envolvimento, até mesmo nos momentos em que montava seu quebra cabeça não ligava muito para os demais pacientes que tentavam lhe ajudar.
Podemos ver ao decorrer da historia que Spider criou um caso com relação aos seus pais que na realidade não existia.
Geralmente a esquizofrenia começa durante a adolescência ou quando adulto jovem. Os sintomas aparecem gradualmente ao longo de meses e a família e os amigos que mantêm contato freqüente podem não notar nada. É mais comum que uma pessoa com contato espaçado por meses perceba melhor a esquizofrenia desenvolvendo-se. Geralmente os primeiros sintomas são a dificuldade de concentração, prejudicando o rendimento nos estudos; estados de tensão de origem desconhecida mesmo pela própria pessoa e insônia e desinteresse pelas atividades sociais com conseqüente isolamento. Contudo, é possível identificar ainda na infância.
Segundo Kaplan & Sadock´s, crianças diagnosticadas com esquizofrenia têm taxas maiores de anormalidades do desenvolvimento inespecíficas marcadores do prejuízo precoce no neurodesenvolvimento.
DIAGNOSTICO
	De acordo com a classificação de transtornos mentais e de comportamento CID-10, os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento, a percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.
A evolução dos transtornos esquizofrênicos pode ser contínua, episódica com ocorrência de um déficit progressivo ou estável, ou comportar um ou vários episódios seguidos de uma remissão completa ou incompleta. Não se deve fazer um diagnóstico de esquizofrenia quando o quadro clínico comporta sintomas depressivos ou maníacos no primeiro plano, a menos que se possa estabelecer sem equívoco que a ocorrência dos sintomas esquizofrênicos fosse anterior à dos transtornos afetivos. Além disto, não se deve fazer um diagnóstico de esquizofrenia quando existe uma doença cerebral manifesta, intoxicação por droga ou abstinência de droga. 
Levando em consideração os critérios de diagnósticos de DSM 5, Spider apresenta Esquizofrenia (F20.9) com os seguintes itens:
A.
1- Delírios.
2- alucinações.
3- Discurso Desorganizado.
5- sintomas negativos (expressão emocional diminuída).
Especifica se em episódios múltiplos, atualmente em remissão completa, continuo.
TRATAMENTO
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente. O tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. O tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados antipsicóticos ou neurolépticos. Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas. A maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação ininterruptamente para não ter novas crises. Assim o paciente deve submeter-se a avaliações médicas periódicas; procurando manter a medicação na menor dose possível para evitar recaídas e evitar eventuais efeitos colaterais.
O planejamento do tratamento tem como objetivos: reduzir ou eliminar sintomas; melhorar a qualidade de vida e o funcionamento adaptativo; Promover e manter a recuperação dos efeitos debilitantes da doença o maior tempo possível.
A descoberta dos antipsicóticos de primeira geração (APG), na década de 1950, trouxe grande benefício para pacientes com esquizofrenia, na medida em que tais medicamentos mostraram eficácia no combate aos sintomas psicóticos e, como conseqüência, possibilidade de tratamento em regime ambulatorial e redução da permanência hospitalar, bem como do número de internações (Hegarty et al., 1994). Com a reintrodução no mercado da clozapina, nos anos 1990, e o surgimento de outros antipsicóticos de segunda geração (ASG) – amisulprida, aripiprazol, olanzapina, quetiapina, risperidona e ziprasidona – houve um progresso ainda maior, uma vez que os ASG se mostram, em sua maioria, mais eficazes que os APG quanto à redução da psicopatologia (Davis et al., 2003) ou quanto à redução do número de recaídas e conseqüentes re-hospitalizações (Leuchtet al., 2003).
 As abordagens psicossociais são necessárias para promover a reintegração do paciente à família e à sociedade. Devido ao fato de que alguns sintomas podem persistir mesmo após as crises, é necessário um planejamento individualizado de reabilitação do paciente. Os pacientes necessitam em geral de psicoterapia, terapia ocupacional, e outros procedimentos que visem ajudá-lo a lidar com mais facilidade com as dificuldades do dia a dia.
REFERÊNCIAS
American Psychiatric Association (2014). DSM-V: Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas.
Davis, J.M.; Chen, N; Glick, I.D. - Uma meta-análise da eficácia dos antipsicóticos de segunda geração. Arch Gen Psychiatry 60(6): 553-564, 2003. 
Hegarty, J.D.; Baldessarini, R.J.; Tohen, M.; Waternaux, C.; Oepen, G. - Cem anos de esquizofrenia : uma meta- análise da literatura resultado. Am J Psychiatry 151(10): 1409-1416, 1994.
Leucht, S.; Barnes, T.R.; Kissling, W.; Engel, R.R.; Correll, C.; Kane, J.M. - Prevenção de recaídas na esquizofrenia com antipsicóticos de nova geração : uma revisão sistemática e meta- análise exploratória de randomizados, ensaios controlados. Am J Psychiatry 160(7): 1209-1222, 2003. 
OMS. (1993). CID-10. Classificação Internacional das Doenças, décima edição revisada, Manual e Glossário. Porto Alegre: Artes Médicas.

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