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Resumo de Empresarial - Professora Márcia Condes - UniCEUB

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - FAJS
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL – SOCIETÁRIO
PROFESSORA: MÁRCIA CONDES
ALUNA: CAROLINA THOMAZ EMILIANO ROHNELT
R.A: 21436485
RESUMO 
DE
EMPRESARIAL
Abril
2016
	
Origem e evolução histórica do direito 
comercial/empresarial
A adoção da teoria da empresa e as 
alterações dela decorrentes.
O comércio iniciou com a produção por subsistência e a troca do excedente.
Ainda no momento das tribos as pessoas consideradas fortes caçavam, buscavam alimentos; os mais fracos passaram a desenvolver ferramentas, cozinhavam, faziam fogo, uma espécie de “troca de funções”.
Quando as famílias se tornaram um clã, já haviam certas especializações entre seus membros, além de passarem a trocar o excedente com outras famílias, outra forma de troca.
No Brasil, no início da colonização do centro-oeste, embora houvesse muito ouro, não havia sal. Pelo trabalho/transporte para trazer o sal o fazia ter o preço do ouro. Entretanto, em meio ao intercâmbio de mercadorias passou a ocorrer assaltos, por isso iniciou a carta de crédito/títulos de crédito e em meio a isso surge o banqueiro. Nesse contexto, algumas cidades tornam-se pólos, a exemplo: Roma, recebem compradores e vendedores, por isso Roma cria muralhas e cobra tributos para os comerciantes que gostariam de vender por lá. O tributo era usado para manter a cidade.
Era das trevas: era medieval
Quem devia era um criminoso, deveria ser preso.
No Brasil: Vigência das ordenações = Perdia o patrimônio e era considerado criminoso.
Em 1755, em Portugal: recebia as mercadorias e distribuía para a Europa.
Marquês de Pombal: percebe que neste caso os comerciantes tornaram-se insolventes por um fator da natureza e vê a necessidade de recuperar as empresas, surge:
Insolvente com culpa: criminoso, deve ser preso.
Insolvente sem culpa: fali junto com o Estado e precisa ser ajudado.
Código de Napoleão: 1º código comercial
Rígido – interpretação exegética 
A letra da lei
Comércio, falência...
Na Itália surge o Direito Comparado, a hermenêutica que observa o caso concreto, e adaptou-se para o comércio italiano.
1850 – D. João VI: Na ausência da lei de fora. (Código Comercial). O código não trouxe o que era mercancia. Surge após isso, um regulamento para definir. De início, quem fazia mercancia era o comerciante.
Teoria da Empresa (1942): Código baseado na hermêutica italiana.
Conflito: teoria da empresa x teoria do comércio: O judiciário passou a resolver os conflitos, erros de prestação de serviço, ou seja, o judiciário passou a legislar.
Adoção de empresa somente em 2003, entra em vigor com o novo código civil.
Fases Históricas do Direito EmpresarialHistória do comércio e do direito comercial:
O Direito Comercial desenvolveu-se à margem do Direito Civil, de raízes romanas, na prática e no exercício do comércio ao longo dos séculos. Sua sistematização, como conjunto de regras jurídicas próprias, contudo, vem a ocorrer posteriormente a sua formação inicial, provavelmente na Idade média, mas os estudiosos do Direito Comercial não conseguiram, até o momento, encontrar um ponto comum na identificação do seu period inicial no decorrer da história do homem. Há os que preferem inserir seu estudo nas mesmas divisões clássicas da história da humanidade: Antiguidade Clássica, Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea. Outros vislumbram a sistematização doutrinária da ciência jurídica somente após a Idade Média e contam as eras evolutivas a partir das ideias econômicas e seus resultados no mundo ocidental.
Negrão, Ricardo: Manual de direito comercial e de empresa, volume I: Teoria geral da empresa e direito societário. 11. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. Página 25. 
	
	Fases Históricas do Direito Empresarial
	Primitiva: antiguidade
	A troca era a versão original do comércio, a qual evoluiu para a modalidade de compra e venda e intermediacão, decorrente do surgimento da moeda.
O Corpus Juris Civilis, o Código Leal e o Código de Hamurabi são exemplos de ativismo estatal na regulação do comercio.
	Primitiva: Idade Média
	Idade Média em 3 fases: a primeira foi a subjetiva, na qual o sujeito era o burguês matriculado nas corporações de ofiício. A segunda foi a objetiva (teoria dos atos de comércio), na qual o sujeito passou a se chamar comerciante. Na terceira (subjetiva moderna), ora vigente, o sujeito do direito comercial passou a se chamar empresário.
	Subjetiva
	O direito comercial dessa fase era criado por corporações de ofício, as quais, por terem uma estrutura corporative e classista, tiveram a força política e a econômica necessárias ao estabelecimento de regras próprias para os comerciantes.
Comerciante era quem estava matriculado em uma corporação de ofício.
	Objetiva
	Transformou-se em um ramo do direito aplicável a determinados atos, não s determinadas pessoas. Tais atos estariam elencados em legislação comercial e quem fizesse da sua profissão o exercício deles seria alcançado pelo direito comercial.
	Subjetiva Moderna ou Empresarial
	O direito empresarial incide na atividade tida como econômica. O objeto do direito é estável, a atividade (empresa). Todavia, apesar de incidir sobre a empresa (objeto), os reflexos jurídicos dos negócios recairão sobre os sujeitos titulares das empresas (empresários e sociedades empresárias).
A primeira fase é caracterizada pelo fato de ser um direito de classe, um direito profissional, ligado aos comerciantes, a eles dirigido e por eles mesmos aplicado, por meio da figura do cônsul nas corporações de ofício. Trata-se, dessa forma, de um Direito do Comerciante, ou, no dizer de Fran Martins, “direito de amparo ao comerciante”. (…) Nesse período, o comércio era itinerante: o comerciante levava mercadorias de uma cidade para outra, através de estradas, em caravanas, sempre em direção a feiras que tornaram famosas as cidades europeias: Florença, Bolonha, Champanhe etc. Confere com esse entendimento o dos historiadores do Direito Privado, em especial o Professor Caenegem, de História Medieval e de História do Direito na Universidade devGhentum: “O ius mercatorumv(direito comercial) ocidental foi amplamente modelado pelas grandes
feiras internacionais do comércio, em particular pelas de Champanhe nos séculos XII e XIII; antigas práticas converteram-se em usos e normas por todos reconhecidos, tal como foi o caso das letras de câmbio. Contribuições para a formação de um direito comercial europeu também foram feitas pelas normas das corporações mercantis, assim como pelas duas grandes famílias do direito marítimo, o dos países mediterrâneos, onde a lex Rhodia e o Consulat de Mar eram seguidas, e o do Norte da Europa, onde os ‘Rôles d’Oléron’ e o direito marítimo de Damme e Wisby eram seguidos”. (…) No campo societário, especificamente, assiste-se à evolução das societas maris (sociedades marítimas), também conhecidas como societas vera (sociedades verdadeiras) ou commenda, constituídas por um sócio que ficava no local (socius stans) e um sócio que, no curso de sua viagem marítima, negociava pelos mercados onde desembarcava (socius tractador). Braudel afirma que tais sociedades nascem, muitas vezes, para uma só viagem16. Documentos datados de 1578 mostram a constituição, em Portugal, de sociedades hoje conhecidas como de capital e indústria, descrita na época como contrato estabelecido entre duas pessoas, “quando um põe o dinheiro e outro o trabalho.
Negrão, Ricardo: Manual de direito comercial e de empresa, volume I: Teoria geral da empresa e direito societário. 11. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. Páginas 26,27, 28 e 30. 
Projeto de nova codificação: Com a promulgação, em 1806, do Código Napoleônico, ou Code de Commerce, influenciado pela legislação de Savary e, por sua vez, influenciando toda a legislação comercial da época, inclusive o Código Comercial brasileiro (Lei n. 556, de 25-6-1850), surge o conceito objetivo de comerciante, definindo-ocomo aquele que pratica, com habitual profissionalidade, atos de comércio.
Afasta-se nesse período o ponto central do conceito vigente na fase precedente — a ideia de ser um direito dos comerciantes — para se estabelecer o Direito Comercial como direito dos atos de comércio. Nessa concepção, a relevância da ciência do direito está posta sobre aspectos exteriores da personalidade: a prática de determinados atos, que, se exercidos com profissionalidade, terão a proteção de uma legislação especial, de natureza comercial.
Negrão, Ricardo: Manual de direito comercial e de empresa, volume I: Teoria geral da empresa e direito societário. 11. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. Página 33.
O segundo período, coincidente com o mercantilismo, caracteriza-se pela expansão colonial e é a época áurea da evolução das grandes sociedades, sempre sob a autorização do Estado. Vige a regra: “as associações são lícitas, desde que o Rei as autorize”22. As normas de Direito Comercial, como as demais, são emanadas de um poder soberano central. Surgem as codificações em toda a Europa, regendo matéria de direito marítimo (Navigation Act, de Cromwell, em 1651, Ordennance sur le Commerce de Mer, em 1681, no reinado de Luís XIV) e de direito terrestre (Ordennance sur le Commerce de Terre, de 1673, também chamado de Código Savary, por ser de autoria de Jacques Savary; foi conhecido ainda como Ordennance des Merchands et Negociants)
Negrão, Ricardo: Manual de direito comercial e de empresa, volume I: Teoria geral da empresa e direito societário. 11. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. Página 32.
No Brasil as leis que surgiram após a lei da empresa.
 1942: Teoria da Empresa (Itália)
 1807: Código Napoleônico.
 1850: No Brasil, lei 556 = Código Comercial. Baseou-se no Código Napoleônico, mas com uma interpretação no tempo, no espaço, dificilmente era a letra da lei.
 2002: Teoria do comércio x Teoria da empresa (quem produzia mercancia, e bancários=comerciantes).
Antes, comerciante era aquele que produzia a mercancia e banqueiros. Prestadores de serviços não eram considerados comerciantes. >Teoria do Comércio<
Em 1990 surge o Direito do Consumidor. Antes da lei, quem titulava era a jurisprudência 556 – foi em boa parte revogada.
Código Civil/2002: 12/01/2003: Teoria da Empresa. Passou a considerer produção circulação de bens e serviços comércio. 
Agora, após 2002 nāo se chama mais comércio, e sim atividade empresarial. Uma parte da lei 556 regulada pelo 737 permaneceu até hoje.
Atividade Nāo Personificada: não registrada, mesmo assim pode receber processo por service mal prestado.
	
Conceito: Atividade Organizada 
Objetivo do direito empresarial? Regular a atividade empresarial.
Limite: Depende das outras áreas do direito (constitucional, trabalho, consumidor, etc)
O direito empresarial interno e suas divisões.
No Brasil, embora o direito empresarial seja um ramo autônomo do direito privado. Após a regência do CC/02 convencionou chamar de direito empresarial o conjunto de legislações, tanto públicas quanto privadas, que regem as empresas brasileiras de personalidade juridical de direito privado.
Os principais diplomas legais são D. Civil, D. Público, D. Tributário, D. do Trabalho, D. Econômico, D. Penal, D. Internacional, D. do Consumidor, etc.
Critérios para determiner o que seja material empresarial (comercial).
Característica cosmopolita, onerosidade, simplicidade, elasticidade, presunção de solidariedade.
O Direito Empresarial Internacional
A questões da autonomia do Direito Empresarial
Direito Financeiro: receitas.
Direito Econômico: originárias e derivadas, orçamento público.
Visa assegurar a autonomia financeira.
Estado Brasileiro: Povo + Território + Governo + Constituição.
Receitas originárias: 
Exemplo: vender a Amazônia; vender terrenos.
FHC: Traz empresas de fora, vende as estatais na tentative de desenvolver o país.
LULA: Brasil tornou-se emergente. Empresas estrangeiras passam a comprar ações no Brasil. Mundo globalizado.
DILMA: Estoura o orçamento.
Receitas Derivadas:	
Quando não tinha receita, e muita carga tributária, os empresários do exterior saíram do Brasil.
 Juros  Carga Tributária Voltam os investidores.
Quem é empresário? (art. 966, CC)
3º setor: não são empresas, mas se equiparam.
Operador do direito, arquiteto, etc: não são empresários, mas equiparam.
Cosmopolita: ultrapassar as fronteiras de um país. 
Subjetivo – Empresário.
Objetivo: fixo, empresa
O Direito Internacional Público assegura por tratado as relações do Direito Internacional Privado (entre empresas, indivíduos)
 Onerosidade: dinheiro – lucro.
 Simplicidade: para melhor fluir – burocrático.
 Elasticidade: rápido.
 Solidariedade.
A questão da autonomia do Direito Empresarial
Fontes do Direito Empresarial
Os princípios do Direito Empresarial e a ordem econômica constitucional reguladora da atividade mercantil
Conceitos de empresa e empresário
Lei de Falência e Lei de Concordata  já tinham como base o direito empresarial.
Fontes do Direito Empresarial:
Comercial
Lei  Fonte Primária
Lei Complementar 123 de 2006.
Lei 556  Não alterada, ainda vigente.
 Analogia, costumes, princípios.
Doutrina e Jurisprudência  alguns dizem que é revelação da lei.
Analogia: uso do direito comparado.
Ordem Econômica
Artigo 170, CF/88
Dignidade da pessoa humana
Livre iniciativa: o governo não intervém
Soberania nacional: pode abrir as fronteiras para empresas estrangeiras, sendo que elas não interfiram na soberania nacional
Iniciativa Privada: capacidade de negociar proteção para o governo não invadir o seu comércio, a sua propriedade.
Fontes do Direito Comercial
Direito Comercial com ramo do Direito
Exatamente como o Direito Civil, o Direito Comercial pertence ao gênero direito privado, tendo com aquele íntima vinculação no campo do direito obrigacional. Embora no Brasil não se tenha estabelecido, desde logo, uma uniformização de tratamento, o País recepciona um novo Código Civil, que ordena algumas normas comuns aos empresários e aos não empresários.
Comerciantes — ou empresários, na terminologia da nova Teoria da Empresa — e não comerciantes (ou não empresários), ao exercerem atividade econômica organizada, em nome próprio, praticam atos jurídicos, isto é, realizam atos que visam adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Esses atos, em sua essência, não diferem, inexistindo sistematização científica que opere distinção válida. O contrato de compra e venda, por exemplo, será tanto um ato jurídico civil (e. g., venda de um imóvel) como um ato jurídico comercial (e. g., venda de um produto em supermercado). Qual a diferença que se pode estabelecer entre um e outro? O lucro? De forma alguma. O lucro pode ter sido o objetivo de ambos os vendedores. Nem mesmo a intermediação opera a diferenciação. Dizer que o ato de compra e venda de um imóvel pretendeu o consumo, e que o praticado pelo comerciante se endereçou à revenda, é solução que não satisfaz os espíritos mais críticos, uma vez que a única diferença repousa sobre a natureza do sujeito realizador da venda. Os meios utilizados — intermediação ou não — não parecem suficientes para a distinção.
Fontes Primarias:
Feitas essas breves anotações iniciais, deve-se passar às fontes primárias, ou próximas, que, nos litígios de natureza empresarial, são: a) a Constituição Federal, na regulamentação de matéria pertinente, por exemplo, as disposições sobre a ordem econômica e financeira (arts. 170 e s.); b) o Código Civil; c) o Código Comercial, na parte ainda vigente; d) as leis comerciais em geral.
Fontes Secundarias:
Em relação às fontes secundárias, há disposições expressas sobre sua aplicabilidade. A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro7 traz norma sobre a interpretação das leis, em seu art. 4º: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. Igualmente, o Código Comercial estabelece normas para ainterpretação, por exemplo, os arts. 121 e 291, de concepções dicotômicas: “Art. 121. As regras e disposições do direito civil para os contratos em geral são aplicáveis aos contratos comerciais, com as modificações e restrições estabelecidas neste Código.” “Art. 291. As leis particulares do comércio e a convenção das partes sempre que lhes não for contrária, e os usos comerciais, regulam toda a sorte de associação mercantil; não podendo recorrer-se ao direito civil para decisão de qualquer dúvida que se ofereça, senão na falta de lei ou uso comercial.” No império do Código Comercial, o aplicador da lei utiliza como fonte secundária — na omissão ocorrida nas fontes primárias — do Código e das leis civis a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Os últimos, chamados por alguns de fonte complementar. A promulgação do novo Código Civil, entretanto, eleva-o à categoria de fonte primária, naqueles aspectos que regulamenta: o direito contratual e o direito de empresa.
Comerciante e atos de Comercio
Introdução:
O conceito de comerciante sempre foi uma das questões mais trabalhosas no âmbito do Direito Comercial, inexistindo, até os dias de hoje, concepção que atenda a todos os juristas. À falta de uma definição moderna aceitável, os cientistas do direito debatem-se em questões históricas ou em definições legais que foram surgindo durante o desenvolvimento da mercancia e sua aplicação jurídica. Historicamente se procurou ligar o comerciante ao exercício de atos de comércio, e estes à manufatura e à distribuição das mercadorias. No conceito de Vidari, por exemplo, citado por Rubens Requião, encontra-se: “É o complexo de atos de intromissão entre o produtor e o consumidor que, exercidos habitualmente e com o fim de lucros, realizam, promovem ou facilitam a circulação dos produtos da natureza e da indústria, para tornar mais fácil e pronta a procura e a oferta”1 . Nesse conceito se encontram três ideias ou elementos jurídicos integrantes: mediação, fim lucrativo e profissionalidade.
Origem histórica:
O desenvolvimento do Direito Comercial — a gênese do tratamento diferenciador dado pelas legislações — pode ser dividido em três fases: o primórdio, caracterizado por uma tônica subjetiva, que ligava o mercador a uma corporação de ofício mercantil, denominada fase subjetiva-corporativista; um segundo momento, que definiu os atos praticados por esses mercadores como caracterizadores de sua profissão, denominado fase objetiva (neste o traço marcante é o objeto da ação do agente — o próprio ato do comércio); finalmente, a chamada fase empresarial, cujo conteúdo vem sendo construído ao longo dos últimos cem anos, adotado por diversas legislações europeias e que se vê abraçado pelo novo Código Civil brasileiro. Do ponto de vista de suas origens, os três sistemas podem ser classificados como histórico (subjetivo-corporativista), francês (objetivo) e italiano (empresarial).
Conceito subjetivo-corporativista: comerciante é aquele que pratica a mercancia, subordinando-se à corporação de mercadores e sujeitando-se às decisões dos cônsules dessas corporações
Conceito objetivo: “Comerciante é aquele que pratica com habitualidade e profissionalidade atos de comércio” (Vivante).
Conceito moderno (empresarial ou subjetivo-empresarial): Considera-se empresá- rio quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, excluída a profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (novo Código Civil, art. 966 e parágrafo único)
Atos de comercio:
Atualmente, a legislação brasileira vive uma fase de transição entre o conceito objetivo de comerciante e o novo conceito de empresa, acolhido pelo Livro II da Parte Especial do novo Código Civil. Com a adequação de todas as leis extravagantes à Teoria da Empresa, a antiga Teoria dos Atos de Comércio deixará de ter qualquer valia para a qualificação de comerciante, porque não mais existirá a relação dicotômica civil-comercial. O sistema moderno não mais classifica os atos jurídicos em civis e comerciais, mas simplesmente em empresariais e não empresariais.
Empresa e Empresário
Formação do conceito de empresa:
O conceito de empresa decorre da visão moderna de empresário, e sua formulação tem origem na legislação italiana de 1942, que unificou, no Código Civil, o direito obrigacional, fazendo desaparecer o Código Comercial como legislação separada. Se, por um lado, o estudo dos atos de comércio decorre do conceito francês de comerciante — sistema da comercialidade —, por outro, o conceito de empresa é construção italiana — sistema da empresarialidade —, ao estabelecer regras próprias não mais àquele que pratica com habitualidade e profissionalidade atos de comércio, mas à atividade definida em lei como empresarial.
Conceito Jurídico de empresa:
O primeiro aspecto, denominado perfil subjetivo, é considerado a partir da definição do art. 2082 do Código Civil italiano. Vislumbra-se aqui o aspecto subjetivo, de quem exerce a empresa — o empresário —, definido como o sujeito — pessoa física ou jurídica — que, em nome próprio, exerce atividade econômica organizada — incluindo a organização do trabalho alheio e do capital próprio e alheio —, com o fim de operar para o mercado e não para consumo próprio, de forma profissional, isto é, não ocasionalmente. Adotado no Brasil, a partir da unificação operada pelo Código Civil, o perfil subjetivo de empresa encontra-se delineado no art. 966, já mencionado. Observe-se, como faz Ascarelli, que a natureza da atividade é que qualifica o empresário.
Em face desses três aspectos, sumarizando graficamente, tem-se o seguinte tripé empresarial: pessoa, bens e atividade, o que nos lembra a divisão clássica do Direito Civil: das pessoas, dos bens e dos atos jurídicos:
ATIVIDADE 
Complexo de atos exercidos, com vistas ao mercado.
PESSOA 
O sujeito que exerce a atividade: o empresário (sempre uma pessoa física ou jurídica).
BENS 
O estabelecimento empresarial (conjunto de bens, como meio de exercer a atividade).
Aspecto subjetivo- o empresário: 
Na atual fase de transição entre o conceito anteriormente registrado no Código Comercial de 1850 e o atual, consagrado no art. 966 do Código Civil, emergem dois sistemas distintos para conceituar a atividade comercial e a atividade econômica. O objetivo, originário do Código Comercial francês, promulgado por Napoleão, está jungido à atividade comercial — a mercancia —, definindo como comerciante aquele que pratica atos de comércio com habitualidade e profissionalidade. Outro, moderno, afirma ser empresário aquele que exercita profissionalmente qualquer atividade econômica organizada, para a produção de bens ou serviços, excetuando-se as atividades intelectuais, de natureza científica, literária ou artística. Para o primeiro há necessidade do estudo dos atos de comércio e da Teoria dos Atos de Comércio; para o segundo, basta aferir a existência da atividade econômica organizada voltada para o mercado. Pela definição legal, é empresário aquele que exerce: (1) atividade econômica com vistas à produção ou à circulação de bens ou serviços; (2) de forma organizada; (3) profissionalmente.
É econômica a atividade criadora de riqueza e de bens ou serviços patrimonialmente valoráveis para o mercado consumidor. Distingue-se a expressão “econômica” das que qualificam outras atividades previstas no Código Civil, tais como: intelectual, científica, literária ou artística, a atividade associativa, as fundacionais de fins religiosos, morais, culturais e de assistência.
 Economicidade
Empresário
 																 Organização Profissionalidade
Espécies de empresários:
 EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EMPRESARIAL
	INDIVIDUAL
	COLETIVO
	Empresárioindividual e empresa individual de responsabilidade limitada (art. 966 e Lei n. 12.441/2011)
	Sociedade empresária (art. 983).
 
 EXERCÍCIO DE ATIVIDADE NÃO EMPRESARIA
	INDIVIDUAL
	COLETIVO
	Profissional (autônomo): atividades não empresariais, tais como: intelectuais, científicas, literárias ou artísticas. Faculta-se a estes profissionais a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada (art. 980-A, § 5º).
	— Associações — sem fins econômicos (art. 53). — Fundações — de fins religiosos, morais, culturais e de assistência (art. 62). — Sociedade simples — atividade lucrativa não empresária (arts. 982 e 997 a 1.038).
 
Condições para o exercício da atividade empresarial:
Eram condições, no Brasil, para a obtenção da qualidade de comerciante a capacidade e a habitualidade no exercício da profissão mercantil. A capacidade do comerciante individual decorria da lei civil: toda pessoa maior de vinte e um anos era plenamente capaz de direitos e obrigações, isto é, podia reger sua própria pessoa e dispor de seus bens. Era possível, entretanto, antes da idade legal, obter a emancipação nas hipóteses previstas no art. 9º do Código Civil de 1916.
Pessoas impedidas de exercer atividade:
Tanto o Código Comercial (parcialmente revogado) como várias leis extravagantes traziam proibições para o exercício do comércio, algumas com conteúdo de sanção administrativa, de cunho penal ou de restrição de direitos. As regras especiais para os agentes políticos, funcionários públicos, estrangeiros e para o exercício de determinadas profissões permanecem, agora sob a égide do art. 972 do Código Civil.
 Perfil Objetivo da Empresa – O estabelecimento Empresarial:
Conceito:
Desde 1942, entretanto, em seu art. 2555, a Lei Civil italiana define estabelecimento empresarial: “L’azienda è il complesso dei beni organizati dall’imprenditore per l’essercizio dell’impresa”2 . Azienda é, assim, o complexo de bens organizados pelo empresário para o exercício da empresa. Daí o uso corrente, em economia e mesmo entre os juristas brasileiros, da palavra “azienda” ou “patrimônio aziendal” para indicar estabelecimento empresarial.
Rubens Requião prefere definir fundo de comércio ou estabelecimento comercial como instrumento da atividade do empresário. Tal conceito aproxima-se da clássica concepção de Carvalho de Mendonça: “complexo de meios materiais e imateriais, pelos quais o comerciante explora determinada espécie de comércio”.
Ao contrário do Código Comercial de 1850, o novo Código Civil definiu estabelecimento e o concebeu no art. 1.142, sem se afastar da doutrina vigente: “Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.
Elementos componentes do estabelecimento empresarial:
	Bens Incorpóreos
	Bens Corpóreos
	• sinais distintivos nome comercial objetivo, título e insígnia do estabelecimento, marcas37 de produto ou serviço, marcas de certificação, marcas coletivas; 
• privilégios industriaispatentes de invenção e de modelos de utilidade, registro de desenhos industriais;
	• nos estabelecimentos industriaisterrenos, edifícios, construções, usinas, armazéns, máquinas, equipamentos, produtos acabados, matéria-prima etc.
 • nas chamadas atividades intermediárias: mercadorias, instalações, mobiliário e utensílios;
	• obras literárias, artísticas ou científicas; • ponto ou local da empresa
	• nas empresas de transporteveículos etc.;
	• direitos decorrentes dos contratos em geral 
• créditos.
	• nas atividades bancáriasdinheiro, títulos.
Domicilio e estabelecimento principal:
Em regra, o domicílio da pessoa natural se fixa no lugar onde ela estabelece sua residência com ânimo definitivo61. Por ser o empresário individual uma pessoa natural, seu domicílio é assim determinado. Entretanto, também será seu domicílio o lugar onde exercitar sua atividade, no tocante às relações empresariais.
Capitulo 9 – Propriedade Industrial: Registro de Desenho industrial
Noções: 
Em 1996, a nova Lei da Propriedade Industrial modernizou o conceito, abrangendo, na redação do art. 95, ambos os institutos sob a mesma rubrica — desenho industrial —, em uma única definição legal: “a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial”.
Requisitos:
 Os requisitos exigidos para o registro são os mesmos já estudados para a patente: a novidade, a industriabilidade, a originalidade (inventividade) e a legalidade. A matéria registrada no capítulo anterior pode ser aqui reiterada, respeitadas, contudo, algumas particularidades. 
a) A novidade:
 A novidade decorre do universo de coisas não compreendidas no estado da técnica, isto é, as que não sejam de conhecimento acessível ao público antes da data do depósito do pedido de registro, no Brasil ou no exterior.
b) A originalidade: 
A originalidade ou criatividade é definida como a que resulta de configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores, excluída qualquer obra de caráter puramente artístico. É verdade que a configuração visual de um objeto jamais será absolutamente nova, mas pode ser “decorrente da combinação de elementos conhecidos”: padronagem, linhas, cores e formas são passíveis de serem recombinadas e adaptadas, criando algo visualmente distinto dos padrões atuais.
c) A industriabilidade: 
Do requisito da industriabilidade decorre a exigência de não ser registrável qualquer obra de caráter puramente artístico, que pode, entretanto, estar amparada por direito autoral. Somente é registrável o desenho industrial que possa servir de tipo de fabricação industrial.
d) A legalidade:
O requisito da legalidade impede se faça o registro de desenho industrial que for contrário à moral e aos bons costumes, que ofenda a honra ou a imagem de pessoas ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração.
Registro:
 Para efeito didático, a sequência dos atos legais de registro do desenho industrial pode ser agrupada em quatro categorias, disciplinadas nos arts. 101 a 106 da Lei n. 9.279/96: 1) prioridade e pedido; 
2) exame formal; 
3) processamento e decisão; 
4) recurso. 
A matéria é regulada pelo Ato Normativo n. 129, de 5 de março de 1997, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que dispõe sobre a aplicação da Lei de Propriedade Industrial em relação aos registros de desenho industrial.
 Registro de Empresa
Breve histórico: 
O exercício da mercancia, nos tempos feudais e no nascimento da burguesia, dependia exclusivamente da prática de atos de intermediação e do registro na corporação ou ligas de ofícios. O sistema deu origem a um conceito subjetivo-corporativista de identificação do profissional comerciante. Reputava-se comerciante aquele que se submetia às corporações de ofício do comércio. Essa é a origem remota do registro de comércio. Com o surgimento da legislação francesa do comércio, adotando o conceito objetivo de identificação do comerciante, desapareceram as corporações e, com estas, o registro corporativo. Na França, somente em 18 de março de 1919 é que a legislação restaurou o registro de comércio, em decorrência da guerra de 1914-1919, quando se pretendeu levantar a nacionalidade dos proprietários de empresas em funcionamento.
Finalidades do registro:
 Atualmente, o registro é realizado perante as Juntas Comerciais, em cada Estado. Em vigor se encontra a Lei n. 8.934, de 18 de novembro de 1994, que regulamenta o registro público de empresas mercantis e atividades afins, com as seguintes finalidades: Manual de Direito Comercial e de Empresa - 025 - 322.indd 201 15/12/2011 16:53:20 202 a) dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis (art. 1º,I); b) cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no Brasil e manter atualizadas as informações pertinentes (art. 1º, II); c) proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como a seu cancelamento (art. 1º, III).
Efeitos jurídicos:
 Dependendo da qualidade da pessoa que realiza os atos, são distintos os efeitos decorrentes da inscrição no Registro de Empresa, impondo a diferenciação: se efetuados por declaração do empresário individual, ou se o foram pelo arquivamento dos atos constitutivos de empresa individual de responsabilidade limitada ou de sociedade empresária. No primeiro caso, o registro concede proteção jurídica e gozo das prerrogativas próprias de empresário, tratamento registrário e fiscal favorecido e diferenciado quando se tratar de pequeno empresário, e, nos dois últimos, além daquelas, faz nascer a pessoa jurídica.
Efeitos jurídicos em relação à sociedade empresária:
 Além de dar publicidade aos atos jurídicos mercantis, o registro possui outro importante efeito em relação à vida da empresa individual de responsabilidade limitada e da sociedade empresária: faz nascê-las no mundo jurídico como pessoas jurídicas. O registro de empresário individual que não se revestir da forma empresa individual de responsabilidade limitada não gera efeitos próprios da personalidade jurídica. Isto porque o homem natural — a pessoa individual, o empresário individual — já goza, desde o nascimento, dos direitos de personalidade, e, a não ser que pretenda limitar sua responsabilidade patrimonial nos termos da Lei n. 12.441/2011, não há razão para obter personalidade jurídica.
Órgãos do Registro de Empresa: São órgãos incumbidos do registro público de empresas mercantis e atividades afins e integram o Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM): o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) e as Juntas Comerciais de cada unidade da Federação. Ao primeiro compete: a) supervisionar; b) orientar; c) coordenar e normatizar, no plano técnico; d) coordenar e suplementar, no plano administrativo. As segundas — as Juntas Comerciais — já estiveram subordinadas ao Departamento Nacional de Indústria e Comércio, vinculado ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, por força do Decreto n. 24.636, de 10 de julho de 1934. Atualmente integram o Sistema Nacional do Registro do Comércio, composto também pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio, subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (de acordo com a Lei n. 10.683, de 28-5-2003). Dependendo da legislação da unidade federativa a que pertencer (art. 9º do Decreto n. 1.800/96), as Juntas compõem-se de oito, onze, quatorze, dezessete ou vinte vogais e igual número de suplentes; metade será formada por profissionais indicados em listas tríplices pelas Associações Comerciais com sede na jurisdição da Junta Comercial; um vogal representando a União, um representante da classe dos advogados, outro dos economistas e um terceiro entre os contadores, mediante indicação dos conselhos dessas categorias, e, nos Estados que a legislação estabelecer, os demais por livre escolha do governador. Todos devem obedecer às exigências previstas no art. 10 do Decreto n. 1.800/96: a) ser brasileiro e estar em pleno gozo dos direitos civis e políticos; Manual de Direito Comercial e de Empresa - 025 - 322.indd 207 15/12/2011 16:53:20 208 b) não estar condenado por crime cuja pena vede o acesso a cargo, emprego e funções públicas ou por crime de prevaricação, falência fraudulenta, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a propriedade, a fé pública e a economia popular; c) ser, ou ter sido, por mais de cinco anos, titular de firma mercantil individual, sócio ou administrador de sociedade mercantil7 . São dispensados dessa condição os representantes da União, os advogados, os economistas e os contadores, impondo, contudo, a legislação, a essas três últimas classes de representantes, a prova de efetivo exercício de suas profissões no mesmo interregno temporal; d) estar quite com o serviço militar e o serviço eleitoral.
Atos de registro:
O Registro Público de Empresas e Atividades Afins compreende três atos: a matrícula, o arquivamento e a autenticação.
A matrícula:
 A matrícula diz respeito aos leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros (administradores de armazéns onde se guardam mercadorias importadas ou para exportação) e administradores de armazéns-gerais (têm por fim a guarda e conservação de mercadorias e a emissão de títulos especiais que as representam), conforme o art. 32, I, da Lei n. 8.934/94.
O arquivamento:
 O arquivamento é a segunda modalidade de ato registrário empresarial e refere-se a documentos de cinco espécies: a) os relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas (art. 32, II, a, da Lei n. 8.932/94); b) os relativos a consórcio e grupo de sociedades, previstos nos arts. 278 e 279 da Lei n. 6.404/76 (art. 32, II, b, da Lei n. 8.932/94); c) os relativos a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil (art. 32, II, c, da Lei n. 8.932/94); d) as declarações de microempresa (art. 32, II, d, da Lei n. 8.932/94); e) os atos e documentos que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis (art. 32, II, e, da Lei n. 8.932/94).
A autenticação:
 A autenticação de documentos reporta-se aos instrumentos de escrituração das empresas (livros mercantis), conforme o art. 32, III, da Lei n. 8.934/94, e às cópias dos documentos e usos e costumes assentados (art. 39, II, da Lei n. 8.934/94).
Os princípios do direito empresarial e a ordem econômica, constitucional, reguladora da atividade mercantil
Conceito de empresa e empresário
Conceito econômico e social de empresa e função social do empresário
Responsabilidade social e ética da empresa e do empresário com o meio ambiente
Livre concorrência: quanto mais concorrência mais benefício para o comerciante. Não se pode tarifar/tabelar o preço 
Defesa do consumidor: o empresário, como o lado mais forte da relação deve “proteger” o consumidor.
Criação de “pólos” em cidades consideradas dormitórios
Possível com a Lei Complementar 123/06
	Empresa
	X Empresário
	Perfil/elemento: 
Subjetivo
Objetivo
Pessoas
	Art. 1º do 966
Artistas e intelectuais
- Para efeito tributário se equipara a empresários.
Obs: Atividade empresária organizada por pessoas, precisa ter sua função social.
Simples Nacional
Empresa de Pequeno Porte
	MEI (Obrigatório – Simples)
	0-60.000
	-
	ME (LR, LP, Simples)
	0-360.000
	-
	EIRELE (LP, LR, Simples)
	0-36.000.00
	Até 78.000/01
	LTDA (Sócio, LP, LR, Simples)
	0-36.000.000
	Até 78.000/01
✔Faturamento Líquido: o que sobra
✔Faturamento Bruto: vendeu, paga imposto.
	Forma Contábil – Simples Nacional: Micro e pequenas empresas com tributos menos rígidos. (Reforma tributária: LC 123/06, permitida pela EC 42/2006.
Lei 128/09: Cria a MEI (assistência social, saúde)
MEI: Forma originária
ME: Originária ou derivado do MEI
Nome da Empresa e sua proteção 
Antes da Lei Complementar 123/06  147/14  Artigo 72
Princípios
Novidade ou anterioridade
Verdade ou veracidade
Especialidade 
Territorialidade
Firma: O nome do proprietário tornava-se o nome da firma e este irá ser protegido.
Razão Social: LTDA, escolhe-se o nome de um dos sócios para nomear a empresa.
Denominação: Nome a sua escolha. Devem cumprir os princípios.
Nome Fantasia: Aquele que não merece proteção. Mas é o nome que a empresa é conhecida.
Estabelecimento= objetiva + subjetiva + atividade corporativa.
Estabelecimento: Corpóreo/Material/Tangível
Ex: Objetos, bens, os quais podem ser vendidos separadamente.
Incorpóreo: Nome (alunos, professores)
Cliente/Contratos: pode dar mais valia, alguns por meio de contrato.
Aviamento (Enedino): mais valia, “plus” chama atenção, geralmente está ligada ao produtom dá o sobrepreço.Ponto: o local que o estabelecimento é localizado. Ex: cafeteria localizada no aeroporto.
Nome: o que valoriza a empresa.
Para a empresa nascer:
Registro: necessitando do nome. 
Filial		
Matriz: é o primeiro estabelecimento
Filial: é um braço da matriz, possuindo tudo que existe na matriz, a fim de prestar o mesmo serviço. 
Estabelecimento Virtual: Faz parte do todo, não pode se desvincular deste. 
Sucursal: Não tem vida própria. Endereço virtual ligado ao mesmo CNPJ da empresa.
Elementos da empresa virtual (sucursal):
Domínio 
Endereço
Site
	
Contrato de trespasse: venda e alienação do estabelecimento.
O trespasse usufruto ou arrendamento não tem efeito em relação à massa falida, nos termos do artigo 129, lei 11.101/05.
REGISTRO – 1150 a 1154, CC/02 e Lei 8934/94 – artigos 1º ao 9º.
DNRC = DREI 
Junta Comercial: 
Função técnica: esfera nacional federal. 
Função administrative: esfera estadual, talvez municipal.
Funções da Junta Comercial:
Registro: visa publicidade, o arquivamento. Visa deixar a disposição da sociedade.
Autenticação: seguiu ordem cronológica, não pode mudar, já foi chancelado pela junta comercial. (Diário de empresa – autenticado para efeito fiscal de provas).
Matrícula: tradutor juramentado, matriculado na junta comercial. Algumas ações são estritas a quem está matriculado na junta.
Registro das sociedades personificadas
Regulamento da empresa (artigo 985, CC)
Onde faz o registro? (artigo 1150, CC)
Sociedade empresária: junta comercial
Sociedade simples: registro civil das pessoas jurídicas, cartório de registro.

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