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Resumo - Teoria Geral dos Recursos

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS (PROCESSO CIVIL)
CONCEITO
Recurso é o meio idôneo para provocar a impugnação e, consequentemente, o reexame de uma decisão judicial com vistas a obter a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração do julgado.
* Uma das características dos recursos é a voluntariedade. A parte que se sentir prejudicada com uma decisão judicial tem o ônus de recorrer, mas não há obrigatoriedade.
O que dá ensejo ao pedido de reforma do julgamento é a injustiça da decisão recorrida, a má apreciação da prova e do direito aplicado; em última análise, o erro ao julgar.
ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
Os recursos podem ser classificados tendo em vista três aspectos: a) a extensão da matéria impugnada; b) a autonomia do recurso; e c) a natureza da matéria apreciada.
Quanto à extensão, o recurso pode ser parcial ou total. Parcial quando o recorrente ataca apenas parte da matéria e total quando ataca todo o conteúdo da Decisão.
No que diz respeito à autonomia, o recurso pode ser principal ou adesivo. Principal é o recurso interposto independentemente da conduta da parte contrária, ou seja, é aquele cuja interposição não está condicionada à interposição de outro. Já o recuso adesivo, é aquele no qual uma das partes adere ao recurso interposto pela outra quando há sucumbência recíproca.
Quando à natureza da matéria, os recursos podem ser comuns e especiais.
Os recursos comuns são aqueles em que a sucumbência constitui a única exigência para a sua interposição, atendidos os demais pressupostos de admissibilidade. Visa a atender ao anseio da parte ao duplo grau de jurisdição.
Os recursos especiais têm em mira a proteção de direito objetivo, a uniformidade da aplicação desse direito.
Obs1.: Espécies de recursos cabíveis em Primeiro Grau de Jurisdição
+ Apelação de sentença;
+ Agravo de Instrumento;
+ Embargos de Declaração;
+ Recursos sem nomes específicos (inominados).
Obs2.: Espécies de recursos cabíveis em Segundo Grau de Jurisdição (contra Acordão)
+ Embargos de Declaração;
+ Agravo Interno;
+ Rec. Ordinário Constitucional;
+Rec. Extraordinário (STF);
+ Rec. Especial (STJ);
+ Agravo em RE ou Resp.;
+ Embargos de Divergência (do STF e STJ).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS RECURSOS
Princípio do duplo grau de jurisdição
Os recursos, por terem como objetivo a impugnação e o relaxamento de uma decisão judicial, relacionam-se intimamente com o princípio do duplo grau de jurisdição, segundo o qual se possibilita à parte que submeta matéria já apreciada e decidida a novo julgamento, por órgão hierarquicamente superior.
A razão de ser de tal princípio encontra-se na persecução da segurança como elemento ínsito da justiça, que se concretiza por meio do pronunciamento do órgão jurisdicional.
Princípio da taxatividade
Conforme esse princípio, consideram-se recurso somente aqueles designados por Lei Federal.
Ex.: art. 994, do Código de Processo Civil; recursos previstos na Lei dos Juizados Especiais, Lei de Ação Civil Pública, Execução Fiscal, Regimento Interno dos Tribunais, etc.
Princípio da unirecorribilidade (ou singularidade)
Em decorrência desse princípio, cada decisão comporta uma única espécie de recurso. Consequentemente, não se admite a divisão do ato judicial para efeitos de recorribilidade, devendo-se ter em mente, para aferir o recurso cabível, o conteúdo mais abrangente da Decisão no sentido finalístico (o recurso mais amplo absorve o menos amplo).
* Exceção aparente: interposição simultânea de recursos extraordinário e especial (nesse caso, cada um dos recursos se referem a uma parte ou capítulo da Decisão recorrida).
O que o princípio da unirecorribilidade ou singularidade veda é a interposição simultânea de dois ou mais recursos contra a mesma parte ou capítulo da decisão.
Princípio do reformatio in pejus
É vedada a reforma da Decisão impugnada em prejuízo do recorrente e, consequentemente, em benefício do recorrido.
O órgão julgador só pode alterar a Decisão hostilizada nos limites em que ela foi impugnada, não podendo ir além.
Obs.: Caso ambas as partes interponham recurso contra uma decisão, a princípio, não haverá que se falar em aplicação do princípio em comento.
Constitui exceção do princípio sob análise a apreciação de questões de ordem pública (condições da ação, pressupostos processuais, decadência, prescrição, entre outras), porquanto conhecíveis de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Situação interessante ocorre com relação à resolução de mérito realizada pelo tribunal depois de cassar sentença terminativa. Conquanto o autor recorra da sentença de extinção do processo sem resolução de mérito objetivando sua cassação e, posteriormente, julgamento da lide em seu favor, nada obsta a que o tribunal julgue improcedente o pedido formulado na inicial. Não há que se falar em reformatio in pejus, haja vista que, em virtude de a sentença ter sido cassada pelo tribunal, todas as questões discutidas nos autos devem ser apreciadas, o que pode resultar em resolução do mérito em favor ou prejuízo do autor.
Por fim, cumpre ressaltar que, também com fundamento nos princípios do dispositivo e da congruência, não é admitida a reformatio in melius, insto é, a reforma da decisão para melhorar a situação do recorrente além do que foi pedido.
Fungibilidade
Em certas situações em que há dúvida objetiva a respeito do recurso cabível para impugnar determinada Decisão, admite-se o recebimento de recurso inadequado como se adequado fosse, de modo a não prejudicar a parte recorrente por impropriedades do ordenamento jurídico ou por divergências doutrinárias e jurisprudenciais.
A admissão do princípio da fungibilidade exige, segundo a doutrina majoritária, a presença de dois requisitos: dúvida objetiva sobre qual é o recurso cabível (inexistência de erro grosseiro) e interposição do recurso “inadequado” no prazo do recurso cabível.
+ Tipificação no CPC:
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias:
(...)
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
O juízo de admissibilidade é aquele que se faz sobre a validade do procedimento; verifica-se se o recurso pode ser admitido.
* É um juízo que o magistrado faz para verificar se ele poderá examinar o pedido (mérito).
Já o juízo de mérito é o juízo sobre o pedido, para saber se ele será acolhido ou rejeitado.
* Dá-se ou nega-se provimento ao recurso.
No juízo de admissibilidade, o órgão jurisdicional “conhece” ou “não conhece” do recurso. Se ele conhece, é porque o juízo é positivo. Do contrário, se ele não conhece, é porque o juízo é negativo.
Obs1.: Não conhecer o recurso é não o admitir. Ao revés, admitir é conhecer do recurso.
* Recurso inadmissível é aquele cujo mérito sequer foi examinado, porque se entendeu que ele (o recurso) não preenchia os requisitos para isso.
Obs2.: Um recurso pode ser conhecido e provido, ou conhecido e não provido. Não há que se falar em não provimento de recurso que não foi conhecido. Entretanto, um recurso que foi conhecido pode ter seu mérito provido ou improvido.
!!! ATENÇÃO !!!
I. Juízo a quo é aquele que proferiu a decisão;
II. Juízo ad quem é a quem se dirige o recurso; para onde este vai.
Obs3.: Na apelação o juízo de admissibilidade é feito somente pelo tribunal ad quem, por meio de relator.
Em regra, o recurso deve ser interposto no órgão a quo, ou seja, aquele que proferiu a decisão recorrida. Mas há exceções!
Existem recursosque são interpostos diretamente no ad quem (ex.: Agravo de Instrumento).
Há, ainda, recursos em que o juízo a quo e o ad quem é a mesma “pessoa” (ex.: Embargos de Declaração).
Em regra, o mérito do recurso será julgado pelo ad quem. Entretanto, existem recursos que permitem que o a quo se retrate e revogue a própria decisão (ex.: Agravos, apelação contra sentença que indefere Petição Inicial).
A esse efeito de retratação dá-se o nome de “efeito regressivo”.
- O juízo de admissibilidade positivo, aquele que o juiz conhece do recurso, é uma decisão declaratória com eficácia retroativa. Isso significa dizer que, quando o juiz diz que o recurso é admissível, ele sempre foi admissível.
- Já com relação ao juízo de admissibilidade negativo, existem três concepções. São elas:
a) Barbosa Moreira, Nelson Nery: para eles, o juízo de admissibilidade negativo é declaratório com eficácia retroativa, ou seja, o recurso nunca foi admissível e retroage à data do vício que contaminou o recurso;
b) Súmula 100 do TST: diz que o juízo de admissibilidade negativo é declaratório, mas não retroage, salvo em duas hipóteses: se o não conhecimento se der por causa de manifesto incabimento ou da intempestividade (corrente que predomina); e
c) Outros doutrinadores: defende que o juízo de admissibilidade negativo é desconstitutivo, porque ele desfaz o recurso que já foi interposto, e, por isso, não têm eficácia retroativa.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
De acordo com a maioria dos doutrinadores, os requisitos de admissibilidade dos recursos dividem-se em subjetivos e objetivos.
I. Subjetivos: legitimidade e interesse; e
II. Objetivos: cabimento, tempestividade, preparo, regularidade formal e inexistência de fatos impeditivos ou extintivos.
a) cabimento: o recurso deve estar previsto em lei contra determinada decisão judicial e, ainda, ser o adequado à obtenção do resultado pretendido.
(Recorribilidade + adequação)
São recorríveis todos os atos do juiz que caracterizem decisões interlocutórias ou sentenças.
- Atos sujeitos a recurso:
 + As sentenças;
 + As decisões interlocutórias, decisões monocráticas;
 + Os acórdãos.
Obs1.: Dos Despachos não cabem recursos (art. 1.001).
Obs2.: Só cabe recurso contra ato do juiz, nunca do Ministério Público ou funcionários da Justiça.
A fim de dirimir dúvidas acerca do cabimento do recurso, deve-se fazer o seguinte questionamento: a) a decisão é recorrível; e b) o recurso interposto é o correto?
b) legitimidade: no que tange a legitimidade para interposição de recurso, esta poderá ser feita pelo Ministério Público, pela parte vencida ou por terceiro prejudicado;
O Ministério Público tem legitimidade para recorrer tanto no processo em que é parte, com naqueles em que oficiou como fiscal da lei (art. 996 e Súmula 99 e 226 do STJ).
!!! ATENÇÃO !!!
Via de regra, haverá interesse recursal sempre que houver sucumbência. Entretanto, haverá interesse recursal sem sucumbência no caso de terceiro prejudicado.
+ É possível recorrer de sentença apenas p/ sanar vício, pois o melhor resultado pressupõe que a sentença esteja hígida, sem máculas (melhor corrigi-la através de Embargos Declaratórios);
+ O réu pode recorrer de sentença sem resolução de mérito, visto que a sentença extinta é meramente terminativa, ou seja, não faz coisa julgada material, sendo que a questão pode ser novamente posta em juízo. Melhor para o réu se a sentença fosse de improcedência, o que impediria a rediscussão. Portanto, há interesse recursal para o réu, postulando julgamento definitivo de improcedência.
Obs1.: Somente a questão de direito sumulada pelo STF/ STJ e pelo Tribunal não poderá ser rediscutida em recurso.
c) interesse: é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que sofra prejuízo com a decisão, a sentença ou o acordão.
# São fatos que não podem ocorrer para que o recurso seja admitido, chamados de pressupostos negativos.
	+ IMPEDITIVO: desistência do recurso;
	+ EXTINTIVO: renúncia e aquiescência.
Ocorre a renúncia quando o recorrente, antes da interposição do recurso, abrir mão da faculdade de recorrer. A renúncia pode ser manifestada por petição ou oralmente na audiência. O que importa é que a manifestação seja anterior à interposição do recurso.
Dá-se a desistência quando, já interposto o recurso, a parte manifesta a vontade no sentido de que não pretende o seu prosseguimento. A desistência pode ocorrer em qualquer tempo.
Obs1.: Tanto a renúncia como a desistência, por se tratar de atos unilaterais, independem da aquiescência da parte contrária, bem como de homologação judicial.
+ Se houver renúncia ao recurso e depois se recorrer, esse será inadmissível.
A renúncia pode ser expressa ou tácita. É expressa quando manifestada por petição ou oralmente, na audiência. É tácita quando a parte poderia recorrer, mas pratica ato incompatível com esse intuito.
> Se a parte aceita a decisão, não pode recorrer depois. A aceitação da decisão é fato que extingue o direito de recorrer, por preclusão lógica (art. 1.000, CPC).
	+ A desistência pode ser oferecida até o início da votação do recurso (art. 988, CPC).
A renúncia e a desistência geram o mesmo efeito: o trânsito em julgado da sentença.
d) tempestividade: deveria ser o requisito de admissibilidade mais simples – “o recurso tem que ser interposto dentro do prazo”.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por Lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Os prazos serão contados a partir da data em que as partes são intimadas da Decisão, da Sentença ou do Acordão (art. 1.003, CPC). Caso seja proferida em audiência, a partir desta data.
+ Prazo dos Recursos (art. 1.003, § 5º, do CPC): excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias
+ Lei 11.419/2006 – Informatização do Processo Judicial
Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.
(...)
§ 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.
Ex.: Disponibilização – 16/03; Publicação – 17/03; Início do prazo – 18/03.
Art. 224 (do CPC).
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.
– Prazos diferenciados para recorrer
A Fazenda Pública (art. 183 e 186) e o Ministério Público (art. 180) têm prazo em dobro para recorrer, mesmo que seja recurso de terceiro (esse prazo em dobro para recorrer se aplica também ao recurso adesivo).
Serviço jurídico assistencial (prática jurídica) também gozam de prazo em dobro (art. 186, § 3º, do CPC).
* Litisconsorte com advogados diferentes têm prazo em dobro (art. 229, CPC).
	- Súmula 641, STF: “não se conta em dobro o prazo para recorrer quando só um dos litisconsortes haja sucumbido”.
P.S.: Não se aplica tal determinação (prazo em dobro) aos processos em autos eletrônicos.
* Protocolo Integrado: por meio deste, um advogado pode recorrer aos tribunais superiores em qualquer fórum de sua cidade, sem a necessidade de se deslocar até a Capital do estado para apresentar o recurso direto no Tribunal de Justiça.
(Em se tratando do prazop/ auferir a tempestividade = data em que é apresentado no fórum).
* Protocolo via postal – Correios (art. 1.003, § 4º): para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
O prazo para interposição (de recurso) é peremptório, isto é, não admite alteração ou prorrogação por acordo das partes ou determinação do órgão julgador. Assim, se descumprido, opera-se a preclusão temporal, impedindo a parte de praticar o ato recursal.
+ Recurso prematuro ou precoce. Recurso Extemporâneo – é o recurso interposto antes do início do prazo.
STF – HC 101132/MA: “As preclusões se destinam a permitir o regular e célere desenvolvimento do feito, por isso não é possível penalizar a parte que age de boa-fé e contribui para o progresso da marcha processual”.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
(...)
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
e) preparo: de modo geral, os recursos estão sujeitos a preparo, ou seja, ao pagamento das despesas processuais correspondentes ao recurso interposto, que compreendem as custas e o porte de retorno.
O preparo deve ser comprovado no ato de interposição do recurso, sob pena de deserção, ou seja, trancamento do recurso (deve ser feito antes e comprovado no momento de interpor) – art. 1.007, do CPC.
* EXCEÇÃO:
1. No Juizado Especial o preparo pode ser feito em 48h após a interposição dos recursos;
2. Na Justiça Federal o preparo do recurso contra a sentença pode ser feito em até 5 (cinco) dias da interposição;
3. Art. 1.007, § 4º, CPC. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Recurso deserto é aquele que não foi admitido por falta de preparo.
+ Se o preparo é feito em valor menor, não há deserção por conta disso. Nesse caso, o juiz deverá intimar o recorrente para completa-lo, no prazo de 5 dias (art. 1.007, § 2º).
Caso o recorrente não tenha comprovado o pagamento do preparo, e, portanto, tenha sido intimado para realizar o recolhimento em dobro, mesmo assim ainda o tenha feito insuficiente, estará vedada a complementação (art. 1.007, § 5º).
Caso o recorrente comprove justo motivo para o não recolhimento do preparo, o juiz relevara a pena de deserção, fixando-lhe prazo (5 dias) para o efetuar o preparo (art. 1.007, § 6º).
O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar vícios no prazo de 5 dias.
+ São recursos que dispensam o preparo:
1. Embargos de declaração;
2. Agravo de instrumento.
+ São dispensados de preparo:
1. Ministério Público;
2. A Fazenda Pública;
3. Os que gozam do benefício de isenção legal.
* O valor do preparo dependerá de cada Lei estadual sobre custas *
O recurso adesivo segue a regra do recurso principal. Se este tiver, o adesivo também terá.
Obs.: § 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
f) regularidade formal: a interposição do recurso deve observar o que for estabelecido em Lei.
	- Devem ser interpostos em petição escrita (exceto os Embargos de Declarações em Juizado Estadual);
	- Tem que conter o pedido, para não ser inepto;
	- Tem que ter razões (os Embargos de Declaração não têm);
	- O agravo de instrumento tem que estar com o seu “instrumento” completo para ser conhecido (art. 1.007);
	- Tem que impugnar especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 932, inc. III).
EFEITOS
Qualquer recurso tem o efeito de obstar o trânsito em julgado ou a preclusão.
Além desse efeito obstantivo da coisa julgada, a doutrina reconhece outros dois, quais sejam: o devolutivo e o suspensivo.
> Os efeitos dos recursos são as consequências que o processo sofre com a sua interposição. É a lei que estabelece quais são os efeitos de que um recurso é dotado.
* Efeito devolutivo: o recurso tem o efeito de devolver (transferir) ao órgão jurisdicional hierarquicamente superior (Tribunal ad quem) o exame de toda a matéria impugnada.
	Todo e qualquer recurso devolve ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
* Efeito suspensivo: em regra, o recurso não suspende a eficácia da decisão recorrida, salvo nos casos em que a lei dispuser de forma diversa. Suspender-se-á a eficácia da sentença caso o relator verifique, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e a probabilidade de provimento do recurso.
RECURSO ADESIVO
APELAÇÃO

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