Buscar

Direio Processo Civil Aula 06 Material de Apoio Magistratura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Processo Civil 
 Professor: Eduardo Francisco 
Aula: 06 | Data: 12/05/2015 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
1. Assistência 
2. Oposição 
3. Nomeação a Autoria 
 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (art. 50 a 80 do CPC) 
 
Conceito: É o ingresso de terceiro num processo em andamento. 
 
Requisito Básico: É o interesse jurídico. Esse interesse decorre de uma relação jurídica, mantida com pelo menos 
uma das partes, que pode ser atingida direta ou indiretamente. 
 
– Espécies de Intervenção 
Assistência 
Oposição 
Nomeação a autoria 
Denunciação da Lide 
Chamamento ao processo 
3º - Recurso de terceiro interessado 
 
– Classificação 
A doutrina tradicional divide em dois grupos: 
 
a. Intervenções Espontâneas / Voluntárias: São aquelas em que a iniciativa é do terceiro, que peticiona o ingresso. 
São elas: Assistência, Oposição e Recurso de terceiro prejudicado. 
 
b. Intervenções Forçadas / Provocadas / Coactas: São aquelas em que a parte pede a citação do terceiro. 
São elas: Nomeação a autoria, Denunciação da Lide, Chamamento ao processo. 
 
Classificação Atual 
 
c. Intervenções Típicas: São aquelas previstas no CPC. 
 
d. Intervenções Atípicas: São aquelas que não se enquadram perfeitamente no CPC. Aqui temos: 
- Assistência Provocada 
- Intervenção Especial da Fazenda Pública 
 
Página 2 de 5 
 
- Art. 1.698, 2ª parte, CC 
- Amigo da Corte 
 
– Efeitos da Intervenção de Terceiro 
 
a. Gera Ampliação Subjetiva do Processo 
O processo passa a ter mais um sujeito postulando. A única exceção é a nomeação a autoria, que gera apenas 
sucessão processual. 
 
b. Oposição, Denunciação e Chamamento geram ampliação objetiva do processo 
O processo passa a ter mais uma ação. 
 
c. Excepcionalmente gera o deslocamento da competência 
Quando quem ingressa é a Fazenda Pública, baseada no CPC. 
 
 
1. Assistência (art. 50/55 do CPC) 
Permite ao terceiro ingressar para auxiliar uma das partes. Sendo a Assistência de duas espécies: 
 
I.) Assistência Simples (art. 50-53 e art. 55, CPC) 
 
O interesse jurídico do assistente simples é indireto. 
 
Ele só tem relação jurídica com o assistido. Essa relação jurídica é diferente, mas dependente, da discutida no 
processo. 
 
O assistente é parte secundária e subordinada: Pode suprir as omissões do assistido, mas não pode contraria-lo. 
Ex.: Se o assistido não contesta o assistente pode contestar, evitando os efeitos da revelia. Mas se o assistido 
reconhece o pedido, o assistente não pode contestar (mas poderá noticiar ao juiz eventual colusão entre as 
partes). 
 
O assistente simples não é atingido pela coisa julgada, mas é atingido pelo efeito da justiça da decisão (art. 55 do 
CPC) – que torna imutável os fundamentos da decisão: O assistente que interveio e participou ativamente do 
processo não pode em outra ação discutir com o assistido a justiça da decisão, salvo quando pelo estado em que 
recebeu o processo, ou pela conduta do assistido, não pode colaborara de forma eficiente. Ex.: Sublocatário 
assistente do locatário; Seguradora assistente do segurado. 
 
II.) Assistência Litisconsorcial / Qualificada (art. 54 do CPC) 
 
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda 
vez que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o 
adversário do assistido. 
O interesse jurídico é direto. 
 
O assistente litisconsorcial tem relação jurídica com o adversário do assistido (exatamente a relação jurídica 
discutida no processe, ou seja, o assistente litisconsorcial é titular do direito discutido). 
 
O assistente litisconsorcial tem autonomia de parte principal, ou seja, ele se torna litisconsorte. 
 
Página 3 de 5 
 
O assistente litisconsorcial é atingido pela coisa julgada. 
 
Obs.: Só há assistência litisconsorcial quando há substituição processual. O assistente litisconsorcial é sempre um 
substituído ou um colegitimado. Ex.: Quando um credor solidário cobra a dívida toda do devedor, os demais 
devedores solidários podem ingressar como assistente litisconsorcial do primeiro devedor (os devedores 
solidários tem uma relação jurídica com o devedor e uma relação jurídica com seu adversário, que é credor de 
todos os devedores solidários). 
 
– Procedimento da Assistência 
 
1º. O terceiro peticiona o ingresso como assistente. 
 
2º. O Juiz ouve as partes em 5 dias. 
 
3º.a. Se não houver impugnação o Juiz defere. 
 
3º.b. Se houver impugnação o pedido é desentranhado, autuado em apenso e sem suspender, o processo será 
instruído e decidido. 
 
4º. Da decisão cabe Agravo de Instrumento (urgência processual). 
 
 Assistência Provocada 
Não está no CPC, está na doutrina e leis especiais. Surgiu na doutrina e na jurisprudência que no processo 
cautelar permitem as partes requerer a citação do terceiro para se quiser participar como assistente, para que a 
medida cautelar também tenha valor em relação ao terceiro. Ex.: Na produção antecipada de provas contra o 
segurado ele pede a citação da seguradora, para se quiser ser assistente – para a prova valer contra ela. 
 
Concurso Estadual – art. 59, §2º da Lei 8.245/91 – Nas ações de despejo o juiz dará ciência a eventual sublocatário 
para se quiser intervir como assistente. 
Art. 59, § 2º. Qualquer que seja o fundamento da ação dar - se - á 
ciência do pedido aos sublocatários, que poderão intervir no 
processo como assistentes. 
 
Concurso Federal – art. 118 da Lei 12.529/11 – Manda dar ciência ao CADE, para se quiser ser assistente nas 
ações de infração contra a ordem econômica. 
 
Art. 118. Nos processos judiciais em que se discuta a aplicação desta 
Lei, o Cade deverá ser intimado para, querendo, intervir no feito na 
qualidade de assistente. 
 
A Assistência do CPC cabe em qualquer processo de conhecimento, salvo no juizado, cabe no processo cautelar e 
para quem admite, é a única intervenção possível no processo de execução. 
 
 
2. Oposição (art. 56/61, CPC) 
 
Conceito: A Oposição permite ao terceiro ingressar para reivindicar o objeto da ação (no todo ou em parte). 
 
 
Página 4 de 5 
 
Natureza Jurídica: Oposição é uma ação autônoma de conhecimento, incidental e prejudicial à ação principal. 
 
Cabimento da Oposição: Só cabe Oposição no processo de conhecimento. 
 
Limite Temporal: A oposição deve ser apresentada antes da sentença de 1º Grau. 
 
– Espécies de Oposição 
 
A) Quanto ao objeto 
 
Oposição Total: O terceiro reivindica para si todo o objeto da ação principal. 
 
Oposição Parcial: Só visa parte do objeto da ação principal. 
 
B) Quanto ao momento ou procedimento 
 
Oposição Interventiva: É aquela ajuizada antes da audiência de instrução e tramita no mesmo processo, em 
apenso. 
 
Oposição Autônoma: É ajuizada depois da audiência de instrução e tramita em processo autônomo ordinário. 
 
– Procedimento 
 
1º. O terceiro ajuíza a Oposição com petição inicial distribuída por dependência (conexão pelo objeto). 
 
2º. Os opostos serão citados por meio dos advogados para contestar (leia-se responder) em 15 dias. 
 
3º.a. Se for uma Oposição Interventiva segue o procedimento da ação principal, em apenso, no mesmo processo. 
Serão julgadas na mesma sentença, primeiro a Oposição e depois a ação. 
 
3º.b. Se for Oposição Autônoma segue em processo próprio de rito ordinário. O juiz poderá suspender por até 90 
dias a ação principal, para tentar o julgamento em conjunto. 
 
Obs.: Se não for possível julgar em conjunto julga-se a ação e depois a Oposição. Se ambas forem procedentes, 
pelos limites subjetivos da coisa julgada, prevalece a sentença da Oposição (porque ela vale para o opoente, o 
autor e o réu). 
 
4º. Recursos 
a. Se ação e Oposiçãoforem julgadas na sentença cabe Apelação. 
 
b. Se a inicial da Oposição for indeferida: 
 - Se Oposição Interventiva cabe Agravo de Instrumento. 
 - Se Oposição Autônoma cabe Apelação. 
 
c. Se for Oposição Interventiva e o juiz extinguir a ação ou a Oposição no curso do processo cabe Agravo de 
Instrumento. 
 
 
Página 5 de 5 
 
3. Nomeação a Autoria (art. 62/69, CPC) 
 
Conceito: É intervenção que permite ao réu indicar o verdadeiro legitimado passivo (o responsável pela coisa ou 
pelo ato). 
 
Natureza Jurídica: A Nomeação a autoria tem natureza tríplice: 
- Para o CPC é uma intervenção de terceiro. 
- É um meio de correção do polo passivo. 
- É um dever do réu (art. 69, CPC). 
 
– Cabimento 
Em regra é só cabe no processo de conhecimento. Excepcionalmente será possível no processo cautelar 
preparatório. São hipóteses de cabimento: 
 
a. Réu é mero detentor (art. 62, CPC) 
Pode nomear o proprietário ou o possuidor da coisa. Ex.: Vizinho que move ação contra o caseiro, o caseiro deve 
nomear o proprietário da chácara. 
 
b. Réu é mero cumpridor de ordens (art. 63, CPC) 
Pode nomear o mandante, ou seja, quem deu o comando para ele. Ex.: Vizinho que move ação contra o 
jardineiro, o jardineiro deve nomear quem lhe deu a ordem, ou seja, o dono do jardim. 
 
– Procedimento 
 
1º. O réu faz a nomeação no prazo de resposta. Pode ser feita na contestação ou em peça autônoma. 
 
2º. A nomeação suspende o processo e interrompe o prazo de resposta. 
 
3º. Dupla Concordância: A Nomeação a autoria só se aperfeiçoa com a concordância do autor e do nomeado: 
 
a. O autor será ouvido em 5 dias. Podendo discordar, concordar ou silenciar. 
 Se o autor da ação discordar fica prejudicada a nomeação. 
 Se o autor da ação silenciar é concordância tácita. Com a concordância o nomeado será citado. 
 
b. O nomeado é citado para concordar e contestar em 15 dias. Podendo discordar, concordar ou silenciar. 
 Se o nomeado silenciar é concordância tácita. Se não houver contestação é revelia. 
Se o nomeado concordar ele assume o polo passivo (sucessão processual), e o réu originário sai do processo 
– Esse fenômeno recebe o nome de “Extromissão Processual”. 
Se o nomeado discordar fica prejudicada a nomeação e a lei prevê que será devolvido ao réu o prazo de 
resposta. Mas nada impede que o juiz reconheça a ilegitimidade passiva, extinguindo o feito. 
 
Obs.: A lei não pune a recusa injustificada do Nomeado, mas a doutrina admite que ele seja condenado por 
perdas e danos em ação própria.

Outros materiais