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Economia - Trabalho - Racionalidade Individual e (Ir)racionalidade Coletiva

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UFMG – Faculdade de Direito
Introdução à Economia
Nome: Gustavo de Oliveira Costa Souza – Turma: E
Matrícula: 2012008520	
Data: 17/04/2012
RACIONALIDADE INDIVIDUAL E (IR)RACIONALIDADE COLETIVA
(1) Por que pode ser favorável para um indivíduo, dentro de certos grupos, agir de modo egoísta e desfavorável agir pensando no bem comum?
Ao agir de modo egoísta dentro de uma coletividade – como o caso de um morador de um prédio que toma longos e prazerosos banhos, pois sabe que a conta de água será dividida entre todos os condôminos –, um indivíduo desfruta sozinho do prazer proporcionado por sua atitude, porém o efeito negativo de sua ação incide sobre todos os membros do grupo. Nesse caso, considera-se que o custo de oportunidade – o bem a que se abdica para se obter outro – é muito baixo para as pessoas que agem de maneira egoísta, visto que o elemento renunciado – pagar um menor valor na conta de água – acaba tendo seu “preço” reduzido, pois será repartido entre todo o coletivo. Já o benefíco que se espera alcançar – o prazer de banhos longos – terá seu valor realçado pelo fato de se destinar apenas a quem foi egoísta. Por isso, é notoriamente favorável a um indivíduo agir visando apenas ao bem pessoal quando esse sujeito está inserido em grupos que compartilham o resultado de certa ações.
Analogamente, o custo de oportunidade para aqueles que são altruístas ou agem coscientemente dentro de um coletivo é muito elevado, já que a abdicação ao bem a ser feita – como deixar de tomar banhos quentes demorados – não terá seu “preço de execução” dividido entre todos os membros do grupo, enquanto o benefício – reduzir o valor pago na conta de água – buscado por esse tipo de atitude será usufruído também por quem não renunciou inicialmente ao bem pessoal. Em situações como essas, nas quais o esforço de poucos beneficia não somente a esses, mas também aos que não se esforçaram, é que torna-se desfavorável a uma pessoa agir visando ao bem comum do grupo.
(2) Como é possível reduzir ações egoístas dentro de um grupo?
Uma solução simples para o problema das ações egoístas dentro de um grupo é elevar o custo da execução dessas. Isso pode ser feito estabelecendo multas para aqueles que agirem em sentido contrário à busca do bem comum, de modo a reduzir o número de atitudes individualistas e, simultaneamente, compensando o malefício gerado por tais ações com o pagamento de possíveis indenizações. Além disso, pode-se aumentar o “preço” de uma ação egoísta a partir da individualização do seu custo para ser executada e também do seu efeito, já que, dessa forma, os custos das atitudes de um indivíudo e seus efeitos incidiriam somente sobre ele mesmo e isso o impediria de se aproveitar da divisão das despesas com o restante do grupo.
(3) Por que é difícil fazer o salto de um equilíbrio já consolidado na economia para um outro inovador?
A transição entre uma situação consolidada na economia para outra inovadora é complicada devido à tradição histórica do equilíbrio já estabelecido e pelo fato de não haver, naturalmente, uma coordenação das ações individuais que rompa com essa tradição.
Como as pessoas tendem a tomar decisões comparando a relação de custo/benefício, é necessário que se crie para elas um ambiente capaz de tornar o salto de equilíbrios uma mudança mais ou igualmente satisfatória em relação ao equilíbrio vigente. Como resultado, surge o desafio de criar incentivos às pessoas que as levem a agir coordenadamente, no sentido de não adotarem, sozinhas, medidas inovadoras – como investir em certos países, instalar uma montadora de automóveis em um local de economia essencialmente agrária, fabricar um produto substituto de outro já consolidado no mercado, entre outros.
(4) Como o governo pode ajudar a estabelecer um equilíbrio?
Como é uma tendência das pessoas responder a incentivos, a função do governo de induzir equilíbrios deve ser no sentido de criar um ambiente inicial que seja favorável à cordenação das ações das pessoas envolvidas na situação. Nesse sentido, o governo pode melhorar a infraestrutura do país visando a um melhor trânsito de mercadorias no país; colocar em prática uma política fiscal que favoreça aos investidores estrangeiros; reduzir a taxa cambial em prol do aumento das exportações do país; entre outras medidas.
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