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Provas no Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho TRT da 12ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
 
Espero que estejam todos bem, focados e estudando bastante! Hoje 
iremos estudar, dentre outros temas, “Provas no Processo do Trabalho”. 
 
A FCC abordou o tema “audiência” na prova do TST. A questão limitou-
se a abordar a literalidade da lei como vocês poderão observar no 
decorrer da aula. 
 
No decorrer do curso pretendo resolver as questões do TRT RIO e do 
TRT 9ª Região, últimos concursos realizados pela FCC! 
 
O conteúdo programático apresentado no cronograma da aula passada 
repetiu o mesmo tema na aula 04. Assim, ao final de nossa aula 
apresentarei nova divisão. 
 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
 
Aula 03: Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; 
da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e 
confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de 
reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da 
legitimidade para ajuizar. 
 
3.1. Das Audiências: Das Audiências: 
 
A audiência é um ato processual praticado sob a direção do juiz, que 
tem poder de polícia, devendo manter a ordem. 
 
Audiência é o momento em que os juízes ouvem as partes, ou seja, é 
marcada uma sessão e nesta as partes, envolvidas no conflito, 
comparecem perante o juiz. 
 
Assim que o autor (reclamante) apresenta a sua petição inicial, o réu 
(reclamado) será notificado para comparecer à primeira audiência 
desimpedida dentro de cinco dias. 
 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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 Juiz Secretário de audiências 
 Testemunhas 
 
 
 
 Advogado do reclamado Advogado do reclamante 
 Reclamado ou preposto Reclamante 
 
Lembrar que serão 20 dias para União, estado, DF, municípios, 
autarquias e fundações públicas federais, estaduais, municipais que não 
explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o 
prazo do art. 841 da CLT será quádruplo). 
Aditamento da petição inicial: Antes do recebimento da notificação 
citatória pelo réu, ao autor é facultado modificar o pedido através de um 
“aditamento” da petição inicial. 
O aditamento do pedido está previsto no art. 294 do CPC que é aplicado 
subsidiariamente ao processo do trabalho por força do art. 769 da CLT. 
O art. 294 do CPC estabelece que antes da citação, o autor poderá 
aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas, em razão 
desta iniciativa. 
No processo do trabalho, o autor não sofrerá qualquer sanção 
processual pelo fato de aditar a petição inicial, não se aplicando a parte 
final do art. 294 do CPC. 
Depois da notificação citatória do réu o aditamento somente poderá 
ocorrer com a concordância dele (art. 264 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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Indeferimento da petição inicial: O art. 295 do CPC prevê as 
hipóteses em que a petição inicial será indeferida, ou seja, será 
recusada pelo juiz. 
 As hipóteses de indeferimento da petição inicial são: 
a) quando for inepta; 
b) quando a parte for manifestamente ilegítima; 
c) quando o autor carecer de interesse processual; 
d) quando o juiz verificar a decadência ou a prescrição; 
e) quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não 
corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em 
que só não será indeferida se puder adaptar-se ao tipo de 
procedimento legal; 
f) quando não atendidas as prescrições dos artigos 39, parágrafo 
único, primeira parte e 284 do CPC. 
Inepta é aquela petição que falta um pedido ou uma causa de pedir, ou 
aquela que contiver pedidos juridicamente impossíveis ou incompatíveis 
entre si. Também será considerada inepta a petição inicial de cuja 
narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão. 
 
Emenda da petição inicial: O art. 284 do CPC prevê a possibilidade de 
o juiz, quando verificar que a petição inicial não preenche os requisitos 
legais, determinar que o autor a emende ou complete em 10 dias. Se no 
prazo legal o autor não emendar a petição inicial, o juiz irá indeferi-la. 
A notificação poderá ser: a) por registro postal em regra; b) por 
edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao 
recebimento da reclamação. 
O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente forense e 
somente na falta destes será afixado na sede ou juízo. 
 
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Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de 
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
Assim que todos estiverem presentes, o juiz proporá a conciliação, e, 
caso esta ocorra, será lavrado o termo de conciliação com eficácia de 
título executivo judicial, somente podendo ser atacado por ação 
rescisória. Este termo será irrecorrível, exceto para as parcelas devidas 
à previdência social (arts. 831 e 832 da CLT e Súmula 259 do TST). 
 
� As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho ocorrerão 
em dias úteis entre 8 às 18 horas. 
 
� O juiz poderá, em casos especiais, designar outro local para 
a realização das audiências através da fixação de Edital na 
sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 
horas. 
 
� O juiz poderá convocar audiências extraordinárias, quando 
julgar necessário, desde que respeite o prazo mínimo de 
antecedência de 24 horas. 
 
� O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, 
podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a 
perturbarem. 
 
� O registro das audiências será feito em livro próprio, 
constando de cada registro os processos apreciados e a 
respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais. Do 
registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às 
pessoas que o requererem. 
 
� De acordo com o art. 814 da CLT os escrivães ou chefes de 
secretaria deverão estar presentes às audiências. 
 
� Observem o que estabelece o art. 815 da CLT! 
 
 
 
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Art. 815 da CLT À hora marcada, o juiz ou presidente 
declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria 
ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais 
pessoas que devam comparecer. 
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a 
hora marcada, o juiz ou presidente não houver 
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o 
ocorrido constar do livro de registro das audiências. 
DICA: Este prazo de 15 minutos de tolerância para atraso em audiência 
é concedido ao juiz e não às partes. 
OJ 245 SDI1 TST REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inexiste previsão 
legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na 
audiência. 
DICA: O parágrafo segundo do artigo 843 da CLT foi cobrado pela FCC 
na prova do TRT/Campinas. Este artigo fala da possibilidade do 
empregado poder fazer-se substituir em audiência, quando por doença 
ou motivo poderoso não puder comparecer. Neste caso, quem deverá 
substituí-lo será outro empregado que pertença à mesma profissão ou o 
Sindicato. 
Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverãoestar 
presentes o reclamante e o reclamado, independentemente 
do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos 
de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, 
quando os empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria. 
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo 
gerente, ou qualquer outro preposto que tenha 
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. 
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, 
devidamente comprovado, não for possível ao empregado 
comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por 
outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo 
seu sindicato. 
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Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado 
doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 
1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006. 
Resumo esquemático sobre audiência: 
 
Audiência una Audiência fracionada 
Pregão Pregão 
 
1ª proposta conciliatória 1ª proposta conciliatória 
 
Leitura inicial Leitura inicial 
 
Defesa em 20 minutos Defesa em 20 minutos 
 
 Adiamento 
Depoimento pessoal das partes e 
das testemunhas 
 
 Instrução 
 
 
Testemunhas e meios de 
prova 
Razões finais em 10 minutos 
para cada parte 
 Razões finais 
 
2ª proposta conciliatória 2ª proposta conciliatória 
 
 Adiamento 
 
Sentença Sentença 
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Atenção: A audiência de acordo com a CLT deverá ser contínua e única. 
Entretanto, por força do costume, a audiência trabalhista passou a ser 
dividida em três partes: 
1ª Audiência inaugural ou de conciliação; 
 
2ª Audiência de instrução; 
 
3ª Audiência de julgamento; 
 
 a) Audiência de conciliação ou inaugural: Nesta fase o réu irá 
apresentar a sua defesa que poderá ser verbal em 20 minutos ou escrita 
e o juiz fará a primeira proposta de conciliação obrigatória, antes de 
receber a defesa. 
 
 Não havendo acordo o juiz marcará a data para a audiência de 
instrução para a qual as partes ficarão desde logo intimadas. 
 
 O empregador poderá ser representado por preposto e o 
empregado poderá ser substituído por outro empregado da mesma 
profissão. 
 
 Quando o reclamante não comparecer o processo será arquivado, e 
quando o reclamado não comparecer para apresentar a sua contestação 
será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato. 
 
 b) Audiência de instrução: As partes que deverão comparecer 
nesta audiência, sob pena de confissão (Súmula 74 do TST). 
 
 Nesta fase é que as provas serão produzidas no processo. O juiz 
ouvirá o depoimento pessoal das partes, ouvirá as testemunhas e 
encerrados os depoimentos as partes poderão aduzir razões finais orais 
em 10 minutos para cada parte. 
 
 Após as razões finais o juiz renovará a proposta de conciliação e 
caso não haja possibilidade de acordo o juiz marcará uma data para a 
audiência de julgamento. 
 
 
 
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 c) Audiência de julgamento: Nesta fase o juiz proferirá a sua 
sentença, solucionando o conflito de interesses das partes que lhe foi 
submetido. 
 
No Procedimento Sumaríssimo a audiência deverá ser una, ou seja, 
única, não podendo ser dividida em fases. 
 
3.2. Do Arquivamento, da Revelia e da Confissão: 
 
Em relação a este tema é importante esclarecer que quando o 
reclamante não comparece à primeira audiência o processo será 
arquivado. Já quando o reclamado não comparece à primeira audiência 
ele será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato. 
 
Somente o réu será considerado revel, o autor NUNCA será 
considerado revel. 
 
A revelia da Reclamada/ré, somente, poderá ser elidida, ou seja, 
afastada na hipótese da Súmula 122 do TST. 
 
Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de 
atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade 
de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
 
Vejamos o que diz o art. 844 da CLT! 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de 
confissão quanto à matéria de fato. Parágrafo único - 
Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente 
suspender o julgamento, designando nova audiência. 
 Na verdade, a denominação técnica para o termo “arquivamento” 
mencionado na CLT é extinção do processo sem julgamento do mérito. 
 
É importante ressaltar que quando a audiência for fracionada, o 
não comparecimento do reclamante ou do reclamado à segunda 
audiência na qual deveriam depor acarretará a aplicação da pena de 
confissão. Não há que se falar em revelia. 
 
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 Súmula 74 do TST com nova redação! 
Súmula 74 do TST I - Aplica-se a confissão à parte que, 
expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à 
audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para 
confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando 
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa 
somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do 
poder\dever de conduzir o processo. 
 Quando o reclamante não comparece à primeira audiência o 
processo será arquivado e quando o reclamado não comparece à 
primeira audiência, ele será considerado revel e confesso quanto à 
matéria de fato. 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de 
confissão quanto à matéria de fato. 
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, 
poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova 
audiência. 
 
O autor NUNCA será considerado revel. 
 
Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de 
atestado médico, que deverá declarar, expressa-mente, a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia 
da audiência. 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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 (FCC – TST – Analista Judiciário – 2012) Conforme previsão 
legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às audiências 
trabalhistas é correto afirmar: 
(A) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após 
contestada a ação em audiência, importa arquivamento do 
processo. (Súmula 74, I do TST). 
 
(B) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou 
contra micro ou pequeno empresário, o preposto em audiência 
deve ser necessariamente empregado do reclamado.(C) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada 
com aquela cominação, não comparecer à audiência em 
prosseguimento, na qual deveria depor desde que esteja presente 
o seu advogado. (Súmula 74, I do TST). 
 
(D) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir 
sua defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz 
proporá a conciliação. (Somente após razões finais que o juiz 
proporá a pela segunda vez a conciliação – Arts. 846 e 847 
da CLT). 
 
(E) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, 
devendo o juiz, ex officio, interrogar os litigantes, sob pena de 
nulidade, sendo que findo o interrogatório não poderão os litigantes 
retirar-se, até o término da instrução com a oitiva de testemunhas. 
(art. 848 da CLT) 
 
LETRA B (Súmula 377 do TST). 
 
A confissão é considerada a “rainha das provas”. Ela poderá ser real ou 
ficta. 
� A confissão real é aquela que será obtida através do 
depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade 
dos fatos não podendo ser elidida por prova em contrário. 
� A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por 
prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem 
presunção relativa de veracidade dos fatos. 
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A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à audiência 
em que deveria prestar o seu depoimento, desde que regularmente 
intimada. 
 
3.3. Provas no Processo do Trabalho: 
 
É importante não esquecer que a OJ 215 da SDI-1 do TST foi cancelada 
e que a Súmula 74 do TST foi alterada! 
 
Antes de falar de provas irei relembrar as modalidades de defesa que 
podem ser apresentadas no processo do trabalho. 
 
 
 
O reclamado (réu) quando notificado para comparecer à 1ª audiência 
desimpedida em cinco dias, teor do art. 841 da CLT deverá apresentar a 
sua defesa que poderá ser de três tipos: contestação, exceção ou 
reconvenção. 
 
Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o 
escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a 
segunda via da petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o 
ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de Julgamento, 
que será a primeira desimpedida, depois de cinco dias. 
 
É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto-Lei 
779/69, este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em 
quádruplo quando a parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito 
Federal, bem como autarquias e fundações de direito público federais, 
ou municipais que não explorem atividade econômica. 
 
Modalidades de 
Defesa 
Contestação Exceção Reconvenção 
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A ação e a resposta do réu são dirigidas contra o Estado-Juiz. O autor 
formula o seu pedido na ação endereçando ao órgão jurisdicional e o réu 
formula um pedido, também endereçado ao órgão jurisdicional, 
rejeitando os pedidos do autor. 
 
Assim, os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa 
possuem natureza dúplice, uma vez que se destinam tanto ao autor 
quanto ao réu. 
 
O art. 297 do CPC estabelece como modalidades de resposta do réu: a 
contestação, a exceção e a reconvenção. A CLT somente prevê de 
forma expressa a defesa e duas modalidades de exceção (a de foro e a 
de suspeição). 
 
Assim, a reconvenção aplica-se ao processo do trabalho de forma 
subsidiária, conforme o art. 769 da CLT estabelece. 
 
Vejamos: 
 
Contestação: A contestação é uma modalidade de defesa na qual o réu 
deverá impugnar os pedidos do autor alegando as matérias de fato e de 
direito, e indicando as provas que pretende produzir. 
 
Na Justiça do Trabalho a ausência do réu ou a falta de apresentação de 
contestação acarreta a aplicação da pena de revelia e confissão quanto 
às matérias de fato. 
 
A contestação evitará a revelia processual (ausência de contestação). 
 
A contestação poderá ser apresentada de forma escrita ou verbal na 
audiência de conciliação. 
 
Não havendo acordo terá o reclamado/réu 20 minutos para aduzir a sua 
defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada 
por ambas as partes (art.847 CLT). O prazo de 20 minutos para a 
defesa inclui a apresentação de contestação e de exceções. 
 
Art. 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá 
vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da 
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as 
partes. 
 
 
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O réu antes de discutir o mérito, ou seja, antes de impugnar os pedidos 
que o autor faz na petição inicial, deverá alegar as seguintes matérias 
na sua contestação (preliminares da contestação): 
a) inexistência ou nulidade de citação; 
b) incompetência absoluta; 
c) inépcia da petição inicial; 
d) perempção; 
e) litispendência; 
f) coisa julgada; 
g) conexão; 
h) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de 
autorização; 
i) carência de ação; 
j) falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como 
preliminar. 
 
Atenção: Compensação é a forma de extinção das obrigações, sendo 
necessária a existência de reciprocidade de dívidas, que as dívidas 
sejam líquidas e certas e vencidas e homogêneas. 
 
No processo do trabalho só é permitida a compensação de dívida de 
natureza trabalhista. Podemos citar como exemplo de compensação: o 
aviso prévio não dado pelo empregado reclamante que pede demissão, 
o prejuízo causado por dolo pelo empregado no curso do contrato de 
trabalho, dentre outros. 
 
A retenção consiste no direito que o reclamado tem de reter alguma 
coisa do reclamante até que este quite sua dívida em relação àquele. 
 
Como exemplo de retenção temos o imposto de renda! 
 
A compensação e a retenção deverão ser argüidas como matéria de 
defesa (defesa indireta de mérito, pois são fatos modificativos do direito 
do autor), ou seja, na contestação. 
 
Este é o teor do art. 767 da CLT e da Súmula 48 do TST, que são muito 
cobrados em provas de concurso. 
 
• Art. 767 da CLT- A compensação, ou retenção, só 
poderá ser argüida como matéria de defesa. 
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Súmula 18 do TST A compensação, na Justiça do Trabalho, está 
restrita a dívidas de natureza trabalhista. 
 
Súmula 48 do TST A compensação só poderá ser argüida com a 
contestação. 
 
Reconvenção: A CLT é omissa em relação à reconvenção. Assim, 
aplica-se o CPC. Trata-se da ação proposta pelo réu contra o autor no 
mesmo processo em que está sendo demandado. 
 
A natureza jurídica da reconvenção é de incidente processual no curso 
da ação principal, sendo tecnicamente considerada uma ação e não 
defesa. 
 
Para Carlos Henrique Bezerra Leite há cumulação objetiva de ações 
principal e reconvencional em um mesmo processo. 
 
Há autores que sustentam que ela não caberá no processo do trabalho. 
Contudo, como o nosso foco é a banca FCC, deveremos adotar a posição 
de Carlos Henrique Bezerra Leite de que a reconvenção é compatível 
com o processo do trabalho e aplicar o art. 315 do CPC. 
 
É oportuno falar que em processo de execução deveremos entender o 
não cabimento de reconvenção porque em processo de execução não há 
sentença e sim constrição judicial. 
 
Na mesma sentença deverão ser julgadas a ação e a reconvenção, 
conforme o art. 318do CPC. 
 
Vamos relembrar as exceções, que já foram estudadas. 
 
Exceções, preliminares e prejudiciais de mérito: 
 
A Exceção é um meio de defesa indireta processual, onde o réu 
não ataca o mérito, mas ataca o processo. É uma defesa contra 
irregularidades, ou vícios do processo que impedem o seu 
desenvolvimento normal. 
 
 
 
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São elas: 
 Exceção de Impedimento (quando o juiz for impedido); 
 Exceção de Incompetência (quando o juízo for 
incompetente/relativa); 
 Exceção de Suspeição (quando o juiz for suspeito). 
 
Quando o juiz é incompetente em razão da matéria ele deverá declarar-
se de ofício e a parte deverá alegá-la na preliminar da contestação. 
 
Ao passo que a incompetência relativa, como por exemplo, a territorial, 
deverá ser alegada através de Exceção.´ 
 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça 
do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de 
defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e 
incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, 
não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. 
As exceções de suspeição e de incompetência relativa deverão ser 
apresentadas juntamente com a contestação, cujo momento de 
apresentação será na 1ª audiência, para qual o reclamado foi notificado 
a comparecer. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de 
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 
(vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
Atenção: O art. 801 da CLT fala dos casos de suspeição do juiz. 
 
 
 
 
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Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação 
à pessoa dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro 
grau civil; 
d) interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato 
pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá 
alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A 
suspeição não será também admitida, se do processo constar 
que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a 
conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado 
ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o 
juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e 
oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. 
O procedimento da exceção de incompetência está regulado no art. 800 
da CLT. O procedimento da exceção de suspeição está regulado no art. 
802 da CLT. 
Carlos Henrique Bezerra Leite afirma “O réu poderá oferecer mais de 
uma exceção ao mesmo tempo”. 
 
Por razões lógicas, a exceção de suspeição (ou impedimento) precede à 
de incompetência, pois o juiz suspeito (ou impedido) sequer poderá 
declarar-se incompetente. 
 
 
 
 
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Dica: Alguns autores entendem que os artigos 134 e 135 do CPC, 
aplicam-se ao Processo do Trabalho de forma subsidiária. Estes artigos 
elencam as causas de impedimento e de suspeição do juiz. 
 
Agora vou falar das preliminares em contestação! 
 
Preliminar trata-se de matérias prejudiciais de conhecimento de mérito 
da ação. Neste momento, o réu irá discutir o que vem antes do objeto 
da ação. 
 
São matérias de ordem processual que irão impedir o exame de mérito 
da questão, desde que haja a possibilidade de conhecimento de ofício 
pelo juiz. 
 
O art. 301 do CPC que será aplicado elenca as preliminares, que 
poderão ser oferecidas. 
 
3.4. Da instrução e dos meios de prova: 
 
As partes no processo de conhecimento deverão provar os fatos 
controvertidos, para que o juiz possa proferir a sentença. Esta fase, 
onde as provas são produzidas, denomina-se instrução processual. 
 
Na fase de instrução do processo, ocorrerá a colheita de provas que são 
dirigidas ao juiz, com o objetivo de esclarecê-lo, para que ele possa 
proferir a decisão/sentença, solucionando o conflito de interesses entre 
as partes, que lhe foi submetido. 
 
Nos artigos 818/830 da CLT estão regulamentadas as provas no 
Processo do Trabalho. 
 
 Atenção: Apesar de a CLT possuir normas que tratam 
das Provas no Processo do Trabalho, o Código de Processo Civil possui 
alguns artigos que serão utilizados como fonte subsidiária, em caso de 
omissão da CLT e desde que haja compatibilidade de tais dispositivos 
com os princípios do Processo do Trabalho. 
 
BIZU DE 
PROVA 
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O art. 769 da CLT permite, expressamente, tal aplicação subsidiária do 
Processo Civil ao Processo do Trabalho. Observem abaixo: 
Art. 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual 
comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, 
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste 
Título. 
 
DICA: Somente os fatos controvertidos, relevantes e pertinentes, 
narrados pelo reclamante e pelo reclamado, serão objeto de prova. 
� O Direito, em regra, não precisará ser provado, pois 
vigora o brocardo jurídico “iura novit curia”, 
presumindo-se que o juiz conhece o direito, bastando 
que as partes narrem os fatos e os prove, sendo 
desnecessária a prova do direito. 
� Como quase toda regra tem exceção, o art. 337 do 
CPC estabelece que o direito deverá ser provado em 
relação ao teor e vigência, quando se tratar de 
normas de direito estadual, municipal, distrital, 
consuetudinário ou estrangeiro, se assim o determinar 
o juiz. 
BIZU DE PROVA: No Processo do trabalho, o juiz poderá determinar 
que a parte faça prova de teor e vigência de normas coletivas, de 
regulamento de empresa, de sentença normativa, caso a parte as 
invoque. 
� O direito federal o juiz deverá conhecer. 
O art. 334 do CPC, aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, 
estabelece que não serão objeto de prova os fatos notórios, os fatos 
incontroversos, os fatos alegados por uma das partes e confessados por 
outra e os que militam presunção legal de veracidade. 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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� Fato Notório é aquele cujo conhecimento faz parte da cultura 
normal de determinado segmento social no momento do 
julgamento da causa. É aquele fato conhecido por um grande 
número de pessoas e que, por isso, é considerado verdadeiro e 
indiscutível. 
Exemplificando: O aumento de vendas em determinadas épocas do 
ano, como o dia dos pais, Natal, dia das mães, etc. 
Súmula 217 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. CREDENCIAMENTO 
BANCÁRIO. PROVA DISPENSÁVEL O credenciamento dos bancos para o 
fim de recebimento do depósito recursal é fato notório, independendo da 
prova. 
� Fatos incontroversos são aqueles afirmados por uma parte, eadmitidos ou não contestados pela outra parte. 
Exemplificando: O art. 467 da CLT estabelece que as parcelas 
incontroversas, deverão ser quitadas pelo empregador, na audiência, 
sob pena de ser condenado a pagá-las acrescidas de 50%. 
� Fatos confessados são aqueles afirmados por uma parte e 
confirmados por outra. 
� Fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de 
veracidade. Ressalta-se que a parte que alegar em seu favor a 
presunção legal, deverá demonstrar que está na situação de poder 
invocá-la. 
Atenção: A Súmula 12 do TST refere-se à presunção relativa (juris 
tantum) de veracidade, que tem as anotações feitas pelo empregador na 
CTPS do empregado. Assim, estas anotações poderão ser elididas por 
outras provas. 
Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL - As anotações apostas 
pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram 
presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". 
 Súmula 225 do STF – Não é absoluto o valor probatório das 
anotações na carteira profissional. 
 
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Dos Meios de Prova: Os meios de prova são todos aqueles admitidos 
em direito, bem como os moralmente legítimos, os hábeis a provar a 
verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa, ainda que não 
especificados no CPC ou na CLT. 
 
Somente os meios lícitos são possíveis, pois as provas obtidas por meios 
ilícitos são inadmitidas no processo. Entre os meios de prova não há 
hierarquia, assim o juiz decidirá de acordo com o seu livre 
convencimento motivado, ao analisar todas as provas apresentadas no 
processo. 
 
Ocorrerá a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao Processo 
do Trabalho no que se refere aos meios de prova, pois a CLT refere-se 
apenas ao interrogatório das partes, à confissão, à prova documental, 
testemunhal e pericial. 
 
O CPC especifica como meios de prova o depoimento pessoal, a 
confissão, a exibição de documento ou coisa, a prova documental, a 
prova testemunhal, a prova pericial e a inspeção judicial. 
Dica: Em muitas provas de concurso público, as bancas tentam e, por 
vezes, conseguem confundir os candidatos, no que se refere à produção 
antecipada de prova que é uma medida cautelar, e não é meio de prova. 
Vamos, então, estudar os meios de prova! 
 
Depoimento Pessoal: É o depoimento prestado por uma das partes 
em juízo. O objetivo de colher o depoimento pessoal das partes é 
conseguir provocar a confissão sem coerção, e esclarecer os fatos 
controvertidos. 
O art. 848 da CLT estabelece que o juiz poderá de ofício interrogar as 
partes, sendo uma faculdade do juiz a oitiva do depoimento pessoal das 
partes, mesmo que não requerido pela outra parte, segundo a CLT. 
Vejamos os artigos do CPC e da CLT sobre o tema! 
 Art. 342 do CPC O juiz pode de ofício, em qualquer estado do 
processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim 
de interrogá-las sobre os fatos da causa. 
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 Art. 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo 
juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a 
requerimento das partes, seus representantes ou advogados. 
� A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato 
atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro. 
 A confissão é considerada a “rainha das provas”. 
 Ela poderá ser real ou ficta. 
� A confissão real é aquela que será obtida através do 
depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade 
dos fatos não podendo ser elidida por prova em contrário. 
� A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por 
prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem 
presunção relativa de veracidade dos fatos. 
A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à 
audiência, em que deveria prestar o seu depoimento, desde que 
regularmente intimada. 
Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a confissão à parte que, 
expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à 
audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para 
confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando 
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. 
III. A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa 
somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do 
poder/dever de conduzir o processo. 
• Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
OJ Nº 152 SDI-I Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia 
prevista no artigo 844 da CLT. 
 
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 A confissão poderá ainda ser: 
a) judicial: aquela que ocorre no curso do processo; 
b) extrajudicial: aquela que ocorre fora do processo. 
Atenção: No processo do trabalho, vige o Princípio da 
Indisponibilidade dos direitos trabalhistas. Assim, a confissão 
extrajudicial, estabelecida no art. 353 do CPC, não poderá ser aceita. 
 
Prova Documental: Documento é todo meio idôneo e 
moralmente legítimo, capaz de comprovar materialmente a existência 
de um fato. 
 No processo do trabalho, as provas cuja exigência é documental 
são: 
a) a comprovação do pagamento de salário (art. 464); 
b) o acordo de prorrogação de jornada (art. 59); 
c) a concessão ou o pagamento das férias (arts. 135 e 145); 
d) a concessão do descanso da gestante (art. 390). 
 A CLT regula, expressamente, a prova documental nos artigos 777, 
780, 787 e 830. 
Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos 
apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou 
razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos 
feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a 
responsabilidade dos escrivães ou chefes de secretaria. 
Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão 
ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando 
traslado. 
Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser 
formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos 
documentos em que se fundar. 
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Atenção: O art. 830 da CLT foi alterado, recentemente, pela Lei 
11.925/09, com o objetivo de trazer maior celeridade à prestação 
jurisdicional. 
• 
 
• Vejam os principais pontos comentados abaixo: 
� Com a alteração do artigo 830 da CLT pela Lei 11.925 de Abril de 
2009, os documentos apresentados pela partes no Processo do 
Trabalho não precisarão ser apresentados em originais ou cópias 
autenticadas. 
� A garantia da autenticidade poderá ser dada pelos próprios 
advogados, sob sua responsabilidade pessoal. 
� A Súmula 330 TST diz que a quitação passada pelo empregado 
com a assistência de sua entidade sindical ao empregador tem 
eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente 
consignadas no recibo. 
Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com 
assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com 
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, 
tem eficácia liberatória emrelação às parcelas expressa-mente 
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada 
ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. 
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de 
quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda 
que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter 
sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é 
válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de 
quitação. 
• Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser 
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal. Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte 
que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente 
autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente 
proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses 
documentos. 
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OJ SDI- I 77 Nula é a punição de empregado se não precedida de 
inquérito ou sindicância internos, a que se obrigou a empresa por norma 
regulamentar. 
Súmula 254 do TST O termo inicial do direito ao salário-família 
coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data 
de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o 
empregador se recusara a receber a respectiva certidão. 
Prova Pericial: O perito é considerado um auxiliar da justiça e 
será designado pelo juiz, quando a prova do fato depender de 
conhecimentos técnicos ou científicos. 
Os peritos serão escolhidos dentre profissionais de nível universitário 
e deverão estar obrigatoriamente inscritos nos Órgãos de classe. 
O perito poderá recusar o encargo, dentro de cinco dias, contados da 
intimação ou de impedimento superveniente. 
DICA: O assistente técnico não é perito e nem auxiliar da justiça, ele 
é auxiliar da parte. 
Caso o perito preste informações inverídicas, por dolo ou culpa, ele 
ficará inabilitado, por dois anos, para funcionar em outras perícias. 
� O juiz não ficará adstrito ao laudo pericial, podendo inclusive 
determinar a realização de nova perícia. A segunda perícia não 
substitui primeira, podendo o juiz basear-se na que quiser. 
� A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliações. 
Atenção: O art. 3º da Lei 5.584/70 revogou, tacitamente, o art. 
826 da CLT ao determinar que os exames periciais serão realizados 
por um perito único designado pelo juiz. 
 Art. 826 da CLT - É facultado a cada uma das partes 
apresentar um perito ou técnico. 
 Art. 827 da CLT- O juiz ou presidente poderá argüir os 
peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser 
junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem 
apresentado. 
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Súmula 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A 
indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve 
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto 
da perícia. 
Prova Testemunhal: Prova testemunhal é aquela que se obtém 
através do relato, em juízo por pessoas que conhecem o fato 
controvertido que está sendo objeto de prova. 
O depoimento da testemunha deverá ser colhido na audiência de 
instrução e julgamento perante o juiz da causa. 
 No que tange à prova testemunhal, prevalece a qualidade do 
depoimento das testemunhas e não a quantidade. Logo, caso exista, 
apenas, uma testemunha, o seu depoimento não poderá ser desprezado 
caso seja firme e seguro. 
� No Procedimento Ordinário cada uma das partes não poderá 
indicar mais de 3 testemunhas. 
� No Procedimento Sumaríssimo cada parte poderá indicar até duas 
testemunhas. 
� No Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar até 
seis testemunhas. 
O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma 
testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no 
processo. 
Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, as impedidas e as suspeitas. Estes poderão ser ouvidos 
apenas como informante do juízo e as partes poderão contraditar os 
seus depoimentos argüindo uma das causas de impedimento, suspeição 
ou de incapacidade. 
 O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, assim, a 
testemunha não será obrigada a depor em juízo sobre fatos que lhe 
acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou aos seus parentes 
consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral em segundo grau 
e nem sobre fatos a cujo respeito por estado ou profissão, deva guardar 
sigilo. 
 
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� Testemunha referida é aquela que é referida no depoimento das 
outras testemunhas ou das partes e assim o juiz poderá 
determinar de ofício ou a requerimento da parte a sua inquirição 
(art. 418 do CPC). 
� Contradita é a denúncia pela parte interessada dos motivos que 
impedem ou tornam suspeito o depoimento das testemunhas. 
 Art. 405 do CPC estabelece quem são as testemunhas incapazes, 
impedidas e suspeitas: 
a) são incapazes; o interdito por demência; o que acometido por 
enfermidade ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos 
não podia discerni-los ou ao tempo em que deva depor não está 
habilitado a transmitir as percepções; o menor de 16 anos; o cego e o 
urdo quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. 
b) são impedidos: o cônjuge, o ascendente e o descendente em 
qualquer grau, ou colateral até o terceiro grau de alguma das partes por 
consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou 
tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa não se puder obter 
de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do 
mérito; o que é parte na causa; o que intervém em nome de uma parte 
como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa 
jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido 
as partes. 
c) são suspeitos: o condenado por crime de falso testemunho havendo 
transitado em julgado a sentença; o que por seus costumes não for 
digno de fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que 
tiver interesse no litígio. 
Súmula 357 do TST Não torna suspeita a testemunha o simples fato 
de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas 
que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de 
intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. 
 
 
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 § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando 
se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. 
 § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as 
despesas correrão por conta da parte a que interessar o 
depoimento. 
� As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas 
ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, 
quando devidamente arroladas ou convocadas. 
� Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor 
em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para 
comparecer à audiência marcada. 
� No processo do trabalho não há depósito de rol de testemunhas, 
que deverão comparecer à audiência independente de intimação.Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à 
audiência independentemente de notificação ou intimação. 
 Parágrafo único - As que não comparecerem será intimadas, ex 
officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução 
coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo 
justificado, não atendam à intimação. 
� No Procedimento Sumaríssimo somente será deferida a intimação 
de testemunhas que comprovadamente convidada deixar de 
comparecer. Portanto, a parte deverá demonstrar que a 
testemunha foi convidada, o que não é necessário no 
Procedimento Ordinário (art. 825, parágrafo único da CLT). 
 Art. 828 da CLT Toda testemunha, antes de prestar o 
compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, 
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando 
empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando 
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. 
 Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão 
resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria da 
Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula 
ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. 
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 Art. 829 da CLT - A testemunha que for parente até o 
terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das 
partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá 
como simples informação. 
 O art. 411 do CPC trata da deferência de lei estabelecendo que 
determinadas pessoas, caso sejam testemunhas de algum processo, 
serão inquiridas em sua residência ou onde exercem as suas funções. 
 São elas: a) o Presidente e o Vice-Presidente da República; b) o 
presidente do senado e da Câmara dos deputados; c) os Ministros de 
estado; d) o Procurador-Geral da República; e) Os Senadores e 
Deputados Federais; f) os Governadores dos Estados, dos Territórios e 
do Distrito Federal; g) os Deputados Estaduais; h) Os Ministros do 
Supremo tribunal federal, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal 
Superior Eleitoral; do Tribunal Superior do Trabalho e do tribunal de 
Contas da União; i) Os Desembargadores dos Tribunais de Justiça, os 
juízes dos tribunais regionais Eleitorais e os Conselheiros dos tribunais 
de contas dos Estados e do Distrito Federal; j) o embaixador de país que 
por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente diplomático 
do Brasil. 
 
Dica: Não se aplica ao vereador e ao prefeito esta deferência da lei. 
Dica: Os membros do Ministério Público da União também gozam desta 
prerrogativa de acordo com o art. 18, II, g da Lei complementar 75/93. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.5. Ônus da Prova: 
 
O ônus da prova é o dever que a parte tem de provar em juízo as suas 
alegações para o convencimento do juiz. 
A análise do ônus da prova poderá ser dividida em duas partes: a 
primeira trata-se do ônus subjetivo da prova e a segunda refere-se ao 
ônus objetivo. 
 O ônus subjetivo da prova está ligado ao dever das 
partes em provar tal fato controvertido, assim pelo ônus 
subjetivo o magistrado deverá analisar quem tem o 
dever, ou seja, o encargo de prová-lo. 
 O ônus objetivo está ligado à prova do fato. 
 No Processo do Trabalho o art. 818 da CLT combinado com o art. 
333 do CPC tratam do ônus subjetivo da prova. 
Art. 818 da CLT A prova das alegações incumbe à parte que as 
fizer. 
Art. 333 do CPC O ônus da prova incumbe: 
I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor. 
� Fato constitutivo é aquele que deu origem à relação jurídica que 
está sendo discutida em juízo. 
Exemplificando: empregado requer o reconhecimento do vínculo 
empregatício e a reclamada nega a prestação de serviços, ele deverá 
provar o fato constitutivo de seu direito. 
� Fato extintivo é aquele que põe fim à relação jurídica deduzida no 
processo. 
Exemplificando: empregado postula o pagamento de salários e o 
empregador prova que pagou através de recibos assinados pelo 
empregado. 
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� Fato impeditivo é aquele que, segundo Alexandre Freitas Câmara, 
tem conteúdo negativo, ou seja, a ausência de alguns dos 
requisitos genéricos de validade do ato jurídico (agente capaz, 
forma, objeto lícito). 
Exemplificando: O reclamado demonstrar que o reclamante era de 
fato representante comercial nos moldes da lei especial. 
Fato modificativo é aquele que não irá extinguir, mas alterará a 
relação jurídica entre as partes. 
Exemplificando: a prova de pagamento parcial das verbas 
postuladas pelo reclamante. 
 A distribuição do ônus da prova e a prova da existência ou não da 
relação de emprego processar-se-á da seguinte forma: 
a) Se o reclamante requerer em juízo o reconhecimento do vínculo de 
emprego e a reclamada alegar que não houve a prestação de tais 
serviços,será do empregado o ônus de provar o fato constitutivo de seu 
direito. 
b) Se o reclamante requerer o reconhecimento do vínculo de emprego e 
a reclamada na defesa admitir a prestação dos serviços do empregado, 
mas alegar, por exemplo que ele era trabalhador eventual, aí será do 
empregador o ônus de provar que a relação havida não era de emprego. 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de 
provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação 
de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da 
continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao 
empregado. 
 A Súmula 338 do TST admite a inversão do ônus da prova no 
processo do trabalho, no que se refere aos pedidos de horas extras, 
quando a empresa contar com mais de 10 empregados e negar-se a 
apresentar os controles de freqüência, injustificadamente. 
 
 
 
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Súmula 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA 
PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) 
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, 
da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência 
gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual 
pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade 
da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, 
pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que 
demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como 
meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, 
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se 
dele não se desincumbir. 
 
Há algumas súmulas e orientações jurisprudenciais do TST que 
estabelecem o ônus da prova em determinados casos, o que prevalece 
sobre a regra geral do art. 818 da CLT e 333 do CPC. 
 
Observem abaixo: 
Súmula 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. VIII - É 
do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo da equiparação salarial. 
Súmula 16 do TST- NOTIFICAÇÃO Presume-se recebida a notificação 
48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus deprova do destinatário. 
A súmula 385 do TST. Segue a nova redação da Súmula 385 do TST: I - 
Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a 
existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal. 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir 
a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos. III – Na 
hipótese do inciso II, admite‐se a reconsideração da análise da 
tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, 
em Agravo Regimental, Agravo de Instrumento ou Embargos de 
Declaração. 
 
 
 
 
 
 
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OJ 301 SDI-I TST Definido pelo reclamante o período no qual não 
houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela 
reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai 
para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias 
respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do autor 
(art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC). 
 
 Esta OJ foi cancelada em Maio de 2011. 
 
OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do 
empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos 
indispensáveis à obtenção do vale-transporte. 
 
Incidente de falsidade: O art. 390 da CLT é aplicado subsidiariamente 
ao processo do trabalho, uma vez que a CLT não regulamenta o 
incidente de falsidade documental. 
 
Diz o art. 390 da CLT que o incidente de falsidade será aplicado, 
em qualquer tempo e grau de jurisdição, incumbindo à parte, contra 
quem foi produzido o documento suscitá-lo na contestação ou no prazo 
de 10 dias, contados da intimação da sua juntada aos autos. 
 
A regra do art. 390 do CPC deverá ser adaptada ao processo do 
trabalho, porque neste a parte toma ciência do documento em 
audiência. Assim, o prazo de 10 dias deverá ser aberto para a argüição 
do incidente de falsidade. 
 
Inspeção judicial: (Artigos 440/443 do CPC) 
 
“É a atividade instrutória do juiz, destinada a examinar uma coisa 
ou lugar, a fim de tomar conhecimento de suas características 
(Liebman)”. 
 
A CLT é omissa em relação à inspeção judicial, por isso, aplica-se 
o Código de Processo Civil, subsidiariamente. 
 
 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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A inspeção judicial terá lugar toda vez que houver necessidade de 
o juiz deslocar-se ao local, em que estiver a pessoa ou coisa, conforme 
estabelece o art. 440 do CPC. 
 Art. 440 CPC O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou 
coisa, a fim de esclarecer sobre fato, que interesse á decisão da 
causa. 
 
3.6. Encerramento da instrução e razões finais: 
 
Terminada a instrução processual, as partes poderão aduzir razões 
finais, no prazo de dez minutos para cada parte (art. 850 da CLT). 
Portanto, as razões finais não são obrigatórias. 
 
Razões finais ou alegações finais são as faculdades conferidas às 
partes de manifestarem-se nos autos do processo, antes que a sentença 
seja proferida. 
 
No Processo do Trabalho, as razões finais são oferecidas 
oralmente. 
 
Na prática, quando a sentença não for proferida na própria 
audiência, alguns juízes permitem que as partes ofereçam razões finais 
por escrito, em forma de “memoriais”. Tal praxe é extraída da aplicação 
analógica do art. 454, parágrafo 3º, do CPC. 
 
3.7. Dissídios Individuais: Dissídio Individual é aquele no qual o 
interesse em conflito, ou seja, o bem da vida perseguido pelas partes 
refere-se às pessoas individualizadas, sendo possível determiná-las. 
 
 Exemplificando: Na ação trabalhista interposta por Adalgisa em 
face de Maria das Dores, é possível determinar as partes envolvidas no 
conflito. Sabemos que Adalgisa (parte autora) é empregada doméstica e 
postula os seus direitos (bem da vida perseguido), alegando que 
trabalhou para Maria das Dores (parte ré), indicando-a como sua 
empregadora. 
 
 Art. 842 da CLT Sendo várias as reclamações e havendo 
identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só 
processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
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Atenção: A doutrina menciona que o art. 842 da CLT trata de uma 
cumulação subjetiva de ações, na qual há a existência de vários autores. 
 
� Para que ocorra esta cumulação de ações será necessária a 
presença de dois requisitos: 
⇒ Identidade de matéria; 
⇒ Que os empregados sejam da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
 
DICA: É importante esclarecer o que significa Dissídio Individual 
Plúrimo (art. 842 da CLT). 
 
 
 
Forma de Reclamação: No início do curso, estudamos o Princípio da 
Inércia da Jurisdição e vimos que o juiz, somente, poderá prestar a 
tutela jurisdicional, ou seja, dar uma solução a um conflito de interesses 
entre as partes, quando for provocado pela parte. 
Dissídios Individuais Plúrimos: São aqueles que se 
referem aos sujeitos determinados, ocorrendo a pluralidade de 
autores ou a pluralidade de réus, acarretando a formação de 
litisconsórcio. 
 
� Litisconsórcio ocorrerá quando houver mais de um 
autor ou mais de um réu na mesma ação. 
� Chama-se litisconsórcio ativo quando houver mais de 
um autor e litisconsórcio passivo quando houver mais 
de um réu. 
 
Como já mencionado, poderá ocorrer o Dissídio Individual 
Plúrimo quando os pedidos dos autores nas reclamações 
trabalhistas forem idênticos e o empregador (Reclamado) for o 
mesmo. 
Há que se ressaltar que Dissídio individual Plúrimo 
diferencia-se de Dissídio Coletivo, pois no segundo os sujeitos do 
processo (partes) são indeterminados individualmente, uma vez 
que os Sindicatos é que são os legitimados para propor o Dissídio 
Coletivo. 
 
No Dissídio Coletivo, o interesse em conflito pertence a um 
grupo ou a uma categoria. 
 
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 E como ocorrerá esta provocação? 
 Será através da petição inicial, que recebe o nome de reclamação 
trabalhista no processo do trabalho e poderá ser de forma escrita ou 
verbal. 
 A CLT em seu art. 840 não emprega o termo “petição inicial”! 
 VERBAL: Quando a reclamação for verbal, ela deverá ser 
distribuída antes mesmo de sua redução a termo. (A redução a termo é 
um ato processual realizado por um servidor da Vara de Trabalho). 
 A petição inicial verbal deverá observar, quando couber , os 
requisitos exigidos para a petição inicial escrita que estão elencados no 
parágrafo 1º do art. 840 da CLT (art. 840, parágrafo 2º da CLT). 
 Art. 840 da CLT A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do 
Juiz da Vara da Vara de trabalho a quem for dirigida, a 
qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição 
dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura 
do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, 
observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior. 
 DICA: É oportuno ressaltar que a distribuição da reclamação 
trabalhista somente ocorrerá, nas localidades onde existirem mais de 
uma Varado Trabalho. 
 ESCRITA: A petição inicial do Dissídio Coletivo (art. 856 da CLT) e 
do inquérito para apuração de falta grave deve ser necessariamente 
escrita (art. 853 da CLT). 
 
 
 
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 O art. 840 § 1º da CLT elenca os requisitos para a apresentação 
da reclamação trabalhista, são eles: 
� A designação do Juiz Presidente da Vara ou do Juiz de 
Direito a que for dirigida; 
� A qualificação do reclamante e do reclamado; 
� A breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio; 
� Data e assinatura do reclamante ou do seu representante; 
� O pedido. 
É importante falar que o pedido é o objeto da ação, ou seja, é 
aquilo que se pede ao Poder Judiciário. No direito processual, o pedido é 
sinônimo de mérito. 
� Aditamento da petição inicial: Antes do recebimento da 
notificação citatória pelo réu, ao autor é facultado modificar o 
pedido através de um “aditamento” da petição inicial. 
O aditamento do pedido está previsto no art. 294 do CPC que é 
aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho por força do art. 769 
da CLT. O art. 294 do CPC estabelece que antes da citação, o autor 
poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescidas, em 
razão desta iniciativa.” 
No processo do trabalho, o autor não sofrerá qualquer sanção 
processual pelo fato de aditar a petição inicial, não se aplicando a parte 
final do art. 294 do CPC. Depois da notificação citatória do réu o 
aditamento somente poderá ocorrer com a concordância dele (art. 264 
do CPC). 
� Indeferimento da petição inicial: O art. 295 do CPC prevê 
as hipóteses em que a petição inicial será indeferida, ou seja, 
será recusada pelo juiz. 
 As hipóteses de indeferimento da petição inicial são: 
a) quando for inepta; 
b) quando a parte for manifestamente ilegítima; 
c) quando o autor carecer de interesse processual; 
d) quando o juiz verificar a decadência ou a prescrição; 
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e) quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não 
corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em 
que só não será indeferida se puder adaptar-se ao tipo de 
procedimento legal; 
f) quando não atendidas as prescrições dos artigos 39, parágrafo 
único, primeira parte e 284 do CPC. 
 Inepta é aquela petição que falta um pedido ou uma causa de 
pedir, ou aquela que contiver pedidos juridicamente impossíveis ou 
incompatíveis entre si. Também será considerada inepta a petição inicial 
de cuja narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão. 
� Emenda da petição inicial: O art. 284 do CPC prevê a 
possibilidade de o juiz, quando verificar que a petição inicial 
não preenche os requisitos legais, determinar que o autor a 
emende ou complete em 10 dias. Se no prazo legal o autor não 
emendar a petição inicial, o juiz irá indeferi-la. 
 
Forma da Notificação: Na reclamação trabalhista não há citação do 
reclamado, mas notificação via postal do mesmo, por meio de remessa 
automática do servidor de secretaria da vara, em 48 horas, do 
recebimento da ação, notificando o reclamado a comparecer para a 
primeira audiência desimpedida em: 
• 05 dias para os reclamados em geral 
• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e 
fundações públicas federais, estaduais, municipais que não 
explorem atividades econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que 
o prazo do art. 841da CLT será quádruplo). 
 
� A notificação poderá ser: 
a) por registro postal em regra; 
b) por edital quando o réu não for encontrado ou criar embaraços ao 
recebimento da reclamação. 
 O Edital será publicado em um jornal oficial ou em expediente 
forense e, somente, na falta destes, será afixado na sede ou juízo. 
 
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Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de 
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 A notificação postal será feita com o aviso de recebimento, para 
que se possa verificar se ocorreu ou não a citação. 
 No processo do trabalho, a citação somente será pessoal em sede 
de execução. Sendo assim, bastará a entrega da citação no endereço 
indicado. Caberá à parte comprovar que não a recebeu no prazo devido. 
 
Legitimidade para ajuizar: A petição inicial da ação trabalhista pode 
ser formulada: 
� Pelos sujeitos da relação de emprego ou por seus 
representantes legais; 
� Pelos Sindicatos em defesa dos interesses ou direitos coletivos 
ou individuais da categoria que representam; 
� Pelo Ministério Público do Trabalho, nos casos previstos em lei. 
Atenção: Com a ampliação da competência da Justiça do Trabalho 
pela Emenda Constitucional 45/2004, a petição inicial também poderá 
ser apresentada: 
� Por outros titulares da relação de trabalho (estagiário, 
autônomo, voluntário, eventual, etc.); 
� Pela União na ação de cobrança das multas impostas aos 
empregadores pela Delegacia Regional do Trabalho; 
� Pelos Sindicatos quando ocorrer conflitos entre os Sindicatos ou 
entre estes e os associados; 
� Pelos tomadores de serviço ou pelos empregadores. 
DICA: O artigo abaixo transcrito é muito cobrado em provas de 
concurso, pois quando o menor de 18 anos não tiver representante 
legal, ou seja, pai, mãe ou tutor ele poderá ser representado pelos 
entes descritos no art. 793 da CLT. 
 Art. 793 da CLT A reclamação trabalhista do menor de 18 
anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, 
pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo 
Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo. 
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 DICA: Geralmente as bancas de concurso dizem que os 
empregados poderão ser representados pelo Ministério Público 
Federal, o que está errado, porque o art. 793 da CLT menciona 
Ministério Público Estadual. 
 
 Atenção: A Procuradoria da Justiça do Trabalho é órgão do 
Ministério Público do Trabalho (MPT) que é um dos ramos do Ministério 
Público da União. Assim, se na prova vier na assertiva o Ministério 
Público do Trabalho estará correto, pois ele poderá propor a reclamação 
trabalhista conforme o art. 793 da CLT. 
 
3.8.Procedimento Ordinário e Sumaríssimo: 
 
 3.8.1. Procedimento Ordinário: 
 
 Atenção: É importante falar da distinção entre o 
processo e o procedimento. 
 
 O processo é o sistema adotado pelo Estado para o exercício da 
Jurisdição, ele é o instrumento utilizado pela jurisdição para fazer 
valer o direito material quando este for violado. 
 
 O procedimento é a forma como o processo irá desenvolver-se, 
são os atos seqüenciais do processo. 
 
O procedimento ou rito ordinário está regulado pelos artigos 837/852 da 
CLT. 
 
Neste tipo de procedimento a audiência poderá ser una ou dividida em 
três partes: 
 
 a) Audiência de conciliação ou inaugural: Nesta fase, o réu irá 
apresentar a sua defesa, que poderá ser verbal em 20 minutos ou 
escrita e o juiz fará a primeira proposta de conciliação obrigatória, antes 
de receber a defesa. 
 
Não havendo acordo, o juiz marcará a data para a audiência de 
instrução, para a qual as partes ficarão, desde logo, intimadas. 
 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
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O empregador poderá ser representado por preposto e o empregado 
poderá ser substituído por outro empregado, da mesma profissão. 
 
Quando o reclamante não comparecer o processo será arquivado e 
quando o reclamado não comparecer para apresentar a sua contestação, 
será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato. 
 
 b) Audiência de instrução: As partes que deverão comparecer 
nesta audiência, sob pena de confissão (Súmula 74 do TST). Nesta fase 
as provas serão produzidas no processo. 
 
O juiz ouvirá o depoimento pessoal das partes, ouvirá as testemunhas e 
encerrados os depoimentos as partes poderão aduzir razões finais orais 
em 10 minutos para cada parte. 
 
Após as razões finais, o juiz renovará a proposta de conciliação e caso 
não haja possibilidade de acordo, o juiz marcará uma data para a 
audiência de julgamento. 
 
 c) Audiência de julgamento: Nesta fase, o juiz proferirá a sua 
sentença, solucionando o conflito de interesses das partes que lhe foi 
submetido. 
 No Procedimento Sumaríssimo, a audiência deverá ser una, ou seja, 
única, não podendo ser dividida em fases. Assim, a sentença do juiz no 
procedimento sumaríssimo será proferida na mesma audiência. 
 
 3.8.2. Procedimento Sumaríssimo: Com o objetivo de trazer 
maior celeridade para os processos julgados pela Justiça do Trabalho, a 
Lei 9.957 de 2000, introduziu o procedimento sumaríssimo no Processo 
do Trabalho. 
 
� O Procedimento ou Rito Sumaríssimo está previsto nos artigos 
852-A /852- I da CLT, que passarei a comentar! 
Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não 
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do 
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento 
sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento 
sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração 
Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
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Pela leitura literal do artigo verificamos que o procedimento 
sumaríssimo não se aplica aos dissídios coletivos, uma vez que, o caput 
do artigo acima transcrito fala em dissídios individuais. 
Para verificar se os pedidos ultrapassam a 40 vezes o salário-mínimo, a 
data limite para o cálculo é a data do ajuizamento da ação. 
Este tipo de procedimento não será aplicado nas demandas em que 
figurarem como parte a União, os Estados, os Municípios, o Distrito 
Federal, as Autarquias e as Fundações Públicas Federais. 
Art. 852-B da CLT - Nas reclamações enquadradas no 
procedimento sumaríssimo: 
I- o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II- não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta 
indicação do nome e endereço do reclamado; 
III- a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo 
de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta 
especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da 
Junta de Conciliação e Julgamento. 
§ 1º - O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos 
incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da 
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor 
da causa. 
§ 2º - As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças 
de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se 
eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, 
na ausência de comunicação. 
O pedido deverá ser certo ou determinado, uma vez que esta é a forma 
de verificar se a causa ultrapassa ou não os quarenta salários-mínimos. 
Caso o reclamante não faça pedido certo ou determinado e nem indique 
na petição inicial o endereço e nome correto do reclamado, o processo 
será arquivado e ele será condenado ao pagamento das custas 
calculadas sobre o valor dado à causa. 
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A audiência será una e realizar-se-á nos quinze dias, do ajuizamento da 
reclamação trabalhista. 
Art. 852-C da CLT As demandas sujeitas a rito sumaríssimo 
serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de 
juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para 
atuar simultaneamente com o titular. 
Art. 852-D da CLT O juiz dirigirá o processo com liberdade 
para determinar as provas a serem produzidas, considerado o 
ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as 
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem 
como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
Art. 852-E da CLT - Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as 
partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os 
meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do 
litígio, em qualquer fase da audiência. 
 
A sessão mencionada, neste artigo, é a audiência. Neste tipo de 
procedimento, não há a obrigatoriedade de duas propostas de 
conciliação, mas o juiz a qualquer tempo deverá tentar conciliar o 
conflito. 
Art. 852-F da CLT Na ata de audiência serão registrados 
resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais 
das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas 
pela prova testemunhal. 
Os depoimentos das partes e das testemunhas serão resumidos na Ata 
de audiência pela secretária de audiência. 
 
 Art. 852-G da CLT - Serão decididos, de plano, todos os 
incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da 
audiência e do processo. As demais questões serão decididas na 
sentença. 
 
 
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Com o objetivo de celeridade nos julgamento das causas submetidas ao 
procedimento sumaríssimo, todos os incidentes processuais ou exceções 
serão resolvidos de imediato. 
Art. 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na 
audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas 
previamente. 
§ 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes 
manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção 
da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, 
comparecerão à audiência de instrução e julgamento 
independentemente de intimação. 
§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, 
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não 
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar 
sua imediata condução coercitiva. 
§ 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for 
legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao 
juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear 
perito. 
§ 5º - (VETADO) 
§ 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, 
no prazo comum de cinco dias. 
§ 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a 
solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, 
salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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Art. 852-I da CLT A sentença mencionará os elementos de 
convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos 
em audiência, dispensado o relatório. 
 § 1º - O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais 
justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as 
exigências

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