Buscar

Pragas de eucalipto e pinus

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRAGAS DO EUCALIPTO 
1) ABERTURA 
 As pragas do eucalipto variam de acordo com o local de ataque, nas raízes, o principal 
é o cupim, no tronco, cupins e coleobrocas, enquanto que nas folhas, são as formigas 
cortadeiras, besouros e lagartas. Vamos começar por uma desfolhadora, conhecida 
popularmente como lagarta parda do eucalipto. 
2) LAGARTA PARDA DO EUCALIPTO 
2.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela é da ordem das lepidopteras, ordem essa que abrange as borboletas e mariposas 
por possuírem asas escamosas, sendo que este, trata-se de uma mariposa, uma prova disso, é 
o posicionamento das asas quando ela está em repouso em uma parede por exemplo, elas 
permanecem abertas, estendidas horizontalmente sobre o corpo e sem falar que ela possui 
um tom mais branco, diferente das borboletas que apresentam cores mais fortes e vibrantes 
(com exceção de algumas espécies de mariposas). A lagarta parda do eucalipto é considerada o 
principal lepidoptera desfolhador do Brasil. 
 Essa lagarta pertence a família geometridae, família que está entre as três maiores 
famílias de Lepidoptera, e são caracterizados pelos adultos possuírem hábito noturno ou 
crepuscular, frequentemente atraídos por luz, e isso é uma vantagem que vai ser comentado 
mais na frente quando falarmos sobre monitoramento. 
 Esse exemplar da familia possui o nome científico thyrintheina arnobia e sua 
ocorrência acontece em todo Brasil. 
2.2 CARACTERISTICAS DAS FASES 
 A thyrintheina arnobia é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta metamorfose 
completa. 
2.2.1 OVOS 
 As fêmeas de thyrintheina arnobia colocam em média mais de 900 ovos durante sua 
vida. Esses ovos são colocados agregados, formando placas de cores verde-acinzentada 
quando recém postos, e depois se tornam alaranjados e escurecem até chegar na coloração 
azulado-escuro. 
2.2.2 FASE LARVAL 
 É uma larva do tipo Euriciforme, de aproximadamente 50 mm, apresenta além dos 3 
pares de pernas torácicas, mais 2 pares de pernas falsas, e são semelhantes a um galho. 
Apresenta 6 instares, sendo que no ultimo, elas apresentam uma coloração marrom e calcula-
se que uma lagarta consome 120 cm² de área foliar antes de se empupar. 
 
2.2.3 FASE PUPA 
 As pupas são de coloração pardo-escura, e para se empupar, a lagarta elabora um 
casulo rudimentar, cujos fios de sedas são presos em uma ou mais folhas do eucalipto ou da 
serrapilheira. 
2.2.4 FASE ADULTA 
 Os adultos da thyrintheina arnobia apresentam grande dimorfismo sexual, as fêmeas 
são maiores, possuem antenas filiformes e curtas, asas brancas, sendo que nas asas 
anteriores existem 2 linhas escuras e sinuosas e a linha mais externa continua com a asa 
posterior. Já os machos, são bem menores, possuem antenas bipectinadas, asas com 
coloração castanha e abdome menor e mais delgado. Um detalhe interessante é que existe 
uma chave de identificação entre thyrintheinas, se forem de antenas pretas são T. arnobia e se 
forem brancas são T. leucocerae. 
2.3 DANOS 
 Cada lagarta de T. arnobia consome em média 120,58 cm² de área foliar durante sua 
fase larval. O desfolhamento não leva à morte direta da árvore, mas ao seu enfraquecimento 
em razão da necessidade de reposição das folhas consumidas, causando uma diminuição na 
produção de madeira. Além disto, uma árvore fisiologicamente enfraquecida pode sofrer 
danos em conseqüência de ataques de doenças, insetos broqueadores e outros. 
2.4 MONITORAMENTO 
 Antes de se iniciar qualquer medida de controle é imprescindível realizar corretamente 
o monitoramento. Isso serve para aumentar a eficiência e reduzir os custos de combate, bem 
como reduzir o impacto ambiental. Como é praticamente impossível contar todos os insetos 
de um habitat natural, é necessário realizar os levantamentos populacionais por meios de 
métodos de amostragens. 
2.4.1 MONITORAMENTO DE ADULTOS 
 1)ARMADILHA LUMINOSA: Um dos métodos de amostragem mais utilizados em 
monitoramento é a captura de adultos por meio de armadilhas luminosas, lembrando que 
como são mariposas da família geometridae, as armadilhas facilmente atraem e capturam os 
insetos de atividades noturnas ou crepuscular vesperais. 
2.4.2 MONITORAMENTO DE LARVAS 
 1)CONTAGEM: Dentro de uma parcela, são escolhidos em torno de 9 a 20 arvores, 
seguindo um roteiro previamente determinado. Na árvore, seleciona-se um galho do terço 
médio da copa, cuja diâmetro foi padronizado antes da amostragem, e conta-se o número de 
lagartas e o de folhas por galho e anota-se a informação na ficha de amostragem. Depois 
calcula-se o número de lagartas/100 folhas, usando regra de 3 e a média por talhão. O nível 
de controle = 8 lagartas/100 folhas. 
 2) PESAGEM DE EXCREMENTOS: Basicamente é feito a coleta de excrementos com 
um pano branco colocado sob a planta, depois aplica-se os índices de digestibilidade para 
estimar a população presente. Esses dados podem servir de subsidio para estimar algumas 
informações como por exemplo o peso seco das folhas consumidas e assim indiretamente o 
seu dano na planta. 
2.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
 1) Biológico: Podisus nigrispinus (= P. connexivus) (Hemiptera:Pentatomidae) predador 
de lagartas de Thyrintheina. arnobia e possui a vantagem de serem facilmente criados em 
laboratórios. 
 2) Inseticidas biológicos: à base de Bacillus Thuringiensis têm sido usados com 
sucesso. Na foto, mostra um avião realizando a aplicação deste método em um cultivo de 
eucalipto. 
 3) Químico: Aplicação de piretróides pode ser recomendada. Lembrar que o controle 
quimico traz uma série de desvantagens ao ambiente, podendo inclusive ser letal aos inimigos 
naturais desses desfolhadores. 
 
3) BROCA DO EUCALIPTO 
 Espécie nativa da Austrália, se dispersou e está presente em praticamente em todos os 
continentes e países que cultivam espécies de eucalipto, ou seja, é uma praga de origem 
histórica e do tipo direta. 
3.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTIFICO 
 Ela pertence a ordem dos coleópteras, grupo que abrange os besouros, joaninhas 
entre outros. A sua característica importante é seu primeiro par de asas serem rígidas, 
conhecidas como élitros, que protegem como um estojo as asas posteriores que são 
membranosas. 
 Pertence a família Cerambycidae, que são insetos que possuem antenas em geral 
bastante longas, sendo em alguns insetos, maiores que seu próprio corpo. 
 Possui o nome científico de Phoracantha Semipuctata e sua ocorrência está em São 
Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. 
3.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 A Phoracantha semipuctata é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta 
metamorfose completa. 
3.2.1 OVOS 
 Possui formato alongado, subcílindrica, de coloração amarelo-palha. A fêmea pode 
colocar no máximo 300 ovos. 
3.2.2 FASE LARVAL 
 São do tipo Cerambiciforme, ou seja,larva ápoda, possui segmentação nítida e a parte 
anterior do corpo pouco destacada. As larvas constrói galerias regulares, perfurando o lenho 
no último estádio, para construir a câmara pupal. Atacam árvores em pé que se encontram 
debilitadas, principalmente por estresse, chegando a provocar sua morte. 
3.2.3 FASE DE PUPA 
 São do tipo livre, possui 25-30 mm de longitude, e a câmara pupal se localiza no final 
da galeria larvaria no interior do fuste, em posição vertical 
3.2.4 FASE ADULTA 
 Os adultos tem coloração marrom-avermelhada, com manchas claras na região 
mediana e no ápice dos élitros. O comprimento varia de 16 a 30mm. As antenas são mais 
longas do que o corpo, sendo que cada segmento apresenta um espinho na face interna. As 
antenas dos machos ultrapassam o ápice dos élitros. As fêmeas realizam a postura em árvores 
mortas, doentes e em toras, sob a casca. Os adultossão ativos durante a noite, ficando 
escondidos na casca durante o dia. 
3.3 DANOS 
 As larvas constroem galerias, debilitando o funcionamento fisiológico da planta, 
diminuindo seu crescimento, reduzindo a qualidade da madeira para o comércio e 
dificultando ou até impedindo a exportação da madeira para países onde esta praga não 
existe. 
3.4 MONITORAMENTO E CONTROLE 
 O monitoramento do Phoracantha Semipuctata é feito através de amostragens de 
detecção, usando a técnica de arvores armadilhas. 
 Cultural: O ponto mais importante do controle consiste nas inspeções periódicas da 
plantação, a fim de eliminar as plantas atacadas ainda vivas, ou mortas, e também os ramos 
que se acham no chão. As partes eliminadas devem ser queimadas. Recomenda-se o uso de 
árvores-armadilhas que apósa oviposição da praga devem ser retiradas do plantio e 
queimadas. 
 Biológico: Pode ser feito utilizando-se a vespa Avetianella longo i (Hymenoptera: 
Encyrtidae), parasitóide de ovos de Phorancantha semipuctata, que coloca seus ovos dentros 
dos ovos da broca. 
 O controle químico não é recomendado, pois os inseticidas químicos são ineficientes 
contra esta praga. 
 
 
4. BESOURO AMARELO (VAQUINHA) 
4.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela pertence a ordem dos coleópteras, grupo que abrange os besouros, joaninhas 
entre outros. A sua característica importante é seu primeiro par de asas serem rígidas, 
conhecidas como élitros, que protegem como um estojo as asas posteriores que são 
membranosas. 
 Pertencem a família Crysomelidae, grupo de coleopteras que possuem a cabeça total 
ou parcialmente encaixada no protórax, antenas curtas e são espécies bastante coloridas e 
brilhantes 
 Seu nome científico é Costalimaita ferruginea,ocorre em todo território brasileiro, 
sendo uma praga indireta para o eucalipto, já que ataca as suas folhas. 
4.2 CARACTERISTICAS DAS FASES 
 A Costalimaita ferruginea é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta metamorfose 
completa. 
4.2.1 OVOS, FASE LARVAL, PUPAL E ADULTA 
 Seus ovos são de cor amarela e as suas larvas são de difícil observação, pois vivem 
subterraneamente alimentando-se das raízes, apresenta 2 instares. Os adultos são 
pequenos, medem em média 5mm de comprimento, possui cabeça e o corpo em coloração 
amarela e a região ventral alaranjada, em seus élitros existem pequenos pontos circulares, 
escuros, alinhados em carreiras longitudinais. A fêmea faz apenas uma postura, contendo 
em média cerca de 90 ovos. 
4.3 DANOS 
 Os adultos alimentam-se do limbo foliar, na maioria das vezes, das folhas mais 
novas, dos brotos e, algumas vezes, destroem a superfície dos frutos. 
 Pesquisadores consideram significativos os prejuízos provocados pelo besouro 
Costalimaita ferruginea (Coleoptera: Chrysomelidae) que depreda as folha, deixando-as 
totalmente rendilhadas, causando sensível redução na capacidade fotossintética da planta, 
diminuindo sua produção. Este coleóptero ataca principalmente as folhas novas, deixando-as 
cheias de perfurações. Causam danos a brotos novos. São insetos muito ariscos, que quando 
se aproxima das plantas em que estão pousados, caem ao solo ou em ramos abaixo do que 
estavam localizados, ou podem ainda migrar para outra. 
4.4 MONITORAMENTO 
 Usa-se o método do transecto em linha: Essa amostragem é feita durante as 
operações de ronda pós plantio, com o lançamento de transectos ao acaso, correspondentes 
as linhas de plantio. Selecionam-se 3% das linhas de plantio, com no mínimo duas linhas por 
talhão. Em cada linha, conta-se o número total de mudas e o número de mudas atacadas, 
anotando-se a informação na ficha de amostragem e calcula-se a percentagem de mudas 
atacadas. O nível de controle é de 2 a 3% de mudas atacadas. 
4.4 MÉTODOS DE CONTROLE 
1.Controle biológico: Utilizando percevejos das espécie Arilus carinatus 
2.Controle químico: Pulverização de inseticidas também são indicados em casos de situação 
extremas como medida emergencial. 
3.Controle cultural: Podem-se deixar cepas com brotações na reforma do eucaliptal para o 
forrageamento pelos insetos de Costalimaita ferruginea, devido à sua preferência pelas 
brotações, em benefício das novas mudas plantadas. 
 
5 - GORGULHO DO EUCALIPTO 
5.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela pertence a ordem dos coleópteras, grupo que abrange os besouros, joaninhas 
entre outros. A sua característica importante é seu primeiro par de asas serem rígidas, 
conhecidas como élitros, que protegem como um estojo as asas posteriores que são 
membranosas. 
 Pertence a família Curculionidae, compõem uma grande família de besouros, também 
conhecidos como gorgulhos, cuja principal característica é o rostro comprido (bico encurvado 
ou tromba) que possuem. Devido a essa característica peculiar, esses insetos também recebem 
nomes populares tais como bicudo e broca. 
 Seu nome científico é Gonipterus sp, e é considerada a principal espécie dentre os 
besouros desfolhadores de Eucaliptos no mundo. 
5.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 O gonipterus spp é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta metamorfose 
completa. 
5.2.1 OVOS 
 Os ovos são depositados em série preferencialmente na superfície da folhas, sendo 
cobertos por uma massa escura formada por excrementos (ooteca). 
5.2.2 FASE LARVAL 
 As larvas são tipo Curculioniforme, ou seja, são larvas ápodas, convexas dorsalmente, 
planas ventralmente com a cabeça distinta parcialmente retraída sobre o tórax. 
 
 
5.2.3 FASE PUPAL 
 As pupas medem entre 7 a 11mm, são do tipo exaratas, com coloração amarelo 
esbranquiçada e se desenvolvem no solo, protegidas por uma cãmara pupal formada com o 
próprio solo. 
5.2.4 ADULTA 
 Os adultos de Gonipterus sp apresentam coloração geral castanho escura, tegumento 
brilhante com granulação grossa e densa. Além disso, possuem evestimento escamoso, mais 
denso ventralmente e élitros na base, logo abaixo e atrás dos úmeros, com tubérculo 
subumeral proeminente. Apresentam o rostro curto subcilíndrico, preto nos lados e castanho-
avermelhado no meio. Externamente, apresentam dimorfismo apenas no quinto esterno 
abdominal onde na fêmea apresenta uma depressão centroposterior mediana e no macho, a 
superfície subplana e margem posterior truncada. Em geral, o comprimento do corpo varia 
entre 5,7 e 8,9 mm para os machos e 7,5 e 9,4 mm para as fêmeas. 
5.3 DANOS 
 O Gonipterus sp é um inseto desfolhador, que causa danos durante os estágios larval e 
adulto, atacando principalmente o terço superior da planta. No primeiro e segundo ínstares, as 
larvas raspam a superfície foliar, alimentando-se da epiderme e mesofilo, sem perfurar a 
epiderme oposta. Quando mais desenvolvidas, se alimentam de forma indiscriminada de 
qualquer área, principalmente das folhas e brotações jovens. Os adultos tendem a se alimentar 
nas extremidades das folhas e em ramos tenros. As folhas que não são totalmente consumidas 
tomam o aspecto de queimadas, o mesmo acontecendo com o broto vegetativo. 
5.4 MONITORAMENTO 
 Usa-se o método do transecto em linha: Essa amostragem é feita durante as 
operações de ronda pós plantio, com o lançamento de transectos ao acaso, correspondentes 
as linhas de plantio. Selecionam-se 3% das linhas de plantio, com no mínimo duas linhas por 
talhão. Em cada linha, conta-se o número total de mudas e o número de mudas atacadas, 
anotando-se a informação na ficha de amostragem e calcula-se a percentagem de mudas 
atacadas. O nível de controle é de 2 a 3% de mudas atacadas. 
5.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
1) Controle biológico: Uso do parasitóide de ovos Anaphes nitens Girault (Hymenoptera: 
Mymaridae); Fungo entomopatogênico Beauveria bassiana Vuill ( controle biologico destapraga exótica dos eucaliptais do Brasil) 
2) Inseticidas biológicos: À base de Bacillus Thuringiensis têm sido usados com sucesso. 
3) Controle químico: Aplicação de alguns inseticidas clorados e fosforados para o controle de 
adultos de Gonipterus sp. 
 
 
6) PSILÍDEO DE CONCHA 
6.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICA 
 São da ordem Hemiptera, ordem que abrange as cigarras, cigarrinhas, pulgões e 
psilídeos. Apresentam aparelho bucal do tipo sugador labial adaptada para perfurar e sugar 
seiva e alimentos liquefeitos. 
 Pertecem a família Psyllidae, grupo de insetos com alguns milimetros de 
comprimento, semelhantes a minúsculas cigarras, e na Australia, eles são chamados de piolhos 
saltadores de plantas. 
 Seu nome científico é Glycaspis brimblecombei, é um inseto proveniente da Austrália, 
sendo então uma praga histórica, e como não ataca diretamente a parte comercializada do 
eucalipto, é classificado como praga indireta 
6.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 A Glycaspis brimblecombei é um inseto hemimetabolo, ou seja, apresenta 
metamorfose incompleta. (ovo > ninfa > adulta) 
6.2.1 OVOS 
 A coloração dos ovos varia entre amarelada a avermelhada e a ovoposição é efetuada 
quando as folhas estão abertas. 
6.2.2 NINFA 
 A ninfa apresenta cinco instares, nos primeiros instares as ninfas possuem coloração 
amarela e as de último instar têm abdome e os primórdios das asas de coloração escura, neste 
estádio estão sob uma pequena concha, formadas pela solidificação dos excrementos líquidos 
açucarados e de cera. 
6.2.3 ADULTA 
 Os adultos são de coloração cinza-alaranjada a amarelo-esverdeado, antenas 
filiformes, apresentam diformismo sexual, sendo as fêmeas ligeiramente maiores que os 
machos, sendo a fêmea imóvel e o macho móvel. 
6.3 DANOS 
 Os principais danos causados pelo ataque do psilídeo-de-concha em plantações de 
eucalipto são a deformação das folhas e secamento de ponteiros, como também a excreção 
de compostos polissacarídicos liberada pelo inseto que favorece condições propicias para a 
formação de fumagina Capnodium citri (fungo preto que se forma sobre o limbo da folha). 
 As plantas atacadas por essa praga apresentam folhas cobertas com pequenas conchas 
cônicas brancas e cerosas. Devido ao preenchimento do limbo foliar pela fumagina e as 
conchas, ocorre à redução da área fotossintética das plantas, diminuição da incidência solar, 
descoloração das folhas e consequentemente redução no crescimento das árvores e em casos 
de ataques severos podem ocasionar a morte da planta. 
 O ataque de G. brimblecombei ocorre preferencialmente em árvores de Eucalyptus 
camaldulensis e Eucalyptus tereticornis. No Brasil, estudos demonstram que os ataques 
também ocorrem na espécie E. urophylla e em clones híbridos de E. grandisx E. urophylla 
(“urograndis”). 
6.4 MONITORAMENTO 
 Usa-se o método com armadilhas adesivas amarelas: "O monitoramento foi realizado 
em plantações de E. camaldulensis e clones híbridos de E. urophylla x E. grandis com idades 
entre 1 a 4 anos nas regiões de Sâo Manuel (Faz. São Manoel) e de Botucatu (Faz. Santa Fé), 
SP, no período de fevereiro de 2004 a setembro de 2005. Foram utilizadas, para a captura dos 
insetos, armadilhas amarelas adesivas de 12,25 x 10cm instalados a 1,60m de altura. Os 
cartões foram instalados em 4 pontos amostrais diferentes e georreferenciados e as coletas 
foram realizadas em média a cada 15 dias e eventualmente a cada 30 dias em meses de baixa 
infestação (Jan/Fev e Mar/Abr de 2005) e posteriormente enviados ao Laboratório de Controle 
Biológico de pragas Florestais, na UNESP/Botucatu para contagem dos insetos" 
6.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
1)Métodos biológico: Recomenda-se a importação do parasitóide do psilídeo de concha, a 
Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrtidae); 
2)Métodos químico: Há poucos trabalhos sobre controle químico dos psilideos de concha. Na 
Austrália, a maioria das espécies nao necessita controle por estarem em equilíbrio no 
ecossistema. 
 
7) PERCEVEJO BRONZEADO 
7.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 São da ordem Hemiptera, ordem que abrange as cigarras, cigarrinhas, pulgões e 
psilídeos. Apresentam aparelho bucal do tipo sugador labial adaptada para perfurar e sugar 
seiva e alimentos liquefeitos. 
 Pertence a família Thaumastocoridae, que é uma família de percevejos fitófagos com 
características sinapomórficas de corpo achatado, placas mandibulares anteriormente 
prolongadas e genitália do macho assimétrica. 
 Seu nome científico é Thaumastocoris peregrinus, trata-se de uma praga exótica. 
7.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 Thaumastocoris peregrinus é um inseto hemimetabolo, ou seja, apresenta 
metamorfose incompleta. (ovo > ninfa > adulta) 
7.2.1 OVOS 
 Os ovos de Thaumastocoris peregrinus são de coloração preta brilhante quando recém 
postas, tornado-se opacos na eclosão das ninfas. 
7.2.2 NINFA 
 Apresentam cinco instares, e são de coloração laranja ou marrom claro com 
pontuações negras no tórax e nos primeiros segmentos abdominais, corpo achatado dorso 
ventralmente e um par de tecas alares visíveis a partir do quarto instar, com crescimento 
durante o quinto. 
7.2.3 ADULTA 
 Os adultos apresentam 3 mm de comprimento, são achatados, de cor marrom clara 
com regiões mais escuras. Os machos com genitália assimétrica, geralmente, orientada para 
a direita. 
7.3 DANOS 
 Thaumastocoris peregrinus se alimenta de folhas maduras dos hospedeiros e as ninfas 
recém emergidas iniciam a alimentação na superfície das folha quase imediatamente após 
eclodirem. 
 Os danos são o prateamento de folhas, seguindo de secamento e quedas dessas 
folhas. As árvores ficam com aspecto ressecado, com a copa seca. Esse dano é devido ao 
hábito alimentar do percevejo, que perfura as folhas e ramos finos para sugar seiva, 
deixando as folhas secas. No Brasil, a praga vem sendo encontrada em plantios de E. 
camaudulensis e hibridos desta espécie. 
7.4 MONITORAMENTO 
 Usa-se métodos com armadilhas adesivas amarelas: Medindo 12x10 cm no tronco ou 
entre duas árvores a uma altura de 1,80 m do solo. Além disso, a coleta de ramos em 
povoamentos infestados por T. peregrinus e a contagem do numero de ninfas e adultos são 
realizadas. 
7.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
A)Controle químico: Inseticidas sistêmicos imidacloprido são preferidos para o controle de T. 
peregrinus em áreas urbanas devido as preocupações ambientais, além da dificuldade de 
acesso a copa de árvores, porém ele é proibido pelo IBAMA de ser espalhado por avião em 
áreas de cultivo.. 
B)Controle biológico: parasitoide de ovos Cleruchoides noackae Lin and Huber (Hymenoptera: 
Mymaridae 
C)Controle silvicultural: Evitar o plantio de especies e hibridos de eucaliptos com maior 
suscetibilidade ao percevejo bronzeado como por exemplo o E. camaldulensis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRAGAS DO PINUS 
1) ABERTURA 
 O nosso país possui cerca de 7 milhões de hectares de florestas plantadas, dos quais, 
aproximadamente 1,7 milhões são espécies de Pinus, no qual destaca-se a araucária (Araucaria 
angustifolia), espécie nativa brasileira encontrada na região Sul do Brasil, porém com a alta 
densidade de plantio e a não adoção de regimes de manejo florestal adequados, 
proporcionam as condições ideais para o aparecimento de surtos de pragas. A primeira que 
iremos apresentar vai ser a Vespa da madeira, praga chave de florestas de Pinus. 
2) VESPA DA MADEIRA 
2.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela é da ordem das Hymenoptera, um dos maiores grupos entre os insetos, onde 
fazem parte as vespas, abelhas e formigas. São caracterizadas por apresentarem dois pares de 
asas membranosas, por isso o nome de hymenoptera, sendoque as asas anteriores são 
maiores do que as posteriores. 
 Pertence a família Siricidae, e são caracterizados, em geral, pelo porte relativamente 
grande, superior se comparado as demais famílias. O ovipositor é mais ou menos alongado e 
adaptado para furar o tronco das plantas. Suas larvas são xilófagas (brocas), desenvolvem-se 
em caule de coniferas, de preferencia em troncos de arvores doentes ou já abatidas, para que 
a larva não corra o risco de se afogar na seiva da planta. 
 Essa vespa possui o nome cientifico Sirex Noctilio, trata-se de uma espécie exótica, 
responsável por perdas significativas nos recursos florestais. 
2.2 CARACTERISTICAS DAS FASES 
 A Sirex Noctilio é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta metamorfose completa. 
2.2.1 OVOS 
 Os ovos da vespa da madeira são de forma alongada, coloração branca e superfície 
lisa. Durante a postura, Sirex noctilio pode realizar perfurações simples ou múltiplas no 
alburno das árvores de Pinus spp., a uma profundidade média de 12 mm .Durante a postura, 
além dos ovos, são introduzidos na árvore, esporos de um fungo simbionte Amylostereum 
areolatum (Agaricomycetidae), o qual provoca o fechamento dos vasos de condução de 
seiva, durante o processo de morte da árvore. Também é depositada uma mucosecreção, que 
está contida em uma glândula de muco, localizada na base do ovipositor. Esta mucosecreção 
provoca mudanças fisiológicas rápidas no metabolismo de Pinus spp., afetando a respiração, 
transpiração, fotossíntese e divisão celular, favorecendo o estabelecimento do micélio do 
fungo. O muco e o fungo agem juntos criando um “habitat” favorável para o crescimento 
contínuo do fungo e alimentação da larva. Ambos levam a árvore à morte. 
 
 
2.2.2 FASE LARVAL 
 As larvas possui formato cilíndrico e cor esbranquiçada, com 3 pares de pernas 
torácicas vestigiais, mandíbulas denteadas escuras e um espinho supra-anal. As larvas não 
ingerem a madeira, e sim extraem nutrientes do micélio do fungo, progredindo na madeira 
em que o fungo se desenvolve pelo cerne. As secreções salivares e os nutrientes dissolvidos 
são, posteriormente, ingeridos pela larva, e a serragem da madeira é acumulada na galeria. 
2.2.3 FASE PUPA 
 As pupas de Sirex noctilio são brancas, do tipo exarata (OU LIVRE) e apresentam um 
tegumento fino e transparente, tornando-se escurecidas próximo à emergência dos adultos 
2.2.4 FASE ADULTA 
 Os indivíduos adultos possuem tamanho entre 1 e 3,5 cm de comprimento e 
coloração azul-metálica, sendo que os machos possuem do terceiro ao sétimo segmento 
do abdome uma mancha de coloração marrom-alaranjado. Ambos os sexos possuem na 
extremidade do abdome uma estrutura em forma de espinho supra-anal. As fêmeas 
possuem ovipositor em forma de ferrão, que chega a atingir 2 cm de comprimento. 
OU 
 Os adultos da vespa-da-madeira apresentam dimorfismo sexual muito acentuado. O 
macho é de cor azul metálico, sendo as asas, a fronte, as pernas anteriores e medianas e os 
segmentos abdominais, do terceiro ao sétimo, de cor laranja. As pernas posteriores são 
negras. A fêmea apresenta coloração azul escuro metálico, com as pernas e asas de coloração 
âmbar. Possuem um ovipositor em forma de projeção no final do abdômen, o qual é protegido 
por uma bainha. Ambos os sexos apresentam um proeminente espinho (cerco), no último 
segmento abdominal (Iede et al. 1988). As fêmeas ovipositam uma média de 226 ovos, 
variando de 20 a 430 ovos. Vivem cerca de 4 dias, enquanto que os machos, 5 dias. O período 
de incubação pode durar de 14 a 28 dias (Carvalho 1992). 
2.3 DANOS 
 " Matam as árvores através da ação do muco fitotóxico e danificam a madeira 
através da abertura de galerias." 
 Os principais danos provocados por este inseto são: perfurações na madeira, 
realizadas por larvas e adultos; deterioração da madeira, devido à ação do fungo A. areolatum; 
e ocorrência de partes debilitadas nos locais, onde as posturas são realizadas, com o 
escorrimento de resina, sendo também esta uma porta de entrada de patógenos secundários, 
como aqueles do gênero Botryodiplodia (Iede et al. 1998). 
 Os sintomas externos mais visíveis são: progressivo amarelecimento da copa até 
atingir coloração marromavermelhada; esmorecimento da folhagem e perda das acículas; 
respingos de resina na casca (em função das perfurações realizadas para a postura) e orifício 
de emergência de adultos. Os sintomas internos são: presença de manchas marrons ao 
longo do câmbio (abaixo da casca), causadas pelo fungo A. areolatum, e galerias feitas pelas 
larvas, que possibilita a penetração de agentes secundários. Todos esses fatores 
comprometem a qualidade da madeira, limitando ou impedindo o seu uso para o mercado 
2.4 MONITORAMENTO 
 ARVORES ARMADILHAS: A vespa da madeira é atraída, preferencialmente para 
árvores debilitadas. Por esta razão são instaladas no campo árvores armadilha, que são 
arvores estressadas com aplicação de herbicida, tornando atrativa para a praga, permitindo 
a detecção precoce dela. 
 Recomenda-se que os grupos de árvores armadilha devam ser revisados de dois a 
quatros após os picos de emergência dos adultos, para se verificar a presença do inseto. E 
durante a inspeção, deverão ser observado algumas caracteristicas, como por exemplo, 
presença de respingos de resinas, presença de manchas marron-alaranjadas do fungo 
simbionte Amylostereum areolatum, abaixo da casca, próximo a perfuração de postura de 
Sirex noctilio e se constatado estas duas características, a árvore deverá ser derrubada para 
inspeção, verificando a presença de galerias e larvas no interior da madeira. 
2.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
 CULTURAL: Como o Sirex noctilio tem preferência por arvores abatidas, restos de 
desbastes, com diâmetro superior a 5 cm deverão ser queimados ou eliminados, pois 
poderão servir de criadouro da praga. 
 BIOLÓGIO: Inoculação de nematóides: o nematóide Deladenus siricidicola esteriliza 
as fêmeas da vespa, sendo o inimigo natural mais eficiente, apresentando um controle médio 
de 70% da população da praga, devendo ser introduzido na área, imediatamente após a 
detecção da praga. Ele é produzido pela Embrapa Florestas e distribuído, pelas Associações de 
Reflorestadores do RS, SC e PR, aos produtores de Pinus com povoamento atacado. 
 
 
 
3) LAGARTA DA ARAUCARIA 
3.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela é da ordem das lepidopteras, ordem essa que abrange as borboletas e mariposas 
por possuírem asas escamosas, sendo que este, trata-se de uma mariposa, uma prova disso, é 
o posicionamento das asas quando ela está em repouso em uma parede por exemplo, elas 
permanecem abertas, estendidas horizontalmente sobre o corpo. 
 Pertence a família Saturniidae, grupo que inclui mariposas de tamanho médio a muito 
grande, portadoras de corpo robusto e densamente piloso, suas asas podem apresentar 
manchas ocelares características (manchas que parecem olhos) ou áreas translúcidas e a 
maioria possui hábitos noturnos ou são crepusculares. 
 Possui o nome científico Dirphia araucariae e tem ocorrência nas regiões do país 
onde existem as arvores chamadas de Araucária ou Pinheiro do Paraná. 
3.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 A Dirphia araucariae é um inseto holometábolo, ou seja, apresenta metamorfose 
completa. 
3.2.1 OVOS 
 A postura é feita nos troncos das árvores, onde os ovos são colocados em pequenos 
grupos, sem nenhuma proteção contra os inimigos naturais. Encontram-se ovos a partir de 1,5 
metros de altura do tronco até os ramos da copa. 
3.2.2 FASE LARVAL 
 Como é uma lepidoptera, sua larva é do tipo euriciforme, de cor verde, com espinhos 
muito compridos. Essas lagartas devoram as cascasdos ovos entre o primeiro e o segundo dia. 
Em seguida procuram, em procissão, atingir a copa, onde passam a se alimentar das acículas. 
No primeiro ínstar, observa-se uma grande mortalidade. As lagartas passam por sete ínstares, 
ocorrendo seis mudanças de cápsulas cefálicas. 
3.2.3 FASE PUPA 
 O empupamento se dá no solo, onde as lagartas na fase de pré-pupas tecem os seus 
casulos debaixo da matéria orgânica em decomposição. A seda do casulo é de qualidade 
grosseira e facilita a troca de umidade e de ar com o exterior. As pupas tem forma 
assemelhada a um charuto. Podem ser grandes, 39 mm de comprimento, ou pequenas, com 
32 mm. 
3.2.4 FASE ADULTA 
 De 65 - 110 mm de envergadura, macho geralmente menor que a fêmea. Os adultos 
tem coloração avermelhada, com a asa anterior provida de uma linha branca que se inicia 
cerca de 6 mm antes do ápice, estendendo-se obliquamente para a margem interna, entre as 
veias CU2 e A2, e desviando-se em ângulo reto para o centro da célula. Segue formando uma 
pequena cavidade até a margem costal. Abaixo do vértice do ângulo reto, encontra-se uma 
outra linha semelhante à anterior, em arco aberto. São facilmente atraídos pela luz. 
3.3 DANOS 
 Devoram as acículas, preferindo as mais velhas. Os brotos apicais não são atingidos e 
por isso, o pinheiro do paraná pode se recuperar em cerca de dois períodos vegetativos, mas 
isso, afeta diretamente no rendimento da madeira, tornando essa praga, tipo indireta. 
3.4 MONITORAMENTO 
 O monitoramento do Dirphia araucariae é feito através de amostragens de detecção 
utilizados para lepidópteras desfolhadores, usando a técnica de armadilhas luminosas para 
estimar população dos adultos, usando contagem de numero de lagartas/100 folhas ou 
percentual de desfolha para assim, discutir que tipo de atitude deverá ser feito, se precisa ou 
não de um controle. 
3.5 CONTROLE 
 1) Biológico: A mosca Leschenaultia lencophrys (Diptera:Tachinidae) é o mais eficiente 
parasitóide, porém sua atuação é lenta, pois apesar de parasitar a lagarta, a morte só ocorre 
no desenvolvimento pupal, não evitando a desfolhagem. 
 2) Inseticidas biológicos: à base de Bacillus Thuringiensis têm sido usados com 
sucesso. Na foto, mostra um avião realizando a aplicação deste método em um cultivo de 
eucalipto. 
 3) Químico: Aplicação de piretróides pode ser recomendada. Lembrar que o controle 
quimico traz uma série de desvantagens ao ambiente, podendo inclusive ser letal aos inimigos 
naturais desses desfolhadores. 
 4) Preventivo: A queima controlada do sub-bosque é uma medida preventiva. 
 
 
4)BESOUROS DA AMBROSIA 
4.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela pertence a ordem dos coleópteras, grupo que abrange os besouros, joaninhas 
entre outros. A sua característica importante é seu primeiro par de asas serem rígidas, 
conhecidas como élitros, que protegem como um estojo as asas posteriores que são 
membranosas. 
 Pertence a família Scolytidae, cujos membros são xilófagos e vulgarmente 
conhecidos como besouros da casca ou besouros da ambrosia. Os Scolytidae são insetos de 
forma cilíndrica e compacta, com pernas curtas e tendo as extremidades do corpo 
arredondadas. A cabeça é abrigada sob o pronoto, as antenas são geniculadas e os tarsos são 
penta-segmentados. Tanto os adultos como as larvas vivem sob a casca das árvores 
 A família Scolytidae é considerada como a mais evoluída e mais importante para o 
setor florestal. Os “besouros de ambrósia”, como são chamados os representantes desta 
família, carregam consigo esporos de um fungo simbionte, e quando abrem galerias na 
madeira causam o seu posterior manchamento, depreciando desta forma o valor de 
produtos como peças estruturais e lâminas de madeira. 
 Dentre eles, destacam-se Xyleborus affinis e Xyleborus ferrugineus. 
4.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
4.2.1 OVOS 
 Os adultos penetram primeiro e escavam uma galeria ou grupo de galerias 
características, dentro das quais os vos são depositados. Estas galerias podem ser construídas 
por um casal, ou um macho com duas ou mais fêmeas. Os ovos são depositados em pequenas 
reentrâncias, em intervalos mais ou menos regulares ao longo dos lados das galerias, 
formando uma figura bastante característica sob a casca da árvore. 
4.2.2 FASE LARVAL 
 As larvas, são do curcunlioniformes brancas, ápodas, com cabeça levemente 
esclerotinizada. 
4.2.3 FASE PUPAL 
 Quando a larva completa seu desenvolvimento, transforma-se em pupa na 
extremidade distal da galeria principal. 
4.2.4 FASE ADULTA 
 O adulto emerge através de um orifício redondo, escavado com as mandíbulas através 
da casca, assemelhando-se aos produzidos por tiros de chumbo finos dirigidos contra a árvore. 
São besouros que apresentam corpo bastante esclerotizado, cilíndrico, de cor marrom ou 
preta, os élitros apresentam grande quantidade de cerdas e são providos de estrias mais ou 
menos distintas. Vivem sob a casca das árvores, alimentando-se da superfície do alburno, 
porém não penetram nele. 
 Os besouros ambrósia recebem esta denominação porque alimentam-se de fungos por 
eles transportados e cultivados na madeira. Constroem galerias profundas, atingindo o alburno 
e muitas vezes o cerne. Todas as espécies de besouros ambrósia pertencem à tribo Xileborini, 
e pelo fato destas espécies selecionarem para seu ataque hospedeiros enfraquecidos, 
decadentes, árvores recémabatidas, madeira verde e madeira úmida, além de restos de 
exploração madeireira, são considerados insetos secundários, uma vez que não causam a 
morte da planta. 
 
4.3 DANOS 
 As espécies do gênero Xyleborus, causam grandes prejuízos a Pinus elliiotii, quando a 
madeira desta espécie e cortada e armazenada de maneira inadequada no campo, pois ao 
armazenar toras no campo ou no pátio de madeiras ocorre uma fermentação dos 
componentes alcóolicos que existem no interior da madeira, atraindo este grupo de insetos 
que passa a habitar as toras. Quando isto acontece dentro das toras são abertas inúmeras 
galerias que desvalorizam a madeira e impedem a sua utilização nas indústrias de papel, pois o 
fungo que cultivam na madeira impede o branqueamento da celulose. 
4.4 MONITORAMENTO E CONTROLE 
 O controle químico destes insetos e inviável economicamente, sendo o 
monitoramento das florestas com o uso de armadilhas etanólicas a medida mais 
recomendável. Em casos de infestação em toras ou em madeiras cortada deve-se observar um 
tempo de estocagem mínimo em campo ou no pátio de madeiras. 
 
5) GORGULHO VERDE METÁLICO DO PINUS 
5.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela pertence a ordem dos coleópteras, grupo que abrange os besouros, joaninhas 
entre outros. A sua característica importante é seu primeiro par de asas serem rígidas, 
conhecidas como élitros, que protegem como um estojo as asas posteriores que são 
membranosas. 
 Pertence a família Curculionidae, compõem uma grande família de besouros, também 
conhecidos como gorgulhos, cuja principal característica é o rostro comprido (bico encurvado 
ou tromba) que possuem. Devido a essa característica peculiar, esses insetos também recebem 
nomes populares tais como bicudo e broca. 
 Seu nome científico é Naupactus auricinctus, tem ocorrências registradas no leste e 
sul do Brasil. 
5.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 O Naupactus auricinctus é um inseto holometabolo, ou seja, possui metamorfose 
completa. (ovo > larva > pupa > adulto) 
5.2.1 OVOS, FASE LARVAL E PUPA 
 Em geral, as fêmeas faz a postura no solo, em locais protegidos por torrões e contra a 
luz. As larvas permanecem subterrâneas nas raízes de plantas, abrindo galerias 
características nas raízes. O empupamento ocorre no solo. 
 
 
5.2.2 ADULTO 
 São possuidoresde cores vivas, tem 13 a 15mm de comprimento e corpo 
ligeiramente achatado em relação as outras espécies de Naupactus sp. Sua coloração é verde 
musgo metálico, com uma listra verde clara ao longo do élitro e outra na base. 
 Os adultos locomovem-se lentamente e em dadas ocasiões formam caravanas que se 
deslocam de uma planta para outra. No período mais quente do dia, eles alcançam as partes 
mais altas das plantas. Neste caso, quando notam a presença de um inimigo ou pessoa, 
deixam-se cair bruscamente ao solo. Também podem esconder-se por detrás de ramos, folhas 
ou flores. 
5.3 DANOS 
 Consistem no desaciculamento do Pinus taeda. O ataque ocorre logo acima do 
fascículo da acícula, sendo que somente uma pequena porção é devorada e o restante, 
maior volume, é perdido. Aqui reside a maior gravidade deste grupo de insetos, isto é, o 
desperdício ocorrido durante o ataque. 
 Os carneirinhos Naupactus auricinctus, a partir do 2o. ano de plantio até o quinto ou 
sexto ano de idade. Eles consomem áreas intermediárias das acículas promovendo a queda da 
parte apical das mesmas ou, quando não amputada, a seca desta parte. Este estrago ocorre 
tanto em acículas velhas como em novas, mas é iniciado naquelas de galhos inferiores e 
continuado, gradativamente, para o ápice da copa. Neste estágio avançado as árvores ficam 
com aspecto de sapecadas por fogo devido ao destaque das acículas secas. Nas árvores 
portadoras de "Fox-tail", os insetos atacam intensivamente as acículas desta parte, sendo até 
preferidas em relação às dos galhos inferiores. Os insetos têm hábito basicamente noturno; 
durante o dia ficam em repouso na base das acículas. Dentro do gênero Pinus as espécies mais 
danificadas são Pinus caribaea var. bahamensis e P. oocarpa, seguidas por P. caribaea var. 
hondurensis sendo P. caribaea var. caribaea muito pouco atacada pelos besouros. Em 
eucaliptos os danos são mal conhecidos, mas eles destroem, basicamente, as folhas e 
comumente aprecem associados a surtos de besouro-amarelo. 
5.4 MONITORAMENTO 
 Usa-se o método do transecto em linha: Essa amostragem é feita durante as 
operações de ronda pós plantio, com o lançamento de transectos ao acaso, correspondentes 
as linhas de plantio. Selecionam-se 3% das linhas de plantio, com no mínimo duas linhas por 
talhão. Em cada linha, conta-se o número total de mudas e o número de mudas atacadas, 
anotando-se a informação na ficha de amostragem e calcula-se a percentagem de mudas 
atacadas. O nível de controle é de 2 a 3% de mudas atacadas. 
5.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
 O combate aos besouros desfolhadores é dificultado pelo fato da maioria das espécies 
terem larvas que vivem no solo e se alimentam em plantas que nem sempre é a atacada pela 
fase adulta. Entretanto, destruindo-se o adulto nas folhas, não haverá larvas nas raízes, 
assegurando-se, assim, maior produção à cultura florestal. 
 
 Controle químico: Os produtos químicos têm sido a única alternativa para o combate 
aos besouros desfolhadores, devido à quase completa ausência de inimigos naturais e a 
inexistência de estudos visando o seu combate biológico. Embora possa parecer fácil combater 
tais, há poucas recomendações de combate e já se ressaltou o fato de que o uso de produtos 
químicos é, até então, a única medida indicada para o combate dessas pragas florestais. 
 
6) PULGÕES DA CONIFERA 
6.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 São da ordem Hemiptera, ordem que abrange as cigarras, cigarrinhas, pulgões e 
psilídeos e apresentam normalmente dois pares de asas, o anterior, em geral, total ou 
parcialmente mais duro que o par posterior. Apresentam aparelho bucal do tipo sugador labial 
adaptada para perfurar e sugar seiva e alimentos liquefeitos. 
 Pertence a família Aphilidae, grupo que abrange espécies exclusivamente fitófagos, 
causando danos diretos, devido à sucção da seiva e injeção de saliva tóxica (algumas espécies) 
e algumas vezes, danos indiretos, ocasionados pela transmissão de patógenos. 
 Seu nome científico é Cinara sp, destacando-se as espécies Cinara pinivora e Cinara 
atlantica e são espécies nativas da América do norte. 
6.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 O grande sucesso dos afídeos como praga deve-se a fatores como,a alta fecundidade. 
Por partenogenia, geralmente em regiões tropicais e subtropicais, dando origem apenas a 
fêmeas vivíparas e, em regiões temperadas, no final do outro e começo do inverno, ocorre a 
reprodução bissexuada, dando origem a machos e fêmeas ovíparas. 
 Embora similares Cinara pinivora e Cinara atlantica apresentam algumas 
características distintas. A mais marcante é a forma dos sifúnculos, estrutura de coloração 
escura, localizada no abdômen, uma em cada lado do corpo. Em C. pinivora, ele apresenta uma 
base menor e o formato assemelha-se a um cone. Em C. atlantica, o sifúnculo é achatado, com 
a base mais larga, assemelhando-se a um "ovo frito". A diferenciação do sifúnculo é mais 
facilmente visível em insetos adultos. 
6.3 DANOS 
 Os pulgões se alimentam em colônias localizadas nos brotos, ramos, caule e nas raízes. 
Onde há alternância de períodos secos e úmidos, os pulgões são mais abundantes em períodos 
secos. Os ataques mais intensos e com danos severos ocorrem em mudas e em plantios novos. 
As árvores atacadas pelos pulgões podem apresentar os seguintes sintomas: clorose; 
deformação e queda prematura das acículas; redução significativa do crescimento em 
diâmetro e altura da planta; entortamento do fuste; seca dos brotos e superbrotação devido à 
destruição do broto apical; presença de um fungo, denominado fumagina, de coloração 
escura, que se desenvolve sobre a substância açucarada ("honeydew") produzida pelos 
pulgões. Este fungo recobre os ramos e a folhagem, interferindo no desenvolvimento da 
planta; associação com formigas que se alimentam do "honeydew" e protegem os pulgões de 
seus inimigos naturais; seca progressiva dos ramos e, eventualmente, a morte das plantas 
infestadas, desaciculação e distúrbio no crescimento, assim como redução da resistência ao 
ataque de outros insetos ou patógenos. 
6.4 MONITORAMENTO 
 Utilização de armadilhas coloridas para o monitoramento do pulgão do pinus: Esta 
armadilha foi descrita por Moerick em 1951, consta de um depósito do tipo de forma de bolo, 
seu interior é pintado de amarelo onde se coloca água com detergente. Esta armadilha atrai 
várias ordens de insetos quando estão em vôo. 
6.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
Controle biológico: O parasitóide dos cinara spp é o Xenostigmus bifasciatus. Uso de 
predadores como as joaninhas. Uso de fungos entomopatogênicos, como a espécie 
Lecanicillium lecanii. 
Controle químico: Uso de alguns inseticidas tem alta eficiencia no controle do pulgão do pinus, 
como o acefato e o imidacloprid. 
 
 
7) MELANOLOFIA 
7.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela é da ordem das lepidopteras, ordem essa que abrange as borboletas e mariposas 
por possuírem asas escamosas, sendo que este, trata-se de uma mariposa, uma prova disso, é 
o posicionamento das asas quando ela está em repouso em uma parede por exemplo, elas 
permanecem abertas, estendidas horizontalmente sobre o corpo e sem falar que ela possui 
um tom mais fosco, diferente das borboletas que apresentam cores mais fortes e vibrantes 
(com exceção de algumas espécies de mariposas). 
 Essa lagarta pertence a família geometridae, família que está entre as três maiores 
famílias de Lepidoptera, e são caracterizados pelos adultos possuírem hábito noturno ou 
crepuscular, frequentemente atraídos por luz, e isso é uma vantagem que vai ser comentado 
mais na frente quando falarmos sobre monitoramento. 
 Seu nome cientifíco é Melanolophia apicalis, é um praga indireta e tem ocorrencia naregião sudeste e sul do Brasil. 
 
 
7.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 A Melanolophia apicalis é um inseto holometabolo, ou seja, possui metamorfose 
completa. (ovo > larva > pupa > adulto) 
7.2.1 OVOS, FASE LARVAL E PUPA 
 Os ovos possuem formato ovais, medindo 0,55 x 0,75 mm e são de dificil observação, 
já que são colocados em tronco, protegidos, geralmente no interior das fendas da casca. 
 As larvas são tipo euriciforme, característica das lepidópteras, apresentam 6 instares e 
em todas elas, possuem uma coloração verde clara com duas listras amarelas bem visíveis, 
lateralmente, uma de cada lado, prolongando-se até a cabeça. 
 As pupas são do tipo obtectas e de coloração marrom. No periodo pré-pupa, as 
lagartas adotam uma posiçào encurvada e direcionam-se para debaixo dos detritos do solo. 
7.2.2 FASE ADULTA 
 Os adultos são de hábitos noturnos e durante o dia permanecem pousados. Os sexos 
são facilmente distinguíveis pelas antenas pectinadas nos machos e filiformes nas fêmeas. 
7.3 DANOS 
 As lagartas da Melanolophia apicalis se alimentam das acículas do Pinus taeda. As 
maiores consequências da desaciculação das árvores são: a mortalidade, as perdas de 
crescimentos e aumento da suscetibilidade das árvores para a entrada de insetos secundários, 
como por exemplo a vespa da madeira, e doenças. 
7.4 MONITORAMENTO 
 Antes de se iniciar qualquer medida de controle é imprescindível realizar corretamente 
o monitoramento. Isso serve para aumentar a eficiência e reduzir os custos de combate, bem 
como reduzir o impacto ambiental. Como é praticamente impossível contar todos os insetos 
de um habitat natural, é necessário realizar os levantamentos populacionais por meios de 
métodos de amostragens. 
7.4.1 MONITORAMENTO DE ADULTOS 
 1)ARMADILHA LUMINOSA: Um dos métodos de amostragem mais utilizados em 
monitoramento é a captura de adultos por meio de armadilhas luminosas, lembrando que 
como são mariposas da família geometridae, as armadilhas facilmente atraem e capturam os 
insetos de atividades noturnas ou crepuscular vesperais. 
7.4.2 MONITORAMENTO DE LARVAS 
 1)CONTAGEM: Dentro de uma parcela, são escolhidos em torno de 9 a 20 arvores, 
seguindo um roteiro previamente determinado. Na árvore, seleciona-se um galho do terço 
médio da copa, cuja diâmetro foi padronizado antes da amostragem, e conta-se o número de 
lagartas e o de folhas por galho e anota-se a informação na ficha de amostragem. Depois 
calcula-se o número de lagartas/100 folhas, usando regra de 3 e a média por talhão. O nível 
de controle = 8 lagartas/100 folhas. 
 2) PESAGEM DE EXCREMENTOS: Basicamente é feito a coleta de excrementos com 
um pano branco colocado sob a planta, depois aplica-se os índices de digestibilidade para 
estimar a população presente. Esses dados podem servir de subsidio para estimar algumas 
informações como por exemplo o peso seco das folhas consumidas e assim indiretamente o 
seu dano na planta. 
7.5 MÉTODOS DE CONTROLE 
 1) Biológico: Podisus nigrispinus (= P. connexivus) (Hemiptera:Pentatomidae) predador 
de lagartas de Thyrintheina. arnobia e possui a vantagem de serem facilmente criados em 
laboratórios. 
 2) Inseticidas biológicos: à base de Bacillus Thuringiensis têm sido usados com 
sucesso. Na foto, mostra um avião realizando a aplicação deste método em um cultivo de 
eucalipto. 
 3) Químico: Aplicação de piretróides pode ser recomendada. Lembrar que o controle 
quimico traz uma série de desvantagens ao ambiente, podendo inclusive ser letal aos inimigos 
naturais desses desfolhadores. 
 
8) BROCA DO PINHÃO 
8.1 ORDEM, FAMÍLIA E NOME CIENTÍFICO 
 Ela é da ordem das lepidópteras, ordem essa que abrange as borboletas e mariposas 
por possuírem asas escamosas, sendo que este, trata-se de uma mariposa, uma prova disso, é 
o posicionamento das asas quando ela está em repouso em uma parede por exemplo, elas 
permanecem abertas, estendidas horizontalmente sobre o corpo e sem falar que ela possui 
um tom mais fosco, diferente das borboletas que apresentam cores mais fortes e vibrantes 
(com exceção de algumas espécies de mariposas). 
 Pertence a família Tortricidae, são lepidópteros de pequeno e médio tamanho, entre 
15 e 30 mm de envergadura, e as asas adotam uma forma trapezoidal típica. 
 Seu nome científico é Cydia araucariae, e é relatada como a principal praga da 
araucária, tratando-se praga direta. 
8.2 CARACTERÍSTICAS DAS FASES 
 A Cydia araucariae é um inseto holometabolo, ou seja, possui metamorfose completa. 
( ovo > lagarta > pupa > adulto ) 
 Nas sementes, durante a fase de formação e desenvolvimento da pinha, os adultos da 
Cydia araucariae ovopositam, e ao eclodirem os ovos, as lagartas euriciformes passam a 
alimentar-se do endosperma da semente até completarem este estádio e empuparem. as 
pupas permanecem no interior da pinha, dentro das sementes ou na região intersticial entre 
estas. A pinha, ao completar sua maturação, libera as sementes que caem ao solo, facilitando a 
emergência dos adultos de Cydia araucariae. 
8.3 DANOS 
 As lagartas danificam os orgãos reprodutivos (pinha e estróbilo) e, mais raramente, 
vegetativos (gemas apicais) da araucária, prejudicando a germinação e o crescimento. Os 
danos mais graves ocorrem nas sementes (pinhões), sendo que, nessas últimas, ocorre a 
destruição do conteúdo, causando problemas na germinação, podendo reduzir a produção de 
sementes viáveis em até 64%. 
8.4 MONITORAMENTO E MÉTODOS DE CONTROLE 
 Não se conhece um meio efetivo e econômico de controle das espécies de Cydia em 
araucária. Existem estudos para elaboração de armadilhas com feronomios artificiais das 
fêmeas de Cydia araucariae para monitoramento. 
 Recomenda-se o brometo de metila e bissulfeto de carbono como bons fumigantes 
para expurgo de sementes. Atualmente, sua utilização não é permitida para esses fins, além do 
fato do controle químico ter inconvenientes de ordem ambiental e de saúde que deve ser 
levado em consideração. Existem também o método de controle baseado na retirada de 
pinhões atacados flutuam na água, porém não é eficiente.

Continue navegando