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Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos Síntese do texto Existem três modelos pedagógicos que representam diferentes formas na maneira de ensinar em sala de aula. São eles: pedagogia diretiva, pedagogia não-diretiva e pedagogia relacional. Cada um destes estão sustentados por uma epistemologia, ou seja, uma filosofia/teoria do conhecimento. A) Pedagogia diretiva: É aquela em que o professor se vê como o único meio de transmissão de conhecimento e acredita que o aluno chega à sala de aula como uma “página em branco” e que ele tem que ensinar tudo. Nesta sala de aula o autoritarismo impera; o professor manda e o aluno obedece, o professor decide e o aluno executa. Não há criatividade, não há curiosidade, nada de novo acontece, só há repetições do passado, velhas perguntas são respondidas com velhas respostas. O aluno desta escola não aprende a perguntar, a reivindicar, ele aceita tudo mesmo discordando, renunciou o direito de pensar no novo, em novas possibilidades. Este modelo está legitimado por uma epistemologia em que o papel do professor é ensinar e o papel do aluno é aprender e isto, através do fixismo, da reprodução, da repetição. B) Pedagogia não-diretiva: De acordo com este modelo o professor é um auxiliar do aluno, pois o aluno já traz um saber e o professor só precisa conduzir indiretamente e interferir o mínimo possível. O professor não-diretivo acredita que o aluno aprende por si mesmo, ele pode, no máximo, auxiliar na aprendizagem, despertando o conhecimento que já existe nele. Este professor acredita que ensinar prejudica e que ninguém pode transmitir o conhecimento, apenas levar as pessoas a conhecer. Este modelo está sustentado pela epistemologia apriorista – aquilo que é posto antes como condição do que vem depois, como a bagagem hereditária. O ser humano já nasce com o conhecimento pela herança genética. O professor enraizado nesta epistemologia renuncia o direito de intervir na aprendizagem, o que é necessário para o desenvolvimento do aluno. C) Pedagogia Relacional: O modelo aqui mencionado é aquele em que o professor acredita que o aluno só aprenderá algo se ele agir e problematizar a sua ação, ou seja, o professor dá condições necessárias para que algum conhecimento novo seja construído, fazendo com que o aluno aja, faça perguntas, reflita. Este professor não acredita no ensino em seu sentido convencional ou tradicional, pois não enxerga que um conhecimento possa ser transmitido por força do ensino, da cabeça do professor para a cabeça do aluno. Ele acredita que tudo o que o aluno construiu até hoje em sua vida serve de patamar para continuar a abrir-se para o novo conhecimento. A relação professor e aluno são mútuos, o professor além de ensinar, passa a aprender e o aluno além de aprender, passa a ensinar, cada um ensina ao outro novas coisas. Este modelo tem em sua epistemologia a psicologia genética piagetiana – só se aprende o que é (re)criado para si e, sobretudo, de criar conhecimentos novos: novas respostas para antigas perguntas e novas perguntas refazendo antigas respostas, trata- se de construir o mundo que se quer, e não de reproduzir/repetir o mundo que os antepassados construíram para eles. O resultado desta sala de aula é a construção de indivíduos pensantes, críticos, que buscam novas ações, novos conhecimentos a cada novidade que surgir no meio em que estão inseridos. Esta pedagogia relacional é um modelo desafiador, tanto para o educando quanto para o educador, ambos vão precisar (re)construir o próprio sentido do mundo. Keila Ambrózio de Oliveira 1º Termo de Artes FIO
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