Buscar

AULAS DIP - MERCOSUL

Prévia do material em texto

Aulas de DIP: 
MERCOSUL 
Professor: Siddharta Legale 
Estrutura institucional do 
MERCOSUL 
Tratado de assunção 
Modelos de integração e o Mercosul 
• “Malgrada essa denominação, Mercado Comum do Sul, o 
Mercosul – ao ser esboçado pelo Tratado de Assunção- mescla 
três distintas situações de aproximação entre países, segundo 
a teoria da integração, Em primeiro lugar, refere-se à 
construção de uma Zona de Livre comercio (ZLC) na região, tal 
como indica a eliminação de tarifas alfandegárias e não-
alfandegárias. Em um segundo momento, ambiciona sustentar 
uma política comercial externa unificada, com relação a 
outros países, estabelecendo um tarifa Externa Comum (TEC), 
o que caracteriza uma União Aduaneira. Finalmente, objetiva 
alcançar o patamar superior e derradeiro, da formação de 
todo o Mercado Comum, com livre circulação dos bens do 
capital, do trabalho do conhecimento.” Seitenfus, Ricardo. 
Manual das organizações Internacionais. Porto Alegre: Livraria 
do Advogado, 2000.p.223-4. 
 
Preâmbulo 
 
 
Seu preâmbulo enfatiza dois objetivos: o 
desenvolvimento econômico e a justiça social. Ambos a 
serem atingidos por meio 
(a) da otimização dos recursos existentes, 
(b) da coordenação de políticas 
macroeconômicas(notem: há um avanço quanto ao 
conceito de soberania devido as exigências de atitudes 
diferentes frente a nova ordem econômica), 
(c) complementaridade setorial pelo estímulo do Estado 
mais forte ao mais fraco 
Princípios no Preâmbulo 
• Gradualidade - não há datas para integração, tanto que somente duas 
datas são mencionadas(120 dias para os sistema de solução de 
Controvérsias ver anexo III que viria a ser implementado pelo 
Protocolo de Brasília e para nova estabelecimento da estrutura 
institucional do Mercosul art18 do Tratado de Assunção no período de 
transição em 1994 que ocorreria com o Protocolo de Ouro Preto); 
• Ex2: ritmos diferentes de integração com a Venezuela 
• Flexibilidade – surgindo situações que afetem a integração deve-se ser 
flexível 
 
• Equilíbrio – deve-se respeitar a individualidade e a velocidade de cada 
um dos Estados o que de certo modo relaciona-se com os outros dois 
princípios. Por exemplo, o anexo do Tratado de Assunção fixar um 
tratamento diferenciado ao Paraguai por conta de sua situação 
econômica diferente em relação aos demais países da Latina. Assim, 
sob a justificativa de que sua economia é menos competitiva que a 
brasileira ou da Argentina, logo, merecia um tratamento e tarifas 
diferenciadas para que não fosse englobada pelas demais. 
 
Propósitos 
• A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre 
os países, através, entre outros, da eliminação dos direitos 
alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de 
mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente; 
• O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de 
uma política comercial comum e relação a terceiros Estados ou 
agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômico-comerciais regionais e internacionais; 
• A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre 
os Estados Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, 
fiscal, monetária, cambial e de capitais, de outras que se 
acordem -, a fim de assegurar condições adequadas de 
concorrência entre os Estados Partes, e 
• O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas 
legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento 
do processo de integração. 
 
Propósitos 
• ARTIGO 5 Durante o período de transição, os principais instrumentos 
pra a constituição do Mercado Comum são: 
– Um Programa de Libertação Comercial, que consistirá em 
reduções tarifárias progressivas, lineares e automáticas, 
acompanhadas da eliminação de restrições não tarifárias ou 
medidas de efeito equivalente, assim como de outras restrições ao 
comércio entre os Estados Partes, para chegar a 31 de dezembro 
de 1994 com tarifa zero, sem barreiras não tarifárias sobre a 
totalidade do universo tarifário (Anexo I); 
– A coordenação de políticas macroeconômicas que se realizará 
gradualmente e de forma convergente com os programas de 
desgravação tarifária e eliminação de restrições não tarifárias, 
indicados na letra anterior; 
– Uma tarifa externa comum, que incentive a competitividade 
externa dos Estados Partes; 
– A adoção de acordo setoriais, com o fim de otimizar a utilização e 
mobilidade dos fatores de produção e alcançar escalas operativas 
eficientes. 
 
Estrutura orgânica do 
MERCOSUL 
• Obs. ARTIGO 18 Antes do estabelecimento do Mercado 
Comum, a 31 de dezembro de 1994, os Estados Partes 
convocarão uma reunião extraordinária com o 
objetivo de determinar a estrutura institucional 
definitiva dos órgãos de administração do Mercado 
comum, assim como as atribuições específicas de cada 
um deles e seu sistema de tomada de decisões. 
 
Estrutura orgânica do 
MERCOSUL 
• O tratado de Assunção elabora uma estrutura primitiva 
do Mercosul, esta que será complementada e 
aperfeiçoada pelo Protocolo de Ouro Preto. Contudo o 
tratado de Assunção cria 2 órgãos fundamentais: 
 
• Conselho do Mercado Comum  Decisão 02/98 – 
regulamenta o CMC 
 
• Grupo do Mercado Comum (GMC)  decisão 04/91 
Conselho do Mercado Comum: 
• órgão superior do mercado comum. 
• Responsável por tomada de decisões para que seja 
cumprido o pactuado. 
• Suas decisões são tomadas por intermédio de reuniões, 
que estão presente os Min das RE e da Economia dos 
Estados partes, elas ocorrem de acordo com a 
conveniência e necessidade. 
• Um vez por ano: necessária a presença do Presidente 
do país parte na reunião. 
• A presidência do conselho se dá por rotatividade de 
6 meses, obedecendo a ordem alfabética de seus 
membros para alternância no cargo. 
Principais decisões CMC da 
Cúpula de San Juan 
• Eliminação da Dupla Cobrança da TEC 
• Código Aduaneiro do Mercosul 
• Projetos FOCEM – Fundo de convergência 
estrutural do Mercosul: Itaipu e Petróleo 
• Preferências Tarifárias para o Haiti 
• Zona de Livre comércio com o Egito 
• Instituto de Políticas Públicas em Direitos 
Humanos do MERCOSUL (IPPDH) 
 
Grupo de Mercado Comum: 
Grupo de Mercado Comum: 
Grupo de Mercado Comum: 
• órgão executivo, 
• Coordenado pelos Min das RE. , da Economia e do BC 
• Possui as funções de velar pelo acordado, de exigir o 
cumprimento das decisões do Conselho, de fixar 
programas de trabalho. 
• Sua composição se dá por 8 membros, sendo 4 
membros titulares e 4 alternos por país. Seus membros 
são advindos dos ministérios das RE e da Economia(ou 
equivalente). 
• O GMC emite resoluções 
 
Resolução 34/2011 
• F) DEVER DE INFORMAÇÃO Dever de informação é a obrigação de todo 
fornecedor de prestar ao consumidor, de forma correta, clara e detalhada, 
toda a informação relacionada às características essenciais dos bens e/ou 
serviços que fornece segundo sua natureza, características, finalidade ou 
utilidade; bem como as condições de sua comercialização, especificando se 
couber e conforme as normas especiais aplicáveis, entre outras informações, 
sua origem, quantidade, qualidade, composição, prazo de validade e preço, 
bem como os riscos que apresentam ou possam apresentar, com a finalidade 
de que os consumidores possam realizar uma escolha adequadamente 
informada sobre os produtos ou serviços de que se tratam, bem como o uso 
ou consumo adequado dos mesmos. 
• G) OFERTA VINCULANTE Oferta vinculante considera-se todo oferecimento 
determinado ou publicidade precisa, efetuada a consumidor indeterminado 
por parte de um fornecedor, relacionada ao fornecimento de um produto ou 
à prestação de um serviço. Art. 2° - Cada EstadoParte poderá manter em 
matéria de defesa ou proteção do consumidor regulada por esta Resolução, 
disposições mais rigorosas para garantir um nível de proteção mais elevado 
ao consumidor em seu território. 
Resolução 36/2011 
• Art. 1º - Fixar como norma de qualidade de Extremo a 
Extremo, que 80% dos envios de LC (cartas e cartões postais) 
simples prioritários de até 20 gramas sejam entregues em um 
prazo não superior a 5 dias úteis a partir do dia de postagem. 
• Prazo: D+5 (sendo D = dia de postagem do envio e 5 = número 
de dias úteis para a entrega) 
• Objetivo: 80% dos envios 
• Art. 2º - Determinar que o estabelecido no artigo anterior 
aplicar-se-á nos enlaces entre as seguintes cidades: Argentina 
– Buenos Aires (Área Metropolitana – Códigos Postais 1000 a 
1893)/ Brasil – São Paulo / Paraguai – Assunção/ Uruguai – 
Montevidéu 
Estrutura institucional do 
MERCOSUL 
Estrutura institucional do 
MERCOSUL 
• Fazer organograma 
Protocolo de Ouro Preto 
• CMC – Conselho do Mercado Comum 
• GMC – Grupo Mercado Comum 
• CCM – Comissão Comércio do Mercosul 
• CPC + PARLASUL 
• FCES – Foro Consultivo Econômico Social 
• SAM – Secretaria Administrativa do Mercosul 
 
Estrutura institucional do 
MERCOSUL 
• CMC – Conselho do Mercado Comum 
• GMC – Grupo Mercado Comum 
• CCM – Comissão Comércio do Mercosul 
• CPC + PARLASUL 
• FCES – Foro Consultivo Econômico Social 
• SAM – Secretaria Administrativa do Mercosul 
 
Comissão Comércio do Mercosul 
• Assistir o grupo mercado comum, aplicação de 
instrumentos de política comercial para funcionamento 
da União aduaneira, políticas comerciais intra-mercosul 
e com terceiros 
• 4 membros titulares e 4 alternos compostos por min. 
Das Rel. exteriores 
• Reuniões mensais ou sempre que solicitado. 
• Emite diretrizes ou propostas, por consenso com a 
presença de todos os membros do Mercosul. 
– Obs. Se em 2 reuniões não houver consenso, submete as 
diferentes opções ao orgão executivo do mercosul 
Comissão Comércio do Mercosul 
• Funções no protocolo de ouro preto: 
• 1) art. 19, II, IV, V, VIII  TEC 
• 2) informar evolução ou propor mudanças ao GMC 
• 3) comitês técnicos necessários 
• 4) adotar o regimento interno que submeterá ao GMC 
• 5) considerar reclamações pelas seções nacionais (art. 1 
ou 25 Protocolo de Brasília) 
Comissão Comércio do Mercosul 
• Decisão 9/94 do CMC sobre a CCM aborda outras funções 
tb: 
• a) regime de adequação à União Aduaneira 
• b) Regime de origem; 
• c) Regime de zonas francas, áreas aduaneiras especiais e 
zonas de processamento de exportações; 
• d) Regime contra práticas desleais de comércio; 
• e) Eliminação e harmonização de restrições não tarifárias; 
• f) Regime de salvaguardas frente a terceiros países; 
• g) Coordenação e harmonização aduaneira; 
• h) Regimes de defesa da concorrência e do consumidor; 
• i) Harmonização de incentivos às exportações 
PRO Nº 03/95 ORGANISMOS COORDENADORES 
DE CONTROLE INTEGRADO DE FRONTEIRAS 
ORGANISMOS DE CONTROL INTEGRADO 
• LA COMISIÓN DE COMÉRCIO DEL MERCOSUR 
APRUEBA LA SIGUIENTE PROPUESTA: 
Artículo 1º - Aprobar la nómina de 
Organismos Coordinadores de los Estados 
Partes y el "Reglamento Administrativo de los 
Organismos Coordinadores en el Área de 
Control Integrado" que constan como Anexo I 
y II respectivamente. 
PRO Nº 04/1995 - COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS 
ENERGÉTICAS COORDINACIÓN DE POLÍTICAS 
ENERGETICAS 
• LA COMISIÓN DE COMÉRCIO DEL MERCOSUR 
APRUEBA LA SIGUIENTE PROPUESTA: 
Artículo 1º - Aprobar el Documento 
"Directrices para la coordinación de Políticas 
Energéticas en el MERCOSUR", que figura 
como Anexo. 
DIR Nº 01/95 
CRIAÇÃO DE COMITÊS TÉCNICOS 
Las Dec. CMC 9/94; 20/94; 21/94; 22/94; 23/94; 26/94; 29/94 y las Res. GMC 108/94; 
109/94; 123/94, 124/94, 125/94 y 129/94. LA COMISIÓN DE COMERCIO DEL MERCOSUR 
ADOPTA LA SIGUIENTE DIRECTIVA: Artículo 1º - Se constituyen en el marco de la CCM, los 
siguientes Comités Técnicos, los que desarrollarán las actividades y el cronograma de 
trabajo de acuerdo a lo que en cada caso se establece: 
Comité Técnico Nº 1: "Aranceles, Nomenclatura y Clasificación de Mercaderías" 
Se ocupará del tratamiento del Arancel Externo Común y del Régimen de Adecuación, así 
como de los temas de nomenclatura y clasificación de mercaderías. EX:S 1) 
NOMENCLATURA Y NORMAS DE CLASIFICACIÓN; 2) BIENES DE CAPITAL; 3) INFORMÁTICA 
Y TELECOMUNICACIONES; 4) MEDICAMENTOS, AGROQUIMICOS Y OTROS PRODUCTOS 4) 
QUÍMICOS; 5) OTROS 
Comité Técnico Nº 2: "Asuntos Aduaneros" 
Se ocupará de todos los temas que competen a la administración y control aduanero de 
los Estados Partes, comprendiendo las cuestiones relativas a la valoración aduanera, con 
exclusión de las funciones establecidas para el Comité Técnico Nº 1.Asimismo serán de su 
competencia aquellos temas que correspondan a otros organismos que ejercen controles 
migratorios y sanitarios en frontera, en la medida que tales temas estén relacionados con 
dichos controles. 
 
Foro Consultivo Econômico Social 
 
 
Foro Consultivo Econômico Social 
 
 
• Órgão do Mercosul 
• Representação dos setores econômicos e sociais, 
compostas por iguais números. 
• Manifesta-se por Recomendações ao GMC 
• Plenário e seções nacionais  relação com CGT CNC, 
CGT CUT etc. 
 
 
 
Da Comissão Parlamentar conjunta ao 
Parlamento do Mercosul 
Comissão Parlamentar Conjunta 
• CPC – representativo dos parlamentos do Mercosul 
• igual número de parlamentares representantes dos 
estados 
• Designados pelos parlamentos nacionais 
• Art. 25 – acelerar internacionalização 
 
• CMC: Decisão 49/04 para criar o Parlamento do 
Mercosul 
Parlamento do Mercosul 
• O Parlamento do Mercosul foi criado em dezembro de 2005 no 
intuito de estimular a democratização desse processo de integração 
regional e, ao mesmo tempo, contribuir para a consolidação do 
atual estágio em que se encontra o Mercosul - de União Aduaneira-, 
visando lançar as bases para a constituição de um Mercado Comum 
que exigiria livre circulação de bens de capital, pessoas e fatores e 
produção, além de harmonização das legislações e coordenação das 
políticas macroeconômicas. 
• A democratização é fundamental para criar canais de representação 
de grupos organizados da sociedade, dar legitimidade ao processo 
de integração e promover políticas de compensação de setores que 
possam vir a ser negativamente afetados pela integração. Porém, a 
criação do Parlamento do Mercosul por si só não garante a 
democratização do processo de integração. 
• Poder constituinte supranacional? 
Parlamento do Mercosul 
• Desde 2011, o Brasil tem 37 integrantes no 
Parlamento do Mercosul, o Parlasul. A Argentina 
tem 26 membros; e Paraguai e Uruguai têm 18 
cada. 
• Assim, o Brasil passará a ter 74 parlamentares e a 
Argentina, 43. Paraguai e Uruguai continuarão 
com o número atual. A decisão afeta o sistema 
político brasileiro, que precisa criar, nas eleições 
de 2014, mais uma casa legislativa. 
Parlamento do Mercosul 
• Segundo o Protocolo Constitutivo do Parlamento do 
Mercosul, assinado em dezembro de 2005 por todos os 
membros, e aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro 
em 2006: 
– os parlamentares do Parlasul deverão ser eleitos pelo voto 
universal, em eleições majoritárias realizadas por cada país. 
– Tempo de mandato, quatro anos. 
– A representação é, nas propostas, exclusiva, ou seja, a pessoa 
eleita não pode deixar sua cadeira para ocupar cargos no 
Executivo ou outro posto 
– Número de representantes: 74 
– Financiamento exclusivamente público da campanha e uso da 
propaganda eleitoral gratuita 
– Analogia com a regulamentação das eleiçõespara deputado 
federal 
Divergências brasileiras sobre o 
Parlasul 
Projeto da Câmara Projeto do Senado Lindeberg 
 O projeto de Lei 5279/2009, do deputado 
Carlos Zarattini, com versão final de Doutor 
Rosinha 
O projeto nº 126/2011, do senador 
Lindbergh Farias. O país tem até setembro 
de 2013. 
lista de candidatos pré-ordenada, Critério é misto: 27 eleitos pelo sistema 
aberto, um para cada estado e o Distrito 
Federal, e o restante (47) pelo sistema 
proporcional e lista pré-ordenada. 
a lista é válida para todo o país. No Senado, por estado. 
As coligações são proibidas Coligações permitidas 
Quanto à representação por gênero, prevê 
que não pode haver menos que duas 
candidaturas de cada sexo nas listas pré-
ordenadas, que são compostas por cinco 
nomes. 
No Senado, o teto é de 70% para cada sexo. 
 
Secretaria Administrativa do Mercosul 
Secretaria Administrativa do Mercosul 
• Órgão de apoio operacional 
• Arquivo oficial 
• Publicação e difusão das decisões 
• Boletim Oficial do Mercosul 
• Organizações aspectos logísticos das reuniões 
Aplicação interna das normas 
Mercosul 
 
 art. 38, 39, 40 
Sistema de solução de controvérsias 
Sistema de solução de controvérsias 
• Antigo sistema: 
– Anexo do Protocolo de Ouro Preto e 
– Protocolo de Brasília 
– Regulamento : Decisão 17/98 CMC 
 
• Novo sistema de solução de controvérsias: 
– Protocolo de Olivos 
– Decisão 25/00 CMC 
 
 
Protocolo de Brasília 
Protocolo de Brasília (1991) 
 
• Negociações diretas- 15 dias 
• Intervenção do Grupo Mercado Comum – 30 dias 
• Tribunal Arbitral Ad hoc – 60 a 90 dias 
 
• Art. 21 – inapeláveis e obrigatórios os laudos arbitrais 
• Cumpridos em 15 dias, salvo disposição da decisão em 
outro sentido. 
Laudos Arbitrais sobre a vigência do PB 
 
• Foram 9 laudos 
• Possibilidade de submeter o litígio ao Tribunal arbitral 
ad hoc ou À Omc. Forum Shopping. 
• Caso dos frangos  Brasil vs. argentina 
Laudos 
• Laudo 1 – Argentina x Brasil: licenças automáticas e 
não automáticas. Esse sistema geraria incertezas nas 
exportações no Bloco. 
 
• Laudo 2 – Argentina x Brasil: PROEX configura 
protecionismo, por ex., na exportação da carne de 
porco, incompatível com a integração regional. 
Laudos 
• Laudo 3 – Brasil x Argentina – resolução 861/99 do 
ministério da economia argentino criava cotas para 
importação de produtos textéis brasileiros. Isso violada a 
integração e o mercado comum 
 
• Laudo 4 – Brasil x Argentina – resolução 574/00 do 
Ministério da economia argentino instituia medidas 
antidumping em relação à importação de frangos 
brasileiros. Brasil: alegou desrepeito a procedimentos para 
verificar se houve dumpings. Como não havia 
regulamentação do Mercosul, TAH negou reclamação 
brasileira, considerando compromissos do GATT (Acordo 
Geral sobre Tarifas e Comércio). Resolução não constitui 
descumprimento da livre circulação. 
Protocolo de Olivos 
Novidades do 
Protocolo de Olivos (2002) 
• Implementação de mecanismos de regulamentação de 
medidas compensatórias 
• Criação de normas inspiradas na OMC, por ex., 
limitação do objeto na reclamação 
• Intervenção opcional do GMC 
• Possibilidade de eleição de foro 
• Possibilidade de reclamação de particulares 
• Criação do Tribunal Permanente de Revisão 
 
Medidas Compensatórias 
 Diferente do PB, o PO instituiu a possibilidade de se adotar 
medidas compensatórias, deixando o cumprimento dos 
laudos arbitrais não apenas a cargo do cumprimento 
unilateral de um estado. 
 
Art. 31 
Intervenção opcional do GMC 
 – O pedido de intervenção pode decorrer dos 
envolvidos no litígio ou de um 3 país. 
Eleição de foro 
 • Pode escolher o foro, especialmente diante da 
possibilidade de submeter o litígio à OMC nos casos de 
esquemas preferencias individuais de um dos estados 
que façam parte do mercosul. 
Reclamação de particulares 
 
Reclamação deve ser feita perante a Seção Nacional do GMC, 
devendo-se aportar elementos que permitam determinar a 
veracidade da violação e a existência ou ameaça de prejuízo 
(art. 40 PO). 
1) Se a questão é resolvida, são levadas as atuações ao GMC 
dando por finalizada esta etapa (art. 41 PO). 
2) Se corresponder dar curso à reclamação, o GMC convocará 
um grupo de expertos para que após a escuta do particular e 
do Estado, determine se procede ou não a reclamação (arts. 42 
a 44 PO). 
 
3) Posteriormente, inicia-se a etapa jurisdicional, realizada por 
meio da instauração do TAH ou da provocação da instância 
única, o TPR. 
Tribunal Permanente de Recurso 
 
• Função consultiva 
• Função recursal 
• Função de atuar 
 como instância única 
Composição 
 • Cinco árbitros – uma de cada estado parte e 5 é por 
sorteio. 
Opinião consultiva 
 
 • Opinião Consultiva 01/07 – empresa argentina x Uruguaia. 
Cláusula 22 do contrato: leis argentinas são aplicáveis e 
normas do Mercosul (). Empresa paraguaia queria reclamar 
em Assunção.  TPR: tratado internalizado é superior à lei/ 
protocolo de buenos aires na compra e venda internacional 
prevalece a cláusula do contrato internacional, no caso, 
será na argentina (Não se enquadra em exceção relativa ao 
dir. do consumidor). 
 
• Opinião Consultiva 01/09 = cobrança de taxa consular pelo 
Uruguai. Opinião sobre decisão da Suprema Corte de lá. 
Não respondeu: disse que precisava saber se era taxa ou 
imposto. 
 
 
Sistema de solução de controvérsias 
• Negociações diretas – art. 4 e art. 5 (não superior a 15 
dias) 
• Comum acordo  GMC (não superior a 30 dias) 
• Procedimento arbitral (60, prorrogável por + 30 dias) 
Laudo 01/05 e 01/08 do TPR 
 
• Uruguai x Argentina: 
 
– Tribunal ad hoc: Importação de pneus do Uruguai 
vedada. Lei argentina que proibiu é compatível com 
tratado de assunção. 
 
– TPR: reviu decisão 
• Caráter subsidiário dos princípios ambientais e 
necessidade de comprovação. 
• LEI 26329 da argentina fere o livre comércio. 
• Possibilidade do Uruguai adotar medidas 
compensatórias até final da decisão 
 
Recursos 
 • Recurso de revisão – 15 dias do TAH (Art. 17) – só para 
questões de direito / laudos ex aequo et bono não 
admitem recurso 
 
• Recurso de esclarecimento – do laudo do TAH ou do 
TPR 15 dias - art . 28 
Fim

Continue navegando