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TAP II Aula 2 Revisão 2016 2 VF

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Testes psicológicos (revisão)
Testes psicométricos & Testes Projetivos: suas particularidades
TAP II – Aula 02
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Testes psicológicos
Os Testes Psicológicos são procedimentos sistemáticos de coleta de informações que oferecem ao processo amplo e complexo de Avaliação Psicológica dados úteis e confiáveis.
Existem várias formas de se obter informações, tais como a observação direta, as entrevistas, a análise de documentos e a aplicação de testes propriamente dita. Fica claro, então, que os Testes Psicológicos são uma das formas possíveis de se obter informações sobre as pessoas durante a Avaliação Psicológica.
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Testes psicológicos
Em geral, os Testes Psicológicos propõem tarefas específicas às pessoas como meio para observar a manifestação do comportamento e, por meio dessas manifestações, inferir características psicológicas. Partindo-se da maneira como as pessoas se comportam nessas tarefas, os profissionais inferem características psicológicas associadas. As tarefas podem constituir-se em problemas de raciocínio, frases autodescritivas, tarefas de expressão, como desenhar, contar histórias, perceber figuras em manchas de tinta e outros.
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Categoria dos Testes 
Há maneiras de distinguir entre os variados testes psicológicos, dependendo do ponto de vista que se queira tomar. Assim, os testes podem ser divididos e subdivididos nas seguintes categorias: 
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Categoria dos Testes 
a) Segundo o método utilizado: Psicométrico ou Projetivos
b) Segundo a Finalidade: Velocidade ou Rapidez (TRILHAS) ou Potência (AC)
c) Segundo a Influência do Examinador: Pessoais ou Impessoais
d) Segundo o Modo de Administração: Individuais; Coletivos ou Auto-administrados (ESCALAS BECK)
e) Segundo o Atributo Medido : De rendimento (TDE); Aptidão (IAR) ou Personalidade (IFP).
f) Segundo a Forma de Resposta: Verbal (MEMORIA); Escrita: papel-e-lápis; Motor (LURIA); Via computador.
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Testes psicométricos X projetivos
Principais diferenças
1- Os psicométricos se baseiam na teoria da medida (Psicometria), isto é, usando números para descrever os fenômenos psicológicos, enquanto os projetivos, ainda que possam utilizar números, não se fundamentam na psicometria, mas na descrição linguística. 
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Testes psicométricos X projetivos
Como consequência os psicométricos fazem uso da estatística, enquanto os projetivos não necessitam de tal procedimento. 
Assim dizem que os psicométricos “medem” enquanto os projetivos “caracterizam” os atributos dos indivíduos.
Psicométricos (Ex): testes que medem a inteligência e que ao final temos este atributo expresso em número (QI)
Projetivos (Ex): desenho de uma casa que ao final temos uma caracterização qualitativa da personalidade ou inteligência de acordo com o desenho feito
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Testes psicométricos X projetivos
2- outra diferença se refere ao formato das respostas, pois enquanto os psicométricos requer fechar ou estruturar ao máximo o tipo de resposta possíveis para o sujeito, oferecendo algumas respostas, mas não todas, nos projetivos as respostas são livres e, portanto, abertas a todas as alternativas possíveis.
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Testes psicométricos X projetivos
Diante disso, diz-se que os psicométricos são mais interessados no produto, enquanto os projetivos se interessam mais pelo processo de testagem, isto é, com os comportamentos que o sujeito exibe durante a resolução de uma tarefa ou item. 
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Testes psicométricos X projetivos
3- os psicométricos são maximamente padronizados em suas tarefas e em sua interpretação, de tal sorte que qualquer aplicador deve poder chegar nos mesmos resultados, já os projetivos normalmente apresentam tarefas não-estruturadas, sendo a decodificação e interpretação dependentes em grande parte do aplicador, de tal sorte que diferentes aplicadores podem chegar a interpretações e resultados diferentes e divergentes.
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Testes psicométricos X projetivos
Por isso os psicométricos utilizam respostas do tipo escolha “forçada” que o sujeito deve apenas marcar, tornando assim, a respostas sem ambigüidade para o aplicador apurar, prima pela objetividade. 
Já os projetivos requerem respostas livres dos sujeitos, tornando a sua apuração mais ambígua e sujeita aos vieses da interpretação do aplicador, utiliza a subjetividade. 
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Testes psicométricos X projetivos
PSICOMÉTRICOS
PROJETIVOS
1-Prima pela objetividade 
2- As tarefas são padronizadas
3- A correção ou apuração das respostas é mecânica
4- A interpretação é realizada em cima de perfis de números e seu significado é dado por regras de interpretação derivadas de pesquisas anteriores feitas com grupos de sujeitos com características semelhantes
1- Trabalha muito com a subjetividade
2- Suas tarefas são pouco ou nada estruturadas
3- A apuração das respostas deixa margem para interpretações subjetivas do aplicador
4- A interpretação dos resultados depende quase sempre do avaliador
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Precisão ou Fidedignidade
Refere-se à estabilidade do teste, consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas quando elas são reexaminadas com o mesmo teste em diferentes ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras condições variáveis de exame. 
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Validade
Segundo Pasquali (2001), costuma-se definir a validade de um teste dizendo que ele é válido se de fato mede o que supostamente deve medir (p.112). 
A validade é a questão mais importante a ser proposta com relação a qualquer teste psicológico, uma vez que, apresenta uma verificação direta do teste satisfazer sua função.
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Testes psicométricos X projetivos
E a validade dos testes projetivos?
Os testes, para que possam ser considerados e tomados como legítimos e confiáveis, precisam apresentar dados favoráveis de fidedignidade e validade. 
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Testes projetivos
Especificamente sobre as técnicas projetivas é possível referir que são, de maneira geral, categorizadas como recursos destinados a eliciar o processo de projeção, propiciando a emergência de material que é interpretado sob a ótica de uma teoria da personalidade. 
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Testes projetivos
Muitos consideram que os testes em geral, e os projetivos em particular, não são válidos e/ou estão ultrapassados. 
Isto tem provocado um declínio e até a impossibilidade do uso das mesmas, tanto na clínica como na pesquisa, apesar da popularidade de muitas delas. Dessa forma, a tendência é que se mantenham vigentes apenas aquelas que receberam refinamentos em seus sistemas de avaliação e interpretação.
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Testes projetivos
Os requisitos utilizados para a aprovação dessas técnicas, no entanto, foram diferentes dos necessários para as técnicas objetivas referenciadas à norma, apropriando os critérios a cada tipo de instrumento, visto que os testes projetivos e objetivos possuem características distintas, conforme artigos 5º da Resolução CFP nº 002/2003.
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Artigos 5º da Resolução CFP nº 002/2003.
Art. 5º - São requisitos mínimos obrigatórios para os instrumentos de avaliação psicológica classificados como "testes projetivos":
I - apresentação da fundamentação teórica do instrumento com especial ênfase na definição do construto a ser avaliado e dos possíveis propósitos do instrumento e os contextos principais para os quais ele foi desenvolvido;
II - apresentação de evidências empíricas de validade e precisão das interpretações propostas para os escores do teste, com justificativas para os procedimentos específicos adotados na investigação, com especial ênfase na precisão de avaliadores, quando o processo de correção for complexo;
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Artigos 5º da Resolução CFP nº 002/2003.
III - apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores, explicitando a lógica que fundamenta o procedimento, em função do sistema de interpretação adotado, que pode ser:
a) referenciada à norma, devendo, nesse caso, relatar as características da amostra de padronização de maneira
clara e exaustiva, preferencialmente comparando com estimativas nacionais, possibilitando o julgamento do nível de representatividade do grupo de referência usado para a transformação dos escores;
b) diferente da interpretação referenciada à norma, devendo, nesse caso, explicar o embasamento teórico e justificar a lógica do procedimento de interpretação utilizado;
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Artigos 5º da Resolução CFP nº 002/2003.
 IV - apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção e das condições nas quais o teste deve ser aplicado para garantir a uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação;
V - compilação das informações indicadas acima, bem como outras que forem importantes, em um manual contendo, pelo menos, informações sobre:
a) o aspecto técnico-científico, relatando a fundamentação e os estudos empíricos sobre o instrumento;
b) o aspecto prático, explicando a aplicação, correção e interpretação dos resultados do teste e
c) a literatura científica relacionada ao instrumento, indicando os meios para a sua obtenção .
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Testes projetivos
Contudo, ressalta-se que a utilização das técnicas projetivas não se reduz aos estudos psicométricos, na medida em que continua sendo preponderante a figura do psicólogo e seu raciocínio clínico, que insere os dados obtidos a partir do teste num quadro global e dinâmico, dentro da Avaliação Psicológica. 
Contudo, a inclusão do julgamento do psicólogo deve sempre ser fundamentada em pressupostos teóricos e metodológicos, coerentes com a situação, que enriquecem e dão sentido aos resultados dos instrumentos utilizados.
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Testes projetivos
Lembrando Kaufman (1982), 
“o valor do teste é instrumental e tudo depende da competência de quem usa, e esse alguém tem que ser melhor que os testes que usa.”

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