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EPIDEMIOLOGIA BÁSICA

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EPIDEMIOLOGIA BÁSICA
EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE - IRAS 
UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE 
FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACS
8º PERÍODO DE ENFERMAGEM 
2015/ 2
INTRODUÇÃO
		Epidemiologia, estuda a distribuição das doenças e agravos nas populações e seus determinantes. O conhecimento das ocorrências e dos determinantes das doenças e agravos à saúde tem como objetivo a prevenção das doenças. 
 Maioria das doenças causada por múltiplos fatores, e a progressão das mesmas está associada geralmente a vários co-fatores. 
 A infecção hospitalar geralmente está associada a vários fatores relacionados ao hospedeiro, ao agente e ao ambiente hospitalar. 
ÁSPÉCTOS HISTÓRICOS 
Medicina Hipocrática – Importância da natureza na causalidade das doenças;
Até o século XIX – Não existia conhecimentos para caracterizar a epidemiologia como uma disciplina científica;
Durante o século XIX – Surge o movimento sanitário e paradigmas dos miasmas. Doenças causadas do (Solo, água, e ar e assim o aumento da morbidade e mortalidade);
Contagionismo – Atribuiram a fatores ambientais e comunitários a determinação do estado de saúde – doença / mudou e passou a caracterizar os agentes infecciosos como únicos fatores ambientais relevantes. 
Segundo a teoria, as doenças teriam origem nos miasmas: o conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefacção nos solos e lençóis freáticos contaminados. 
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ÁSPÉCTOS HISTÓRICOS 
 Século XIX – Fase de Transição: Mudança da epidemiologia das doenças infecciosas para doenças crônico degenerativas e avaliação de serviços de saúde. Não existe mais causa única e sim TEORIA MULTICAUSAL. 
 E por fim anos 50: Inicia – se novas formas de estudos epidemiológicos (observacionais transversais; ecológicos; de coorte; de caso – controle etc..). 
O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO NA IDENTIFICAÇÃO DA DOENÇA 
MEDINDO A OCORRÊNCIA DA DOENÇA 
Razão: uma fração na qual o numerador NÃO é parte do denominador. – Ex: Razão de morte fetal = Mortes fetais / Nascidos vivos Por definição, as mortes fetais não estão incluídas entre os nascidos vivos. 
 Proporção: uma fração na qual o numerador É parte do denominador. – Ex: Taxa de morte fetal = Mortes fetais / Todos os nascimentos. Todos os nascimentos incluindo os nascidos vivos e as mortes fetais.
 Taxas: são tipos especiais de proporções que dão idéia de velocidade. – Ex: taxa de mortalidade por câncer a cada ano. 
A ocorrência das doenças geralmente é expressa de três formas: razão, proporção e taxa. 
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MEDIDAS DE INCIDÊNCIA 
		É a ocorrência de novos casos de uma doença em uma população definida e em um período de tempo específico. Mede quantas pessoas tornaram-se doentes.
 
 
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA (DI)
		Mede a ocorrência de novos eventos, por unidade de pessoa – tempo. O somatório do período de tempo em risco de todos os indivíduos na população é, então, o total de pessoa – tempo em risco. 
INCIDÊNCIA ACUMULADA (IA)
		Medida mais intuitiva, descreve o número de novos eventos que ocorreram numa população fixa ou coorte fechada, durante tº a t¹. IA pode ser entendida como a proporção de pessoas que desenvolvem a doença ou evento de interesse, a IA é uma medida ou estimativa do risco médio para população estudada. 
IA também tem sido chamada de “ taxa de ataque” que é a incidência da doença durante o período epidêmico. 
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MEDIDAS DE PREVALÊNCIA (P)
		Mede o status de uma população com relação ao evento ou doença de interesse. 
MEDIDAS DE PREVALÊNCIA (P)
		A prevalência pode ser de Ponto: Estima a ocorrência de casos da doença ou evento num determinado momento. 
		
			 Ou..
		Prevalência de Período: Ocorrência da doença ou evento num determinado período de tempo.
					
 
PREVALÊNCIA, DENSIDADE DE INCIDÊNCIA E DURAÇÃO MÉDIA 
		A incidência é a medida da ocorrência ou do risco de adquirir a doença ou evento. 
		A taxa de prevalência não é uma medida de risco, entretanto o seu uso é importante na definição da magnitude da doença e sua medida pontual em certos períodos de tempo pode fornecer indícios importantes da evolução histórica da doença na população. 
VALIDADE E CONFIABILIDADE DOS MÉTODOS EPIDEMIOLÓGICOS 
		A validade ou acurácia é a capacidade de os resultados obtidos com o instrumento corresponderem ao verdadeiro estado fenômeno que está sendo medido. Ela é aumentada pelo erro aleatório, mas reduzida pelo erro sistemático.
		A confiabilidade, precisão, reprodutividade ou replicabilidade são a capacidade ou propriedade de os resultados obtidos, a partir do instrumento, terem resultado igual ou semelhante em repetições (estimativa com menor variância). Ela é reduzida pelo erro aleatório, mas aumentada pelo erro sistemático. 
QUANTIFICANDO A VALIDADE (ACURÁCIA): Sensibilidade, Especificidade, Valor Preditivo. 
		Sensibilidade mede a capacidade do instrumento em detectar os doentes. 
		Especificidade mede a capacidade do instrumento em detectar não doentes. 
		Valor preditivo positivo (VPP) de um instrumento em epidemiologia é a proporção de pessoas que realmente têm a doença entre as que apresentam resultado positivo após a aplicação do instrumento. 
		Valor preditivo negativo (VPN) é a proporção de pessoas que não tem a doença entre as que apresentam resultado negativo após a aplicação do instrumento. 
Estudar.
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CONFIABILIDADE ( Reprodutividade) 
		Refere – se ao grau de estabilidade existente numa medida resultante da aplicação de um instrumento, quando este é repetido em condições idênticas. Isto é, se repetirmos a mesma medida, qual é a probabilidade de encontrarmos o mesmo resultado? 
		A confiabilidade pode ser medida usando 2 ou mais observadores, obtendo – se 2 ou mais observações em tempos diferentes. Existem fatores que podem afetar a confiabilidade dos dados. 
		
Estudar.
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CONFIABILIDADE ( Reprodutividade) 
		 Para medir a confiabilidade, podemos usar o percentual de concordância e a estatística Kappa. A estatística Kappa permite medir o grau de concordância não aleatória axistente entre os observadores. Mede o grau de concordância além daquela esperada pelo acaso. É a estatística mais recomendada por estimar com menor erro ou bias o grau de concordância. 
Estudar.
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O USO DA EPIDEMIOLOGIA PARA IDENTIFICAR A CAUSA DA DOENÇA 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS OU DE INTERVENÇÃO 
		Quatro pré – requisitos são básicos para um estudo experimental: 1º definição clara do evento a ser medido, 2º definição da exposição, 3º estabelecimento de um protocolo de trabalho que defina as questões a serem respondidas, 4º especificação detalhada da seleção e alocação dos participantes e o método de trabalho utilizado. 
		
ESTUDOS EXPERIMENTAIS OU DE INTERVENÇÃO 
	Os estudos experimentais podem ser classificados como: 
 		1º Ensaio clínico aleatorizado que é uma investigação experimental destinada a estudar novo protocolo terapêutico ou preventivo. 		
		2º Ensaio de comunidade ou de campo, onde participam pessoas sadias da população geral que supostamente estão exposta ao risco de contrair uma doença;
		3º Ensaio de intervenção comunitária, onde os grupos de tratamento são representados por comunidades, e não por indivíduos. 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
		Nos estudos observacionais “a natureza segue seu próprio curso”, e o investigador não interfere nem manipula fatores relacionados com a aquisição ou processo da doença. O pesquisador apenas observa. Didaticamente, são classificados como se vê a seguir. 
ESTUDOS DESCRITIVOS 
		São estudos sobre a ocorrência e distribuição da doença e/ ou evento caracterizados em relação ao tempo, local e sujeitos. Tem como objetivo levantar hipóteses para realização de estudos posteriores. 
		Com relação à caracterização temporal das doenças, três tendências deve ser consideradas. 
		1º Tendência secular; 
		2º Tendência periódicas;
3º Tendências sazonais. 
Estudar. 
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ESTUDOS SECCIONAIS OU TRANSVERSAIS 
		Possibilitam estimar a prevalência de uma doença ou evento em uma determinada população ou grupo populacional específico. Estudo epidemiológico no qual o fator de risco e a doença são observados simultaneamente em um mesmo momento ou unidade de tempo. 
		É considerado um estudo relativamente econômico e de rápida execução, mas permite apenas estabelecer que a causa suspeita e o efeito estão associados dentro de um nível aceitável de significância. É capaz também de medir a prevalência da doença. 
ESTUDOS ECOLÓGICOS 
		Tipo de estudo epidemiológico em que a unidade de análise é o agregado populacional em lugar do indivíduo. 
Base territorial 
Agregados Institucionais 
	Investiga variações geográficas ou temporais observadas na ocorrência das doenças em populações para identificar possíveis fatores explicativos. 
ESTUDOS DE COORTE
		Também chamados de prospectivos ou de seguimento, são os únicos capazes de abordar hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência e consequentemente, medidas diretas de risco. 
		No recrutamento de indivíduos, os estudos prospectivos podem ter coortes abertas e fechadas. 
		Estudos de coortes podem ser classificados como concorrentes, não – concorrentes e mistos. 
Estudar. COORTES ABERTAS : permitem a entrada de individuos em fluxo contínuo mesmo após o inicio do estudo. COORTES FECHADAS: As inclusões não são permitidas e portanto, o recrutamento dos individuos so ocorre no inicio do estudo. 
ESTUDOS CONCORRENTES> São aqueles em que a coorte é acompanhada desde o momento da exposição procedendo ao monitoramento e registro dos casos de doenças ou óbito à medida que ocorrem até a data prevista para encerramento do estudo. 
NÃO – CONCORRENTES> Também chamados de historicos são aqueles em que tanto os dados de exposição como os do evento são conhecidos antes da data de inicio do estudo por meio de registros previamente existentes. 
MISTOS> Têm componete concorrente e outro não concorrente. 
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ESTUDOS DE CASO – CONTROLE E SUAS VARIAÇÕES. 
		Também conhecidos como retrospectivos, e quando são usados controles portadores de outras doenças não relacionadas ao evento de interesse, são chamados de caso – referente. Relativamente simples e econômicos, estão sendo cada vez mais usados para investigar causas de doenças, em especial as raras. Podem ser usados nas investigações etiológicas e de surtos. 
Caso -> INDIVIDUOS QUE TEM A DOENÇA / Controle -> INDIVÍDUOS SEM A DOENÇA DE INTERESSE. PASSOS DE COMO ELABORAR ESTUDO DE CASO CONTROLE: 1) Selecionar uma amostra de uma população de pessoas com a doença (casos)
2) Selecionar uma amostra de uma população sob risco sem doença (controles)
3) Medir (em geral, não diretamente) as variáveis preditoras
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ESTUDO DE CASO – CONTROLE ANINHADO ( Nested case – control)
		É um delineamento no qual casos e controles são selecionados no decorrer de uma coorte pré-definida, na qual algumas informações sobre exposições e fatores de risco já encontram-se disponíveis. Para cada caso, controles são selecionados aleatoriamente de indivíduos que encontram-se sob risco no momento do diagnóstico do caso, o que significa um emparelhamento pelo efeito de confusão do tempo. Informações adicionais são coletadas e analisadas no momento da seleção de casos incidentes e controles
ESTUDAR.
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MEDIDAS DE EFEITO E ASSOCIAÇÃO 
		Tanto em estudos de coortes como estudos caso – controle são desenhados para determinar se existe uma associação entre exposição e doença. Se existe associação entre exposição, qual a magnitude ou força? As medidas de quantificação desta associação são risco relativo (RR) e o Odds Ratio (OR). 
		A interpretação da magnitude da razão de incidências é a seguinte: 
 1º RR = 1: Não há associação.
		2º RR > 1: Associação de Risco.
		3º RR < 1: Menor aparecimento da doença na exposição ao fator.
RR: É a comparação entre dois riscos. Risco de desenvolver a doença sendo exposto ao determinado fator e o risco de desenvolver a doença não sendo exposto ao determinado fator. 
OR: Estima a chance de ocorrência de uma doença. 
A INTERPRETAÇÃO DE MAGNITUDE TANTO PARA RISCO RELATIVO QUANTO PARA O ODDS RATIO SÃO AS MESMA FORMA DE INTERPRETAÇÃO. 
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ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE INTERVENÇÃO 
		Estima o potencial de intervenção, que é quando a incidência de uma doença (ou risco) pode se atribuída a uma exposição.
		Risco atribuível: é o risco adicional de desenvolver a doença devido a exposição ao fator em estudo. 
		Risco percentual: Porcentagem de doentes devido exclusivamente à exposição. 
		Risco atribuível populacional: Tem como referência a população total e não a população de expostos. 
DO RISCO À ASSOCIAÇÃO: CONFUSÃO, BIAS, INTERAÇÃO E INFERÊNCIAS 
		Observa se a associação observada pode ser uma associação real, ou seja, se não é ocasionada por uma variável indireta ou de confusão, se houve nenhum problema na condução do estudo de forma a introduzir algum erro sistemático ou bias, ou mesmo se existe interação entre variáveis. 
Caso não confiável, se não for uma associação real, após a verificação destas possibilidades conclui- se que tal associação pode refletir uma relação causal ou seja todo processo de construção de argumentos a favor da hipotese de associação é elaborado e conhecido como processo de INFERÊNCIA. 
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CONFUSÃO 
		Confusão é uma situação em que os efeitos de duas variáveis são difíceis de serem separados um do outro, por exemplo, idade materna e paridade como causas para baixo peso ao nascer. É a mistura de efeitos. Um pesquisador tenta mostrar associação de uma exposição com um desfecho, mas na realidade acaba medindo o efeito de um terceiro fator, chamado de “variável de confusão”.
BIAS OU VIÉS 
		Bias ou Viés define-se como “qualquer tendência, distorção, preconceito ou enviesamento na colheita, registro, análise, interpretação, publicação ou utilização de dados, que possa levar a conclusões sistematicamente diferentes da verdade. Trata-se de um erro sistemático, originado por uma incorreção metodológica durante o decorrer de uma investigação e que distorce o seu resultado. Bias mais comuns são: Bias de identificação do evento; de vigilância; do observador; de memória; do entrevistador; de estudos transversais; de temporal; de classificação; de análise; de encaminhamento; e de admissão. 
MODIFICAÇÃO DE EFEITO 
		Quando o efeito de uma exposição sobre um desfecho varia conforme o nível de uma terceira variável, diz-se que há modificação de efeito. Exemplo: a falta de aleitamento materno é um forte fator de risco (R = 23) para a morte por diarréia em crianças com menos de 2 meses. Para crianças com idades entre 2 e 12 meses, a falta de leite continua sendo um fator de risco, porém representando um risco bem menor (R = 5). A idade, portanto, modifica o efeito do aleitamento.
Interação é uma modificação de efeito. Interagir não é apenas “agir ao mesmo tempo”, interagir é aumentar o poder de determinado fator em causar uma doença. O efeito dos dois fatores juntos é maior do que se somássemos o efeito dos dois separados.
Em resumo: é modificação de efeito. Existe quando entre duas exposições ocorre uma potencialização de uma pela outra. Um fator sozinho tem um efeito, mas na presença de outro o seu efeito é potencializado. A união dos dois fatores resulta num risco diferente do que simplesmente o efeito de um mais o efeito do outro
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INFERÊNCIAS 
		Caso haja um estudo não confiável, se não houver uma associação real, após a verificação destas possibilidades conclui- se que tal associação pode refletir uma relação causal ou seja todo processo de construção de argumentos a favor da hipótese de associação é elaborado e conhecido como processo de INFERÊNCIA. 
A inferência em estudos com seres humanos é iniciada, geralmente com a observação clinica, seguida pela avaliação rotineira dos dados clínicos para construir a hipótese do estudo. O próximo passo recomendado
é o uso de estudos caso – controle para elucidar a indicação de associação, e caso exista, propor, se factível, a execução de estudos de coorte. 
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EVIDÊNCIAS PARA A RELAÇÃO CAUSAL 
		Para evidenciar a relação causal entre exposição e evento, foram organizados “critérios”: Os postulados de Henle (1840), modificados por Koch, e os postulados de Hill. 
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR: UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR 
	Espera – se de uma assistência hospital de qualidade a maximazão do bem – estar do indivíduo, considerando – se os riscos e benefícios referentes o processo assistencial em todas as dias dimensões. Os atributos da qualidade são: efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade. 
COMPONENTES
Camila Maciel de Moraes 
 Raquel Júnia Vieira Barbosa. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
OBRIGADA!!! 
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