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22/07/2013 1 Avaliação Bioquímica Análise e Interpretação de Exames Bioquímicos Comuns na Prática Clínica Introdução Definição: informações sobre o estado nutricional obtidas pelo diagnóstico bioquímico, molecular e exames microscópicos de amostras de tecidos e fluidos corporais. Interesse - surge na medida em que se evidenciam alterações bioquímicas anteriores às lesões celulares ou orgânicas. Introdução O nutricionista ao solicitar exames, deve seguir a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas N°306/2003, que dispõe sobre a solicitação de exames laboratoriais na área de Nutrição Clínica: Art 1 – Compete ao Nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessário à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional do cliente-paciente; Fatores que podem interferir na interpretação dos dados Nenhum indicador bioquímico é diagnóstico. O uso combinado de diversos indicadores fornece uma medida melhor do estado nutricional do indivíduo; O que é considerado “normal” varia com a idade, sexo, estado fisiológico, etc ; Alguns testes são afetados por fatores não nutricionais como drogas; Fatores que podem interferir na interpretação dos dados Podem ocorrer variações diárias ou semanais nos indicadores, de modo que uma única medida não deve ser considerada definitiva. Ex: colesterol sérico; O valor bioquímico para nutriente pode ser influenciado pela ingestão ou nível corporal de um outro nutriente. Por exemplo, o folato sérico é influenciado pelo estado de outras vitaminas do complexo B. Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Proteínas: Proteínas plasmáticas Creatinina urinária e Índice de creatinina-altura Excreção de 3-metil histidina urinária Balanço nitrogenado Carboidratos: Glicemia de jejum Glicemia pós-prandial Hemoglobina glicosilada Frutosamina Curva glicêmica Glicose urinária 22/07/2013 2 Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Lipídeos: Perfil lipídico Outros marcadores para acompanhamento de doença cardiovascular Vitamina A: Retinol sérico Dose resposta relativa (DRR) Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Vitamina D: 25-hidroxivitamina D plasmática Vitamina E: α tocoferol plasmático ou sérico Vitamina K: Tempo de protrombina Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Tiamina (B1): Tiamina urinária, no sangue total, plasmática ou em eritrócitos Riboflavina (B2): No eritrócitos, no sangue total, na urina Niacina (B3): Metabólitos da niacina na urina (metilnicotinamida) Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Piridoxina (B6): Razão metil-piridona carboxamida para N-metilniconinamida urinária. Níveis séricos de piridoxal 5- fosfato (PLP) Ácido pantotênico (B5): Ácido pantotênico urinário ou no sangue total Cobalamina (B12): Cobalamina plasmática Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Ácido fólico (B9): Folato em eritrócitos Folato plasmático ou sérico Biotina (B7 ou B8 ou Vitamina H): Níveis plasmáticos, eritrocitário e nível sanguíneo total. Ácido ascórbico (Vit C): Vitamina C plasmática Biomarcadores para Avaliação do Estado Nutricional Ferro: Ferro sérico Siderofilina/Transferrina Ferritina Sódio: Sódio urinário Cálcio : Avaliação do cálcio sérico 22/07/2013 3 Estado Nutricional das Proteínas Avaliação da síntese protéica ou da “reserva” de proteína visceral é realizada através da DOSAGEM DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS. Proteínas Totais ↓ concentração sérica de PTN de síntese hepática = bom índice de DEP. Numerosos outros fatores podem modificar a concentração das PTN séricas – resultado nutricional controverso. Valores de referência: 6,4 – 8,1 g/dL Aumentado: ocorre na desidratação e nas doenças que elevam as globulinas. Diminuído: ocorre na doença hepática severa, desnutrição, diarréia, queimaduras severas, infecções, edema e síndrome nefrótica. Albumina É uma proteína de meia vida longa (20 dias) cuja reserva no organismo é de 4,0 g/kg de peso corporal. A longa meia vida + pool extravascular = índice pouco sensível à rápidas variações do estado nutricional. A equivalência entre hipoalbuminemia e desnutrição pode ser uma interpretação simplista, que leva a erros de avaliação nutricional do paciente. Albumina Inúmeros estudos – correlação de hipoalbuminemia e complicações nos pacientes hospitalizados. Níveis séricos abaixo de 3,5 g/ dL implicam aumento da mortalidade. Se a hipoalbuminemia for secundária à reduzida ingestão protéica, o déficit pode ser: Leve: 3,0 - 3,5 g/ dL Moderado: 2,4 – 2,9 g/ dL Grave: < 2,4 g/ dL Crítico: < 1,5 g/ dL Albumina Concentrações aumentadas: Desidratação; Diuréticos em excesso; Vômitos e diarréia grave; Etc. Concentrações diminuídas: Síndrome nefrótica, hepatopatias, enteropatias com perdas protéicas; Queimaduras graves, estados catabólicos e peritonite; Desnutrição, doenças crônicas e alcoolismo; Carência de Zn, neoplasias, hiper-hidratação, gravidez e anticoncepcionais. Transferrina Gamaglobulina transportadora de Fe e alguns oligoelementos, com meia vida de 4 a 8 dias. Sua rápida troca e reservas reduzidas fazem dela um indicador mais sensível nas alterações agudas do estado nutricional. Cada molécula pode ligar 2 moléculas de Fe – normalmente apenas 30-40% da transferrina é empregada no transporte de Fe. 22/07/2013 4 Transferrina Está diminuída: Infecções crônicas Doenças hepáticas crônicas Sobrecarga de Fe Está aumentada: Carência de Fe Gravidez Fase precoce das hepatites agudas Perdas hemáticas crônicas Transferrina Valores de referência: Masculino adulto: 215-365 mg/dl. Feminino adulto: 250-380 mg/dl. Criança: 203-360 mg/l. Recém-nascido: 130-275 mg/dl. Desnutrição : Leve: 150 – 200 mg/dL Moderada: 100 – 150 mg/dL Severa: < 100 mg/dL Índice de saturação transferrina (IST) - Valores de referência: 20 – 55% Pré-Albumina Também chamada de transtiretina - carreadora da tiroxina (T4) e desempenhar um papel significativo no metabolismo da vitamina A. Proteína de síntese hepática de rápido turnover – vida média de cerca de 2 dias Reserva muito pequena no organismo. Diminui rapidamente quando a ingestão de calorias e/ou proteínas está insuficiente. É sensível indicador de deficiência protéica e retorna rapidamente a níveis normais quando a terapia nutricional é adequada. Pré-Albumina Está diminuída: Doenças hepáticas Restrição calórica Condições ↑ PTN de fase aguda (síntese rápida em resposta a injúria ex: Ptn C-reativa, ceruloplasmina, etc). Pré-Albumina Valores de referência: Normal: 20 mg/dL Depleção leve: 10-15 mg/dL Depleção moderada: 5-10 mg/dL Depleção grave: 5 mg/dL Recomenda-se medir a pré-albumina ou a proteína carreadora do retinol rotineiramente no início da terapia nutricional e durante o seu curso. Proteína Transportadora do Retinol Transporta forma alcoólica da vit A e está ligada a pré- albumina (em quantidade equimolar). Vida médiade 10-12 horas – índice MUITO sensível da restrição energética/protéica. Valor de referência: 3-5 mEq/dL ou mg/dL Valores inferiores a 3mg/dL podem ser indicativo de desnutrição. 22/07/2013 5 Proteína Transportadora do Retinol Está diminuída também: Carência de vit A Doenças hepáticas Carência de Zn Hipertireoidismo. Pode estar aumentada em: Doenças renais. Proteína C Reativa É uma das principais PTN de fase aguda. Pode ↑ 10 a 100 vezes nas primeiras 12 h em processos infecciosos, inflamatórios etc. Quando nível começa ↓ - paciente entra em estado anabólico = terapia nutricional mais intensa é benéfica. Níveis de pré-albumina começam a ↑ quase ao mesmo tempo que Prot C reativa começa a ↓ Proteína C Reativa Pode ser usada para diferenciar processo infeccioso bacteriano (apresenta-se elevada) de viral (permanece em níveis baixos). Valor de referência: < 0,8mg/dL Pseudocolinesterase Mucoproteína associada a fração albumínica das proteínas séricas. Sem significado fisiológico conhecido. Demonstrada – sensibilidade a modificação do estado nutricional, ou seja, está diminuída na desnutrição e aumentada na obesidade. Meia vida de 8 dias. Valor de referência: 4,9-11,9U/mL Fibronectina É uma α-2-glicoproteína presente nos líquidos extracelulares e superfície de alguns tecidos. Vida média: 4-24horas Papel importante nos mecanismos de defesa do organismo. Dietas hipocalóricas e/ou carentes de aa e lip – conteúdo plasmático ↓ Terapia nutricional - ↑ significativo Valor de referência: 220-400mg/L Somatomedina C (IGF-1) Interesse como indicador estado nutricional de crianças – mediador da ação do hormônio de crescimento. Níveis plasmáticos – sensíveis ao estado nutricional protéico Crianças desnutridas – [IGF-1] reduzida Realimentação - ↑ [IGF-1] 22/07/2013 6 Somatomedina C (IGF-1) Restrições: [IGF-1] ↓ - doenças inflamatórias Valores de Referência Até 6 anos: 20-200 ng/mL De 6 a 12 anos: 88-450 ng/mL De 13 a 16 anos: 200-900 ng/mL De 17 a 24 anos: 180-780 ng/mL De 25 a 39 anos: 114-400 ng/mL De 40 a 54 anos: 90-360 ng/mL > 54 anos: 70-290 ng/mL Avaliação do Compartimento Protéico Somático Avaliação de Massa Muscular Corpórea Creatinina urinária e Índice Creatinina-Altura 3-metil-histidina urinária Balanço nitrogenado Creatina Músculo – importante reserva de proteína. Creatina 98% - localizada no músculo Outros 2% - cérebro, fígado, rins e testículos Creatinina – metabólito excretado na urina derivado da hidrólise não enzimática irreversível da creatina. Se creatina músculo constante + função renal normal = Excreção urinária de creatinina proporcional índice de massa muscular. Creatinina Urinária A creatina corporal pode ser estimada pela medida de excreção de creatinina urinária. Excreção da creatinina urinária de 24h, realizada em 3 dias consecutivos, reflete diretamente a concentração de creatina corporal e indiretamente a massa muscular total. Creatinina Urinária Fatores que afetam a creatinina como índice de massa muscular: Exercícios extenuantes aumentam a excreção de creatinina urinária em 5 -10%, sendo os mecanismos desconhecidos; Ingestão diária de creatinina e creatina da carne aumenta a excreção urinária; Menstruação afeta excreção de creatinina urinária. Aumenta em 5 a 10% na segunda metade do ciclo menstrual e diminui antes e durante o fluxo menstrual; Creatinina Urinária Fatores que afetam a creatinina como índice de massa muscular: Idade influencia a excreção de creatinina, uma diminuição ocorre com o aumento da idade; Infecção, febre e trauma resultam em um aparente aumento na excreção de creatinina urinária. Valores de normalidade: Homens: 21 a 26 mg/Kg peso/24 h Mulheres: 16 a 22 mg/Kg peso/24 h 22/07/2013 7 Creatinina Urinária A perda de volume muscular é uma característica importante da desnutrição protéico-energética e sua estimativa é valiosa na determinação do estado nutricional. A dosagem da creatinina urinária de 24 horas correlaciona-se com o músculo esquelético, sendo utilizada como parâmetro para identificar as condições da massa muscular do organismo. Creatinina Urinária PTN dieta – influenciam na excreção de creatinina Antes de se proceder coleta de material para dosagem de creatinina urinária – dieta restrita em carnes ou peixes durante 24-48h precedentes ao teste e nos dias de teste. OBS: Exercício físico intenso, imobilização, estresse emotivo, sexo, idade e insuficiência renal podem influenciar nos resultados. Índice de creatinina-altura O ICA é calculado pela seguinte equação: ICA : ↑ 80% - valores normais de massa muscular 60-80% do valor tabela - depleção moderada da massa muscular, ↓ 60% - depleção grave. Limitações: Não deve ser utilizado na insuficiência renal e na fase aguda pós-traumática. Índice de creatinina-altura EXCREÇÃO DE 3-METILHISTIDINA Indicada como um marcador de catabolismo do músculo- esquelético. É um aminóácido presente quase exclusivamente na actina de todas as fibras do músculo esquelético e na miosina; No catabolismo de actina e miosina a 3-metilhistidina é eliminada pela urina. Não é reutilizada para a síntese protéica e é excretada INALTERADA na urina. EXCREÇÃO DE 3-METILHISTIDINA Terapia nutricional eficaz – reduz excreção de 3- metilhistidina Valores de referência: Crianças < 66 mg/g creat. Homens e Mulheres < 126 mg/g creat. Devido dificuldade de dosagem e alto custo – não é comum na prática clínica. Mais usado em pesquisas. 22/07/2013 8 Balanço Nitrogenado Útil para avaliar e direcionar o tratamento nutricional. Pode identificar a necessidade de aumento da oferta energética e avaliar a conduta nutricional empregada. Importante se certificar que o paciente não tem doença renal e nem perdas anormais de nitrogênio, como nos quadros de queimaduras e fístulas. Balanço Nitrogenado Balanço Nitrogenado = g N ingerido – g N excretado N ingerido = g PTN ingerida 6,25 N excretado = g N uréico urinário + perdas suor, fezes etc = 4g aprox. Balanço Nitrogenado = g PTN - (g uréia urinária) + 4 6,25 2,14 Balanço Nitrogenado Perdas de N nas fezes e pele (≈4g) N liberado metabolismo de PTN (ingestão) Balanço neutro N diário excretado na urina (uréia e amônia) Perdas de N nas fezes e pele (≈4g) N liberado metabolismo de PTN (ingestão) Balanço positivo + + < = Perdas de N nas fezes e pele (≈4g) N liberado metabolismo de PTN (ingestão) Balanço negativo + > N diário excretado na urina (uréia e amônia) N diário excretado na urina (uréia e amônia) Balanço Nitrogenado Limitações: Método: coleta de urina incompleta, por isso a coleta de 3 dias; Doenças: Insuficiência renal – pode promover retenção da uréia e substimar o N urinário Hepatopatias graves – podem promover prejuízo na transformação da amônia em uréia, subestimando as perdas de N; Doenças intestinais inflamatórias – podem provocar perdas intestinaisde N por má absorção; Presença de fístulas intestinais e/ou enteropatia – provocam perda de PTN ; Acidose metabólica – à medida que aumentam a excreção de amônia, com conseguinte diminuição do % de N urinário, produzem subestimação do BN. Estado Nutricional de Carboidratos Glicemia de jejum Importante para: Diagnóstico e monitoramento da Diabetes mellitus; Avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos; Diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas, desidratações, hipoglicemias; Avaliação da secreção inapropriada da insulina. Glicemia de jejum Glicose no soro ou plasma Jejum 8 horas Valores de referência: 70 – 100mg/dL (dependendo do método até 120) Resultado Diagnóstico < 100 mg/dL Normal Entre 100 e 125 mg/dL Glicemia de jejum alterada ≥ 126 mg/dL (em 2 medidas) Diabetes (Ideal fazer TTG para confirmar) 22/07/2013 9 Glicemia de jejum Concentrações aumentadas: Diabetes mellitus; Pancreatite aguda; Hipertireoidismo; Stress; Administração de drogas: ácido acetilsalicílico, atropina, ácido ascórbico, anticonvulsivantes, diuréticos, adrenalina, corticóides, dopamina, ondometacina, rifamicina, estrogênios, carbonato de lítio, tiabendazil e contraceptivos orais. Glicemia de jejum Concentrações diminuídas: Insulinomas (tumor no pâncreas); Insuficiência renal; Tumores extrapancreáticos; Administração de drogas: bloqueadores beta-adrenérgicos, esteróides anabólicos, anti-histamínicos, etanol, acetaminofen, levadopa, etc. Hipotireoidismo, hiperinsulinismo, desnutrição, alcoolismo, síndrome de má absorção, pancreatite crônica, etc. Glicose Pós-Prandial Coleta deve ser feita 2 horas após ingestão de 75g de dextrosol OU dieta padrão definida. Hiperglicemia pós-prandial Está associada a um risco aumentado de retinopatia Está associada a um aumento da espessura da íntima-média da carótida Causa “stress” oxidativo, inflamação e disfunção endotelial Está associada à diminuição de volume e do fluxo sanguíneo miocárdico Está associada a um risco aumentado de cancro Está associada a alterações negativas da função cognitiva nas pessoas idosas com diabetes tipo 2 Hipoglicemia pós-prandial: Pode ser causada por: hiperinsulinismo (muito encontrado em pacientes com gastrectomia), síndromes raras como intolerância hereditária à frutose ou sensibilidade a leucina. Valores de referência: < 140mg/dL Hemoglobina Glicosilada Também chamada de hemoglobina glicada ou glico- hemoglobina. Não deve ser realizado em: Pacientes com hemoglobinopatias - ↓ meia vida da hemoglobina e por isso do tempo de exposição da hemoglobina a glicose; Nesses casos o monitoramente deve ser feito pela dosagem de Frutosamina. Útil no controle de pacientes com diabetes – verificar se está mantendo dieta equilibrada. Hemoglobina Glicosilada (Hb A1c) Este tipo de hemoglobina é formada a partir de reações não enzimáticas entre a hemoglobina e a glicose. Quanto maior a exposição da hemoglobina a concentrações elevadas de glicose no sangue, maior é a formação da hemoglobina glicada. Expresso em porcentagem de hemoglobina total com glicose ligada durante 2 ou 3 meses precedentes. Avalia o controle da glicose a longo prazo. Hemoglobina Glicosilada (Hb A1c) Interpretação dos resultados: HbA1c (%) Glicemia média (mmol/L) Glicemia média (mg/dL) 5 4.5 80 6 6.7 120 7 8.3 150 8 10.0 180 9 11.6 210 10 13.3 240 11 15.0 270 12 16.7 300 22/07/2013 10 Frutosamina É uma proteína glicosilada com meia-vida curta, em torno de 2 a 3 semanas. Bom para monitoramento a curto prazo do controle diabético. Bom para pacientes hemoglobinopatias. Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou Curva Glicêmica Quando deve ser utilizado: Em pacientes que apresentam glicose borderline; Para confirmar ou excluir o diagnóstico de diabetes mellitus; Para explorar glicosúria sem hiperglicemia; Para diagnosticar diabetes gestacional. Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou Curva Glicêmica Para realização do teste: Necessário jejum mínimo de 10 horas e máximo de 16 horas. Evitar drogas por pelo menos 3 dias antes da realização do teste. Contraceptivos orais devem ser evitados por 1 ciclo completo. Fazer dieta por, pelo menos, 3 dias com mais de 150g de CHO/dia. Só realizar a curva se a glicemia de jejum for menor que 140mg/dL. Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou Curva Glicêmica Consumo de 75g de glicose Administração após jejum Glicose sérica medida antes do consumo e novamente 5 vezes durante 3 horas após a dose ou no tempo 0 e 120 minutos após ingestão. Resultados (2 horas após a dose de 75g de glicose) Diagnóstico < 140 mg/dL Normal Entre 140 e 199 mg/dL Intolerância a glicose ≥ 200 mg/dL Diabetes Diagnóstico dos testes – Glicemia e TTG Pacientes com glicemia de jejum normal (< 100 mg/dL) e TTG normal (< 140 mg/dL) - normais; Pacientes com glicemia de jejum normal ou alterada (< 126 mg/dL) e teste de tolerância à glicose entre 140 e 200 mg/dL - portadores de intolerância à glicose; Pacientes com glicemia de jejum alterada (entre 100 e 125 mg/dL) e TTG normal (< 140 mg/dL) - portadores de glicemia de jejum alterada; Pacientes com glicemia de jejum maior que 126 mg/dL (em pelo menos 2 medidas, em dias diferentes) E/OU com TTG acima de 200 mg/dL - portadores de diabetes. Pacientes com intolerância à glicose ou glicemia de jejum alterada são considerados portadores de pré-diabetes. Glicose Urinária Ocorre quando a glicose sanguínea - > 160 ou > 200mg/dL. Influenciada pela glicemia e também pela taxa de filtração glomerular, pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo urinário. Situações como: queimaduras, infecção, doenças neurológicas, terapia com esteróides podem causar glicosúria. Valores de referência: Concentrações indetectáveis até 160mg/24horas. 22/07/2013 11 Perfil Lipídico A IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia – indica o perfil lipídico como maneira de avaliar o risco de doenças cardiovasculares. Perfil lipídico consiste nos seguintes exames: Triglicerídios ou triglicérides ou triacilgliceróis Colesterol total HDL - Colesterol LDL - Colesterol Triglicerídios ou triglicérides Ésteres de glicerol - provenientes da dieta Digestão – duodeno e íleo através da ação dos ácidos biliares e lipase pancreática (lingual e gástrica = 30% da digestão de TG) – hidrolisado a glicerol e ácidos graxos e monoacilaglicerol (micelas) – ABSORÇÃO – reesterificação a TG - formação dos quilomícrons no enterócito – circulação – FÍGADO – VLDL – lipase lipoprotéica – LDL . Valores de referência: Desejável: < 100 mg/dL Limítrofe: 100 – 129 mg/dL Elevado: ≥ 130 mg/dL Para homens e mulheres diabéticos > 20 anos: < 150 mg/dL Triglicerídios ou triglicérides Diminuído: Desnutrição; Síndrome de má absorção; Hipertireoidismo. Aumentado: Ingestão de açúcar e/ou gordura e massas; O grau de aumento depende dos níveis basais de triglicérides. Ex: pessoa que em jejum tenha triglicérides igual a 80 e almoce cheeseburger com batata frita e milkshake, poderá experimentar uma elevação entre 15% e 20% em seus níveis = 92 a 96, (ainda normalidade). Ingestão de álcool; Gravidez; Medicamentos: anticoncepcionais, prednisona, etc. Patologias: diabetes mellitus, síndrome nefrótica, pancreatite, doenças coronarianas e aterosclerose. Triglicerídios ou triglicérides Modificações da dieta são muito eficazes no controle dos triglicérides, mais do que os do colesterol. Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas (frituras e gordura animal) reduz o colesterol em apenas 5% a 10%, os triglicérides caem de 20% a 30%. O exercício físico aeróbico é fortemente recomendado para os que apresentam triglicérides elevados. Sua prática reduz os níveis de 10% a 20%. Triglicerídios ou triglicérides Substâncias como os ácidos graxos ômega-3, presentes no óleo de peixes como o salmão, constituem fontes alimentares importantes para quem precisa reduzir triglicérides. Para que sejam ingeridas nas quantidades adequadas, entretanto, é preciso comer cerca de 300 gramas de salmão por dia. Por isso, já existem cápsulas de ômega-3 que supram essa necessidade de forma menos enjoativa. Em 1996, uma compilação de vários estudos demonstrou que, para cada aumento de 88,5 mg na dosagem de triglicérides sanguíneos, o risco de doença coronariana aumenta 37% em mulheres e 14% nos homens. Colesterol Total Produzido no fígado – componente estrutural de membrana celular, precursor de ácidos biliares e hormônios esteróides. Compreende todo o colesterol encontrado em várias lipoproteínas: 60 – 70% transportado pela LDL lipoproteína; 20 – 35% transportado pela HDL-lipoproteína; 5 a 12% transportado pela VLDL-lipoproteína; 22/07/2013 12 Colesterol Total Valores de referência: Adulto Desejável: < 200 mg/dL Limítrofe: 200 – 239 mg/dL Elevado: ≥ 240 mg/dL Valores de referência: de 2 a 19 anos de idade Desejável: < 150 mg/dL Limítrofe: 150 – 169 mg/dL Elevado: ≥ 170 mg/dL Diminuído = má absorção, desnutrição, estresse, etc. Aumento = diabetes mellitus, obesidade, hipotireoidismo, etc. HDL-Colesterol Altos níveis de HDL, DIMINUEM os riscos de aterosclerose. HDL – envolvido no transporte reverso do colesterol para o fígado. São aproximadamente 1/5 dos valores de colesterol total. Aterosclerose ou arteriosclerose Arteriosclerose - endurecimento e espessamento da parede das artérias. Pela diminuição da elasticidade arterial, costuma provocar aumento da pressão arterial. É quase universal na velhice e predominantemente no sexo masculino. Aterosclerose - doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Ateromas são placas, compostas de lipídeos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. Levam progressivamente a diminuição do diâmetro do vaso, podendo chegar a obstrução total do mesmo. HDL-Colesterol Valores de referência: Desejável: Homens: ≥ 45 mg/dL Mulheres: ≥ 50 mg/dL Mulheres após menopausa: ≥ 60 mg/dL De 2 a 19 anos de idade: ≥ 45 Baixo: < 35 mg/dL HDL-Colesterol Aumento: exercício regular, terapia c/ estrogênio ou insulina, ingestão moderada de álcool (vinho), etc. Redução: privação alimentar prolongada, obesidade, diabetes mellitus, hipertireoidismo, fumo, hipertrigliceridemia, sedentarismo, medicamentos: esteróides, bloqueadores beta- adrenérgicos e antidepressivos, etc. LDL Colesterol Maior proteína carreadora de colesterol no plasma. Molécula mais aterogênica no sangue. Valores diretamente associados ao prognóstico de risco de aterosclerose coronariana. Melhor correlação com aterosclerose do que o colesterol total. 22/07/2013 13 LDL Colesterol Valores de referência: Ótimo: < 100 mg/dL Quase ótimo: 100 - 129 mg/dL Limítrofe: 130 – 159 mg/dL Alto: 160 – 189 mg/dL Muito alto: > 190 mg/dL Aumentado = deficiência de alfa-lipoproteína, estresse agudo, disfunção hepatocelular severa, etc. Valores de referência de TGC e colesterol podem variar Valores desejáveis de colesterol e triglicérides - vão depender se o paciente já apresentou ou não algum tipo de doença cardiovascular. Se o paciente nunca teve infarto do miocárdio, angina, derrame ou doença arterial periférica, então o objetivo do tratamento é impedir que ele venha a apresentar algum desses distúrbios. Trata-se de um paciente em prevenção primária. Valores de referência de TGC e colesterol podem variar Se o paciente já apresentou alguma dessas doenças, então o objetivo do tratamento é impedir que ele apresente um novo episódio. O manejo dos níveis de colesterol deve ser mais rigoroso, pois trata-se de um paciente em prevenção secundária. Valores Desejáveis de LDL-Colesterol de Acordo com o Risco Cardiovascular •Doença cardiovascular é definida como a presença (ou história prévia) de: infarto do miocárdio ou angina; ou doença sintomática das artérias carótidas; ou doença arterial periférica; ou aneurisma de aorta abdominal. Outros marcadores para acompanhamento de Doença Cardiovascular Essas análises são sugeridas quando o perfil lipídico por si só não é suficiente: Lipoproteína a Homocisteína Proteína C-reativa de alta sensibilidade Lipoproteína a Lipoproteína a é semelhante a LDL, produzida pelo fígado. Lpa é um importante marcador bioquímico da aterosclerose. Lipoproteína a Inibe produção de plasmina (enzima que degrada fibrina) Inibe a fibrinólise (degradação da fibrina) Pró-aterogênica 22/07/2013 14 Lipoproteína a Quando elevada no plasma = fator de risco para aterosclerose para brancos e amarelos e não para negros. Fator de risco independente para doenças cardiovasculares ateroscleróticas. Concentração determinada geneticamente – não sofre influência ambiental. Valor de referência: < 30mg/dL Homocisteína Aminoácido não protéico formado pelo metabolismo da metionina. Hiperhomocisteinemia – correlacionada ao aumento da disfunção endotelial e do risco de doenças cardiovasculares (resultados controversos). Valores de referência: Plasma: 5 a 14 µmol/L Soro: 5,5 a 17 µmol/L Importante: deficiência de vit B6, B12 e ác fólico podem causar aumento dos níveis plasmáticos. Fonte B6: vísceras, germe de trigo, aveia, gema de ovo Fonte B12:fígado, ostras, peixes Fonte ac fólico: vísceras, verduras de folha verde, legumes, frutos secos, grãos integrais e levedura de cerveja Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade Produzida e liberada pelo fígado em resposta a presença das citocinas (substâncias envolvidas na resposta imune como interferon, interleucinas, fator de necrose tumoral) na corrente sanguínea. Seus níveis plasmáticos podem estar aumentados de 10 a 100 vezes nas primeiras 24hs de um processo inflamatório causado por bactérias, doenças auto-imunes e neoplasias. Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade Correlação entre presença de células inflamatórias na parede das artérias e as placas ateroscleróticas. É necessário método de alta sensibilidade capaz de discriminar níveis baixos de inflamação. Valores de referência para avaliação de risco cardiovascular. < 0,11 mg/dL (Laboratório Fleury) American Heart Association Alto risco: > 0,3mg/dL Risco médio: de 0,1 a 0,3 mg/dL Baixo risco: < 0,1 mg/dL Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade Novas descobertas: Níveis elevados de proteína C-reativa estão associados a ataques cardíacos ea derrames cerebrais mesmo em indivíduos com LDL baixo; Níveis elevados de proteína C-reativa guardam relação linear com o número de acidentes cardiovasculares, isto é, quanto mais altos os níveis, maior a probabilidade de acidentes; Pessoas com níveis baixos de LDL e de proteína C-reativa são as que menor risco de doença cardiovascular apresentam. Ao contrário, as que possuem LDL e proteína C-reativa elevados apresentam risco de seis a nove vezes maior; As concentrações de proteína C-reativa no sangue são coerentes com os demais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Seus níveis se elevam com o fumo, com o aumento de peso, com o diabetes, com a hipertensão arterial e com o passar dos anos. Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina A Age no processo visual – cegueira noturna um dos primeiros sintomas de deficiência. Pode ocorrer também ceratomalácia (ulceração na córnea), xeroftalmia (ressecamento do olho) e alterações do apetite contribuindo para menor crescimento. Deficiência pode ser causada: ausência na dieta, má absorção, doenças biliares, pancreáticas ou intestinais, reservas inadequadas no fígado. 22/07/2013 15 Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina A Hipervitaminose A – consumo excessivo (doses 10 vezes maiores que as RDA) e crônico de vitamina A. Acontece quando há: Consumo excessivo de fígado; Automedicação (consumo excessivo de suplemento de vit A). Sintomas: náuseas, vômitos, cefaléias, alopécia, dores ósseas e articulares, descamação epitelial, hemorragia etc. Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina A Dosagem de retinol sérico – indicadores + utilizados Baixas concentrações: < 20µg/dL Na deficiência de vit A ocorre um rápido aumento sérico após a ingestão de pequena dose dessa vitamina = Dose Resposta Relativa (DRR) Valores de referência: DRR entre 1 – 14% = Depleção DRR > 14-20% = Estado marginal de vit A Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina D Baixos níveis - pode ocorrer no inverno, entre indivíduos com mínima exposição ao sol ou em síndromes de má absorção de gorduras ou uso de medicamentos como isoniazida e anticonvulsivantes ou falência de órgãos (como fígado). Podem acarretar – osteomalácia (adultos) ou raquitismo (crianças). Toxicidade – devido a medicamentos. Intolerância gastrointestinal, hipercalemia (↑ potássio), calcificações metastáticas e formação de cálculos renais. Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina D Avaliação do estado nutricional de Vit D – realizado pela dosagem de 25-hidroxivitamina D plasmática. Valores de referência: Aceitável: > 30 nmol/L Baixa: < 25 nmol/L Deficiente: < 12 nmol/L Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina E Principal antioxidante da membrana celular – inibe radicais livres e com isso previne peroxidação lipídica e envelhecimento. α tocoferol plasmático ou sérico: teste + utilizado para avaliar estado nutricional de vit E Valores de referência adultos: 11,6µmol/L – 46,4µmol/L Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina K Participa da síntese de proteínas ligantes de Cálcio, além dos fatores de coagulação. O pool corporal e reservas no fígado são pequenos e rapidamente depletados Tempo de protrombina : teste + utilizado para avaliação do estado nutricional de vit K. 22/07/2013 16 Estado Nutricional de Vitaminas Lipossolúveis – Vitamina K Valores de referência: Prevenção primária e secundária de trombose venosa : 2-3 seg Acidose tromboembólica aguda e prevenção de tromboses venosas recidivantes: 2 – 4 seg Próteses valvulares cardíacas e profilaxia para tromboembolismo: 3 – 4,5 seg Anticoagulação pré-operatória: 2 – 3 seg Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina B1 (Tiamina) Age como coenzima - coenzima tiamina pirofosfato (TPP) – formando acetato e acetil coA no ciclo de Krebs Podem desenvolver deficiência: Consumidores de elevadas quantidades de CHO derivados do arroz; Alcoólatras; Pacientes renais em diálise; Pacientes em nutrição parenteral; Pacientes hipermetabólicos; Pacientes cardíacos tratando com furosemida. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina B1 (Tiamina) Não existe toxicidade pois quantidades excessivas são eliminadas pelos rins. A mensuração de tiamina pode ser feita: Pelo sangue - Valores de referência: 5 -7µg / 100 ml, Pela urina - Valores de referência: ≥ 27µg / g de creatinina. Pela pela atividade da transcetolase eritrocitária, enzima que depende de TPP: atividade basal 2%. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina B2 (Riboflavina) Age como co-fator no metabolismo energético. Drogas: clopromazina, imipramina e amitriptilina inibem o metabolismo da vitamina B2. O zinco, cobre, ferro, cafeína, ácido ascórbico, uréia e triptofano alteram sua solubilidade com conseqüente diminuição de sua utilização. Principais causas de deficiência por má absorção: Intolerância a lactose Espru tropical/doença celíaca Obstrução gastrointestinal/biliar Diarréia Síndrome do colón irritável Alcoólatras Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina B2 (Riboflavina) Sua mensuração pode ser feita: No sangue total Valores de referência: 20µg / 100m Em eritrócitos Valores de referência: 27 – 40nmol/L ou 10 - 15µg / dL Na urina Valores de referência: 0,21 – 0,32 µmol/L Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Niacina Participa da formação das coenzimas NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato), responsáveis pela transferência de elétrons e hidrogênio de enzimas participantes do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas. O uso abusivo do álcool leva a diminuição do armazenamento hepático e da conversão da niacina em suas coenzimas. 22/07/2013 17 Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Niacina Atualmente - altas doses de niacina (> 3g/dia) podem levar à redução do colesterol sérico em situações de refratariedade ao tratamento convencional, porém, são necessários maiores estudos que comprovem esse uso. Altas doses de niacina (>1,7g/dia) podem ter efeitos tóxicos: arritmia; náuseas; vômitos; diarréia; úlcera péptica; hiperuricemia e aumento das bilirrubinas e das transaminases hepáticas. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Niacina A mensuração de niacina pode ser feita: Por metabólito excretado pela urina (metilnicotinamida) + mais utilizado Valores de referência: >1,6 mg / g de creatinina urinária. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Piridoxina (B6) Age como co-enzima em mais de 100 reações do metabolismo de aa, CHO, lipídeos e neurotransmissores. Deficiência por ingestão - pouco provável pois está presente em diversas fontes alimentares. Álcool aumenta a excreção urinária de piridoxina. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Piridoxina A mensuração da piridoxina pode ser feita: Razão metil-piridona carboxamida para N-metilniconinamida urinária. Valores de referência: Estado adequado: 1,3 – 4,0 mg/dia Depleção de niacina: < 1,0mg/dia Pelos níveis séricos de piridoxal 5- fosfato (PLP) Valores de referência: 37 –60 pmol/ml Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Ac Pantotênico Substância amplamente distribuída entre os alimentos, a vitamina B5 aparece como fator constituinte da coenzima A, essencial para várias etapas do metabolismo celular e para obtenção de energia. Está envolvida na síntese de colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteróides e porfirina para hemoglobina. Rara a deficiência, mas pode ocorrer na desnutrição grave. O álcool diminui sua absorção. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Ac Pantotênico A mensuração da vitamina B5 é feita pelo seu nível sanguíneo total ou urinário. Sanguíneo: adultos - 183µg / dl; gestação- 103µg / dl; lactação - 112µg / dl. Urinário: Níveis baixos: < 4,5µmol/24horas. 22/07/2013 18 Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Cobalamina É coenzima fundamental no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas (participa da síntese de aminoácidos). Atua na formação dos ácidos nucléicos e portanto é imprescindível para o funcionamento de todas as células, principalmente do trato gastrointestinal, tecido nervoso e médula óssea. No tecido nervoso seu papel específico é na formação da bainha de mielina dos neurônios. No sistema hematopoiético, é responsável pela maturação das hemácias. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Cobalamina Diminuição da absorção pode ocorrer: Na presença excessiva de álcool ; Situações de deficiência de vitamina B6 (que participa da formação do fator intrínseco gástrico) a absorção de cobalamina fica diminuída. Doenças que levam a um estado de má – absorção intestinal (Síndrome do intestino curto, Gastrectomias parciais ou totais, Gastrite Atrófica, Doença celíaca, entre outras) As drogas de ação antagonista à cobalamina são: colchicina (Gota), neomicina (antibiótico), contraceptivos orais, metformina, (hipoglicemiante oral) cloreto de potássio (repositor de eletrólito) e barbitúricos (tratamento insônia). Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Cobalamina A mensuração da cobalamina é feita através de seus valores plasmáticos Valores de referência: Normalidade: ≥ 150pg/mL Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Ac Fólico Está envolvido: síntese de purinas e pirimidina, componentes do DNA; processo de interconversão de aminoácidos; maturação das hemácias e leucócitos. Sua metabolização pode estar prejudicada em pessoas que usam medicações como o metotrexato (câncer), trimetropim (antibiótico) ou pirimetamina (combate infecção por protozoários) e sua absorção está diminuída em pacientes alcoólatras, em uso de contraceptivos orais ou medicação antiácida. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Ac Fólico Algumas situações clínicas levam à deficiência de ácido fólico, entre elas: gestação, pelo aumento da demanda deste nutriente; doenças inflamatórias intestinais, por diminuição da superfície de absorção; pacientes com câncer em quimioterapia; queimaduras; doenças hepáticas; nutrição parenteral prolongada. É importante destacar que durante a gestação a suplementação de ácido fólico previne contra má formações do tubo neural em fetos. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Ac Fólico A mensuração de ácido fólico pode ser feita pela sua concentração plasmática ou eritrocitária: Plasmática: valor de referência: ≥ 6ng / ml Eritrócitária: valor de referência:160 – 800ng / ml. 22/07/2013 19 Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Biotina Participa como coenzima das reações de carboxilação catalisadas pelas enzimas carboxilases, envolvidas em reações de gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e do metabolismo dos aminoácidos, principalmente a leucina. Situações que predispõem ao aparecimento de deficiência de biotina: Consumo de ovos crus que contêm avidina, glicoproteína que impede a absorção de biotina. Outras situações incluem: cirrose hepática; gestação; antibioticoterapia prolongada, por diminuição da microflora intestinal e conseqüente diminuição da síntese de biotina e nutrição parenteral prolongada por mais de oito semanas. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Biotina A mensuração da biotina é feita através de: Níveis plasmático Valor de referência: 215 – 750pg /ml; Níveis eritrocitários Valor de referência: (55 – 170pg/ ml); Nível sanguíneo total Valor de referência: (200 – 500pg / ml). Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina C Atua como co-fator de diferentes enzimas, participa da biossíntese do colágeno, da carnitina e norepinefrina e no metabolismo da tirosina. Superdosagem: Pode levar a formação de cálculos renais pela acidificação da urina. Estado Nutricional de Vitaminas Hidrossolúveis – Vitamina C Deficiência: Escorbuto: sangramento TGI, rins, conjuntiva, cérebro, além de edemas e gengivas esponjosas com sangramento. A mensuração da vit C é feita através por dosagem de vit C plasmática: Valores de referência : 30 a 150 micromol/L Estado Nutricional Minerais - Ferro Ferro sérico Siderofilina/Transferrina Ferritina Estado Nutricional Minerais - Ferro Deficiência de Fe – uma das deficiências mais comuns – causa de anemia, especialmente em crianças e mulheres adultas. Anemia - desequilíbrio entre necessidade de Fe e sua disponibilidade. 22/07/2013 20 Ferro sérico Dosagem de Fe sérico – útil na avaliação de anemias. Valores ↓ - encontrado em perdas sanguíneas, dieta inadequada, doenças inflamatórios crônicas (asma, aterosclerose), neoplasias, desnutrição e síndrome nefrótica. Valores ↑ - encontrado em pacientes que receberam medicação contendo ferro, na hemossiderose (deposição de hemossiderina nos tecidos), anemias hemolíticas, hepatite, necrose hepática aguda e na hemocromatose (depósito de ferro nos tecidos em virtude de seu excesso no organismo). Apresenta variação circadiana – 30% ou + elevada pela manhã Valores de referência: 40 – 180mcg/dL (pouca variação quanto ao sexo) Siderofilina Também chamada de transferrina. Transportadora de Fe e útil na investigação das anemias microcíticas e no acompanhamento de pacientes com hemocromatose. Concentração sérica ↓ - anemias decorrentes de processos infecciosos crônicos, na insuficiência renal, na síndrome nefrótica e na doença hepática grave. Concentração sérica ↑ - maioria das anemias carenciais (ferro, folato ou Vitamina B12). Ferritina Principal proteína intracelular responsável pela reserva de Fe - nível circulante tem relação direta com a quantidade de Fe armazenado. Concentração sérica ↑ - em processos inflamatórios, infecciosos ou traumáticos. Concentração sérica ↓ – anemia ferropriva, mas pode estar reduzida mesmo antes de se instalar o quadro anêmico. Ferritina Valores de referência: Recém-nascidos: 25 - 200mcg/dL; Até 1 mês: 200 - 600 mcg/dL; De 2 a 5 meses: 50 a 200 mcg/dL; De 6 meses a 15 anos: 10 – 150 mcg/dL; Adultos: Mulheres: 24 – 155 mcg/dL; Homens: 36 – 262 mcg/dL. Estado Nutricional Minerais - Sódio Importante para o equilíbrio hidroeletrolítico. Hiponatremia- taxa de sódio diminuída Pode ocorrer: Doença de Addison (insuficiência da supra renal); Dieta pobre em sódio e rica em potássio; Gravidez – ligeira diminuição dos níveis séricos; Vômito prolongado; Diarréia prolongada. Estado Nutricional Minerais - Sódio Hipernatremia - taxa de sódio aumentada Pode ocorrer: Síndrome de Cushing (hiperfuncionamento da supra renal); Desidratação; Administração de soro fisiológico puro no período pós-operatório; Ingestão excessiva de sal na presença de nefropatia. Valores de referência: Natremia (soro): 135 – 145nEq/L Urina: 80 – 180nEq/L 22/07/2013 21 Estado Nutricional Minerais - Cálcio Mineral mais abundante no organismo, constitui 1,5 a 2% do peso corporal. Aprox. 99% do cálcio corporal está nos ossos e dentes e 1% está no sangue, fluidos celulares e dentro das células. Ossos – tecido dinâmico – trocas de cálcio e outros minerais para o sangue e fluidos extracelulares. Avaliação do Ca sérico – inadequado para avaliar estado corporal deste mineral – níveis são controlados por absorção e excreção óssea. Densitometria óssea – técnica para monitorar o estado nutricional de cálcio no organismo. Outros exames de interesse ao Nutricionista Hemograma Completo Provas da função hepática Hemograma Completo Série Vermelha – Eritrograma Hemoglobina Volume Corpuscular Médio (VCM) Hematócrito Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) Série Branca – Leucograma Contagem diferencial de leucócitos Contagem de plaquetas - Plaquetograma Eritrograma Série Vermelha ou Eritrograma = é o estudo da série vermelha (eritócitos ou hemácias). O estudo da série vermelha revela algumas alterações relacionadas como por exemplo anemia, eritrocitose (aumento do número de hemácias). Os resultados a serem avaliados são: Número de glóbulos vermelhos: os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade. Homem de 5.000.000 - 5.500.000/L Mulher de 4.500.000 - 5.000.000/L Hemoglobina Principal carreadora de oxigênio no sangue e o ferro é um de seus componentes essenciais. A hemoglobina se encontra nas hemácias – células vermelhas do sangue – tb chamadas de eritrócitos. É intracelular – sofre transformação metabólica mais lenta (meia vida = 120 dias). Mais 100g de proteína corpórea – forma de hemoglobina. Hemoglobina ↓ ocorre mais tardiamente na depleção protéica – manutenção do número de hemácias quando proteínas plasmáticas já estão ↓ Índice sensível mas pouco específico de desnutrição 22/07/2013 22 Hemoglobina Anemias - doenças caracterizadas pela capacidade diminuída de transporte de oxigênio devido à diminuição da contagem de eritrócitos ou à concentração de hemoglobina nestas células. Anemia adulto - Hb < 12,5g/dl, Anemia criança de 6 meses a 6 anos - Hb < 11g/dl Anemia crianças de 6 anos a 14 anos - Hb < 12g/dl VCM (Volume Corpuscular Médio) VCM (Volume Corpuscular Médio): é o índice mais importante pois ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia: Pequenas – microcíticas (mais comum é ferropriva) Grandes – macrocíticas (anemias por carência de B12 e ac fólico) Normais – normocíticas (doenças e infecções crônicas) Valores de referência: 84 a 92 fentalitros (10-15 litro) Abrev. fL ou fl. Hematócrito Representa a quantidade de hemácias existentes em 100ml de sangue total. Durante uma deficiência de ferro, o hematócrito cai somente depois que a formação de hemoglobina for afetada. Valores de normalidades: Homem de 40 - 50% Mulher de 36 - 45%. Nas anemias estes valores podem estar ↓ CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) Corresponde à concentração da hemoglobina nas hemácias. Índice estável. Valor de referência: Homens e mulheres: 32 - 36g/dl CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) Como a coloração da hemácia depende da quantidade de hemoglobina elas são chamadas de: Hipocrômicas (< 32g/dL); Hipercrômicas (> 36g/dL); Normocrômicas (no intervalo de normalidade entre 32 e 36g/dL). Valores ↑ - anemias hemolíticas ou carenciais após o consumo de Fe Valores ↓ nas aneminas aplásticas (medula óssea produz quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Eritrograma RDW (Red Cell Distribution Width): indica a anisocitose (variação de tamanho das hemácias – células desiguais em tamanho). Normalidade – 11,5 – 14,5µm Nem todos os laboratórios fornecem o seu resultado no hemograma. 22/07/2013 23 Série Branca Leucograma é o estudo da série branca. Valores de referência adultos: 6.000 – 8.000 leucócitos/mm3 Valores ↑ - leucocitose Leve - 9.000 a 11.000 leucócitos/mm3 Acentuada – 13.000 a 18.000 leucócitos/mm3 Acentuadíssima - > 18.000 leucócitos/mm3 Pode ser causada pelas stress com liberação de cortisol, infecções agudas causadas por bactérias, verminoses, pós-operatório, processos inflamatórios ou neoplásicos, uso de corticóides, septicemia , leucemias, etc.) Série Branca Valores ↓ - leucopenia, Concentrações abaixo de 5.000 leucócitos/mm3 Pode ser transitório como na dengue, leishimaniose ou no uso de medicamentos como antiinflamatórios e quimioterápicos ou pode assumir padrões definitivos (intoxicação por benzeno, xilol, solventes químicos ou na aplasia (deficiência) medular). Série Branca Contagem diferencial de Leucócitos: Monócitos: ↑ usa-se o termo monocitose - infecções virais, leucemia e após quimioterapia. Linfócitos: célula predominante nas crianças. ↑ = linfocitose. Em adultos - seu ↑ pode ser indício de infecção viral aguda ou crônica por bactérias. Em adultos – sua ↓ = linfopenia que ocorre em situações de imunosupressão como a AIDS Série Branca Contagem diferencial de Leucócitos: Eosinófilos: número ↑ = eosinofilia - ocorre em processos alérgicos ou parasitoses por helmintos como áscaris, ancilóstomos, enteróbios e estrongilóides. Basófilos: geralmente só encontrado em até uma célula em um indivíduo normal. Neutrófilos Segmentados: célula + encontrada em adultos. ↑ pode indicar infecção bacteriana. Série Plaquetária Plaquetas são observadas em relação a quantidade e seu tamanho. Sua diminuição pode levar a sangramentos já que as plaquetas tem como papel principal a coagulação do sangue. São células anucleadas e tamanho pequeno (1-3 micromêtros). Valores normais: 150.000 à 450.000 por microlitro (1 μL = 10–6 L) de sangue. Provas da Função Hepática Transaminase Oxalacética (TGO) Transaminase Pirúvica (TGP) Bilirrubinas Séricas Fosfatase Alcalina Gama-glutamil-transpeptidase 22/07/2013 24 Transaminase Oxalacética (TGO) Também chamada de aspartato aminotransferase (AST) Enzima encontrada no miocárdio, fígado, musculatura esquelética, rim e cérebro. Essas enzimas (TGO e TGP) são liberadas no sangue em grandes quantidades - quando há dano à membrana do hepatócito, resultando em aumento da permeabilidade. Pequenas elevações são encontradas na gravidez. Valores de referência: 5 a 50 U/L Transaminase Pirúvica (TGP) Enzima intracelular presente em grande quantidade no fígado e rim e pequena quantidade na musculatura esquelética e coração. Níveis elevados – hepatite infecciosa, doença pancreática, mononucleose, cirrose, icterícia, carcinoma metastático etc. Pequenas elevações são encontradas na gravidez. TGP e TGO são indicadores sensíveis de dano hepático em diferentes tipos de doenças. Valores de referência: 2 a 40 U/L Bilirrubinas Séricas Proveniente da quebra das moléculas de hemoglobina dando origem a bilirrubina não-conjugada. Mais tarde, no retículo endotelial liso (dos hepatócitos) ela é conjugada com ácido glicurônico transformando-se em bilirrubina conjugada. Valores de referência: Conjugada: 0,1 a 0,4 mg/dL Não –conjugada: 0,1 a 0,6 mg/dL Total: 0,2 a 1,0 mg/dL Fosfatase Alcalina Origina-se principalmente do fígado, por isso sua dosagem é importante na investigação de doenças hepatobiliares. É uma hidrolase que remove grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes - é mais ativa em soluções alcalinas. Valores de referência: Recém-nascidos: 128 a 484 U/L Até 13 anos: 28 a 265 U/L De 13 a 15 anos: 128 a 464 U/L Adultos: 38 a 126 U/L Gama-glutamiltranspeptidase Origina-se no sistema hepatobiliar e tem a função de transferir aa através das membranas celulares. Valores de referência: Masculino: até 56 U/L Feminino: até 42 U/L Referências Bibliográficas Waitzberg, DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Atheneu.3ed v.2 p.1023-1047, 2006. Shils, ME; Olson, JA; Shike, M. Ross, AC. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9ed. Manole. vol 2. 2106p, 2003. Kathleen Mahan, L; Escott-Stump, S. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca. 1242p, 2005. 22/07/2013 25 Referências Bibliográficas Third Report of the Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/cholesterol/ Acesso em: 1 set 2011. Andriolo, A. Medicina Laboratorial. 2 ed – Barueri, SP:Manole, 2008. Costa, M.J.C. Interpretação de Exames Bioquímicos para o Nutricionista. São Paulo: Atheneu, 2009. Referências Bibliográficas Tirapegui, J. Ribeiro, S.M.L. Avaliação Nutricional – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009. Rossi, L.; Caruso, L.; Galante, A.P. Avaliação Nutricional – Novas Perspectivas. São Paulo: Roca/Centro Universitário São Camilo, 2008. RochaI, RM et al. Influência da terapia com espironolactona sobre níveis sangüíneos de tiamina em pacientes com insuficiência cardíaca. Arq. Bras. Cardiol. vol.90 no.5 São Paulo May 2008. Referências Bibliográficas Roberto, T.L et al. Aplicações Clínicas das Vitaminas do Complexo B. Disponível em: http://www.amway.com.br/downloads/misc/vitaminas_co mplb_imen.pdf Acesso em: 23 mar 2012. Rosa, G. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado – Uma Abordagem Teórico-Prática. Rio de janeiro:Guanabara Koogan, 2008.
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