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Infecções cutâneas - Infectologia

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INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
INFECÇÕES CUTÂNEAS 
Podem ser: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIODERMITES 
• Bacterianas 
• Agentes etiológicos: Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus 
o Quando é strepto tem crosta 
o Quando é staphylo tem bolha 
 
 
 
IMPETIGO 
• Agente etiológico: Streptococcus pyogenes e Staphylococcus 
aureus 
• Comum em crianças 
• Fatores de risco: Falta de higiene, traumatismos, anemia, 
desnutrição. 
• Diagnóstico: clínico 
• Tratamento: 
o Limpeza com solução com permanganato. 
o Tópico: Neomicina, Mupirocina – 7-10 dias 
o Oral: Eritromicina, Cefalexina, Amoxicilina 
 
ECTIMA 
• Agente etiológico: Streptococcus pyogenes 
• Pode ser uma complicação de um impetigo. 
• Ocorre mais nos MMII 
Epiderme Impetigo
Derme 
Superficial Ectima
Derme 
Profunda
Erispela /
Celulite 
Derme 
Profunda Abscesso
Anexos Foliculite
Unhas Panarício 
Bacterianas
• Erispela 
• Celulite 
• Furúnculo 
• Impetigo 
• Ectima
• Foliculite 
Fúngicas 
• Piedra Negra
• Piedra Branca 
• Ptiríase Versicolor 
• Dermatofitoses
Parasitárias
• Pediculose 
• Escabiose 
• Miíases
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
• Tratamento: 
o Limpeza com solução com permanganato. 
o Tópico: Neomicina, Mupirocina – 7-10 dias 
o Oral: Eritromicina 500mg 6/6h ou Cefalexina 500mg 6/6h ou Amoxicilina 500mg 
8/8h 
 
FOLICULITES 
• Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus 
• São favorecidas pela obstrução do folículo piloso. 
• É superficial. 
• Tratamento tópico: Neomicina e Mupirocina. 
Furunculose: 
• Inflamação do folículo piloso e glândula sebácea anexa. 
• Tratamento tópico + Calor local 
• Tratamento VO: Eritromicina 500mg 6/6h 
Hordéolo / Terçol: 
• Inflamação da margem da pálpebra. 
• Afeta folículo piloso e glândula sebácea. 
• Tratamento: 
o Calor local (compressas mornas) 4x /dia 
o Pode ser necessário drenagem 
o Pode ser usado antibiótico tópico (pomada ou colírio) 
 
PERIPORITE 
• Agente etiológico: Staphylococcus 
• Infecção das glândulas sudoríparas écrinas. 
• Principalmente em lactentes. 
• Múltiplos nódulos eritematosos. 
• Tratamento: 
o Tópico 
o Drenagem quando necessário 
o Antibiótico oral 
 
HIDRADENITE 
• Agente etiológico: Staphylococcus, Streptococcus, E. coli 
• Infecção de glândulas apócrinas (axilas, anogenital e 
aréolas mamárias). 
• Tratamento: 
o Drenagem cirúrgica 
o Antibiótico oral e tópico 
• Recuperação lenta, as recidivas são comuns. 
• Fibrose e sequelas locais são comuns. 
 
ERISPELA 
• Agente etiológico: Streptococcus pyogenes 
• Infecção da pele e tecido celular subcutâneo. 
• Febre e mal-estar. 
• Extremidades e face. 
• É comum ter uma porta de entrada, como micoses. 
• Área fica eritematosa, dolorosa, quente e edemaciada. 
• Leucocitose e antiestreptolisina (ASO) aumentada. 
• Tratamento: 
o Repouco e compressas frias. 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
o Cefalosporinas, Penicilina Procaína IM 12/12h por 10 dias. 
o Recidivas: Penicilina Benzatina 1.2M 15/15dias ou 20/20dias. 
 
CELULITE (não é o que aparece na coxa/bunda) 
• Agente etiológico: Staphylococcus aureus 
o Outros agentes: Streptococcus, Pseudomonas, 
Haemphilus, Clostridium 
• Infecção da derme profunda e hipoderme 
• Fatores de risco: trauma prévio, mastectomia, diabetes, 
queimaduras, UDI, linfedema. 
• Sintomas: eritema, edema, dor local, mal-estar, febre, 
calafrios e linfoadenopatia local. 
• Topografias: perna (pós retirada de safena), couro 
cabeludo, facial, periorbitária e perianal. 
• Exames: leucocitose e hemocultura positiva em 25% das 
vezes, 
o Sempre fazer cultura quando disponível ou quando 
houver suspeita de resistência ou germe atípico. 
o Tomografia da face em celulite facial. 
• Complicações: bacteremia/sepse, abscessos locais, tromboflebite. 
o Celulite facial - meningite 
o Celulite com formação de gás - gangrena. 
• Tratamento: 
o Imobilização e elevação da extremidade afetada. 
o Calor úmido. 
o Debridamento cirúrgico/drenagem de coleção. 
o Antibiótico: 
§ Oxacilina 2g 4/4h por 10 dias. 
§ Diabéticos – Ciprofloxacino ou Oxa+Genta 
§ Com formação de gás – Metronidazol/Clindamicina 
§ Mordedura humana – Amox+Clav 
 
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCCICA (SSSS) 
• Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus 
• Ocorre em crianças 
• Não afeta mucosa 
• Eritema difuso com formação de bolhas flácidas 
que se destacam 
• É causada pela toxina do staphylo 
• Tratamento: 
o Hidratação endovenosa 
o Antibiótico 
o Usar Clindamicina associada pois ela inibe 
a produção das exotoxinas 
o Oxacilina 
 
NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (TEN) 
• Induzida por drogas 
• Afeta mucosas 
• Alta mortalidade por afetar o TGI e causar hemorragias 
• Manejo: 
o Reposição agressiva de fluídos e eletrólitos. 
o Utilizar materiais estéreis. 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
o Cuidar infecções secundárias. 
FÚNGICAS 
PIEDRA NEGRA 
• Agente etiológico: Piedraia hortae 
o Fungo filamentoso 
• Nódulos de cor preta na haste dos cabelos 
• Maior prevalência nos homens indígenas 
• Clínica: nódulos duros, enegrecidos, geralmente no couro cabeludo, não afeta pele 
e porção intrafolicular. 
• Diagnóstico laboratorial: KOH, saboraud glicose 2%. 
• Tratamento: corte de cabelo, antifúngico tópico, relatos com uso de terbinafina. 
 
PIEDRA BRANCA 
• Agente etiológico: Trichosporum beigelli 
o Levedura 
o Alta prevalência na região norte 
o Facilmente removíveis da haste do pêlo 
• Clínica: 
o Nódulos irregulares, amolecidos, cor (branco, creme, avermelhado, verde, 
castanho) 
o Áreas úmidas do corpo (genital, perianal e menos frequente barba) 
• Transmissão: 
o Pouco esclarecido 
o Relacionado a contato íntimo/familiar 
• Diagnóstico Laboratorial: KOH, Cultura em Sabouraud 
• Tratamento: Corte de cabelo, antifúngico tópico e sistêmico (relatos que todos 
podem funcionar isoladamente) 
• Tratamento mais efetivo: Itraconazol 100mg/dia por 8 semanas 
• Utensílios pessoais não devem ser compartilhado. 
 
PTIRÍASE VERSICOLOR 
• Agente Etiológico: Malassezia globosa (furfur e sympodialis) 
o Levedura no folículo piloso. Forma miceliana ao invadir o estrato córneo 
o Microbiota normal da pele 
• Fatores de risco para a evolução da forma: Calor, oclusão por roupas, umidade, 
lubrificantes, imunossupressores. 
• Clínica: 
o Lesões maculares múltiplas 
o Inicialmente perifolicular 
o DescamacÃßaÃÉo fina branca a acastanhada 
o Máculas costumam coalescer e abranger grandes áreas 
o Troncos, ombros, extremidades superiores, pescoço e face 
o Lesões podem ser pruriginosas 
• Diagnóstico: 
o Lâmpada de Wood 
o Raspado da lesão + coloração com KOH 10% 
• Tratamento Tópico: (recidiva em 60% no 1 ano) 
o Sulfato de selênio, Hipossulfito de sódio, derivados imidazolicos (cetoconazol, 
oxiconazol, isoconazo, tioconazol) terbinafina => 3 semanas 
• Tratamento Sistêmico: (casos extensos, recorrentes ou falha com o tópico) 
o Cetoconazol 200mg/dia por 10 dias 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
o Itraconazol 200mg/dia por 7 dias 
o Fluconazol 150mg/semana por 3 semanas 
• Tratamento Combinado deve ser feito 
• Profilaxia com itraconazol 400mg/mês pode ser indicado para casos mais graves 
 
DERMATOFITOSES 
• Infecção da pele, do pelo e das unhas causadas por fungos. 
• Principais agentes: Epidermophyton (tropismo por pelo e unha), Trichophyton 
(tropismo por pele, pelo e unha), Microsporum (pele e pele) 
• Fatores de risco: contato com fômites contendo escamas ou contato direto, trauma, 
umidade excessiva e roupas oclusivas. 
• Diagnóstico: clínico• Diagnóstico laboratorial: direto com KOH, cultura de lesão e histopatologia. 
 
Tinea Capitis Pedis Corporis (Pele 
Glabra) 
Cruris Barba e 
Face 
Agente 
etiológico 
M. canis 
(lesão 
única) 
T. tonsurans 
(múltiplas 
lesões) 
T. rubrum 
T. 
mentagrophytes 
T. rubrum 
T. mentagrophytes 
E. flocossum 
*T. tonsurans - 
lutadores 
T. rubrum 
T. 
mentagrophytes 
 
 - Mais 
comum na 
infância. 
Endotrix – 
esporos 
presentes 
ao londo 
da haste 
Ectotrix – 
esporos 
presentes 
na parte 
externa 
- Contagiosa 
(toalhas e pisos 
de banheiro) 
- Espaços 
interdigitais e 
nas solas dos 
pés. 
- Forma 
interpodáctila é 
a mais comum 
(pé de atleta) – 
descamação, 
eritema e 
maceração. 
- Forma da sola 
do pé – fissuras, 
descamação e 
ceratósicas. 
- Lesões em tronco 
ou membros. 
- Lesões anulares, 
crescimento 
centrífugo e 
bordos 
eritematovesico- 
crostosos. 
- Lesões únicas ou 
múltiplas. 
 
- Contagiosa 
- Lesões 
eritematosas com 
bordas elevadas. 
Muitas vezes com 
imagem em 
espelho. 
- Lesões 
adquiridas 
através 
de 
autoino-
culação 
de uma 
outra 
tinea. 
- Perda de 
pelo com 
foliculites. 
- Quérion. 
• Tratamentos: 
o Tópico: derivados azólicos, Terbinafina. 
o Sistêmicos: Griseofulvina, Cetoconazol/itra/fluco, Terbinafina 
Tinea corporis, cruris e pedis interdigitale – 2 semanas com Itraconazol 
Tiena pedis – 4 semanas com Itraconazol 
Capitis – Griseofulvina 6-8 semanas 
• Prevenção: Exterminar focos se for zoofílico e se for antropofílico avaliar e tratar 
contatos. 
ONICOMICOSES 
• Agentes etiológicos: Dermatófitos, cândida e outros não dematófitos (T. rubrum e T. 
mentagrophytes) 
• Lesão lâmina ungueal, matriz, pregas ungueais próximas e laterais. 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
• Altamente prevalentes – 70 anos 48%. 
• Mais frequente em mulheres (trauma em sapato fechado). 
• Baixo índice de cura no tratamento. 
• Classificação quanto localização: 
o Subungueal distal Lateral (descolamento do leito ungueal T. rubrum – invade 
o pela parte lateral da unha e pode se estender para toda a unha) 
o Subungueal proximal (inicia pelo extrato córneo da matriz, menos comum) 
o Branca superficial (inicia pelo leito ungueal) 
o Endonix (coloração branca-difusa sem descolamento) 
o Distrófica total (espessamento do leito ungueal – muitas vezes associada a 
infecção mucocutânea) 
• Diagnóstico laboratorial: 
o Coleta de material adequado 
o Coletar unha preferencialmente na área de transição da área sadia para a 
doente 
o Análise laboratorial com KOH 10% 
o Cultura em Saboraud 
• Tratamento tópico (menos de 50% da unha afetado) 
o Cliclopiros-olamina e amorolfina 
o 6 meses para mãos 
o 12 meses para pés 
o Desbridamento 
• Tratamento sistêmico: 
o Itraconazol: 200mg/dia por 7 dias por mês 
o Fluconazol 300mg/semana por 9 meses mãos e 18 meses pés (maior taxa de 
falha) 
o Terbinafina 250mg/dia por 6 semanas mãos e 12 semanas pés 
ECTOPARASITOSES 
TUNGÍASE (Bicho de pé) 
• Agente etiológico: Tunga penetrans 
• Solos arenosos, próximos a fezes de animais. 
• Pulga hematófoga penetra nas extremidades e 
permanece com a cabeça e o corpo mergulhado no 
tecido. 
• “Favo de mel” = infestação. 
• Ciclo no homem termina em 15 dias após expelir cerca de 
2000 ovos. 
• Clínica: 
o Prurido local. 
o Com o crescimento da pulga e colocação de ovos passa a sentir dor (reação 
inflamatória). 
• Diagnóstico: abertura da lesão e visualização do parasita. 
• Complicações: infecções secundárias. 
• Tratamento: retirada do parasita com: 1. Desinfecção 2. Dilaceração da pele ao redor 
com agulha esterilizada 3. Retirada da tunga com o polegar e indicador (não 
dilacerar) 4. Retirar as pulgas, colocar em álcool ou fogo 5. Limpeza do local. 
• Prevenção: sapatos, usar luvas ao lidar com esterco animal, tratar animais domésticos 
infectados. 
 
ESCABIOSE (Sarna) 
• Agente etiológico: Sarcoptes scabiei 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
o Ácaro 
• As lesões são causadas pela fêmea que escava a epiderme para ovoposição (4-7 
semanas), os machos morrem após a fecundação (ciclo de 11-17 dias). 
• Transmissão: Contato direto e prolongado. É comum 
várias pessoas de uma mesma família apresentarem o 
mesmo quadro e também está relacionado a moradores 
de abrigos/asilos, moradores de rua e funcionários da 
saúde. 
• Clínica: 
o Prurido (2-6 semanas após o contágio) 
o O prurido é mais intenso a noite pelo hábito do 
parasita e aumento da tempetura corpórea. 
• Lesões: mancha irregular em forma de S com 3-8 mm. 
• Localização: pregas interdigitais, face anterior do punho, prega cubital, prega axilar, 
cinturas, região perianal, periumbilical, nádegas, ao redor dos mamilos em mulheres e 
genitais externos no homem. 
• Pápulas com crostículas podem estar presentes devido ao prurido/coceira. 
• *Sarna norueguesa: é um quadro grave de escabiose associada a imunodeprimidos, 
debilitados e desnutridos. A pela fica seca e crostosa, as lesões são presentes muito 
comumente nas áreas das eminências ósseas (face, unha, cabeça, orelha, pescoço, 
região palmoplantar) similiar a psoríase. É muito contagiosa. 
• Complicações: Infecções bacterianas secundárias. 
• Diagnóstico: Raspagem das lesões e visualização direta na microscopia. 
• Tratamento: 
o Vestimentas e roupas de cama devem ser trocadas diariamente, lavadas 
normalmente, secadas ao sol e passadas com temperatura elevada (acima de 
60ºC). Roupas que não podem ser lavadas devem ser guardadas em saco 
plástico, em 3-7 dias o parasita morre. 
o Tratar todos no domicílio, até mesmo os assintomáticos. 
o Loção/creme de Permetrina 5% - aplicar em todo o corpo a noite e tomando-se 
banho pela manhã. Repetir em 7dias. 
o Lactentes e gestantes: Enxofre pasta d’água 5-10% - 3 noites. Repete-se em 7 
dias. 
o Sarna norueguesa: Ivermectina 200 mcg/kg dose única. Repetir em 7 dias. 
Contraindicado para menores de 5 anos. 
o Para o prurido: anti-histamínico. 
 
PEDICULOSE 
PEDICULOSE DO COURO CABELUDO 
• Agente etiológico: Pediculus capitis. 
o Insetos – piolhos – hematófagos. 
o 3-4 mm. 
• Clínica: 
o Prurido e irritação do couro cabeludo (secundário a picada do inseto e reação 
do hospedeiro a saliva do parasita). 
o Região occipital e retroauricular. 
• Complicações: 
o Infecções bacterianas secundárias. 
o Podem veicular outras doenças como o tifo exantemático, febre recorrente e a 
febre das trincheiras (Ricketisioses) pois as fezes do animal infectam ao ser 
esmagado. 
PEDICULOSE DO CORPO 
• Agente etiológico: Pediculus humanus. 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
o Insetos – piolhos – hematófagos. 
o 3-4 mm. 
• Clínica: 
o Prurido e irritação do couro cabeludo (secundário a picada do inseto e reação 
do hospedeiro a saliva do parasita). 
o Ombros, axilas, glúteos, virilhas e coxas. 
• Complicações: 
o Infecções bacterianas secundárias. 
o Podem veicular outras doenças como o tifo exantemático, febre recorrente e a 
febre das trincheiras (Ricketisioses) pois as fezes do animal infectam ao ser 
esmagado. 
 
• Diagnóstico: Identificação do parasita adulto e lêndeas. 
• Tratamento: 
o Perimetrina 1% ou 2,5% (xampu, creme ou loção) – tem ação ovicida de 70% e 
parasiticida em 97% em uma aplicação. 
o Corte dos pelos. 
o Retirada manual das lêndeas com uma solução de vinagre a 50% + água morna 
+ pente fino. Jogar os piolhos em álcool ou atear fogo, mas sem esmagar. 
o Ivermectina 200 mcg/kg pode ser utilizado em DU. 
o Outras medidas: Corpórea: mergulhar a roupa em água fria com formol ou 
Lysoform. Aquecimento das roupas a 70ºC. Couro cabeludo: evitar contato com 
itens potencialmente contaminados como chapéus, gorros, escovas; higiene 
das roupas de cama eacessórios de cabeça com água quente. 
 
MIÍASES 
• Tipos: 
o Furunculóide 
o Secundária – Cutânea e Cavitária 
• Fatores de risco: áreas rurais, baixo nível socioeconômico, pacientes com 
plegias/paralisias. 
 
MIÍASE FURUNCULÓIDE “Berne” 
• Agente etiológico: Dermatobia hominis. 
o Fase larval da mosca. 
o Biontófaga (afeta tecidos sadios). 
• Clínica: 
o Aréa endurada com 1-3cm + secreção no orifício central. 
o Prurido e dor local pela movimentação do verme. 
o Da infestação até o enduramento demora de 30-70 dias. 
MIÍASE SECUNDÁRIA CUTÂNEA “Bicheira” 
• Agente etiológico: Cochliomyia hominivorax (Lucilia e Sarcophaga) 
o Geralmente necrobiontófagas. 
o Proliferação larvária em ulcerações cutâneas. 
o Percebe-se normalmente diversas larvas na lesão. 
• Diagnóstico: visualização da larva. 
MIÍASE SECUNDÁRIA CAVITÁRIA 
• Agente etiológico: Cochliomyia hominivorax (Lucilia e Sarcophaga) 
• Infectam condutos nasais, auditivos, oral e órbita. 
• Encontrado mais frequentemente em paciente com hanseníase e leishmaniose 
cutânea. 
• Complicações: Infecção secundária. 
o Em infecção nasal pode evoluir para intracraniana. 
INFECTOLOGIA – Infecções cutâneas Talita B. Valente 
• Diagnóstico: visualização da larva. 
 
 
• Tratamento: 
o Retirada manual – imobilizar a larva com clorofórmio ou ocluir o orifício 
causando asfixia. 
o Antissépticos. 
o Antibiótico se tiver infecção bacteriana secundária. 
o Ivermectina 200mcg/kg DU para matar a larva e após proceder para a 
retirada mecânica.

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