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Aula 6 - Avaliação Bioquímica - novo

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22/07/2013 
1 
Avaliação Bioquímica 
Análise e Interpretação de Exames Bioquímicos Comuns na 
Prática Clínica 
Introdução 
 Definição: informações sobre o estado nutricional obtidas 
pelo diagnóstico bioquímico, molecular e exames 
microscópicos de amostras de tecidos e fluidos 
corporais. 
 Interesse - surge na medida em que se evidenciam 
alterações bioquímicas anteriores às lesões celulares ou 
orgânicas. 
 
Introdução 
 O nutricionista ao solicitar exames, deve seguir a 
Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas 
N°306/2003, que dispõe sobre a solicitação de exames 
laboratoriais na área de Nutrição Clínica: 
 Art 1 – Compete ao Nutricionista a solicitação de exames 
laboratoriais necessário à avaliação, à prescrição e à evolução 
nutricional do cliente-paciente; 
 
Fatores que podem interferir na 
interpretação dos dados 
 Nenhum indicador bioquímico é diagnóstico. O uso 
combinado de diversos indicadores fornece uma medida 
melhor do estado nutricional do indivíduo; 
 
 O que é considerado “normal” varia com a idade, sexo, 
estado fisiológico, etc ; 
 
 Alguns testes são afetados por fatores não nutricionais 
como drogas; 
 
Fatores que podem interferir na 
interpretação dos dados 
 Podem ocorrer variações diárias ou semanais nos 
indicadores, de modo que uma única medida não 
deve ser considerada definitiva. Ex: colesterol sérico; 
 
 O valor bioquímico para nutriente pode ser 
influenciado pela ingestão ou nível corporal de um 
outro nutriente. Por exemplo, o folato sérico é 
influenciado pelo estado de outras vitaminas do 
complexo B. 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Proteínas: 
 Proteínas plasmáticas 
 Creatinina urinária e Índice de creatinina-altura 
 Excreção de 3-metil histidina urinária 
 Balanço nitrogenado 
 Carboidratos: 
 Glicemia de jejum 
 Glicemia pós-prandial 
 Hemoglobina glicosilada 
 Frutosamina 
 Curva glicêmica 
 Glicose urinária 
 
22/07/2013 
2 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Lipídeos: 
 Perfil lipídico 
 Outros marcadores para acompanhamento de doença 
cardiovascular 
 Vitamina A: 
 Retinol sérico 
 Dose resposta relativa (DRR) 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Vitamina D: 
 25-hidroxivitamina D plasmática 
 Vitamina E: 
 α tocoferol plasmático ou sérico 
 Vitamina K: 
 Tempo de protrombina 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Tiamina (B1): 
 Tiamina urinária, no sangue total, plasmática ou em eritrócitos 
 Riboflavina (B2): 
 No eritrócitos, no sangue total, na urina 
 Niacina (B3): 
 Metabólitos da niacina na urina (metilnicotinamida) 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Piridoxina (B6): 
 Razão metil-piridona carboxamida para N-metilniconinamida 
urinária. 
 Níveis séricos de piridoxal 5- fosfato (PLP) 
 Ácido pantotênico (B5): 
 Ácido pantotênico urinário ou no sangue total 
 Cobalamina (B12): 
 Cobalamina plasmática 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Ácido fólico (B9): 
 Folato em eritrócitos 
 Folato plasmático ou sérico 
 Biotina (B7 ou B8 ou Vitamina H): 
 Níveis plasmáticos, eritrocitário e nível sanguíneo total. 
 Ácido ascórbico (Vit C): 
 Vitamina C plasmática 
 
Biomarcadores para Avaliação do Estado 
Nutricional 
 Ferro: 
 Ferro sérico 
 Siderofilina/Transferrina 
 Ferritina 
 Sódio: 
 Sódio urinário 
 Cálcio : 
 Avaliação do cálcio sérico 
22/07/2013 
3 
Estado Nutricional das Proteínas 
 Avaliação da síntese protéica ou da “reserva” de proteína 
visceral é realizada através da DOSAGEM DE 
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS. 
 
 
Proteínas Totais 
 ↓ concentração sérica de PTN de síntese hepática = bom 
índice de DEP. 
 Numerosos outros fatores podem modificar a concentração 
das PTN séricas – resultado nutricional controverso. 
 Valores de referência: 6,4 – 8,1 g/dL 
 Aumentado: ocorre na desidratação e nas doenças que elevam as 
globulinas. 
 Diminuído: ocorre na doença hepática severa, desnutrição, diarréia, 
queimaduras severas, infecções, edema e síndrome nefrótica. 
 
Albumina 
 É uma proteína de meia vida longa (20 dias) cuja reserva no 
organismo é de 4,0 g/kg de peso corporal. 
 A longa meia vida + pool extravascular = índice pouco sensível 
à rápidas variações do estado nutricional. 
 A equivalência entre hipoalbuminemia e desnutrição pode ser 
uma interpretação simplista, que leva a erros de avaliação 
nutricional do paciente. 
 
Albumina 
 Inúmeros estudos – correlação de hipoalbuminemia e complicações 
nos pacientes hospitalizados. 
 Níveis séricos abaixo de 3,5 g/ dL implicam aumento da mortalidade. 
 Se a hipoalbuminemia for secundária à reduzida ingestão protéica, o 
déficit pode ser: 
 Leve: 3,0 - 3,5 g/ dL 
 Moderado: 2,4 – 2,9 g/ dL 
 Grave: < 2,4 g/ dL 
 Crítico: < 1,5 g/ dL 
 
Albumina 
 Concentrações aumentadas: 
 Desidratação; 
 Diuréticos em excesso; 
 Vômitos e diarréia grave; 
 Etc. 
 Concentrações diminuídas: 
 Síndrome nefrótica, hepatopatias, enteropatias com perdas protéicas; 
 Queimaduras graves, estados catabólicos e peritonite; 
 Desnutrição, doenças crônicas e alcoolismo; 
 Carência de Zn, neoplasias, hiper-hidratação, gravidez e anticoncepcionais. 
 
Transferrina 
 Gamaglobulina transportadora de Fe e alguns 
oligoelementos, com meia vida de 4 a 8 dias. 
 Sua rápida troca e reservas reduzidas fazem dela um 
indicador mais sensível nas alterações agudas do estado 
nutricional. 
 Cada molécula pode ligar 2 moléculas de Fe – 
normalmente apenas 30-40% da transferrina é empregada 
no transporte de Fe. 
 
22/07/2013 
4 
Transferrina 
 Está diminuída: 
 Infecções crônicas 
 Doenças hepáticas crônicas 
 Sobrecarga de Fe 
 
 Está aumentada: 
 Carência de Fe 
 Gravidez 
 Fase precoce das hepatites agudas 
 Perdas hemáticas crônicas 
 
Transferrina 
 Valores de referência: 
 Masculino adulto: 215-365 mg/dl. 
 Feminino adulto: 250-380 mg/dl. 
 Criança: 203-360 mg/l. 
 Recém-nascido: 130-275 mg/dl. 
 
 Desnutrição : Leve: 150 – 200 mg/dL 
 Moderada: 100 – 150 mg/dL 
 Severa: < 100 mg/dL 
 
 Índice de saturação transferrina (IST) - Valores de referência: 20 – 55% 
 
Pré-Albumina 
 Também chamada de transtiretina - carreadora da tiroxina (T4) e 
desempenhar um papel significativo no metabolismo da vitamina A. 
 Proteína de síntese hepática de rápido turnover – vida média de 
cerca de 2 dias 
 Reserva muito pequena no organismo. 
 Diminui rapidamente quando a ingestão de calorias e/ou proteínas 
está insuficiente. 
 É sensível indicador de deficiência protéica e retorna rapidamente a 
níveis normais quando a terapia nutricional é adequada. 
Pré-Albumina 
 Está diminuída: 
 Doenças hepáticas 
 Restrição calórica 
 Condições ↑ PTN de fase aguda (síntese rápida em resposta a 
injúria ex: Ptn C-reativa, ceruloplasmina, etc). 
Pré-Albumina 
 Valores de referência: 
 Normal: 20 mg/dL 
 Depleção leve: 10-15 mg/dL 
 Depleção moderada: 5-10 mg/dL 
 Depleção grave: 5 mg/dL 
 Recomenda-se medir a pré-albumina ou a proteína 
carreadora do retinol rotineiramente no início da terapia 
nutricional e durante o seu curso. 
 
Proteína Transportadora do Retinol 
 Transporta forma alcoólica da vit A e está ligada a pré-
albumina (em quantidade equimolar). 
 Vida médiade 10-12 horas – índice MUITO sensível da 
restrição energética/protéica. 
 Valor de referência: 3-5 mEq/dL ou mg/dL 
 Valores inferiores a 3mg/dL podem ser indicativo de desnutrição. 
 
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5 
Proteína Transportadora do Retinol 
 Está diminuída também: 
 Carência de vit A 
 Doenças hepáticas 
 Carência de Zn 
 Hipertireoidismo. 
 Pode estar aumentada em: 
 Doenças renais. 
 
Proteína C Reativa 
 É uma das principais PTN de fase aguda. 
 Pode ↑ 10 a 100 vezes nas primeiras 12 h em processos 
infecciosos, inflamatórios etc. 
 Quando nível começa ↓ - paciente entra em estado 
anabólico = terapia nutricional mais intensa é benéfica. 
 Níveis de pré-albumina começam a ↑ quase ao mesmo 
tempo que Prot C reativa começa a ↓ 
 
Proteína C Reativa 
 Pode ser usada para diferenciar processo infeccioso 
bacteriano (apresenta-se elevada) de viral (permanece em 
níveis baixos). 
 
 Valor de referência: 
 < 0,8mg/dL 
 
Pseudocolinesterase 
 Mucoproteína associada a fração albumínica das proteínas 
séricas. 
 Sem significado fisiológico conhecido. 
 Demonstrada – sensibilidade a modificação do estado 
nutricional, ou seja, está diminuída na desnutrição e aumentada 
na obesidade. 
 Meia vida de 8 dias. 
 Valor de referência: 
 4,9-11,9U/mL 
 
Fibronectina 
 É uma α-2-glicoproteína presente nos líquidos extracelulares e 
superfície de alguns tecidos. 
 Vida média: 4-24horas 
 Papel importante nos mecanismos de defesa do organismo. 
 Dietas hipocalóricas e/ou carentes de aa e lip – conteúdo 
plasmático ↓ 
 Terapia nutricional - ↑ significativo 
 Valor de referência: 
 220-400mg/L 
 
Somatomedina C (IGF-1) 
 Interesse como indicador estado nutricional de crianças – 
mediador da ação do hormônio de crescimento. 
 Níveis plasmáticos – sensíveis ao estado nutricional 
protéico 
 Crianças desnutridas – [IGF-1] reduzida 
 Realimentação - ↑ [IGF-1] 
22/07/2013 
6 
Somatomedina C (IGF-1) 
 Restrições: 
 [IGF-1] ↓ - doenças inflamatórias 
 
 Valores de Referência 
 Até 6 anos: 20-200 ng/mL 
 De 6 a 12 anos: 88-450 ng/mL 
 De 13 a 16 anos: 200-900 ng/mL 
 De 17 a 24 anos: 180-780 ng/mL 
 De 25 a 39 anos: 114-400 ng/mL 
 De 40 a 54 anos: 90-360 ng/mL 
 > 54 anos: 70-290 ng/mL 
 
Avaliação do Compartimento Protéico 
Somático 
 Avaliação de Massa Muscular Corpórea 
 Creatinina urinária e Índice Creatinina-Altura 
 3-metil-histidina urinária 
 Balanço nitrogenado 
 
 
Creatina 
 Músculo – importante reserva de proteína. 
 Creatina 
 98% - localizada no músculo 
 Outros 2% - cérebro, fígado, rins e testículos 
 Creatinina – metabólito excretado na urina derivado da 
hidrólise não enzimática irreversível da creatina. 
 Se creatina músculo constante + função renal normal = 
Excreção urinária de creatinina proporcional índice de massa 
muscular. 
 
Creatinina Urinária 
 A creatina corporal pode ser estimada pela medida de 
excreção de creatinina urinária. 
 Excreção da creatinina urinária de 24h, realizada em 3 
dias consecutivos, reflete diretamente a concentração de 
creatina corporal e indiretamente a massa muscular total. 
 
Creatinina Urinária 
 Fatores que afetam a creatinina como índice de massa 
muscular: 
 Exercícios extenuantes aumentam a excreção de creatinina 
urinária em 5 -10%, sendo os mecanismos desconhecidos; 
 Ingestão diária de creatinina e creatina da carne aumenta a 
excreção urinária; 
 Menstruação afeta excreção de creatinina urinária. Aumenta 
em 5 a 10% na segunda metade do ciclo menstrual e diminui 
antes e durante o fluxo menstrual; 
 
Creatinina Urinária 
 Fatores que afetam a creatinina como índice de massa 
muscular: 
 Idade influencia a excreção de creatinina, uma diminuição ocorre 
com o aumento da idade; 
 Infecção, febre e trauma resultam em um aparente aumento na 
excreção de creatinina urinária. 
 Valores de normalidade: 
 Homens: 21 a 26 mg/Kg peso/24 h 
 Mulheres: 16 a 22 mg/Kg peso/24 h 
 
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7 
Creatinina Urinária 
 A perda de volume muscular é uma característica 
importante da desnutrição protéico-energética e sua 
estimativa é valiosa na determinação do estado 
nutricional. 
 A dosagem da creatinina urinária de 24 horas 
correlaciona-se com o músculo esquelético, sendo 
utilizada como parâmetro para identificar as condições da 
massa muscular do organismo. 
 
Creatinina Urinária 
 PTN dieta – influenciam na excreção de creatinina 
 
Antes de se proceder coleta de material para dosagem de creatinina 
urinária – dieta restrita em carnes ou peixes durante 24-48h 
 precedentes ao teste e nos dias de teste. 
OBS: Exercício físico intenso, imobilização, estresse emotivo, sexo, idade e 
insuficiência renal podem influenciar nos resultados. 
Índice de creatinina-altura 
 
 O ICA é calculado pela seguinte equação: 
 
 
 
 
 ICA : 
 ↑ 80% - valores normais de massa muscular 
 60-80% do valor tabela - depleção moderada da massa muscular, 
 ↓ 60% - depleção grave. 
 
 Limitações: Não deve ser utilizado na insuficiência renal e na fase 
aguda pós-traumática. 
 
 
Índice de creatinina-altura 
 
EXCREÇÃO DE 3-METILHISTIDINA 
 Indicada como um marcador de catabolismo do músculo-
esquelético. 
 É um aminóácido presente quase exclusivamente na actina de 
todas as fibras do músculo esquelético e na miosina; 
 No catabolismo de actina e miosina a 3-metilhistidina é 
eliminada pela urina. 
 Não é reutilizada para a síntese protéica e é excretada 
INALTERADA na urina. 
 
EXCREÇÃO DE 3-METILHISTIDINA 
 Terapia nutricional eficaz – reduz excreção de 3-
metilhistidina 
 Valores de referência: 
 Crianças < 66 mg/g creat. 
 Homens e Mulheres < 126 mg/g creat. 
 Devido dificuldade de dosagem e alto custo – não é 
comum na prática clínica. Mais usado em pesquisas. 
 
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8 
Balanço Nitrogenado 
 Útil para avaliar e direcionar o tratamento nutricional. 
 Pode identificar a necessidade de aumento da oferta 
energética e avaliar a conduta nutricional empregada. 
 Importante se certificar que o paciente não tem doença 
renal e nem perdas anormais de nitrogênio, como nos 
quadros de queimaduras e fístulas. 
Balanço Nitrogenado 
 Balanço Nitrogenado = g N ingerido – g N excretado 
 N ingerido = g PTN ingerida 
 6,25 
 N excretado = g N uréico urinário + perdas suor, fezes 
etc = 4g aprox. 
 Balanço Nitrogenado = g PTN - (g uréia urinária) + 4 
 6,25 2,14 
 
Balanço Nitrogenado 
 
Perdas de N nas 
fezes e pele (≈4g) 
N liberado metabolismo 
de PTN (ingestão) 
Balanço 
neutro 
N diário excretado 
na urina (uréia e 
amônia) 
Perdas de N nas 
fezes e pele (≈4g) 
N liberado metabolismo 
de PTN (ingestão) 
Balanço 
positivo + 
+ 
< 
= 
Perdas de N nas 
fezes e pele (≈4g) 
N liberado metabolismo 
de PTN (ingestão) 
Balanço 
negativo 
+ > 
N diário excretado 
na urina (uréia e 
amônia) 
N diário excretado 
na urina (uréia e 
amônia) 
Balanço Nitrogenado 
 Limitações: 
 Método: coleta de urina incompleta, por isso a coleta de 3 dias; 
 Doenças: 
 Insuficiência renal – pode promover retenção da uréia e substimar o N 
urinário 
 Hepatopatias graves – podem promover prejuízo na transformação da 
amônia em uréia, subestimando as perdas de N; 
 Doenças intestinais inflamatórias – podem provocar perdas intestinaisde N 
por má absorção; 
 Presença de fístulas intestinais e/ou enteropatia – provocam perda de PTN ; 
 Acidose metabólica – à medida que aumentam a excreção de amônia, com 
conseguinte diminuição do % de N urinário, produzem subestimação do 
BN. 
Estado Nutricional de Carboidratos 
 Glicemia de jejum 
 Importante para: 
 Diagnóstico e monitoramento da Diabetes mellitus; 
 Avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos; 
 Diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas, desidratações, 
hipoglicemias; 
 Avaliação da secreção inapropriada da insulina. 
Glicemia de jejum 
 Glicose no soro ou plasma 
 Jejum 8 horas 
 Valores de referência: 
 70 – 100mg/dL (dependendo do método até 120) 
 
Resultado Diagnóstico 
< 100 mg/dL Normal 
Entre 100 e 125 mg/dL Glicemia de jejum alterada 
≥ 126 mg/dL (em 2 medidas) Diabetes (Ideal fazer TTG para 
confirmar) 
22/07/2013 
9 
Glicemia de jejum 
 Concentrações aumentadas: 
 Diabetes mellitus; 
 Pancreatite aguda; 
 Hipertireoidismo; 
 Stress; 
 Administração de drogas: ácido acetilsalicílico, atropina, ácido 
ascórbico, anticonvulsivantes, diuréticos, adrenalina, corticóides, 
dopamina, ondometacina, rifamicina, estrogênios, carbonato de 
lítio, tiabendazil e contraceptivos orais. 
 
Glicemia de jejum 
 Concentrações diminuídas: 
 Insulinomas (tumor no pâncreas); 
 Insuficiência renal; 
 Tumores extrapancreáticos; 
 Administração de drogas: bloqueadores beta-adrenérgicos, 
esteróides anabólicos, anti-histamínicos, etanol, acetaminofen, 
levadopa, etc. 
 Hipotireoidismo, hiperinsulinismo, desnutrição, alcoolismo, 
síndrome de má absorção, pancreatite crônica, etc. 
 
Glicose Pós-Prandial 
 Coleta deve ser feita 2 horas após ingestão de 75g de dextrosol OU dieta padrão definida. 
 Hiperglicemia pós-prandial 
 Está associada a um risco aumentado de retinopatia 
 Está associada a um aumento da espessura da íntima-média da carótida 
 Causa “stress” oxidativo, inflamação e disfunção endotelial 
 Está associada à diminuição de volume e do fluxo sanguíneo miocárdico 
 Está associada a um risco aumentado de cancro 
 Está associada a alterações negativas da função cognitiva nas pessoas idosas com diabetes tipo 2 
 Hipoglicemia pós-prandial: 
 Pode ser causada por: hiperinsulinismo (muito encontrado em pacientes com gastrectomia), síndromes raras 
como intolerância hereditária à frutose ou sensibilidade a leucina. 
 Valores de referência: 
 < 140mg/dL 
 
Hemoglobina Glicosilada 
 Também chamada de hemoglobina glicada ou glico-
hemoglobina. 
 Não deve ser realizado em: 
 Pacientes com hemoglobinopatias - ↓ meia vida da hemoglobina e 
por isso do tempo de exposição da hemoglobina a glicose; 
 Nesses casos o monitoramente deve ser feito pela dosagem de 
Frutosamina. 
 Útil no controle de pacientes com diabetes – verificar se está 
mantendo dieta equilibrada. 
 
 
Hemoglobina Glicosilada (Hb A1c) 
 Este tipo de hemoglobina é formada a partir de reações 
não enzimáticas entre a hemoglobina e a glicose. 
 Quanto maior a exposição da hemoglobina a 
concentrações elevadas de glicose no sangue, maior é a 
formação da hemoglobina glicada. 
 Expresso em porcentagem de hemoglobina total com 
glicose ligada durante 2 ou 3 meses precedentes. 
 Avalia o controle da glicose a longo prazo. 
Hemoglobina Glicosilada (Hb A1c) 
 Interpretação dos resultados: 
 
HbA1c (%) 
Glicemia média 
(mmol/L) 
Glicemia média 
(mg/dL) 
5 4.5 80 
6 6.7 120 
7 8.3 150 
8 10.0 180 
9 11.6 210 
10 13.3 240 
11 15.0 270 
12 16.7 300 
22/07/2013 
10 
Frutosamina 
 É uma proteína glicosilada com meia-vida curta, em torno de 2 
a 3 semanas. 
 Bom para monitoramento a curto prazo do controle 
diabético. 
 Bom para pacientes hemoglobinopatias. 
Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou 
Curva Glicêmica 
 Quando deve ser utilizado: 
 Em pacientes que apresentam glicose borderline; 
 Para confirmar ou excluir o diagnóstico de diabetes mellitus; 
 Para explorar glicosúria sem hiperglicemia; 
 Para diagnosticar diabetes gestacional. 
Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou 
Curva Glicêmica 
 Para realização do teste: 
 Necessário jejum mínimo de 10 horas e máximo de 16 horas. 
 Evitar drogas por pelo menos 3 dias antes da realização do 
teste. 
 Contraceptivos orais devem ser evitados por 1 ciclo completo. 
 Fazer dieta por, pelo menos, 3 dias com mais de 150g de 
CHO/dia. 
 Só realizar a curva se a glicemia de jejum for menor que 
140mg/dL. 
Teste de Tolerância à Glicose (TTG) ou 
Curva Glicêmica 
 Consumo de 75g de glicose 
 Administração após jejum 
 Glicose sérica medida antes do consumo e novamente 5 
vezes durante 3 horas após a dose ou no tempo 0 e 120 
minutos após ingestão. 
Resultados (2 horas após a 
dose de 75g de glicose) 
Diagnóstico 
< 140 mg/dL Normal 
Entre 140 e 199 mg/dL Intolerância a glicose 
≥ 200 mg/dL Diabetes 
Diagnóstico dos testes – Glicemia e TTG 
 Pacientes com glicemia de jejum normal (< 100 mg/dL) e TTG normal (< 140 mg/dL) 
- normais; 
 Pacientes com glicemia de jejum normal ou alterada (< 126 mg/dL) e teste de 
tolerância à glicose entre 140 e 200 mg/dL - portadores de intolerância à glicose; 
 Pacientes com glicemia de jejum alterada (entre 100 e 125 mg/dL) e TTG normal (< 
140 mg/dL) - portadores de glicemia de jejum alterada; 
 Pacientes com glicemia de jejum maior que 126 mg/dL (em pelo menos 2 medidas, em 
dias diferentes) E/OU com TTG acima de 200 mg/dL - portadores de diabetes. 
 Pacientes com intolerância à glicose ou glicemia de jejum alterada são considerados 
portadores de pré-diabetes. 
Glicose Urinária 
 Ocorre quando a glicose sanguínea - > 160 ou > 200mg/dL. 
 Influenciada pela glicemia e também pela taxa de filtração 
glomerular, pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo 
urinário. 
 Situações como: queimaduras, infecção, doenças neurológicas, 
terapia com esteróides podem causar glicosúria. 
 Valores de referência: 
 Concentrações indetectáveis até 160mg/24horas. 
22/07/2013 
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Perfil Lipídico 
 A IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da 
Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia – indica 
o perfil lipídico como maneira de avaliar o risco de doenças 
cardiovasculares. 
 Perfil lipídico consiste nos seguintes exames: 
 Triglicerídios ou triglicérides ou triacilgliceróis 
 Colesterol total 
 HDL - Colesterol 
 LDL - Colesterol 
 
Triglicerídios ou triglicérides 
 Ésteres de glicerol - provenientes da dieta 
 Digestão – duodeno e íleo através da ação dos ácidos biliares e lipase 
pancreática (lingual e gástrica = 30% da digestão de TG) – hidrolisado a 
glicerol e ácidos graxos e monoacilaglicerol (micelas) – ABSORÇÃO – 
reesterificação a TG - formação dos quilomícrons no enterócito – 
circulação – FÍGADO – VLDL – lipase lipoprotéica – LDL . 
 Valores de referência: 
 Desejável: < 100 mg/dL 
 Limítrofe: 100 – 129 mg/dL 
 Elevado: ≥ 130 mg/dL 
 Para homens e mulheres diabéticos > 20 anos: < 150 mg/dL 
 
 
Triglicerídios ou triglicérides 
 Diminuído: 
 Desnutrição; 
 Síndrome de má absorção; 
 Hipertireoidismo. 
 
 Aumentado: 
 Ingestão de açúcar e/ou gordura e massas; 
 O grau de aumento depende dos níveis basais de triglicérides. Ex: pessoa que em jejum tenha 
triglicérides igual a 80 e almoce cheeseburger com batata frita e milkshake, poderá experimentar uma 
elevação entre 15% e 20% em seus níveis = 92 a 96, (ainda normalidade). Ingestão de álcool; 
 Gravidez; 
 Medicamentos: anticoncepcionais, prednisona, etc. 
 Patologias: diabetes mellitus, síndrome nefrótica, pancreatite, doenças coronarianas e 
aterosclerose. 
Triglicerídios ou triglicérides 
 Modificações da dieta são muito eficazes no controle dos 
triglicérides, mais do que os do colesterol. 
 Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas (frituras e gordura 
animal) reduz o colesterol em apenas 5% a 10%, os triglicérides 
caem de 20% a 30%. 
 O exercício físico aeróbico é fortemente recomendado 
para os que apresentam triglicérides elevados. Sua prática 
reduz os níveis de 10% a 20%. 
Triglicerídios ou triglicérides 
 Substâncias como os ácidos graxos ômega-3, presentes no óleo 
de peixes como o salmão, constituem fontes alimentares 
importantes para quem precisa reduzir triglicérides. 
 Para que sejam ingeridas nas quantidades adequadas, entretanto, é 
preciso comer cerca de 300 gramas de salmão por dia. Por isso, já 
existem cápsulas de ômega-3 que supram essa necessidade de forma 
menos enjoativa. 
 Em 1996, uma compilação de vários estudos demonstrou que, 
para cada aumento de 88,5 mg na dosagem de triglicérides 
sanguíneos, o risco de doença coronariana aumenta 37% em 
mulheres e 14% nos homens. 
Colesterol Total 
 Produzido no fígado – componente estrutural de 
membrana celular, precursor de ácidos biliares e 
hormônios esteróides. 
 Compreende todo o colesterol encontrado em várias 
lipoproteínas: 
 60 – 70% transportado pela LDL lipoproteína; 
 20 – 35% transportado pela HDL-lipoproteína; 
 5 a 12% transportado pela VLDL-lipoproteína; 
 
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Colesterol Total 
 Valores de referência: Adulto 
 Desejável: < 200 mg/dL 
 Limítrofe: 200 – 239 mg/dL 
 Elevado: ≥ 240 mg/dL 
 Valores de referência: de 2 a 19 anos de idade 
 Desejável: < 150 mg/dL 
 Limítrofe: 150 – 169 mg/dL 
 Elevado: ≥ 170 mg/dL 
 
 Diminuído = má absorção, desnutrição, estresse, etc. 
 Aumento = diabetes mellitus, obesidade, hipotireoidismo, etc. 
 
HDL-Colesterol 
 Altos níveis de HDL, DIMINUEM os riscos de 
aterosclerose. 
 HDL – envolvido no transporte reverso do colesterol para 
o fígado. 
 São aproximadamente 1/5 dos valores de colesterol total. 
 
Aterosclerose ou arteriosclerose 
 Arteriosclerose - endurecimento e espessamento da parede 
das artérias. Pela diminuição da elasticidade arterial, costuma 
provocar aumento da pressão arterial. É quase universal na 
velhice e predominantemente no sexo masculino. 
 Aterosclerose - doença inflamatória crônica na qual ocorre a 
formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. 
 Ateromas são placas, compostas de lipídeos e tecido fibroso, que se 
formam na parede dos vasos. Levam progressivamente a diminuição 
do diâmetro do vaso, podendo chegar a obstrução total do mesmo. 
HDL-Colesterol 
 Valores de referência: 
 Desejável: 
 Homens: ≥ 45 mg/dL 
 Mulheres: ≥ 50 mg/dL 
 Mulheres após menopausa: ≥ 60 mg/dL 
 De 2 a 19 anos de idade: ≥ 45 
 Baixo: < 35 mg/dL 
 
HDL-Colesterol 
 Aumento: exercício regular, terapia c/ estrogênio ou insulina, 
ingestão moderada de álcool (vinho), etc. 
 Redução: privação alimentar prolongada, obesidade, diabetes 
mellitus, hipertireoidismo, fumo, hipertrigliceridemia, 
sedentarismo, medicamentos: esteróides, bloqueadores beta-
adrenérgicos e antidepressivos, etc. 
 
LDL Colesterol 
 Maior proteína carreadora de colesterol no plasma. 
 Molécula mais aterogênica no sangue. 
 Valores diretamente associados ao prognóstico de risco 
de aterosclerose coronariana. 
 Melhor correlação com aterosclerose do que o 
colesterol total. 
 
 
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LDL Colesterol 
 Valores de referência: 
 Ótimo: < 100 mg/dL 
 Quase ótimo: 100 - 129 mg/dL 
 Limítrofe: 130 – 159 mg/dL 
 Alto: 160 – 189 mg/dL 
 Muito alto: > 190 mg/dL 
 Aumentado = deficiência de alfa-lipoproteína, estresse 
agudo, disfunção hepatocelular severa, etc. 
 
Valores de referência de TGC e colesterol 
podem variar 
 Valores desejáveis de colesterol e triglicérides - vão 
depender se o paciente já apresentou ou não algum tipo 
de doença cardiovascular. 
 Se o paciente nunca teve infarto do miocárdio, angina, 
derrame ou doença arterial periférica, então o objetivo 
do tratamento é impedir que ele venha a apresentar 
algum desses distúrbios. Trata-se de um paciente em 
prevenção primária. 
Valores de referência de TGC e colesterol 
podem variar 
 Se o paciente já apresentou alguma dessas doenças, então 
o objetivo do tratamento é impedir que ele apresente um 
novo episódio. 
 O manejo dos níveis de colesterol deve ser mais rigoroso, 
pois trata-se de um paciente em prevenção secundária. 
Valores Desejáveis de LDL-Colesterol de 
Acordo com o Risco Cardiovascular 
 
•Doença cardiovascular é definida como a presença (ou história prévia) de: 
infarto do miocárdio ou angina; ou doença sintomática das artérias carótidas; ou 
doença arterial periférica; ou aneurisma de aorta abdominal. 
Outros marcadores para acompanhamento 
de Doença Cardiovascular 
 Essas análises são sugeridas quando o perfil lipídico por si 
só não é suficiente: 
 Lipoproteína a 
 Homocisteína 
 Proteína C-reativa de alta sensibilidade 
Lipoproteína a 
 Lipoproteína a é semelhante a LDL, produzida pelo 
fígado. 
 Lpa é um importante marcador bioquímico da 
aterosclerose. 
 Lipoproteína a 
 Inibe produção de plasmina (enzima que degrada fibrina) 
 Inibe a fibrinólise (degradação da fibrina) 
Pró-aterogênica 
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Lipoproteína a 
 Quando elevada no plasma = fator de risco para 
aterosclerose para brancos e amarelos e não para 
negros. 
 Fator de risco independente para doenças 
cardiovasculares ateroscleróticas. 
 Concentração determinada geneticamente – não sofre 
influência ambiental. 
 Valor de referência: < 30mg/dL 
Homocisteína 
 Aminoácido não protéico formado pelo metabolismo da metionina. 
 Hiperhomocisteinemia – correlacionada ao aumento da disfunção endotelial 
e do risco de doenças cardiovasculares (resultados controversos). 
 Valores de referência: 
 Plasma: 5 a 14 µmol/L 
 Soro: 5,5 a 17 µmol/L 
 Importante: deficiência de vit B6, B12 e ác fólico podem causar aumento dos 
níveis plasmáticos. 
 Fonte B6: vísceras, germe de trigo, aveia, gema de ovo 
 Fonte B12:fígado, ostras, peixes 
 Fonte ac fólico: vísceras, verduras de folha verde, legumes, frutos secos, grãos 
integrais e levedura de cerveja 
 
Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade 
 Produzida e liberada pelo fígado em resposta a presença 
das citocinas (substâncias envolvidas na resposta imune 
como interferon, interleucinas, fator de necrose tumoral) 
na corrente sanguínea. 
 Seus níveis plasmáticos podem estar aumentados de 10 a 
100 vezes nas primeiras 24hs de um processo 
inflamatório causado por bactérias, doenças auto-imunes 
e neoplasias. 
Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade 
 Correlação entre presença de células inflamatórias na parede 
das artérias e as placas ateroscleróticas. 
 É necessário método de alta sensibilidade capaz de discriminar 
níveis baixos de inflamação. 
 Valores de referência para avaliação de risco cardiovascular. 
 < 0,11 mg/dL (Laboratório Fleury) 
 American Heart Association 
 Alto risco: > 0,3mg/dL 
 Risco médio: de 0,1 a 0,3 mg/dL 
 Baixo risco: < 0,1 mg/dL 
Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade 
 Novas descobertas: 
 Níveis elevados de proteína C-reativa estão associados a ataques cardíacos ea 
derrames cerebrais mesmo em indivíduos com LDL baixo; 
 Níveis elevados de proteína C-reativa guardam relação linear com o número de 
acidentes cardiovasculares, isto é, quanto mais altos os níveis, maior a 
probabilidade de acidentes; 
 Pessoas com níveis baixos de LDL e de proteína C-reativa são as que menor 
risco de doença cardiovascular apresentam. Ao contrário, as que possuem LDL e 
proteína C-reativa elevados apresentam risco de seis a nove vezes maior; 
 As concentrações de proteína C-reativa no sangue são coerentes com os demais 
fatores de risco para doenças cardiovasculares. Seus níveis se elevam com o 
fumo, com o aumento de peso, com o diabetes, com a hipertensão arterial e com 
o passar dos anos. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina A 
 Age no processo visual – cegueira noturna um dos primeiros sintomas de 
deficiência. 
 Pode ocorrer também ceratomalácia (ulceração na córnea), xeroftalmia 
(ressecamento do olho) e alterações do apetite contribuindo para menor 
crescimento. 
 Deficiência pode ser causada: ausência na dieta, má absorção, doenças 
biliares, pancreáticas ou intestinais, reservas inadequadas no fígado. 
22/07/2013 
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Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina A 
 Hipervitaminose A – consumo excessivo (doses 10 vezes 
maiores que as RDA) e crônico de vitamina A. 
 Acontece quando há: 
 Consumo excessivo de fígado; 
 Automedicação (consumo excessivo de suplemento de vit A). 
 Sintomas: náuseas, vômitos, cefaléias, alopécia, dores ósseas e 
articulares, descamação epitelial, hemorragia etc. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina A 
 Dosagem de retinol sérico – indicadores + utilizados 
 Baixas concentrações: < 20µg/dL 
 Na deficiência de vit A ocorre um rápido aumento sérico após a 
ingestão de pequena dose dessa vitamina = Dose Resposta Relativa 
(DRR) 
 Valores de referência: 
 DRR entre 1 – 14% = Depleção 
 DRR > 14-20% = Estado marginal de vit A 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina D 
 Baixos níveis - pode ocorrer no inverno, entre indivíduos com mínima 
exposição ao sol ou em síndromes de má absorção de gorduras ou uso de 
medicamentos como isoniazida e anticonvulsivantes ou falência de órgãos 
(como fígado). 
 Podem acarretar – osteomalácia (adultos) ou raquitismo (crianças). 
 Toxicidade – devido a medicamentos. 
 Intolerância gastrointestinal, hipercalemia (↑ potássio), calcificações metastáticas 
e formação de cálculos renais. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina D 
 Avaliação do estado nutricional de Vit D – realizado pela 
dosagem de 25-hidroxivitamina D plasmática. 
 Valores de referência: 
 Aceitável: > 30 nmol/L 
 Baixa: < 25 nmol/L 
 Deficiente: < 12 nmol/L 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina E 
 Principal antioxidante da membrana celular – inibe radicais 
livres e com isso previne peroxidação lipídica e 
envelhecimento. 
 α tocoferol plasmático ou sérico: teste + utilizado para 
avaliar estado nutricional de vit E 
 Valores de referência adultos: 
 11,6µmol/L – 46,4µmol/L 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina K 
 Participa da síntese de proteínas ligantes de Cálcio, além dos fatores 
de coagulação. 
 O pool corporal e reservas no fígado são pequenos e rapidamente 
depletados 
 Tempo de protrombina : teste + utilizado para avaliação do 
estado nutricional de vit K. 
 
22/07/2013 
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Estado Nutricional de Vitaminas 
Lipossolúveis – Vitamina K 
 Valores de referência: 
 Prevenção primária e secundária de trombose venosa : 2-3 seg 
 Acidose tromboembólica aguda e prevenção de tromboses venosas 
recidivantes: 2 – 4 seg 
 Próteses valvulares cardíacas e profilaxia para tromboembolismo: 3 – 
4,5 seg 
 Anticoagulação pré-operatória: 2 – 3 seg 
 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina B1 (Tiamina) 
 Age como coenzima - coenzima tiamina pirofosfato (TPP) – 
formando acetato e acetil coA no ciclo de Krebs 
 Podem desenvolver deficiência: 
 Consumidores de elevadas quantidades de CHO derivados do arroz; 
 Alcoólatras; 
 Pacientes renais em diálise; 
 Pacientes em nutrição parenteral; 
 Pacientes hipermetabólicos; 
 Pacientes cardíacos tratando com furosemida. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina B1 (Tiamina) 
 Não existe toxicidade pois quantidades excessivas são 
eliminadas pelos rins. 
 A mensuração de tiamina pode ser feita: 
 Pelo sangue - Valores de referência: 5 -7µg / 100 ml, 
 Pela urina - Valores de referência: ≥ 27µg / g de creatinina. 
 Pela pela atividade da transcetolase eritrocitária, enzima que 
depende de TPP: atividade basal 2%. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina B2 (Riboflavina) 
 Age como co-fator no metabolismo energético. 
 Drogas: clopromazina, imipramina e amitriptilina inibem o metabolismo da 
vitamina B2. 
 O zinco, cobre, ferro, cafeína, ácido ascórbico, uréia e triptofano alteram sua 
solubilidade com conseqüente diminuição de sua utilização. 
 Principais causas de deficiência por má absorção: 
 Intolerância a lactose 
 Espru tropical/doença celíaca 
 Obstrução gastrointestinal/biliar 
 Diarréia 
 Síndrome do colón irritável 
 Alcoólatras 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina B2 (Riboflavina) 
 Sua mensuração pode ser feita: 
 No sangue total 
 Valores de referência: 20µg / 100m 
 Em eritrócitos 
 Valores de referência: 27 – 40nmol/L ou 10 - 15µg / dL 
 Na urina 
 Valores de referência: 0,21 – 0,32 µmol/L 
 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Niacina 
 Participa da formação das coenzimas NAD (nicotinamida 
adenina dinucleotídeo) e NADP (nicotinamida adenina 
dinucleotídeo fosfato), responsáveis pela transferência de 
elétrons e hidrogênio de enzimas participantes do 
metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas. 
 O uso abusivo do álcool leva a diminuição do 
armazenamento hepático e da conversão da niacina em 
suas coenzimas. 
 
 
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Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Niacina 
 Atualmente - altas doses de niacina (> 3g/dia) podem levar 
à redução do colesterol sérico em situações de 
refratariedade ao tratamento convencional, porém, são 
necessários maiores estudos que comprovem esse uso. 
 Altas doses de niacina (>1,7g/dia) podem ter efeitos 
tóxicos: arritmia; náuseas; vômitos; diarréia; úlcera péptica; 
hiperuricemia e aumento das bilirrubinas e das 
transaminases hepáticas. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Niacina 
 A mensuração de niacina pode ser feita: 
 Por metabólito excretado pela urina (metilnicotinamida) + 
mais utilizado 
 Valores de referência: >1,6 mg / g de creatinina urinária. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Piridoxina (B6) 
 Age como co-enzima em mais de 100 reações do 
metabolismo de aa, CHO, lipídeos e neurotransmissores. 
 Deficiência por ingestão - pouco provável pois está 
presente em diversas fontes alimentares. 
 Álcool aumenta a excreção urinária de piridoxina. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Piridoxina 
 A mensuração da piridoxina pode ser feita: 
 Razão metil-piridona carboxamida para N-metilniconinamida urinária. 
 Valores de referência: 
 Estado adequado: 1,3 – 4,0 mg/dia 
 Depleção de niacina: < 1,0mg/dia 
 Pelos níveis séricos de piridoxal 5- fosfato (PLP) 
 Valores de referência: 37 –60 pmol/ml 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Ac Pantotênico 
 Substância amplamente distribuída entre os alimentos, a vitamina B5 
aparece como fator constituinte da coenzima A, essencial para várias 
etapas do metabolismo celular e para obtenção de energia. 
 Está envolvida na síntese de colesterol, fosfolipídeos, hormônios 
esteróides e porfirina para hemoglobina. 
 Rara a deficiência, mas pode ocorrer na desnutrição grave. 
 O álcool diminui sua absorção. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Ac Pantotênico 
 A mensuração da vitamina B5 é feita pelo seu nível sanguíneo total ou 
urinário. 
 Sanguíneo: 
 adultos - 183µg / dl; 
 gestação- 103µg / dl; 
 lactação - 112µg / dl. 
 Urinário: 
 Níveis baixos: < 4,5µmol/24horas. 
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Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Cobalamina 
 É coenzima fundamental no metabolismo dos carboidratos, gorduras 
e proteínas (participa da síntese de aminoácidos). 
 Atua na formação dos ácidos nucléicos e portanto é imprescindível 
para o funcionamento de todas as células, principalmente do trato 
gastrointestinal, tecido nervoso e médula óssea. 
 No tecido nervoso seu papel específico é na formação da bainha de 
mielina dos neurônios. 
 No sistema hematopoiético, é responsável pela maturação das hemácias. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Cobalamina 
 Diminuição da absorção pode ocorrer: 
 Na presença excessiva de álcool ; 
 Situações de deficiência de vitamina B6 (que participa da formação do fator 
intrínseco gástrico) a absorção de cobalamina fica diminuída. 
 Doenças que levam a um estado de má – absorção intestinal (Síndrome do intestino 
curto, Gastrectomias parciais ou totais, Gastrite Atrófica, Doença celíaca, entre 
outras) 
 As drogas de ação antagonista à cobalamina são: colchicina (Gota), neomicina 
(antibiótico), contraceptivos orais, metformina, (hipoglicemiante oral) cloreto 
de potássio (repositor de eletrólito) e barbitúricos (tratamento insônia). 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Cobalamina 
 A mensuração da cobalamina é feita através de seus 
valores plasmáticos 
 Valores de referência: 
 Normalidade: ≥ 150pg/mL 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Ac Fólico 
 Está envolvido: 
 síntese de purinas e pirimidina, componentes do DNA; 
 processo de interconversão de aminoácidos; 
 maturação das hemácias e leucócitos. 
 Sua metabolização pode estar prejudicada em pessoas que usam medicações 
como o metotrexato (câncer), trimetropim (antibiótico) ou pirimetamina 
(combate infecção por protozoários) e sua absorção está diminuída em 
pacientes alcoólatras, em uso de contraceptivos orais ou medicação 
antiácida. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Ac Fólico 
 Algumas situações clínicas levam à deficiência de ácido fólico, entre elas: 
 gestação, pelo aumento da demanda deste nutriente; 
 doenças inflamatórias intestinais, por diminuição da superfície de absorção; 
 pacientes com câncer em quimioterapia; 
 queimaduras; 
 doenças hepáticas; 
 nutrição parenteral prolongada. 
 É importante destacar que durante a gestação a suplementação de 
ácido fólico previne contra má formações do tubo neural em fetos. 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Ac Fólico 
 A mensuração de ácido fólico pode ser feita pela sua 
concentração plasmática ou eritrocitária: 
 Plasmática: valor de referência: ≥ 6ng / ml 
 Eritrócitária: valor de referência:160 – 800ng / ml. 
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Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Biotina 
 Participa como coenzima das reações de carboxilação catalisadas pelas enzimas 
carboxilases, envolvidas em reações de gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e do 
metabolismo dos aminoácidos, principalmente a leucina. 
 Situações que predispõem ao aparecimento de deficiência de biotina: 
 Consumo de ovos crus que contêm avidina, glicoproteína que impede a absorção de biotina. 
 Outras situações incluem: cirrose hepática; gestação; antibioticoterapia prolongada, por 
diminuição da microflora intestinal e conseqüente diminuição da síntese de biotina e 
nutrição parenteral prolongada por mais de oito semanas. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Biotina 
 A mensuração da biotina é feita através de: 
 Níveis plasmático 
 Valor de referência: 215 – 750pg /ml; 
 Níveis eritrocitários 
 Valor de referência: (55 – 170pg/ ml); 
 Nível sanguíneo total 
 Valor de referência: (200 – 500pg / ml). 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina C 
 Atua como co-fator de diferentes enzimas, participa da 
biossíntese do colágeno, da carnitina e norepinefrina e no 
metabolismo da tirosina. 
 Superdosagem: 
 Pode levar a formação de cálculos renais pela acidificação da 
urina. 
 
Estado Nutricional de Vitaminas 
Hidrossolúveis – Vitamina C 
 Deficiência: 
 Escorbuto: sangramento TGI, rins, conjuntiva, cérebro, além de 
edemas e gengivas esponjosas com sangramento. 
 A mensuração da vit C é feita através por dosagem de vit 
C plasmática: 
 Valores de referência : 30 a 150 micromol/L 
 
Estado Nutricional Minerais - Ferro 
 Ferro sérico 
 Siderofilina/Transferrina 
 Ferritina 
 
Estado Nutricional Minerais - Ferro 
 Deficiência de Fe – uma das deficiências mais comuns – 
causa de anemia, especialmente em crianças e mulheres 
adultas. 
 Anemia - desequilíbrio entre necessidade de Fe e sua 
disponibilidade. 
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Ferro sérico 
 Dosagem de Fe sérico – útil na avaliação de anemias. 
 Valores ↓ - encontrado em perdas sanguíneas, dieta inadequada, doenças 
inflamatórios crônicas (asma, aterosclerose), neoplasias, desnutrição e 
síndrome nefrótica. 
 Valores ↑ - encontrado em pacientes que receberam medicação contendo 
ferro, na hemossiderose (deposição de hemossiderina nos tecidos), anemias 
hemolíticas, hepatite, necrose hepática aguda e na hemocromatose (depósito 
de ferro nos tecidos em virtude de seu excesso no organismo). 
 Apresenta variação circadiana – 30% ou + elevada pela manhã 
 Valores de referência: 
 40 – 180mcg/dL (pouca variação quanto ao sexo) 
 
Siderofilina 
 Também chamada de transferrina. 
 Transportadora de Fe e útil na investigação das anemias 
microcíticas e no acompanhamento de pacientes com 
hemocromatose. 
 Concentração sérica ↓ - anemias decorrentes de processos 
infecciosos crônicos, na insuficiência renal, na síndrome 
nefrótica e na doença hepática grave. 
 Concentração sérica ↑ - maioria das anemias carenciais (ferro, 
folato ou Vitamina B12). 
Ferritina 
 Principal proteína intracelular responsável pela reserva de Fe - 
nível circulante tem relação direta com a quantidade de Fe 
armazenado. 
 Concentração sérica ↑ - em processos inflamatórios, 
infecciosos ou traumáticos. 
 Concentração sérica ↓ – anemia ferropriva, mas pode estar 
reduzida mesmo antes de se instalar o quadro anêmico. 
Ferritina 
 Valores de referência: 
 Recém-nascidos: 25 - 200mcg/dL; 
 Até 1 mês: 200 - 600 mcg/dL; 
 De 2 a 5 meses: 50 a 200 mcg/dL; 
 De 6 meses a 15 anos: 10 – 150 mcg/dL; 
 Adultos: 
 Mulheres: 24 – 155 mcg/dL; 
 Homens: 36 – 262 mcg/dL. 
Estado Nutricional Minerais - Sódio 
 Importante para o equilíbrio hidroeletrolítico. 
 Hiponatremia- taxa de sódio diminuída 
 Pode ocorrer: 
 Doença de Addison (insuficiência da supra renal); 
 Dieta pobre em sódio e rica em potássio; 
 Gravidez – ligeira diminuição dos níveis séricos; 
 Vômito prolongado; Diarréia prolongada. 
Estado Nutricional Minerais - Sódio 
 Hipernatremia - taxa de sódio aumentada 
 Pode ocorrer: 
 Síndrome de Cushing (hiperfuncionamento da supra renal); 
 Desidratação; 
 Administração de soro fisiológico puro no período pós-operatório; 
 Ingestão excessiva de sal na presença de nefropatia. 
 Valores de referência: 
 Natremia (soro): 135 – 145nEq/L 
 Urina: 80 – 180nEq/L 
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Estado Nutricional Minerais - Cálcio 
 Mineral mais abundante no organismo, constitui 1,5 a 2% do peso corporal. 
 Aprox. 99% do cálcio corporal está nos ossos e dentes e 1% está no sangue, 
fluidos celulares e dentro das células. 
 Ossos – tecido dinâmico – trocas de cálcio e outros minerais para o sangue 
e fluidos extracelulares. 
 Avaliação do Ca sérico – inadequado para avaliar estado corporal deste 
mineral – níveis são controlados por absorção e excreção óssea. 
 Densitometria óssea – técnica para monitorar o estado nutricional de cálcio 
no organismo. 
 
Outros exames de interesse ao Nutricionista 
 Hemograma Completo 
 Provas da função hepática 
Hemograma Completo 
 Série Vermelha – Eritrograma 
 Hemoglobina 
 Volume Corpuscular Médio (VCM) 
 Hematócrito 
 Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) 
 Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) 
 Série Branca – Leucograma 
 Contagem diferencial de leucócitos 
 Contagem de plaquetas - Plaquetograma 
Eritrograma 
 Série Vermelha ou Eritrograma = é o estudo da série vermelha (eritócitos ou 
hemácias). 
 O estudo da série vermelha revela algumas alterações relacionadas como por 
exemplo anemia, eritrocitose (aumento do número de hemácias). 
 Os resultados a serem avaliados são: 
 Número de glóbulos vermelhos: os valores normais variam de acordo com o 
sexo e com a idade. 
 Homem de 5.000.000 - 5.500.000/L 
 Mulher de 4.500.000 - 5.000.000/L 
 
Hemoglobina 
 Principal carreadora de oxigênio no sangue e o ferro é um 
de seus componentes essenciais. 
 A hemoglobina se encontra nas hemácias – células 
vermelhas do sangue – tb chamadas de eritrócitos. 
 É intracelular – sofre transformação metabólica mais lenta 
(meia vida = 120 dias). 
 Mais 100g de proteína corpórea – forma de hemoglobina. 
 
 
Hemoglobina 
 ↓ ocorre mais tardiamente na depleção protéica – manutenção 
do número de hemácias quando proteínas plasmáticas já estão 
↓ 
 
Índice sensível mas pouco específico de desnutrição 
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Hemoglobina 
 Anemias - doenças caracterizadas pela capacidade 
diminuída de transporte de oxigênio devido à diminuição 
da contagem de eritrócitos ou à concentração de 
hemoglobina nestas células. 
 Anemia adulto - Hb < 12,5g/dl, 
 Anemia criança de 6 meses a 6 anos - Hb < 11g/dl 
 Anemia crianças de 6 anos a 14 anos - Hb < 12g/dl 
 
VCM (Volume Corpuscular Médio) 
 VCM (Volume Corpuscular Médio): é o índice mais 
importante pois ajuda na observação do tamanho das 
hemácias e no diagnóstico da anemia: 
 Pequenas – microcíticas (mais comum é ferropriva) 
 Grandes – macrocíticas (anemias por carência de B12 e ac 
fólico) 
 Normais – normocíticas (doenças e infecções crônicas) 
 Valores de referência: 84 a 92 fentalitros (10-15 litro) 
Abrev. fL ou fl. 
 
Hematócrito 
 Representa a quantidade de hemácias existentes em 100ml de 
sangue total. 
 Durante uma deficiência de ferro, o hematócrito cai somente 
depois que a formação de hemoglobina for afetada. 
 Valores de normalidades: 
 Homem de 40 - 50% 
 Mulher de 36 - 45%. 
 Nas anemias estes valores podem estar ↓ 
CHCM (Concentração de Hemoglobina 
Corpuscular Média) 
 Corresponde à concentração da hemoglobina nas 
hemácias. 
 Índice estável. 
 Valor de referência: 
 Homens e mulheres: 32 - 36g/dl 
 
 
CHCM (Concentração de Hemoglobina 
Corpuscular Média) 
 Como a coloração da hemácia depende da quantidade de 
hemoglobina elas são chamadas de: 
 Hipocrômicas (< 32g/dL); 
 Hipercrômicas (> 36g/dL); 
 Normocrômicas (no intervalo de normalidade entre 32 e 36g/dL). 
 Valores ↑ - anemias hemolíticas ou carenciais após o consumo de Fe 
 Valores ↓ nas aneminas aplásticas (medula óssea produz quantidade 
insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). 
 
Eritrograma 
 RDW (Red Cell Distribution Width): indica a anisocitose 
(variação de tamanho das hemácias – células desiguais em 
tamanho). 
 Normalidade – 11,5 – 14,5µm 
 Nem todos os laboratórios fornecem o seu resultado no 
hemograma. 
 
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Série Branca 
 Leucograma é o estudo da série branca. 
 Valores de referência adultos: 6.000 – 8.000 leucócitos/mm3 
 Valores ↑ - leucocitose 
 Leve - 9.000 a 11.000 leucócitos/mm3 
 Acentuada – 13.000 a 18.000 leucócitos/mm3 
 Acentuadíssima - > 18.000 leucócitos/mm3 
 Pode ser causada pelas stress com liberação de cortisol, infecções agudas causadas 
por bactérias, verminoses, pós-operatório, processos inflamatórios ou neoplásicos, 
uso de corticóides, septicemia , leucemias, etc.) 
 
Série Branca 
 Valores ↓ - leucopenia, 
 Concentrações abaixo de 5.000 leucócitos/mm3 
 Pode ser transitório como na dengue, leishimaniose ou no uso 
de medicamentos como antiinflamatórios e quimioterápicos ou 
pode assumir padrões definitivos (intoxicação por benzeno, 
xilol, solventes químicos ou na aplasia (deficiência) medular). 
 
 
Série Branca 
 Contagem diferencial de Leucócitos: 
 Monócitos: ↑ usa-se o termo monocitose - infecções virais, leucemia 
e após quimioterapia. 
 Linfócitos: célula predominante nas crianças. ↑ = linfocitose. 
 Em adultos - seu ↑ pode ser indício de infecção viral aguda ou crônica 
por bactérias. 
 Em adultos – sua ↓ = linfopenia que ocorre em situações de 
imunosupressão como a AIDS 
 
Série Branca 
 Contagem diferencial de Leucócitos: 
 Eosinófilos: número ↑ = eosinofilia - ocorre em processos 
alérgicos ou parasitoses por helmintos como áscaris, 
ancilóstomos, enteróbios e estrongilóides. 
 Basófilos: geralmente só encontrado em até uma célula em um 
indivíduo normal. 
 Neutrófilos Segmentados: célula + encontrada em adultos. ↑ 
pode indicar infecção bacteriana. 
 
Série Plaquetária 
 Plaquetas são observadas em relação a quantidade e seu 
tamanho. Sua diminuição pode levar a sangramentos já 
que as plaquetas tem como papel principal a coagulação 
do sangue. 
 
 São células anucleadas e tamanho pequeno (1-3 
micromêtros). 
 Valores normais: 150.000 à 450.000 por microlitro (1 μL = 10–6 
L) de sangue. 
 
Provas da Função Hepática 
 Transaminase Oxalacética (TGO) 
 Transaminase Pirúvica (TGP) 
 Bilirrubinas Séricas 
 Fosfatase Alcalina 
 Gama-glutamil-transpeptidase 
 
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Transaminase Oxalacética (TGO) 
 Também chamada de aspartato aminotransferase (AST) 
 Enzima encontrada no miocárdio, fígado, musculatura esquelética, rim e 
cérebro. 
 Essas enzimas (TGO e TGP) são liberadas no sangue em grandes 
quantidades - quando há dano à membrana do hepatócito, resultando em 
aumento da permeabilidade. 
 Pequenas elevações são encontradas na gravidez. 
 Valores de referência: 
 5 a 50 U/L 
 
 
Transaminase Pirúvica (TGP) 
 Enzima intracelular presente em grande quantidade no fígado e rim e 
pequena quantidade na musculatura esquelética e coração. 
 Níveis elevados – hepatite infecciosa, doença pancreática, mononucleose, 
cirrose, icterícia, carcinoma metastático etc. 
 Pequenas elevações são encontradas na gravidez. TGP e TGO são indicadores sensíveis de dano hepático em diferentes tipos 
de doenças. 
 Valores de referência: 
 2 a 40 U/L 
 
 
Bilirrubinas Séricas 
 Proveniente da quebra das moléculas de hemoglobina dando origem a 
bilirrubina não-conjugada. 
 Mais tarde, no retículo endotelial liso (dos hepatócitos) ela é conjugada 
com ácido glicurônico transformando-se em bilirrubina conjugada. 
 Valores de referência: 
 Conjugada: 0,1 a 0,4 mg/dL 
 Não –conjugada: 0,1 a 0,6 mg/dL 
 Total: 0,2 a 1,0 mg/dL 
 
 
Fosfatase Alcalina 
 Origina-se principalmente do fígado, por isso sua dosagem é importante na 
investigação de doenças hepatobiliares. 
 É uma hidrolase que remove grupos fosfato de um grande número de moléculas 
diferentes - é mais ativa em soluções alcalinas. 
 Valores de referência: 
 Recém-nascidos: 128 a 484 U/L 
 Até 13 anos: 28 a 265 U/L 
 De 13 a 15 anos: 128 a 464 U/L 
 Adultos: 38 a 126 U/L 
 
 
Gama-glutamiltranspeptidase 
 Origina-se no sistema hepatobiliar e tem a função de 
transferir aa através das membranas celulares. 
 Valores de referência: 
 Masculino: até 56 U/L 
 Feminino: até 42 U/L 
 
 
Referências Bibliográficas 
 Waitzberg, DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na 
Prática Clínica. Atheneu.3ed v.2 p.1023-1047, 2006. 
 Shils, ME; Olson, JA; Shike, M. Ross, AC. Tratado de 
Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9ed. Manole. vol 
2. 2106p, 2003. 
 Kathleen Mahan, L; Escott-Stump, S. Krause - Alimentos, 
Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca. 1242p, 2005. 
 
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25 
Referências Bibliográficas 
 Third Report of the Expert Panel on Detection, Evaluation, and 
Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult 
Treatment Panel III). Disponível em: 
http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/cholesterol/ Acesso em: 1 
set 2011. 
 Andriolo, A. Medicina Laboratorial. 2 ed – Barueri, SP:Manole, 
2008. 
 Costa, M.J.C. Interpretação de Exames Bioquímicos para o 
Nutricionista. São Paulo: Atheneu, 2009. 
 
Referências Bibliográficas 
 Tirapegui, J. Ribeiro, S.M.L. Avaliação Nutricional – Teoria e 
Prática. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009. 
 Rossi, L.; Caruso, L.; Galante, A.P. Avaliação Nutricional – Novas 
Perspectivas. São Paulo: Roca/Centro Universitário São Camilo, 
2008. 
 RochaI, RM et al. Influência da terapia com espironolactona 
sobre níveis sangüíneos de tiamina em pacientes com 
insuficiência cardíaca. Arq. Bras. Cardiol. vol.90 no.5 São Paulo 
May 2008. 
 
Referências Bibliográficas 
 Roberto, T.L et al. Aplicações Clínicas das Vitaminas do 
Complexo B. Disponível em: 
http://www.amway.com.br/downloads/misc/vitaminas_co
mplb_imen.pdf Acesso em: 23 mar 2012. 
 Rosa, G. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado 
– Uma Abordagem Teórico-Prática. Rio de 
janeiro:Guanabara Koogan, 2008.

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