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Apostila (3)

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Livro IV
DO DIREITO DE FAMÍLIA
Título I
DO DIREITO PESSOAL
Subtítulo II
DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.591 – São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
Artigo 1.592 – São parentes em linha colateral ou transversal, até o 4º grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Artigo 1.593 – O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.
O vínculo civil se dá por:
a) adoção;
b) reprodução assistida heteróloga;
c) relações socioafetivas (princípio do melhor interesse do menor).
Artigo 1.594 – Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Artigo 1.595 – Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1º - O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2º - Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
Capítulo II
DA FILIAÇÃO
Artigo 1.596 – Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Filiação é a relação de parentesco consanguíneo ou civil, em 1º grau e em linha reta, que liga uma pessoa àqueles que a geraram ou a receberam como se a tivessem gerado.
Artigo 1.597 – Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos 300 dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
Na reprodução homóloga post mortem há o comprometimento dos direitos sucessórios, por força do art. 1.798 (a questão ainda não foi pacificada pela doutrina e jurisprudência). Para que haja a presunção de filiação é necessário que a mulher esteja na qualidade de viúva e que haja autorização expressa do marido quanto à utilização do seu material genético após a sua morte.
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
No caso dos embriões excedentários, se o casal estiver separado ou divorciado, é necessária a autorização de ambos.
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
Artigo 1.598 – Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos 300 a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo a que se refere o inciso I do art. 1597.
Artigo 1.599 – A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade.
Artigo 1.600 – Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.
Artigo 1.601 – Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único – Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.
Artigo 1.602 – Não basta a confissão materna para excluir a paternidade.
Artigo 1.603 – A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil.
Artigo 1.604 – Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.
Artigo 1.605 – Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito:
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente;
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Artigo 1.606 – A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.
Parágrafo único – Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
Capítulo V
DO PODER FAMILIAR
Seção II
DO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR
Artigo 1.634 – Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
I - dirigir-lhes a criação e a educação;
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município;
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
1. CONCEITO
Poder familiar é um poder-dever exercido pelos pais em igualdade de condições. Consiste num conjunto de direitos e deveres em relação à pessoa e aos bens dos filhos, com o objetivo de atender às exigências das regras jurídicas no tocante a proteção e garantia dos interesses de sua prole. O poder familiar é:
a) irrenunciável;
b) inalienável;
c) intransferível;
d) imprescritível.
2. DIFERENÇAS ENTRE PODER FAMILIAR E GUARDA
Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres que decorre diretamente de uma relação de consanguinidade ou adoção, com o objetivo de proteger e prover as necessidades (relação entre pais e filhos). Guarda é o conjunto de direitos e deveres a ser exercido por um responsável que não necessariamente precisa ser um dos pais.
Geralmente, quem detém o poder familiar também pode exercer a guarda (exemplo: pais não separados em relação aos filhos menores). A guarda é um dos atributos que decorrem do poder familiar, contudo, aquele que detém o poder familiar pode não exercer o direito de guarda (guarda conferida a terceiros).

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