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INFECTOLOGIA MEDICINA 5º SEMESTRE MICOSES PROFUNDAS Criptococose Em geral produz infecções pulmonares brandas muitas vezes subclínicas. Em pacientes sintomáticos manifesta-se como tosse e febre, radiografias demonstra nódulos isolados ou múltiplos nos campos pulmonares médio e inferior que podem calcificar. Muitos pacientes apresentam infiltrados densos pulmonares. Na disseminação ocorre infecção hepato-esplênica, osteomelite, comprometimento subcutâneo e nódulos cutâneos semelhantes ao molusco contagioso. A meningites é a forma grave da doença foi atinge grande parte de indivíduos com AIDS. Agente etiológico: Cryptococcus neoformans var neoformans, Cryptococcus neoformans var gattii, com os sorotipos A, B, C, D. Criptococose cutânea Criptococose Agente etiológico - Cryptococcus neoformans . É um fungo saprófita que vive no solo e nas árvores e é isolado nos excrementos dos pombos. Modo de transmissão - Inalação. Período de incubação - Desconhecido. O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, ao acometimento cerebral. Período de transmissibilidade - Não há transmissão homem a homem, nem de animais ao homem. Criptococose Conhecida como torulose ou blastomicose européia Micose sistêmica cosmopolita, subaguda ou crônica. Causada pelo Cryptococcus neoformans, disseminado na natureza, superfície de frutas, vegetais e solo, especialmente esterco de galinheiros e pombais, folhas de eucalipto e outras árvores tropicais. O var. neoformans ocorre especialmente na Europa DEFINIÇÃO CRIPTOCOCOSE É UMA DOENÇA SISTÊMICA QUE APRESENTA COMO AGENTE ETIOLÓGICO O FUNGO ENCAPSULADO Cryptococcus neoformans. PODE SE APRESENTAR FREQÜENTEMENTE COMO DOENÇA LOCALIZADA (PULMONAR OU SNC) OU COMO DOENÇA SISTÊMICA. É DOENÇA SINALIZADORA DE DÉFICIT IMUNOLÓGICO. Quadro clínico - Micose profunda sistêmica, que se apresenta, freqüentemente, como uma meningite subaguda ou crônica. Pode haver comprometimento ocular, pulmonar, ósseo, da próstata e pele. - Pulmonar - Tosse, astenia, emagrecimento, febre. FISIOPATOGENIA RESISTÊNCIA INATA À INFECÇÃO É ALTA CRIPTOCOCO INALAÇÃO PULMÃO FAGOCITADOS EM AEROSSÓIS DESTRUÍDOS CONTIDOS NÃO OCORRE DOENÇA DOENÇA SUBCLÍNICA INFECÇÃO P/ CEPA CAPSULADA INÓCULO GRANDE QUE ULTRAPASSE A CAPACIDADE DE DEFESA CELULAR FISIOPATOGENIA DOENÇA SUBJACENTE QUE DIMINUI AS DEFESAS DO HOSPEDEIRO PROLIFERAÇÃO DOENÇA PULMONAR DISSEMINAÇÃO DE SÍTIOS EXTRAPULMONARES SNC: ALVO PREFERIDO (TROPISMO) FISIOPATOGENIA NÃO ELABORA TOXINAS CRIPTOCOCO: NÃO ESTIMULA HIPERSENSIBILIDADE CAPSULAR VIRULÊNCIA: POLISSACARÍDEO DIFICULDADE PODE ATIVAR PODE INDUZIR MECÂNICA À O COMPLEMENTO TOLERÂNCIA FAGOCITOSE IMUNOLÓGICA POUCO OU NENHUM Ac HUMORAL P/ OPSONIZAÇÃO PACIENTES C/ SIDA: DISSEMINAÇÃO * RESPOSTA IMUNE MEDIADA POR CÉLULAS T; NK CELLS Criptococose O var. grubii tem distribuição mundial e é a causa da maioria das criptococoses em pacientes imunocomprometidos em todo o mundo, especialmente relacionado a excretas de pombos, com dermato e neurotropismo, longo tempo na próstata O var. gattii infecta especialmente imunocompetentes, mais frequente em regiões tropicais PATOLOGIA MENINGOENCEFALITE CRIPTOCOCOMA GRANULOMA ESPAÇO SUBARACNÓIDE: EXSUDATO MUCINOSO ACINZENTADO SE ACUMULA MAIS NA BASE DO CÉREBRO OBSTRUÇÃO MECÂNICA DRENAGEM HIC APRESENTAÇÃO NO SNC QUADRO CLÍNICO IMUNOCOMPETENTE: CURSO INDOLENTE E PROTRAÍDO SINTOMAS ONDULANTES SEMANAS/MESES ANTES DO DIAGNÓSTICO MAL ESTAR E PESO (SÓ) FEBRE IMUNOCOMPROMETIDO: CURSO AGUDO OU CRÔNICO DISSEMINAÇÃO PARA SNC E OUTROS ÓRGÃOS QUADRO CLÍNICO SNC: MENINGOENCEFALITE LESÃO PARENQUIMATOSA C/ EFEITO DE MASSA 25% LESÃO PARENQUIMATOSA CONCOMITANTE 50% DOS PACIENTES SEM SIDA TEM DOENÇA PREDISPONENTE SUBJACENTE 10 - 15% NÃO TEM SINTOMAS SNC CEFALÉIA (EPISÓDICA INTENSIDADE, INTERVALO) IRRITABILIDADE À PSICOSE ALTERAÇÕES MENTAIS: LETARGIA AO COMA QUADRO CLÍNICO SNC: PARALISIA NERVOS CRANIANOS SINAIS CEREBELARES HIC FEBRE MENINGISMO MANIFESTAÇÕES OCULARES: ATROFIA ÓPTICA PAPILEDEMA, DISFUNÇÃO III, IV, VI NERVOS, DESCOLAMENTO RETINA, UVEÍTE QUADRO TOXOPLASMOSE (ou p/ HIV) EM SIDA COMUM HEPATOESPLENOMEGALIA QUADRO CLÍNICO MENINGITE SÍNDROMES: INFECCIOSA: FEBRE, EMAGRECIMENTO, APETITE, PROSTRAÇÃO, N / V, CEFALÉIA. MENINGORRADICULAR: RIGIDEZ DE NUCA, KERNING, BRUDZINSKI, LASÈGUE. HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: CEFALÉIA, VÔMITOS, COMA. Quadro radiológico DIAGNÓSTICO EX. MICOLÓGICO: LÍQUOR, URINA, ESCARRO, LBA, TECIDO PULMÃO, FÍGADO, MEDULA ÓSSEA EX. DIRETO C/ TINTA DA CHINA CULTIVO EM MEIO DE SABOURAUD AGLUTINAÇÃO P/ LÁTEX > 1:8 HEMOCULTIVO C/ LISE CENTRIFUGAÇÃO 90% DOS PACIENTES C/INFECÇÃO SNC P/CRIPTOCOCO TEM PIC DIAGNÓSTICO ALTERADO: PROTEÍNAS, CÉLULAS (40 - 400), LÍQUOR PRED. MONONUCLEARES, GLICOSE. NORMAL: DIAGNÓSTICO Teste de Ag criptocócico (látex) - LCR - adjunto p/ casos tinta da China negativos em SIDA - pode ser o único teste + em não SIDA - diagnóstico precoce, antes da cultura se tornar + - sensível e específico - + > 90% dos casos - falso - : pouco mais comum em déficit imunológico. - falso + : infecção por Trichosporon beigelii, gêneros Stomatococcus e Capnocytophaga (UpToDate 9.1) DIAGNÓSTICO Teste de Ag criptocócico (látex) - soro - pode ser obtido em todos pacientes c/ SIDA - sensibilidade comparável ao do LCR (screening qdo não PL) - título alto de Ag = alta multiplicação - seguimento: útil em não SIDA apenas TRATAMENTO IMUNOCOMPROMETIDOS: ESCOLHA: ANFOTERICINA B (0,7 A 1,0 mg/kg/IV/DIA POR 2 SEMANAS (terapia de indução) + FLUOCITOSINA 150 mg/kg/VO em 4X/dia POR 4 a 6 SEMANAS (terapia de indução) FLUCONAZOL 400 mg/VO/dia por 8 SEMANAS (terapia de consolidação) MANUTENÇÃO: FLUCONAZOL 200 mg/VO/dia por tempo indeterminado (terapia de manutenção) TRATAMENTO IMUNOCOMPETENTES: ESCOLHA: ANFOTERICINA B (0,5 A 0,7 mg/kg/IV/DIA POR 2 SEMANAS (terapia de indução) + FLUCITOSINA 150 mg/kg/VO em 4X/dia por 4 a 6 SEMANAS (terapia de indução) – PODE OU NÃO SER UTILIZADA MANUTENÇÃO: O TRATAMENTO SEGUE ATÉ QUE O LCR SE TORNE ESTÉRIL OU ATÉ A DOSE TOTAL DE 2 a 4g DE ANFOTERICINA B. TRATAMENTO OBJETIVOS: ESTERILIZAÇÃO DO LCR ERRADICAÇÃO DA INFECÇÃO CONTROLE DA PIC RESOLUÇÃO DA FEBRE DA CEFALÉIA DAS ALTERAÇÕES NO ESTADO MENTAL DOS SINTOMAS OCULARES DAS OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli Histoplasma capsulatum Variedades: capsulatum duboisii farciminosum vários surtos epidêmicos cavernas guano de aves Histoplasmose1. Definição: Micose profunda causada por duas variedades do fungo dimórfico Histoplasma capsulatum (var. capsulatum e var. duboisii) H. capsulatum var. capsulatum causa doença cosmopolita - histoplasmose clássica H. capsulatum var. duboisii causa histoplasmose africana HISTOPLASMOSE Etiologia e Patologia Agente etiológico – Histoplasma capsulatum Inalação do fungo – Primoinfecção no pulmão Na maioria dos pacientes é benigna Seqüelas – calcificações pulmonares Disseminação – é rara (SRE) – baço, rins, fígado, etc Parasita quase exclusivo das células do SRE No interior de macrófagos – formas leveduriformes de coloração azul - Giemsa Histoplasma capsulatum é agente de infecção relacionada a indivíduos que visitam grutas ou lugares com morcegos. 90-95% dos casos são assintomáticos ou sub-clínicos e os sintomas respiratórios gripais se resolvem espontaneamente. Esporadicamente algum paciente pode apresentar uma forma pulmonar aguda da doença, com suores noturnos, tosse, febre e emagrecimento. É fulminante em pacientes com imunodeficiência. Histoplasmose HISTOPLASMOSE Epidemiologia Distribuição cosmopolita Reação ID com histoplasmina – áreas endêmicas Microepidemias – indivíduos que visitam grutas habitadas por morcegos, ou contato com galinheiros, pombas etc. Brasil – casos esporádicos Microepidemias - Exemplo - Ubatuba Histoplasmose Micose endêmica nas 3 Américas, África e Ásia Causada pelo Histoplasma capsulatum Duas variedades Var capsulatum Var duboisii (África) Adquirida por inalação de conídeos Fungo pode ser isolado da natureza em cavernas com morcegos, galinheiros e em áreas com dejetos de aves Histoplasmose Descrita por Samuel Taylor Darling Panamá, 1910 Cano Sem Res Inf 2001 Histoplasma capsulatum FASE FILAMENTOSA Histoplasmose Agente etiológico - Histoplasma capsulatum, fungo dimórfico que existe no solo, em fase micelial, se converte em fase leveduriforme na temperatura corpórea do homem (37º). Causa infecções naturais em várias espécies animais, sendo mais freqüente nos cães e morcegos. Dimorfismo Histoplasmose Histoplasma capsulatum cresce bem nos solos ricos em substâncias orgânicas, com PH ácido - onde há dejeções de aves de criação, morcegos ou pássaros. Cavernas, galinheiros Túneis, chaminés Construções antigas Jardins e parques públicos com: árvores decaídas, pombos, morcegos Atividades de risco: Arqueologia, espeleologia, eco-turismo, limpeza de granjas, etc Ambientes de Risco de Exposição ao H. capsulatum Histoplasmose Modo de transmissão - A proliferação dos microorganismos no solo gera microconídeos e macroconídeos tuberculados; a infecção é adquirida pela inalação do fungo, levados para o ar. A histoplasmose não é transmitida de pessoa a pessoa, não existe contágio direto dos animais para o homem. Histoplasmose Epidemiologia - prevalência aumenta da infância até os 15 anos de idade, não existindo diferença entre os sexos. Período de incubação - 1 a 3 semanas. 1) Histoplasmose pulmonar aguda 2) Histoplasmose disseminada aguda subaguda crônica 3) Histoplasmose pulmonar cavitária crônica 4) Fibrose excessiva Histoplasmose - Formas Clínicas Histoplasmose pulmonar Histoplasmose Quadro clínico - desde infecção assintomática até doença disseminada com êxito letal. A infecção, quase sempre, é produzida pela inalação da fase filamentosa do fungo, que então penetra até o alvéolo pulmonar, invadindo os linfonodos hilo-mediastinais e disseminando-se pela corrente sanguínea. Histoplasmose Essa fungemia é assintomática e permite que o agente parasite todos os tecidos do sistema monocítico-histiocitório - pulmões, fígado, baço, linfonodos e estruturas linfáticas do tubo digestivo. Histoplasmose Primo-infecção assintomática: representa a maior parte das infecções primárias, é reconhecida pela viragem da prova cutânea com histoplasmina, de negativa para positiva. Não determina alterações clínicas no hospedeiro. Histoplasmose Infecção pulmonar aguda: corresponde à primo-infecção sintomática. -Tosse é o sintoma mais freqüente, observado na quase totalidade dos casos. -Febre com duração maior que uma semana, astenia, anorexia, dor torácica, cefaléia e mialgias . Histoplasmose Após duas a três semanas de infecção, podem ocorrer manifestações de hiperergias, em conseqüência da hipersensibilidade do hospedeiro - eritema nodoso, conjuntivite, pleurisia, derrame pericárdico e atrite. Histoplasmose Forma clínica auto-limitada, involução das lesões ocorre de 1 até 3 meses, deixando como seqüelas calcificações pulmonares e extra- pulmonares. Não evolui para formas disseminadas. Histoplasmose Clássica Histoplasma capsulatum var. capsulatum Africana Histoplasma capsulatum var. duboisii É uma infecção micótica sistêmica, de comprometimento predominantemente pulmonar, causado por um fungo que tem afinidade pelo S.R.E. Histoplasmose clássica Pulmões e sistema retículo endotelial Disseminação via hematogênica Seus conídios são encontrados em galinheiros, cavernas, sótãos, e outras construções (velhas e abandonadas). Podendo também ser isoladas do solo. RESERVATÓRIO:morcegos,galinhas (e outras aves) ratos cães gatos Hospedeiro imunocompetente Pulmonar geralmente assintomática regride espontâneamente autolimitada Fungo quiescente parênquima pulmonar outros tecidos Reativado desequilíbrio hospedeiro e parasita Diagnóstico Escarro, biópsia, nódulo linfático, medula óssea, LCR, sangue, outros Visualização difícil tamanho reduzido intracelular (histiócitos) Diagnóstico diferencial Leishmania Cultura diagnóstico de certeza filamentosa Micromorfologia 2 tipos de conídios macroconídio superfície lisa macroconídio superfície mamilonada (estalagmósporos) Imunologia Diagnóstico e epidemiologia Fixação do complemento, Imunodifusão Quando tituladas servem para acompanhamento terapêutico Diagnóstico Escarro, aspirado brônquico, LCR, raspados de lesões, secreções, biópsia, outros Elemento arredondado esférula parede espessa, reproduz por endosporulação, tamanho variável Imunologia Teste intradérmico coccidioidina valor epidemiológico Imunodifusão área de precipitação entre o filtrado fúngico e o anti-soro Histoplasmose – Manifestações clínicas Wheat, Kauffman, 2003 % do total Infecção assintomática 50-90 Infecção sintomática 10-50 % dos sintomas Pulmonar aguda 60 Artrite 10 Pericardite 10 Pulmonar crônica 10 Disseminada 10 Histoplasmomas < 1 Mediastinite fibrosante < 1 Histoplasmose pulmonar aguda Wheat Sem Resp Crit Care Med 2004;25:129 Inóculo pequeno mais frequente Infiltrado nodular difuso Adenopatia hilar ou peri hilar Manifestações sistemicas Histoplasmose pulmonar aguda Wheat SRCCM 2004;25:1229 Grande inóculo Reticulonodular Insuf. Respiratória Recuperação prolongada HistoplasmoseHistoplasmose disseminada aguda: observa-se essa forma na primeira infância, em algumas zonas endêmicas e em pacientes com grave comprometimento da imunidade celular. Febre elevada, perda ponderal, astenia, diarréia, vômitos, hepatoesplenomegalia, adenomegalias generalizadas e lesões cutâneas, com meningoencefalite em 20% dos casos. Em crianças e pacientes com aids, pode ocorrer coagulação intra-vascular disseminada. Quadro radiológico Infiltrados intersticiais pulmonares difusos, uni ou bilaterais, geralmente para-hilares, podendo se encontrar nódulos, únicos ou múltiplos, disseminados em ambos os pulmões com adenomegalia hilar e/ou mediastinal. Quadro radiológico Histoplasmose cavitária crônica Wheat SRCCM 2004;25:129 Homem idoso DPOC prévio Infiltrados de lobos superiores Cavitações Doença progressiva Sintomas da Histoplasmose Pulmonar Crônica Sintomas Tosse Perda de peso Febre Dispnéia Dor torácica Hemoptise Fadiga Incidência (%) 90 70 50 45 45 45 20 Hammarsten & Hammarsten, 1990. Hospital Practice; 15: 95-126. Lesões de SNC Wheat Inf Dis Clin NA 2003 Histoplasmose em pacientes com Aids Prevalência na SIDA: 2% - 5%. Até 27% em áreas de alta endemicidade Indiana – USA até 27% (Wheat, 2000) Panamá – 7,6% (Gutierrez, 2005) Brasil Porto Alegre/RS – 0,9% (Unis, 2004) Ribeirão Preto/SP – 5% (Martinez, 2004) Uberlândia/MG – 8,7% (Borges, 2005) Histoplasmose em pacientes com Aids Reativação de infecção crônica – 90% forma disseminada Primeira manifestação da AIDS em 50% a 70% dos casos CD4 < 100 céls/mm3 10 a 20% desenvolvem doença grave e rapidamente progressiva Hipotensão, CIVD, I.Renal, I.Respiratória 80 a 90% manifestações crônicas com envolvimento do SRE, cutâneo, pulmonar, TGI, SNC, adrenais, olhos, coração Histoplasmose e Aids: apresentação clínica QUADRO CLÍNICO Febre Astenia Emagrecimento Hepatoesplenomegalia Tosse Lesões cutâneas Adenopatias Lesões Mucosas Icterícia meningoencefalite Sint. gastrointestinais Frequência 85,2% 85,2% 76,5% 69,3% 46,0% 35,8% 35,0% 17,2% 3,7% 2,4% 2,4% •Borges, 2005 Histoplasmose e AIDS Lesões Tegumentares Borges e cols, 2005 Histoplamose associada a AIDS Fatores prognósticos – Análise multivariada Dispneia plaquetopenia <100,000 /mm3 Elevação de DHL Significativamente associada a aumento de mortalidade nos 30 dias iniciais Sobesky et al. CID, 2004 Histoplasmose: diagnóstico sensibilidade dos testes laboratoriais (%) Teste Disseminada Pul. Crônica Aguda Antígeno 92 21 39 Cultura 85 85 15 AP 43 17 9 Sorologia 71 100 98 Williams B et al, Arch Pat Lab Med, 1994 Histopathology Wheat Trends in Mircro 2003 Histoplasmose Positividade de Culturas (%) Wheat 1998 Escarro Linfonodo Medula óssea LCR Sangue Material biológico 9,7 11,1 0 0 0 H. Aguda 70,0 71,4 76,0 14,0 52,0 H. Disseminada 61,0 0 0 0 0 H. P. Crônica Forma pulmonar Forma pulmonar Forma pulmonar Forma pulmonar progressiva Acometimento linfonodal e da mucosa oral Acometimento gastrointestinal Acometimento hepático – paciente vivendo com HIV/aids - HE 4.4. Formas Residuais: Consequentes à infecção primária Representam resposta anormal ao estímulo antigênico provocado pelo fungo Histoplasmomas: lesões nodulares, com formas residuais do fungo recobertos por cápsula fibrosa com calcificação central, com crescimento lento. Assintomáticos. Achados casuais em Rx Fibrose mediastinal: envolve pacientes com hipersensibilidade acentuada aos antígenos do fungo com significativas necrose e fibrose de linfonodos mediastinais, causando distúrbios compressivos Forma de corio-retinite mais frequente em mulheres brancas com HLA-B7 com diminuição da acuidade visual podendo levar a cegueira se não tratada Broncolitíase ocorre por erosão da parede brônquica por linfonodo calcificado 5. Diagnóstico: 5.1. Exame direto 5.2. Cultura: Sabouraud e/ou ágar-batata com antibióticos a 28ºC por 1 mês 5.3. Inoculação em animais 5.4 Detecção de Ac específicos: imunodifusão em gel, contra-imunoeletroforese e fixação do complemento (superior a 1/16 é indicativo de doença ativa). Teste cutâneo com histoplasmina 6. Diagnóstico Diferencial: Com outras micoses sistêmicas tuberculose, aspergiloma, outras micoses sistêmicas e Tbc miliar, leishmaniose e leucoplasias Sangue periférico - Wright Lavado broncoalveolar Histoplasmose – tratamento antifúngico específico Indicado Pulmonar aguda - hipoxemia Pulmonar aguda persistente >1 mês Pulmonar crônica Mediastinite granulomatosa - compressão, ulceração ou invasão de tecidos vizinhos Disseminada Histoplasmose – tratamento antifúngico específico Não indicado Síndromes inespecíficos autolimitados Pulmonar leve Manifestações reumatológicas isoladas Pericardite Histoplasmoma Broncolitíase Fibrose mediastinal Histoplasmose – tratamento antifúngico específico Fatores importantes Forma clínica Gravidade Imunocompetência Implicações Escolha da droga Duração do tratamento Manutenção ou profilaxia secundária Micoses oportunísticas A maioria dos fungos que produzem micoses oportunísticas são saprófitos do meio ambiente, de crescimento rápido, normalmente inalado. Esses organismos geralmente não são patogênicos, mais atuam como patógenos oportunistas. O indivíduo que apresenta algum tipo de depressão imunitária em decorrência de doença ou em especial, do uso de medicamentos imunossupressores, antibioticoterapia por longo tempo, pode ser alvo de infecções oportunísticas. Fatores predisponentes para infecções fúngicas oportunísticas Naturais •Leucemia •Linfoma •AIDS •Diabetes •Imunodeficiências •primárias •Doença GI •Grandes queimados •Prematuridade •Drogadição (IV) Iatrogênicos •Quimioterapia •Imunossupressores •ATB amplo espectro •TMO •Transplantes •Quebra de barreiras •Cateteres •Diálise peritonial •Internamento prolong. •Profilaxia antifúngica CAUSAS DE MORTE EM PACIENTES COM CANCER Infecção bacteriana Infecção Fúngica Multifatorial Hemorragia n = 328 7% 36% 40% 17% De Pauw - UNIVERSITY MEDICAL CENTER NIJMEGEN Infecções fúngicas e a infecção pelo HIV 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Candidíase oral Candidíase vaginal Pneumocistose Criptococose Histoplasmose Coccidioidomicose Aspergilose Candidiase resistente Anos após a infecção pelo HIV CD4 Evolução de Causas de Febre Durante Neutropenia vírus Fungos: Leveduras Filamentosos Substâncias pirogênicas *medicações *citocinas *hemoderivado *toxinas *reações (auto) imunes *produtos da necrose do tumor parasitas Bactérias Gram-positivasBactérias Gram-negativas tempo Tendência anual de casos de infecção fúngica em série de necropsias (Japão): n= 587.618 6 Candida Outros Toshikazu et al. J. Clin. Microbiol. 1999 Aspergilose Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli Fungos Causadores de Micoses Oportunistas Fungos do gênero Aspergillus Aspergilose Existem mais de 600 espécies pertencentes a este gênero Patogênicas (oportunistas) A.fumigatus (principal) A.flavus A.niger Aspergilose Alérgica Aspergiloma Aspergilose Disseminada Angioinvasão Produção de elastases Fatores inibidores da fagocitose (gliotoxina, aflatoxina) Manifestações Patogênicas Patogênese Aspergilose Características Gerais e Morfológicas É causada por várias espécies de Aspergillus(fumigatus, flavus, niger e terreus). O Aspergillus fumigatus é o patógeno humano mais prevalente; As espécies de Aspergillus crescem rapidamente e produzem grande quantidades de conídios. As espécies de Aspergillus são identificadas de acordo com as características morfológicas peculiares dos conidióforos; Epidemiologia Tem distribuição mundial. Ocorre principalmente em pacientes imunocomprometidos devido a leucemia, uso de corticosteróides e submetidos a transplante de medula óssea. Todos os pacientes susceptíveis à doença alérgica ou invasiva devem evitar a exposição aos conídios de Aspergillus. Pacientes sujeitos à Aspergilose invasiva recebem profilaxia com anfotericina B ou itraconazol. • Aspergilose Aspergilose Patogenia Inalação de conídios Infecção pulmonar (macrófagos fagocitam e destroem os conídios) Reações alérgicas graves Intumescimento e germinação dos conídios e produção de hifas Aspergiloma/Aspergilose invasiva atópicos imunocomprometidos sangue ou cavidades pré-existentes Manifestações Clínicas Formas alérgicas: Desenvolvimento de anticorpos IgE contra os antígenos de superfície dos conídios. Alguns pacientes desencadeiam uma reação asmática imediata após exposição subsequente; Alguns pacientes desenvolvem Aspergilose broncopulmonar alérgica(colonização da árvore brônquica, sem invasão do pulmão). • Aspergilose Manifestações Clínicas A Aspergilose broncopulmonar caracteriza-se por asma, eosinofilia, hipersensibilidade do tipo I e III e infiltrados recorrentes no tórax. Os hospedeiros normais submetidos a altos inóculos de conídios podem desenvolver alveolite alérgica extrínseca. Aspergiloma Ocorre quando os conídios inalados germinam e produzem hifas em cavidade pulmonar pré- existente; • Aspergilose Aspergilose Manifestações Clínicas O paciente pode ser assintomático ou apresentar tosse, dispnéia, perda de peso, fadiga e hemoptise. Pode colonizar outras áreas, como seios paranasais, canal auditivo, córnea e unhas. Raramente se torna invasivo. Manifestações Clínicas Aspergilose invasiva Ocorre na forma de processo pneumônico agudo, com ou sem invasão para outros órgãos; Pode ocorrer disseminação para TGI, rins, fígado, cérebro, com produção de abscessos e lesões necróticas; As hifas invadem a luz e a parede de vasos sanguíneos provocando trombose, infarto e necrose. • Aspergilose Diagnóstico Exame microscópico: observa-se hifas hialinas, septadas, com ramificação dicotômica e largura uniforme. Cultura: são identificadas de acordo com a estrutura de seus conídios. Sorologia: Os testes sorológicos não são úteis para diagnosticar Aspergilose invasiva. • Aspergilose Diagnóstico 80% dos pacientes com Aspergiloma ou seus correlatos alérgicos apresentam o teste de ID para precepitinas contra A. fumigatus positivo; • Aspergilose Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos: Aspectos Clínicos e terapêuticos Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Aspectos gerais Epidemiologia Microbiologia Patogênese Aspergilose Invasiva Pulmonar Sino-pulmonar Cerebral Abordagem Terapêutica Polienos Triazóis Equinocandinas Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Epidemiologia – Aspergillus spp. Encontrado no mundo todo; em comida estragada,vegetação em decomposição, fertilizantes, feno e grãos estocados, terra de vasos com plantas . PODE SER ADQUIRIDA NA COMUNIDADE Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Epidemiologia – Aspergillus spp. A maioria das infecções são adquiridas no HOSPITAL (CONSTRUÇÃO, sistemas de ventilação contaminados, sistema de água contaminado) Ribaud P. Survival and prognostic factors of invasive aspergillosis after allogenic bone marrow transplantation. Clin Infe Dis 28: 322- 330, 1999. Reativação de episódio primário também pode ocorrer An aproach to intensive anti leukemia therapy in patients with previous invasive aspergillosis Am J Med, 1988 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Epidemiologia - Fatores de risco associados Duração e severidade da neutropenia Tx alogênico Demora na pega do enxerto Idade >18 anos CMV positivo no soro (DECH +CMV + Aspergilose) Incidência maior em pós Tx medula óssea do que Tx órgão sólido *(pulmão) *Invasive Aspergillosis in transplant recipients. Medicine, 1999 Clinical Aproach to Infection in the Imunocompromised Host, 2002 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Epidemiologia Em TCTH (transplante de células-tronco hematopoiéticas) e TMO: incidência BIMODAL (fase neutropênica: < 20 dias) e tardio ( > 100 dias; CTC para DECH) Só 31% estavam neutropênicos (Wald) A. fumigatus 73% ; A. flavus 15% Wald A, et al. J Infect Dis. 1997; 175:1459-1466 Marr KA, et al. Blood. 2002; 100:4358-4366 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Microbiologia – Aspergillus spp. Fungo filamentoso Crescimento rápido Hifas septadas Crescimento em laboratório 2-3 dias Mais de 500 espécies porém poucas causam doença em humanos A. fumigattus é o patógeno mais comum Outros: A. niger, A. flavus, A. terreus Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Patogênese Inalação de conídios Resposta do hospedeiro inapropriada Hifas invadem tecido brônquico Particular propensão a angioinvasão Aspergilose disseminada invasiva Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Patogênese Infarto hemorrágico e necrose ( Hemoptise, dor pleurítica AVC por angioinvasão). Pode simular TEP. Nódulos pulmonares podem “cavitar”: achados característicos em testes diagnósticos de imagem (“sinal do ar crescente”): É MAIS TARDIO Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Patogênese Aspergilose disseminada Disseminação ocorre na metade dos pacientes Cérebro: 50-60% TGI: 40 -50% Rim: 30% Fígado: 30% Tireóide: 25% Coração: 15% Baço: 15% Clinical Aproach to Infection in the Imunocompromised Host, 2002 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Doença Pulmonar Invasiva Manifestação clínica mais comum ( 75% dos casos) Traqueobronquite necrotizante pode preceder a doença pulmonar (Fungal thracheobrobronchitis report of 9 cases and review of literature. Medicine, 1991). Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Doença Pulmonar Invasiva Diagnóstico LaboratorialAnticorpos usualmente negativos pelo status da imunidade deficiente Hemoculturas raramente positivas TESTES COM GALACTOMANANA são promissores PCR e detecção de antígeno Novas ferramentas para o diagnóstico precoce Culturas de escarro/secreções respiratórias positivas DEVEM SER ANALISADOS NO CONTEXTO CLÍNICO Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Aspergilose Invasiva Comprovada ou Definida (Diagnóstico de certeza) Biopsia tecidual demonstrando invasão com hifas e cultura positiva para Aspergillus sp. Ascioglu S, et al. Clin Infect Dis. 2002;34:7-14 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Aspergilose Invasiva Provável Achados Laboratoriais – Secreções respiratórias Isolamento de Aspergillus sp. de escarro ou LBA deve ser considerado como representativo de doença invasiva em neutropênicos sintomáticos com achados radiológicos sugestivos (“sinal do halo” ou “sinal do ar em crescente” Epidemiology of Aspergillus infections in a large cohort of patients undergoing bone marrow transplantation J Infect Dis. 1997 Jun;175(6):1459-66 Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Prognóstico Análise retrospectiva de 48 pacientes com aspergilose definida ou provável que receberam Tx de célula tronco ou de medula óssea subseqüente: Reincidência: com profilaxia secundária : 29% sem profilaxia secundária: 57% 14 dos 16 (88%) pacientes com recorrência morreram Clin Infect Dis. 1998 May;26(5):1098-103. Aspergilose Invasiva em Pacientes Imunocomprometidos Aspergilose cerebral Apresentação Clínica O SNC é o alvo mais comum para a disseminação hematogênica da aspergilose Manifestações: AVC focal , hemiparesia, paralisia de nervos cranianos, infartos hemorrágicos devido a invasão vascular Prognóstico Aspergilose de SNC tem sido quase universalmente fatal (>90% mortalidade) Cohen. Infectious Diseases, 2004 Aspergiloma Aspergiloma Aspergilose Invasiva Abordagem Terapêutica Polienos Triazóis Equinocandinas Aspergilose Invasiva Conclusões Voriconazol apresentou resposta superior tanto em neutropênicos quanto em não neutropênicos O prognóstico pior foi observado em aspergilose extrapulmonar e em receptores de transplante alogênico de célula tronco Este estudo estabelece voriconazol como droga padrão para a terapia de aspergilose invasiva Herbrecht R, Denning DW, Patterson TF, et al. Randomised comparison of voriconazole and amphotericin B in primary therapy of invasive aspergillosis. N Engl J Med 2002; 347: 408–15 Pneumocistose Características Gerais e Morfológicas Ocorre em pacientes imunodeprimidos. A disseminação é rara. O agente causal é o Pneumocystis jiroveci. Atualmente é denominado de fungo, com estreita relação com Ascomycotina É encontrado no pulmão de vários mamíferos(ratos, cães, gatos, coelhos). É um patógeno extracelular. Características Gerais e Morfológicas O P. jiroveci apresenta duas formas distintas: os trofozoítos(parede fina) e os cistos(parede espessa). São esféricos ou elípticos. Contêm quatro a oito núcleos. Os trofozoítos e cistos são encontrados como massas compactas. O P. jiroveci apresenta uma glicoproteína de superfície. • Pneumocistose Patogenia Inalação do P. jiroveci(imunossuprimido) Infecção pulmonar limitada à camada de surfactante Pneumonia de plasmócitos intersticial Pneumonia por P. jiroveci sem plasmócitos Lactentes desnutridos e imunossuprimidos AIDS • Pneumocistose Epidemiologia Tem distribuição mundial; Evidências sorológicas sugerem o contato e posterior infecção pelo P. jiroveci durante a infância. Não há reservatório natural. Os pacientes imunocomprometidos devem fazer uso de quimioprofilaxia. • Pneumocistose Manifestações Clínicas Pacientes apresentam tosse seca ou produtiva, febre, dispnéia progressiva, perda de peso, anorexia, cianose (dificuldade de troca gasosa), podendo evoluir para insuficiência respiratória. Normalmente, a infecção se restringe aos pulmões, porém com o advento da AIDS e consequente profilaxia, o P. jiroveci tem acometido outros órgãos como o baço, os linfonodos e a medula óssea. • Pneumocistose Diagnóstico Exame microscópico: observação de cistos e trofozoítos corados pelo método de giemsa, ou azul de toluidina, ou calcoflúor branco, ou metenamina-prata. Cultura: não é cultivado. Sorologia: fluorescência direta para detecção de anticorpo monoclonal específico. Não é utilizado clinicamente. • Pneumocistose Diagnóstico • Pneumocistose Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli Fungos Causadores de Zigomicose Entomoptorales Conidiobolus coronatus C.incongruus C.lamprauges Basidiobolus ranarum Conidiobolomicose Basidiobolomicose Mucosa Nasal e Subcutâneo Membros Mucorales Rhizopus arrhizus R. rhiopodiformis Apophysomyces elegans Cunninghamella bertholttiae Cokeromyces recurvatus Mucor spp Zigomicose Rinocerebral Pulmonar (Menos frequente) (Mais frequente) Características Gerais e Morfológicas É causada por diversos bolores da ordem Mucolares e da classe dos Zigomicetos. Principais patógenos: espécies dos gêneros Rhizopus, Rhizomucor, Absidia, Mucor e Cunninghamella. São saprófitas termotolerantes. • Mucormicose(Zigomicose) Características Gerais e Morfológicas Fatores de risco: acidose(diabetes), leucemia, linfoma, uso de corticosteróides, queimaduras extensas, imunodeficiência e pacientes em diálise com agente quelante de ferro(deferoxamina). Os Zigomicetos produzem esporangiosporos( forma assexuada). • Mucormicose(Zigomicose) Mucormicose(Zigomicose) Patogenia Contato com Zigomicetos(direto ou inalatória) Germinação de angiosporos no nariz Angiosporos no pulmão Hifas na corrente sanguínea Seios nasais, olhos, cérebro e ossos do crânio Parênquima e vasculatura pulmonares Trombose, infarto e necrose isquêmica Manifestações Clínicas Mucormicose rinocerebral. Principal forma clínica. A doença pode ter uma evolução rápida; Ocorre edema da área facial afetada, celulite orbitária e exsudato nasal sanguinolento. Mucormicose torácica Evolui com necrose isquêmica e destruição tecidual maciça. • Mucormicose(Zigomicose) Feohifomicoses Infecções causadas por fungos demáceos que apresentam hifas escuras nos tecidos. O número de agentes envolvidas é, em geral, muito grande e tende a aumentar. Alternaria spp. – produz quadros como ceratomicose, infecções cutâneas, osteomielite, doenças pulmonares e infecção do septo nasal. Bipolaris spp. – causam ceratomicose e sinusite fúngica, abscessos subcutâneos, meningite, alergias e peritonite. Cladosporium spp., Epicoccum spp. e Nigrospora spp. – causa ceratomicose e alergias. Curvularia spp. – causam ceratomicoses, micetoma, endocardite, infecção pulmonar, alergias e infecção do septo nasal. Exserohilum spp. – sinusite fúngica, embolia aórtica, úlcera de córnea e meningite. Feohifomicoses Hialohifomicoses Infecção causada por fungos hialinos (hifas hialinas) Acremonium sp. - pode causar ceratomicose, lesões do palato duro, meningite, artrite e doenças sistêmicas. Aspergillus sp.- o Aspergillus fumigatus é o patógeno oportunista mais comum do gênero. Aspergilose disseminada, doenças pulmonares, broncopneumonia alérgica, ceratomicose, otomicose e infecção dos seios paranasais. Fusarium spp. - causa mais comum de ceratomicoses, onicomicoses, otomicoses, úlceras varicosas, micetoma, osteomielite. Tem sido identificado também em lesões sistêmicas em transplantados de medula óssea. Paecilomyces spp. – implicados em casos de peniciliose, endoftalmite, endocardite, derrame pleural e lesões cutâneas. Penicillium spp. – causam ceratomicose, peniciliose, otomicose, onicomicose e, raramente, infecções profundas. Penicillium marnefei produz uma forma disseminada de peniciliose, é o único agente dimórfico do grupo. Scopulariopsis sp. – ceratomicose, otomicose e onicomicose. Hialohifomicoses Diagnóstico Exame microscópico: observação de hifas largas, com espessura e ramificações irregulares e septos escassos. Cultura Crescem rapidamente, produzindo colônias algodonosas. Identificação baseada na morfologia dos esporângios. • Mucormicose(Zigomicose) Zigomicose infecção fúngica aguda causada por fungos da divisão Zigomycota, os esporos desses fungos podem infectar os seios paranasais e a área peri-orbital. A infecção rapidamente se dissemina para os vasos sanguíneos vizinhos, causando necrose e trombose, vascular (CID). A partir daí se difunde para o encéfalo e para as meninges, produzindo meningoencefalíte, rapidamente fatal. Essa doença pode se disseminar para os pulmões e para o tubo digestivo. Principais agentes envolvidos: Absidia sp., Apophysomyces sp., Mucor sp., Rhizopus sp., Saksenaea sp., Cunninghamella sp.. Mucormicose órbito facial Mucormicose rino-órbito-cerebral
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