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AULA 8
Contabilidade, Fisco e Legislações Específicas
A relação Contabilidade x Fisco x Legislação é comum, pois através das leis, normas e regulamentos, o Estado, na figura do Fisco influi diretamente sobre as empresas, exercendo a sua atividade de fiscalização e se utilizando como meio de obter dados sobre o patrimônio das empresas.
Base do Cálculo de Imposto de Renda
Em direito Tributário, a base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a pagar. A base de cálculo do imposto é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração, determinada segundo lei vigente na data de ocorrência do fato gerador.
1) Na venda de imóveis, a base de cálculo do Imposto de Renda é a diferença entre o valor da venda e o valor declarado do imóvel na declaração anual de renda e patrimônio.
2) No ICMS, a base de cálculo geralmente é o valor da venda da mercadoria (salvo disposição em contrário)
3) Já no IR, a base de cálculo são os ganhos com cada limite estabelecido na Tabela do IR.
 Existem vários critérios possíveis para calcular os impostos devidos pelas pessoas jurídicas, como: Lucro real, Lucro presumido, Lucro Arbitrado e Simples.
Lucro Real
No Lucro Real o imposto devido é calculado com base no lucro registrado no balanço. 
O que é necessário saber?
É necessário que a empresa verifique se a tributação por esse regime será benéfica, utilizando para isto a apuração do resultado contábil, e logo em seguida devem ser procedidos os ajustes: adições e exclusões previstas em lei. Essas adições constituem despesas que o fisco não aceita para fins de apuração do IRPJ e da CSLL.
As contribuições para o PIS/PASEP e à COFINS constituem despesas que o fisco não aceita para fins de apuração do IRPJ e da CSLL.
A escolha deve levar em conta essas contribuições, pois no lucro real o regime é não-cumulativo, onde as alíquotas são mais altas (1,65% para PIS e 7,6% para a COFINS), mas há direito a deduções do valor a pagar por meio de créditos previstos na legislação.
Lucro Presumido
É regime de tributação onde a base decálculo é obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei, sobre a receita bruta, sendo permitido à empresa calcular o imposto com base em uma estimativa de lucro. Trata-se de presunção de lucro.
1) Em princípio, todas as pessoas jurídicas com limite da receita bruta de até 48 milhões da receita bruta total, no ano-calendário anterior, podem optar pelo Lucro Presumido, salvo aquelas obrigadas à apuração do Lucro Real.
2) Esta modalidade de tributação pode ser vantajosa para empresas com margens de lucratividade superior à presumida. Contudo, para verificar se esse é o regime mais benéfico para a empresa, é necessário realizar simulações, pois caso a empresa tenha valores consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável que o lucro real seja mais econômico.
3) A pessoa jurídica habilitada àopção pelo regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter:
- Livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária, ou escrituração contábil nos termos da legislação comercial;
- Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário;
- em boa quarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal.
Lucro Arbitrado
É um método alternativo de apuração da base de cálculo do imposto de renda, para a quantificação da renda tributável para as pessoas jurídicas, aplicando apenas nos casos previstos pela legislação do imposto de renda.
O arbitramento do lucro é utilizado pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias, tais como uma escrituração contábil, conforme a legislação fiscal ou comercial, relativas à determinação do lucro real ou presumido.
Simples Nacional
É o imposto calculado com base no faturamento da empresa. O percentual de imposto a ser pago é calculado de acordo com faixas de faturamento, definidos em lei. Segue as características:
- Destinados às empresas com limite de receita bruta anual de até R$ 2.400.000,00, aparente simplicidade do regime e as alíquotas relativamente baixas são os grandes atrativos deste regime.
- O sistema de tributação pelo Simples abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social, destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica.
- As alíquotas são progressivas, podendo inviabilizar o fluxo de caixa para as faixas superiores de receita, especialmente para as empresas prestadoras de serviços, pois dependendo do serviço que é prestado o lucro presumido pode ser mais vantajoso.
- É regido pelo parágrafo 4º, artigo 3º, da Lei Complementar nº 123/06.
Lei Complementar nº123/06
Segundo o parágrafo 4º, artigo 3º, da Lei Complementar nº123/06, não poderá aderir ao Simples a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações.
	
Efeitos da Inflação nos Demonstrativos
A inflação caracteriza-se pela perda da capacidade aquisitiva da moeda. Nos países em que a inflação se apresenta elevada, a Contabilidade, que tem o custo histórico por princípio, sempre enfrentou dificuldades para elaborar e divulgar as demonstrações contábeis das empresas. (custo histórico é o preço pago pela empresa para a aquisição de ativos destinados à produção ou prestação de algum serviço).
A Correção Monetária foi desenvolvida na Alemanha por Mahlberg e Schmalenbach.
O objetivo da Correção Monetária é atenuar os efeitos da inflação nas demonstrações contábeis, elaboradas com base no custo histórico. O método consiste na atualização de determinados valores apresentados nestas demonstrações, por um índice geral de preços. 
A falta de atualização monetária dos balanços complica a avaliação de ações cotadas nas bolsas, também os balanços não refletem a realidade patrimonial das empresas além de que o resultado distorcido pode gerar insegurança para os investidores. Outra alternativa ao custo histórico seria o custo histórico corrigido, que utiliza os valores a custo histórico, mas reconhece os efeitos da inflação ou deflação, sendoassim, há um ajuste nos valores patrimoniais da entidade de acordo com o poder aquisitivo da moeda.
Podemos concluir que a contabilidade, enquanto não visualizar os efeitos inflacionários nas demonstrações contábeis mesmo que para fins gerenciais, não estará demonstrando da melhor forma o valor das entidades.

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