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Temperamento Forte e Bipolaridade

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC
CURSO DE PSICOLOGIA
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
TEMPERAMENTO FORTE E BIPOLARIDADE
CONCÓRDIA
2015
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
TEMPERAMENTO FORTE E BIPOLARIDADE
Trabalho realizado com base ao livro Temperamento Forte e Bipolaridade, posteriormente sintetizado, analisado seus critérios de diagnostico de acordo com o DSM-5 e CID 10, abordando sua etiologia e suas formas de tratamento. Envolvendo o curso de Psicologia ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, sob orientação da Professora Fábia Susanne Farina. 
CONCÓRDIA
2015
RESENHA
Diogo Lara destaca a relação entre temperamento e humor e define, de forma didática e lúdica, através de analogias e com base em teorias recentes, conceitos como os de temperamento, caráter, personalidade e tipos de humor.
O temperamento está ligado às sensações e motivações básicas e automáticas da pessoa no âmbito emocional; é herdado geneticamente e regulado biologicamente, sendo o alicerce do nosso humor. A combinação do temperamento com o caráter, que se forma pela experiência, é o que definimos de personalidade. Descreve os quatro elementos básicos do temperamento: busca por novidades e sensações; evitação de dano e perigo; necessidade de contato e aprovação social; persistência. Os temperamentos podem ser entendidos como padrões predominantes de humor, descritos como hipertímicos, depressivos, ciclotímicos e irritáveis.
O foco para entender o grupo de pessoas do chamado espectro bipolar está centrado nos temperamentos fortes: hipertímicos, ciclotímicos ou de intensa busca de novidades. Entre o humor normal, eutímico, e o seu extremo, a mania, existe a hipertimia e a hipomania.
Muitos bipolares têm períodos depressivos e ansiosos muito mais marcantes e presentes do que os de elevação de humor, e por isso acabam sendo confundidos com unipolares. Diogo, classifica em bipolar do tipo I, II, III ou IV, da maior à menor gravidade dos sintomas. Refere que cerca de 1% da população é bipolar do tipo I, e 6 a 8% manifestam uma das formas leves do transtorno (tipos II a IV e ciclotimia durante a vida).
Uma boa avaliação do temperamento e do estilo da pessoa auxilia na identificação do tipo de transtorno de humor, os bipolares do tipo IV, por exemplo, são os mais fáceis de confundir com depressão pura. O transtorno de humor bipolar do tipo I, anteriormente era denominado psicose maníaco-depressiva. 
O diagnóstico da bipolaridade é baseado nos sinais e sintomas aparentes, para uma avaliação mais completa devem ser analisados os seguintes aspectos: sinais e sintomas; curso dos sintomas ou das manifestações do comportamento; temperamento e estilo; história familiar; fatores de risco ambientais (abuso e traumas precoces, perdas recentes); resposta a fármacos; avaliação clínica; e exames complementares. Uma avaliação baseada somente nos sintomas confunde bipolares leves com; depressão unipolar, déficit de atenção/hiperatividade, transtornos de ansiedade.
O tratamento da bipolaridade é por meio da psicoeducação, psicoterapia e farmacoterapia. Com relação à farmacoterapia, alerta para os cuidados e para a popularização do uso de antidepressivos, bem como de psicoestimulantes, na ausência de estabilizadores de humor, nos pacientes do espectro bipolar, cujo efeito mais danoso seria o de uma virada maníaca. 
ETIOLOGIA 
A etiologia da doença ainda não é conhecida, mas muitos estudos apontam para a existência de disfunções complexas, incluindo alterações nos receptores e nos pos‑receptores de neurotransmissores (1999, p. 14-17).
Alguns dos primeiros dados sobre a agregação familiar do transtorno bipolar provêm de estudos conduzidos no final dos anos 50. Esses estudos determinaram a prevalência do TBP e de outras doenças psiquiátricas entre parentes de probandos com TBP e, em alguns casos, entre parentes de indivíduos-controle saudáveis.
Os resultados de estudos sugerem que o transtorno bipolar tenha uma base genética. Essa hipótese foi reforçada em estudos de adoção e de gêmeos. A herança do transtorno bipolar é complexa, envolve vários genes, além de apresentar heterogeneidade e interação entre fatores genéticos e não-genéticos. Achados, que já foram replicados, já implicaram os cromossomos 4, 12, 18 e 21, entre outros, na busca por genes de suscetibilidade. Os resultados mais promissores foram obtidos através de estudos de ligação. Por outro lado, os estudos de associação geram dados interessantes, mas ainda vagos (1999, p. 14 -17).
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO 
DSM V (MANUAL DIAGNÓSICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS)
	Os critérios para transtorno bipolar tipo I representam o entendimento moderno do transtorno maníaco-depressivo clássico, ou psicose afetiva, descrito no século XIX. Diferem da descrição clássica somente no que se refere ao fato de não haver exigências de psicose ou de experiências na vida de um episodio depressivo maior. No entanto, a vasta maioria dos indivíduos cujos sintomas atendem aos critérios para um episodio maníaco também tem episódios depressivos maiores durante o curso de suas vidas.
	O Transtorno bipolar tipo II, que requer um ou mais episódios depressivos maiores e pelo menos um episodio hipomaniaco durante o curso de vida, não é mais considerado uma condição “mais leve” que o transtorno bipolar tipo I, em grande parte em razão da quantidade de tempo que pessoas com essa condição passam em depressão e pelo fato de a instabilidade do humor vivenciada ser tipicamente acompanhada de prejuízo grave no funcionamento profissional e social.
	O diagnostico de transtorno ciclotímico é feito em adulto que tem pelo menos dois anos (um ano em crianças) de períodos hipomaníacos e depressivos, sem jamais atender aos critérios para um episodio de mania, hipomania ou depressão maior.
O DSM-5 coloca os Transtornos Bipolares como uma ponte entre os Transtornos da esquizofrenia (e outros Transtornos Psicóticos) e os Transtornos Depressivos.
Existem 3 Tipos de Transtorno Bipolar: Transtorno Bipolar I, Transtorno Bipolar II, Transtorno Bipolar sem outra especificação.
No primeiro, há o sintoma maníaco e/ou hipomaníaco, no segundo, há o sintoma hipomaníaco (e nunca o maníaco), enquanto o sem especificação é utilizado quando os sintomas não satisfazem a todos os critérios. 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I 
Critérios Diagnósticos 
Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio maníaco. O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos maiores. 
EPISÓDIO MANÍACO 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária). 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
5. Distratibilidade (a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado. 
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora (atividade sem propósito não dirigida a objetivos). 
7. Envolvimento excessivo em atividades comelevado potencial para conseqüências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos). 
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas. 
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica.
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
EPISÓDIO HIPOMANÍACO 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono).
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja se-xualmente) ou agitação psicomotora.
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para conseqüências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático. 
D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. 
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento). 
Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem indicativos de uma diátese bipolar. 
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
3. Perda ou gapho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase diária. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente). 
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por - relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II 
Para diagnosticar transtorno bipolar tipo II, é necessário o preenchimento dos critérios para um episódio hipomaníaco atual ou anterior e os critérios para um episódio depressivo maior I atual ou anterior.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O diagnóstico de transtorno bipolar tipo I diferencia-se do de transtorno bipolar tipo II pela presença de algum episódio anterior de mania. Outro transtorno bipolar e transtornos relacionados especificado ou transtorno bipolar e transtornos relacionados não especificado devem ser diferenciados dos transtornos bipolar tipo I e tipo II, considerando-se se os episódios com sintomas maníacos ou hipomaníacos ou os episódios com sintomas depressivos preenchem plenamente ou não os critérios para aquelas condições.
Um transtorno bipolar devido a outra condição médica pode ser diferenciado dos transtornos bipolar tipo I e tipo II pela identificação, baseada nas melhores evidências clínicas, de uma condição médica com relação causal.
CID 10 (CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS)
F31 Transtorno afetivo bipolar
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares.
Inclui: doença, psicose, reação: (maníaco depressivo)
Exclui: ciclotimia (F34.0) ,transtorno bipolar, episódio maníaco isolado (F30.-)
F31.0 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco
Episódio atual correspondente à descrição de uma hipomania tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco,depressivo ou misto).
F31.1 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos
Episódio atual maníaco correspondente à descrição de um episódio maníaco sem sintomas psicóticos (F30.1), tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).
F31.2 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos
Episódio atual correspondente à descrição de um episódio maníaco com sintomas psicóticos (F30.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).
F31.3 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado
Episódio atual correspondente à descrição de um episódio depressivo leve ou moderado (F32.0 ou F32.1), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado.
F31.4 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos
Episódio atual correspondentes à descrição de um episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos (F32.2), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem documentado.
F31.5 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos
Episódio atual correspondente à descrição de um episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3), tendo ocorrido, no passado, ao menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem comprovado.
F31.6 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto
Ocorrência, no passado, de ao menos um episódio afetivo maníaco, hipomaníaco ou misto bem documentado, e episódio atual caracterizado pela presença simultânea de sintomas maníacos e depressivos ou por uma alternância rápida de sintomas maníacos e depressivos.
Exclui: episódio afetivo misto isolado (F38.0)
F31.7 Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão
Ocorrência, no passado, de ao menos um episódio afetivo maníaco, hipomaníaco ou misto muito bem comprovado, e de ao menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto) mas sem nenhuma perturbação significativa do humor, nem atualmente nem no curso dos últimos meses. As remissões sob tratamento profilático devem ser classificadas aqui.
F31.8 Outros transtornos afetivos bipolares
Episódios maníacos recidivantes SOE, Transtorno bipolar II
F31.9 Transtorno afetivo bipolar não especificado
TRATAMENTO
Os transtornos de humor têm forte influencia biológica e o tratamento farmacológico associado à psicoterapia tem por objetivo alinhá-los. A bipolaridade pode envolver abordagens em vários níveis.
A Psicoeducação por vez, tem o papel de ajudar o paciente a saber qual o transtorno de humor e as características do seu tipo de transtorno particular, aprendendo a identificar quando o humor está se alterando, potencializando e valorizando as características positivas do próprio temperamento, resultando no entendimento da necessidade do tratamento, suas vantagens e desvantagens.
Estudos clínicos randomizados mostraram diferenças significativas entre os grupos que receberam intervenção e controle (Colom et al., 2004; 2003ab). No grupo tratado com psicoeducação, houve redução significativa no número de recaídas e recorrências da doença, aumento do tempo de aparecimento de sintomas hipomaníacos, maníacos, depressivos e episódios mistos, além da diminuição do número e do tempo de permanência nos hospitais (Colom et al., 2004; 2003a; 2003b).
Em estudos feitos por Dogan (2003), a psicoeducação aumentou o conhecimento do paciente em relação à doença e ao medicamento, melhorou a qualidade de vida dos pacientes nos domínios geral, físico e social, diminuiu os sintomas psiquiátricos, reduzindo as recaídas e aumentando a adesão.
A Psicoterapia, busca identificar os padrões de pensamentos disfuncionais, apontar o meio-termo, controlar a impulsividade, reconhecer formas mais adaptativas de se relacionar e conscientizar as razões significativas de alguns comportamentos, pensamentos e sentimentos. É importante para avaliar o estilo de vida adotado com relação ao temperamento, e também identificar o que pode ser melhorado, de modo gradual e estratégico, ponderando os riscos e desenvolvendo a tolerância.
Há dois estudos abertos evidenciando a eficácia da terapia cognitivo-comportamental (TCC) em grupo no transtorno bipolar (Palmer et al., 1995; Patelis-Siotis et al., 2001). Patelis-Siotis et al. (2001) avaliaram 49 pacientes em TCC, em grupo com sete a 12 integrantes, tratados com 14 sessões semanais de duas horas de duração, e verificaram uma melhora no funcionamento social e na qualidade de vida. Palmer et al. (1995) avaliaram a TCC em grupo em quatro pacientes durante 17 sessões e observaram melhoras no “bem-estar” e nos sintomas depressivos.
Como grande prevalência do transtorno tem influência biológica, a Farmacoterapia é uma aliada importante no tratamento. A principal classe desses remédios é chamada de estabilizador de humor, também tratam de sintomas de ansiedade, irritabilidade e impulsividade, ajudando no restabelecimento do bem estar geral e da regularidade da vida do paciente, não causam dependência, mas, como a maioria dos tratamentos existentes para condições crônicas, funcionam somente enquanto estão sendo tomados. 
Estudos analisados apontam que os anticonvulsivantes tem sido cada vez mais utilizados como alternativa ou em associação ao lítio no tratamento do transtorno bipolar tanto na fase aguda (episódios de mania ou depressão) como na profilaxia. Os anticonvulsivantes mais estudados em estudos controlados são o acido valproico, a carbamazepina e o clonazepam. O acido valproico e bastante eficaz na mania aguda (2013, p.62).
REFERÊNCIAS
ALDA, Martin. Transtorno bipolar. Revista Brasileira de Psiquiatria - São Paulo, 21(2):14‑17, 1999.
American Psychiatric Association (2014). DSM-V: Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas.
COLOM, F.; VIETA, E.; SANCHEZ-MORENO, J. et al. Psychoeducation in Bipolar Patients with Comorbid Personality Disorders. Bipolar Disord 6(4): 294-298, 2004.
COLOM, F.; VIETA, E.; MARTÍNEZ-ARÁN, A. et al. A Randomized Trial on the Efficacy of Group Psychoeducation in the Prophylaxis of Recurrentes in Bipolar Patients whose Disease is in Remission. Arch Gen Psychiatry 60: 402-407, 2003a.
COLOM, F.; VIETA, E.; REINARES, M. et al. Psychoeducation Efficacy in Bipolar Disorders: Beyond Compliance Enhancement. J Clin Psychiatry 64(9): 1101-1105, 2003b.
DOGAN, S.; SABANCIOGULLARI, S. The Effects of Patient Education in Lithium Therapy on Quality of Life and Compliance. Arch Psychiatry Nurs 17(6): 270-275, 2003.
MELO, Amanda Laura Peixoto; SILVA, Maury Chaves; MENDES, Daniella Ribeiro Guimaraes. O Transtorno Bipolar e o Uso de Medicamentos Anticonvulsivantes. Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2013; Julho-Dezembro (2): 157- 163.
OMS. (1993). CID-10. Classificação Internacional das Doenças, décima edição revisada, Manual e Glossário. Porto Alegre: Artes Médicas.
PATELIS-SIOTIS, I.; YOUNG, L.T.; ROBB, J.C. et al. Group Cognitive Behavioral Therapy for Bipolar Disorder: a Feasibility and Effectiveness Study. J Affect Disord 65:145-153,2001. PEET, M.; HARVEY, N. - Lithium Maintenance: 1. A Standard Education Programme for Patients. British Journal of Psychiatry 158: 197-200, 1991.

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