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Micoses Prof 1A - 2013.2

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INFECTOLOGIA 
MEDICINA 
5º SEMESTRE 
MICOSES PROFUNDAS 
Criptococose 
 Em geral produz infecções pulmonares brandas muitas vezes 
subclínicas. 
 Em pacientes sintomáticos manifesta-se como tosse e febre, 
radiografias demonstra nódulos isolados ou múltiplos nos campos 
pulmonares médio e inferior que podem calcificar. 
 Muitos pacientes apresentam infiltrados densos pulmonares. Na 
disseminação ocorre infecção hepato-esplênica, osteomelite, 
comprometimento subcutâneo e nódulos cutâneos semelhantes ao 
molusco contagioso. 
 A meningites é a forma grave da doença foi atinge grande parte de 
indivíduos com AIDS. 
 Agente etiológico: Cryptococcus neoformans var neoformans, 
Cryptococcus neoformans var gattii, com os sorotipos A, B, C, D. 
Criptococose cutânea 
Criptococose 
Agente etiológico - Cryptococcus neoformans . 
É um fungo saprófita que vive no solo e nas árvores e 
é isolado nos excrementos dos pombos. 
Modo de transmissão - Inalação. 
Período de incubação - Desconhecido. O 
comprometimento pulmonar pode anteceder, 
em anos, ao acometimento cerebral. 
Período de transmissibilidade - Não há 
transmissão homem a homem, nem de animais 
ao homem. 
Criptococose 
Conhecida como torulose ou blastomicose 
européia 
Micose sistêmica cosmopolita, subaguda ou 
crônica. 
Causada pelo Cryptococcus neoformans, 
disseminado na natureza, superfície de frutas, 
vegetais e solo, especialmente esterco de 
galinheiros e pombais, folhas de eucalipto e outras 
árvores tropicais. 
O var. neoformans ocorre especialmente na Europa 
DEFINIÇÃO 
CRIPTOCOCOSE É UMA DOENÇA SISTÊMICA QUE 
APRESENTA COMO AGENTE ETIOLÓGICO O FUNGO 
ENCAPSULADO Cryptococcus neoformans. 
 PODE SE APRESENTAR FREQÜENTEMENTE COMO 
DOENÇA LOCALIZADA (PULMONAR OU SNC) OU COMO 
DOENÇA SISTÊMICA. 
 É DOENÇA SINALIZADORA DE DÉFICIT IMUNOLÓGICO. 
Quadro clínico 
 - Micose profunda sistêmica, que se apresenta, 
freqüentemente, como uma meningite subaguda ou 
crônica. Pode haver comprometimento ocular, 
pulmonar, ósseo, da próstata e pele. 
 - Pulmonar - Tosse, astenia, emagrecimento, febre. 
 
FISIOPATOGENIA 
RESISTÊNCIA INATA À INFECÇÃO É ALTA 
 CRIPTOCOCO  INALAÇÃO  PULMÃO  FAGOCITADOS 
 EM AEROSSÓIS 
 DESTRUÍDOS CONTIDOS 
 NÃO OCORRE DOENÇA 
  DOENÇA SUBCLÍNICA 
 INFECÇÃO P/ CEPA CAPSULADA 
 INÓCULO GRANDE QUE ULTRAPASSE A CAPACIDADE DE 
DEFESA CELULAR 
FISIOPATOGENIA 
 DOENÇA SUBJACENTE QUE DIMINUI AS DEFESAS DO 
HOSPEDEIRO 
 
 PROLIFERAÇÃO 
 
 DOENÇA PULMONAR 
 
 DISSEMINAÇÃO DE SÍTIOS EXTRAPULMONARES 
 
 SNC: ALVO PREFERIDO (TROPISMO) 
FISIOPATOGENIA 
 NÃO ELABORA TOXINAS 
 
 CRIPTOCOCO: NÃO ESTIMULA HIPERSENSIBILIDADE 
 CAPSULAR 
 
 VIRULÊNCIA: POLISSACARÍDEO 
 
DIFICULDADE PODE ATIVAR PODE INDUZIR 
MECÂNICA À O COMPLEMENTO TOLERÂNCIA 
FAGOCITOSE IMUNOLÓGICA 
 
 POUCO OU NENHUM Ac HUMORAL 
 P/ OPSONIZAÇÃO 
 PACIENTES C/ SIDA: DISSEMINAÇÃO * RESPOSTA IMUNE 
MEDIADA POR CÉLULAS T; NK CELLS 
Criptococose 
O var. grubii tem distribuição mundial e é a causa 
 da maioria das criptococoses em pacientes 
imunocomprometidos em todo o mundo, 
especialmente relacionado a excretas de pombos, 
com dermato e neurotropismo, longo tempo na 
próstata 
O var. gattii infecta especialmente 
imunocompetentes, mais frequente em regiões 
tropicais 
 
PATOLOGIA 
  MENINGOENCEFALITE 
  CRIPTOCOCOMA 
  GRANULOMA 
 
ESPAÇO SUBARACNÓIDE: EXSUDATO MUCINOSO 
ACINZENTADO SE ACUMULA MAIS NA BASE DO 
CÉREBRO 
 OBSTRUÇÃO MECÂNICA DRENAGEM  HIC 
APRESENTAÇÃO NO SNC 
QUADRO CLÍNICO 
IMUNOCOMPETENTE: 
 CURSO INDOLENTE E PROTRAÍDO 
 SINTOMAS ONDULANTES 
 SEMANAS/MESES ANTES DO DIAGNÓSTICO 
 MAL ESTAR E  PESO (SÓ) 
 FEBRE 
 
IMUNOCOMPROMETIDO: 
 CURSO AGUDO OU CRÔNICO 
 DISSEMINAÇÃO PARA SNC E OUTROS ÓRGÃOS 
QUADRO CLÍNICO 
SNC: 
  MENINGOENCEFALITE 
 LESÃO PARENQUIMATOSA C/ EFEITO DE MASSA 
 25% LESÃO PARENQUIMATOSA CONCOMITANTE 
 50% DOS PACIENTES SEM SIDA TEM DOENÇA 
 PREDISPONENTE SUBJACENTE 
 10 - 15% NÃO TEM SINTOMAS SNC 
 CEFALÉIA (EPISÓDICA   INTENSIDADE,  
 INTERVALO) 
 IRRITABILIDADE À PSICOSE 
 ALTERAÇÕES MENTAIS: LETARGIA AO COMA 
 
QUADRO CLÍNICO 
SNC: 
  PARALISIA NERVOS CRANIANOS 
 SINAIS CEREBELARES 
 HIC 
 FEBRE 
 MENINGISMO 
 MANIFESTAÇÕES OCULARES: ATROFIA ÓPTICA 
PAPILEDEMA, DISFUNÇÃO III, IV, VI NERVOS, 
DESCOLAMENTO RETINA, UVEÍTE 
 QUADRO  TOXOPLASMOSE (ou p/ HIV) 
 EM SIDA 
 COMUM HEPATOESPLENOMEGALIA 
QUADRO CLÍNICO 
 MENINGITE  SÍNDROMES: 
 
 INFECCIOSA: FEBRE, EMAGRECIMENTO,  
 APETITE, PROSTRAÇÃO, N / V, CEFALÉIA. 
 
 MENINGORRADICULAR: RIGIDEZ DE NUCA, 
 KERNING, BRUDZINSKI, LASÈGUE. 
 
 HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: CEFALÉIA, 
 VÔMITOS, COMA. 
 
Quadro radiológico 
DIAGNÓSTICO 
 EX. MICOLÓGICO: LÍQUOR, URINA, ESCARRO, 
 LBA, TECIDO 
 PULMÃO, FÍGADO, MEDULA 
 ÓSSEA 
 
 EX. DIRETO C/ TINTA DA CHINA 
 CULTIVO EM MEIO DE SABOURAUD 
 
  AGLUTINAÇÃO P/ LÁTEX > 1:8 
  HEMOCULTIVO C/ LISE CENTRIFUGAÇÃO 
  90% DOS PACIENTES C/INFECÇÃO SNC 
 P/CRIPTOCOCO TEM  PIC 
DIAGNÓSTICO 
 ALTERADO: 
  PROTEÍNAS, 
  CÉLULAS (40 - 400), 
 LÍQUOR PRED. MONONUCLEARES, 
  GLICOSE. 
 
 NORMAL: 
DIAGNÓSTICO 
 Teste de Ag criptocócico (látex) - LCR 
- adjunto p/ casos tinta da China negativos em SIDA 
- pode ser o único teste + em não SIDA 
- diagnóstico precoce, antes da cultura se tornar + 
- sensível e específico 
 - + > 90% dos casos 
 - falso - : pouco mais comum em déficit 
imunológico. 
 - falso + : infecção por Trichosporon beigelii, 
gêneros Stomatococcus e Capnocytophaga (UpToDate 9.1) 
DIAGNÓSTICO 
 Teste de Ag criptocócico (látex) - soro 
- pode ser obtido em todos pacientes c/ SIDA 
- sensibilidade comparável ao do LCR (screening 
qdo não PL) 
- título alto de Ag = alta multiplicação 
- seguimento: útil em não SIDA apenas 
TRATAMENTO 
IMUNOCOMPROMETIDOS: 
 
 ESCOLHA: ANFOTERICINA B (0,7 A 1,0 mg/kg/IV/DIA 
 POR 2 SEMANAS (terapia de indução) + 
 
 FLUOCITOSINA 150 mg/kg/VO em 4X/dia 
 POR 4 a 6 SEMANAS (terapia de indução) 
 
 FLUCONAZOL 400 mg/VO/dia por 8 
 SEMANAS (terapia de consolidação) 
 
 MANUTENÇÃO: FLUCONAZOL 200 mg/VO/dia por tempo 
 indeterminado (terapia de manutenção) 
TRATAMENTO 
IMUNOCOMPETENTES: 
 ESCOLHA: ANFOTERICINA B (0,5 A 0,7 
mg/kg/IV/DIA POR 2 SEMANAS (terapia de indução) + 
 
 FLUCITOSINA 150 mg/kg/VO em 
4X/dia por 4 a 6 SEMANAS (terapia de indução) 
– PODE OU NÃO SER UTILIZADA 
 
 MANUTENÇÃO: O TRATAMENTO SEGUE ATÉ 
QUE O LCR SE TORNE ESTÉRIL OU ATÉ A DOSE TOTAL 
DE 2 a 4g DE ANFOTERICINA B. 
TRATAMENTO 
OBJETIVOS: 
 ESTERILIZAÇÃO DO LCR 
 ERRADICAÇÃO DA INFECÇÃO 
  CONTROLE DA PIC 
  RESOLUÇÃO DA FEBRE 
  DA CEFALÉIA 
  DAS ALTERAÇÕES NO ESTADO MENTAL 
  DOS SINTOMAS OCULARES 
  DAS OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA 
Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo 
Bagagli 
Histoplasma capsulatum 
Variedades: 
capsulatum 
duboisii 
farciminosum 
vários surtos epidêmicos 
cavernas 
guano de aves 
Histoplasmose1. Definição: 
Micose profunda causada por duas variedades do 
fungo dimórfico Histoplasma capsulatum (var. 
capsulatum e var. duboisii) 
H. capsulatum var. capsulatum causa doença 
cosmopolita - histoplasmose clássica 
H. capsulatum var. duboisii causa histoplasmose 
africana 
HISTOPLASMOSE 
Etiologia e Patologia 
Agente etiológico – Histoplasma capsulatum 
Inalação do fungo – Primoinfecção no pulmão 
Na maioria dos pacientes é benigna 
Seqüelas – calcificações pulmonares 
Disseminação – é rara (SRE) – baço, rins, fígado, etc 
Parasita quase exclusivo das células do SRE 
No interior de macrófagos – formas leveduriformes de 
coloração azul - Giemsa 
Histoplasma capsulatum 
 é agente de infecção relacionada a indivíduos que 
visitam grutas ou lugares com morcegos. 90-95% 
dos casos são assintomáticos ou sub-clínicos e os 
sintomas respiratórios gripais se resolvem 
espontaneamente. 
 Esporadicamente algum paciente pode apresentar 
uma forma pulmonar aguda da doença, com suores 
noturnos, tosse, febre e emagrecimento. 
 É fulminante em pacientes com imunodeficiência. 
Histoplasmose 
HISTOPLASMOSE 
 
Epidemiologia 
Distribuição cosmopolita 
Reação ID com histoplasmina – áreas endêmicas 
Microepidemias – indivíduos que visitam grutas habitadas por 
morcegos, ou contato com galinheiros, pombas etc. 
Brasil – casos esporádicos 
Microepidemias - Exemplo - Ubatuba 
Histoplasmose 
Micose endêmica nas 3 Américas, África e Ásia 
Causada pelo Histoplasma capsulatum 
Duas variedades 
 Var capsulatum 
 Var duboisii (África) 
 
 
 
Adquirida por inalação de conídeos 
Fungo pode ser isolado da natureza em cavernas 
com morcegos, galinheiros e em áreas com dejetos 
de aves 
 
 Histoplasmose 
Descrita por Samuel 
Taylor Darling 
Panamá, 1910 
Cano Sem Res Inf 2001 
Histoplasma capsulatum 
FASE FILAMENTOSA 
Histoplasmose 
Agente etiológico - Histoplasma capsulatum, 
fungo dimórfico que existe no solo, em fase 
micelial, se converte em fase leveduriforme na 
temperatura corpórea do homem (37º). 
Causa infecções naturais em várias espécies 
animais, sendo mais freqüente nos cães e 
morcegos. 
Dimorfismo 
Histoplasmose 
Histoplasma capsulatum cresce bem nos solos ricos 
em substâncias orgânicas, com PH ácido - onde há 
dejeções de aves de criação, morcegos ou pássaros. 
Cavernas, galinheiros 
 
Túneis, chaminés 
 
Construções antigas 
 
Jardins e parques públicos com: 
árvores decaídas, pombos, morcegos 
Atividades de risco: Arqueologia, 
espeleologia, eco-turismo, limpeza de 
granjas, etc 
Ambientes de Risco de Exposição ao 
H. capsulatum 
Histoplasmose 
Modo de transmissão - A proliferação dos 
microorganismos no solo gera microconídeos e 
macroconídeos tuberculados; a infecção é adquirida 
pela inalação do fungo, levados para o ar. A 
histoplasmose não é transmitida de pessoa a pessoa, 
não existe contágio direto dos animais para o 
homem. 
Histoplasmose 
Epidemiologia - prevalência aumenta da infância 
até os 15 anos de idade, não existindo diferença entre 
os sexos. 
 
Período de incubação - 1 a 3 semanas. 
1) Histoplasmose pulmonar 
aguda 
2) Histoplasmose disseminada 
 aguda 
 subaguda 
 crônica 
3) Histoplasmose pulmonar 
cavitária crônica 
4) Fibrose excessiva 
Histoplasmose - Formas Clínicas 
Histoplasmose pulmonar 
Histoplasmose 
Quadro clínico - desde infecção assintomática 
até doença disseminada com êxito letal. A 
infecção, quase sempre, é produzida pela 
inalação da fase filamentosa do fungo, que então 
penetra até o alvéolo pulmonar, invadindo os 
linfonodos hilo-mediastinais e disseminando-se 
pela corrente sanguínea. 
Histoplasmose 
Essa fungemia é assintomática e permite que o 
agente parasite todos os tecidos do sistema 
monocítico-histiocitório - pulmões, fígado, baço, 
linfonodos e estruturas linfáticas do tubo digestivo. 
Histoplasmose 
 
Primo-infecção assintomática: representa 
a maior parte das infecções primárias, é 
reconhecida pela viragem da prova cutânea com 
histoplasmina, de negativa para positiva. Não 
determina alterações clínicas no hospedeiro. 
Histoplasmose 
Infecção pulmonar aguda: corresponde à 
primo-infecção sintomática. 
-Tosse é o sintoma mais freqüente, observado na 
quase totalidade dos casos. 
 -Febre com duração maior que uma semana, 
astenia, anorexia, dor torácica, cefaléia e mialgias 
. 
Histoplasmose 
 
Após duas a três semanas de infecção, podem 
ocorrer manifestações de hiperergias, em 
conseqüência da hipersensibilidade do 
hospedeiro - eritema nodoso, conjuntivite, 
pleurisia, derrame pericárdico e atrite. 
Histoplasmose 
 
Forma clínica auto-limitada, involução das 
lesões ocorre de 1 até 3 meses, deixando como 
seqüelas calcificações pulmonares e extra-
pulmonares. 
Não evolui para formas disseminadas. 
Histoplasmose 
 Clássica 
 Histoplasma capsulatum var. capsulatum 
 
 Africana 
 Histoplasma capsulatum var. duboisii 
É uma infecção micótica sistêmica, de 
comprometimento predominantemente 
pulmonar, causado por um fungo que tem 
afinidade pelo S.R.E. 
 
 
Histoplasmose clássica 
 Pulmões e sistema retículo endotelial 
 Disseminação via hematogênica 
 
Seus conídios são encontrados em galinheiros, 
cavernas, sótãos, e outras construções (velhas 
e abandonadas). Podendo também ser isoladas 
do solo. 
RESERVATÓRIO:morcegos,galinhas (e outras 
aves) ratos 
 cães 
 gatos 
 
 
 
 Hospedeiro imunocompetente 
 Pulmonar 
  geralmente assintomática 
  regride espontâneamente 
  autolimitada 
 Fungo quiescente 
  parênquima pulmonar 
  outros tecidos 
 Reativado desequilíbrio 
  hospedeiro e parasita 
Diagnóstico 
 Escarro, biópsia, nódulo linfático, medula óssea, LCR, 
sangue, outros 
 Visualização difícil tamanho reduzido  intracelular 
(histiócitos) 
 Diagnóstico diferencial Leishmania 
 
 Cultura diagnóstico de 
certeza 
 filamentosa 
 Micromorfologia 
 2 tipos de conídios 
 macroconídio superfície lisa 
 macroconídio superfície 
mamilonada (estalagmósporos) 
Imunologia 
 Diagnóstico e epidemiologia 
 Fixação do complemento, Imunodifusão 
 Quando tituladas servem para acompanhamento 
terapêutico 
Diagnóstico 
 Escarro, aspirado brônquico, 
 LCR, raspados de lesões, 
 secreções, biópsia, outros 
 Elemento arredondado 
 esférula parede 
espessa, reproduz por 
endosporulação, tamanho 
variável 
Imunologia 
 Teste intradérmico  coccidioidina 
 valor epidemiológico 
 Imunodifusão 
  área de precipitação entre o 
 filtrado fúngico e o anti-soro 
Histoplasmose – Manifestações clínicas 
Wheat, Kauffman, 2003 
% do total 
Infecção assintomática 50-90 
Infecção sintomática 10-50 
% dos sintomas 
Pulmonar aguda 60 
Artrite 10 
Pericardite 10 
Pulmonar crônica 10 
Disseminada 10 
Histoplasmomas < 1 
Mediastinite fibrosante < 1 
Histoplasmose pulmonar aguda 
Wheat Sem Resp Crit Care Med 2004;25:129 
Inóculo pequeno mais 
frequente 
Infiltrado nodular difuso 
Adenopatia hilar ou peri 
hilar 
Manifestações sistemicas 
Histoplasmose pulmonar aguda 
Wheat SRCCM 2004;25:1229 
Grande inóculo 
Reticulonodular 
Insuf. Respiratória 
Recuperação 
prolongada 
HistoplasmoseHistoplasmose disseminada aguda: 
observa-se essa forma na primeira infância, em 
algumas zonas endêmicas e em pacientes com 
grave comprometimento da imunidade celular. 
Febre elevada, perda ponderal, astenia, diarréia, 
vômitos, hepatoesplenomegalia, adenomegalias 
generalizadas e lesões cutâneas, com 
meningoencefalite em 20% dos casos. Em crianças 
e pacientes com aids, pode ocorrer coagulação 
intra-vascular disseminada. 
Quadro radiológico 
 
Infiltrados intersticiais pulmonares difusos, uni 
ou bilaterais, geralmente para-hilares, podendo 
se encontrar nódulos, únicos ou múltiplos, 
disseminados em ambos os pulmões com 
adenomegalia hilar e/ou mediastinal. 
Quadro radiológico 
Histoplasmose cavitária crônica 
Wheat SRCCM 2004;25:129 
Homem idoso 
DPOC prévio 
Infiltrados de lobos 
superiores 
Cavitações 
Doença progressiva 
Sintomas da Histoplasmose 
Pulmonar Crônica 
Sintomas 
Tosse 
Perda de peso 
Febre 
Dispnéia 
Dor torácica 
Hemoptise 
Fadiga 
Incidência (%) 
90 
70 
50 
45 
45 
45 
20 
Hammarsten & Hammarsten, 1990. Hospital Practice; 15: 95-126. 
Lesões de SNC 
Wheat Inf Dis Clin NA 2003 
Histoplasmose em pacientes com Aids 
Prevalência na SIDA: 2% - 5%. Até 27% em 
áreas de alta endemicidade 
 Indiana – USA até 27% (Wheat, 2000) 
 Panamá – 7,6% (Gutierrez, 2005) 
 Brasil 
Porto Alegre/RS – 0,9% (Unis, 2004) 
Ribeirão Preto/SP – 5% (Martinez, 2004) 
Uberlândia/MG – 8,7% (Borges, 2005) 
 
Histoplasmose em pacientes com 
Aids 
Reativação de infecção crônica – 90% forma 
disseminada 
Primeira manifestação da AIDS em 50% a 70% 
dos casos 
 CD4 < 100 céls/mm3 
10 a 20% desenvolvem doença grave e 
rapidamente progressiva 
 Hipotensão, CIVD, I.Renal, I.Respiratória 
80 a 90% manifestações crônicas com 
envolvimento do SRE, cutâneo, pulmonar, TGI, 
SNC, adrenais, olhos, coração 
 
Histoplasmose e Aids: apresentação 
clínica 
QUADRO CLÍNICO 
 Febre 
 Astenia 
 Emagrecimento 
Hepatoesplenomegalia 
 Tosse 
 Lesões cutâneas 
 Adenopatias 
 Lesões Mucosas 
 Icterícia 
meningoencefalite 
 Sint. gastrointestinais 
 
Frequência 
 85,2% 
 85,2% 
 76,5% 
 69,3% 
 46,0% 
 35,8% 
 35,0% 
 17,2% 
 3,7% 
 2,4% 
 2,4% 
•Borges, 2005 
 
Histoplasmose e AIDS 
Lesões Tegumentares 
Borges e cols, 2005 
Histoplamose associada a AIDS 
Fatores prognósticos – Análise multivariada 
Dispneia plaquetopenia <100,000 /mm3 
Elevação de DHL 
Significativamente associada a aumento 
de mortalidade nos 30 dias iniciais 
Sobesky et al. CID, 2004 
Histoplasmose: diagnóstico 
sensibilidade dos testes laboratoriais (%) 
 
Teste Disseminada Pul. Crônica Aguda 
Antígeno 92 21 39 
Cultura 85 85 15 
AP 43 17 9 
Sorologia 71 100 98 
Williams B et al, Arch Pat Lab Med, 1994 
Histopathology 
Wheat Trends in Mircro 2003 
Histoplasmose 
Positividade de Culturas (%) 
Wheat 1998 
Escarro 
Linfonodo 
Medula óssea 
LCR 
Sangue 
Material biológico 
9,7 
11,1 
0 
0 
0 
H. Aguda 
70,0 
71,4 
76,0 
14,0 
52,0 
H. Disseminada 
61,0 
0 
0 
0 
0 
H. P. Crônica 
Forma pulmonar 
Forma pulmonar 
Forma pulmonar 
Forma pulmonar progressiva 
Acometimento linfonodal e da 
mucosa oral 
Acometimento gastrointestinal 
Acometimento hepático – paciente vivendo 
com HIV/aids - HE 
 4.4. Formas Residuais: 
Consequentes à infecção primária 
Representam resposta anormal ao estímulo antigênico provocado 
pelo fungo 
 Histoplasmomas: lesões nodulares, com formas residuais do 
fungo recobertos por cápsula fibrosa com calcificação central, 
com crescimento lento. Assintomáticos. Achados casuais em Rx 
 Fibrose mediastinal: envolve pacientes com hipersensibilidade 
acentuada aos antígenos do fungo com significativas necrose e 
fibrose de linfonodos mediastinais, causando distúrbios 
compressivos 
 Forma de corio-retinite mais frequente em mulheres brancas com 
HLA-B7 com diminuição da acuidade visual podendo levar a 
cegueira se não tratada 
 Broncolitíase ocorre por erosão da parede brônquica por 
linfonodo calcificado 
5. Diagnóstico: 
5.1. Exame direto 
5.2. Cultura: Sabouraud e/ou ágar-batata com 
antibióticos a 28ºC por 1 mês 
5.3. Inoculação em animais 
5.4 Detecção de Ac específicos: imunodifusão em gel, 
contra-imunoeletroforese e fixação do complemento 
(superior a 1/16 é indicativo de doença ativa). Teste 
cutâneo com histoplasmina 
 
 6. Diagnóstico Diferencial: 
 Com outras micoses sistêmicas tuberculose, 
aspergiloma, outras micoses sistêmicas e Tbc miliar, 
leishmaniose e leucoplasias 
Sangue periférico - Wright 
Lavado broncoalveolar 
Histoplasmose – 
tratamento antifúngico específico 
Indicado 
 Pulmonar aguda - hipoxemia 
 Pulmonar aguda persistente >1 mês 
 Pulmonar crônica 
 Mediastinite granulomatosa - compressão, ulceração ou 
invasão de tecidos vizinhos 
 Disseminada 
Histoplasmose – 
tratamento antifúngico específico 
Não indicado 
 Síndromes inespecíficos autolimitados 
 Pulmonar leve 
 Manifestações reumatológicas isoladas 
 Pericardite 
 Histoplasmoma 
 Broncolitíase 
 Fibrose mediastinal 
 
Histoplasmose – 
tratamento antifúngico específico 
Fatores importantes 
 Forma clínica 
 Gravidade 
 Imunocompetência 
Implicações 
 Escolha da droga 
 Duração do tratamento 
 Manutenção ou profilaxia secundária 
Micoses oportunísticas 
 A maioria dos fungos que produzem micoses 
oportunísticas são saprófitos do meio ambiente, de 
crescimento rápido, normalmente inalado. 
 Esses organismos geralmente não são patogênicos, 
mais atuam como patógenos oportunistas. 
 O indivíduo que apresenta algum tipo de depressão 
imunitária em decorrência de doença ou em 
especial, do uso de medicamentos 
imunossupressores, antibioticoterapia por longo 
tempo, pode ser alvo de infecções oportunísticas. 
Fatores predisponentes para infecções 
fúngicas oportunísticas 
Naturais 
 
•Leucemia 
•Linfoma 
•AIDS 
•Diabetes 
•Imunodeficiências 
•primárias 
•Doença GI 
•Grandes queimados 
•Prematuridade 
•Drogadição (IV) 
 
Iatrogênicos 
 
•Quimioterapia 
•Imunossupressores 
•ATB amplo espectro 
•TMO 
•Transplantes 
•Quebra de barreiras 
•Cateteres 
•Diálise peritonial 
•Internamento prolong. 
•Profilaxia antifúngica 
 
CAUSAS DE MORTE EM PACIENTES COM CANCER 
 
Infecção bacteriana 
 
Infecção Fúngica 
 
Multifatorial 
 
Hemorragia 
n = 328 
7% 
 
36% 
 
40% 
 
17% 
De Pauw - UNIVERSITY MEDICAL CENTER NIJMEGEN 
Infecções fúngicas e 
a infecção pelo HIV 
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Candidíase oral 
Candidíase vaginal 
Pneumocistose 
Criptococose 
Histoplasmose 
Coccidioidomicose 
Aspergilose 
Candidiase 
resistente 
Anos após a infecção pelo HIV 
CD4 
Evolução de Causas de Febre Durante 
Neutropenia 
vírus 
 Fungos: Leveduras Filamentosos 
Substâncias pirogênicas 
 *medicações *citocinas *hemoderivado *toxinas 
*reações (auto) imunes *produtos da necrose do tumor 
parasitas 
Bactérias Gram-positivasBactérias Gram-negativas 
 tempo 
Tendência anual de casos de infecção fúngica 
em série de necropsias (Japão): n= 587.618 
6 
Candida 
Outros 
Toshikazu et al. J. Clin. Microbiol. 1999 
Aspergilose 
Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo 
Bagagli 
Fungos Causadores de Micoses Oportunistas 
Fungos do gênero Aspergillus Aspergilose 
Existem mais de 600 espécies pertencentes a este gênero 
Patogênicas (oportunistas) 
A.fumigatus (principal) 
A.flavus 
A.niger 
Aspergilose Alérgica 
Aspergiloma 
Aspergilose Disseminada 
Angioinvasão 
Produção de elastases 
Fatores inibidores da fagocitose 
(gliotoxina, aflatoxina) 
Manifestações Patogênicas Patogênese 
Aspergilose 
Características Gerais e Morfológicas 
É causada por várias espécies de 
Aspergillus(fumigatus, flavus, niger e terreus). 
O Aspergillus fumigatus é o patógeno humano 
mais prevalente; 
As espécies de Aspergillus crescem rapidamente e 
produzem grande quantidades de conídios. 
As espécies de Aspergillus são identificadas de 
acordo com as características morfológicas 
peculiares dos conidióforos; 
 
Epidemiologia 
Tem distribuição mundial. 
 Ocorre principalmente em pacientes 
imunocomprometidos devido a leucemia, uso de 
corticosteróides e submetidos a transplante de 
medula óssea. 
Todos os pacientes susceptíveis à doença alérgica 
ou invasiva devem evitar a exposição aos conídios 
de Aspergillus. 
Pacientes sujeitos à Aspergilose invasiva recebem 
profilaxia com anfotericina B ou itraconazol. 
 
• Aspergilose 
 
Aspergilose 
 
Patogenia Inalação de conídios 
 
 Infecção pulmonar (macrófagos fagocitam e destroem 
os conídios) 
 
 
 Reações alérgicas graves Intumescimento e germinação 
dos conídios e produção de hifas 
 
Aspergiloma/Aspergilose invasiva 
atópicos imunocomprometidos 
sangue ou 
cavidades 
pré-existentes 
 
Manifestações Clínicas 
Formas alérgicas: 
Desenvolvimento de anticorpos IgE contra os 
antígenos de superfície dos conídios. 
Alguns pacientes desencadeiam uma reação 
asmática imediata após exposição 
subsequente; 
Alguns pacientes desenvolvem Aspergilose 
broncopulmonar alérgica(colonização da 
árvore brônquica, sem invasão do pulmão). 
• Aspergilose 
Manifestações Clínicas 
 A Aspergilose broncopulmonar caracteriza-se 
por asma, eosinofilia, hipersensibilidade do tipo 
I e III e infiltrados recorrentes no tórax. 
Os hospedeiros normais submetidos a altos 
inóculos de conídios podem desenvolver 
alveolite alérgica extrínseca. 
Aspergiloma 
Ocorre quando os conídios inalados germinam e 
produzem hifas em cavidade pulmonar pré-
existente; 
 
• Aspergilose 
Aspergilose 
 
 
Manifestações Clínicas 
O paciente pode ser assintomático ou 
apresentar tosse, dispnéia, perda de peso, 
fadiga e hemoptise. 
Pode colonizar outras áreas, como seios 
paranasais, canal auditivo, córnea e unhas. 
Raramente se torna invasivo. 
 
 
Manifestações Clínicas 
 Aspergilose invasiva 
Ocorre na forma de processo pneumônico agudo, 
com ou sem invasão para outros órgãos; 
 Pode ocorrer disseminação para TGI, rins, 
fígado, cérebro, com produção de abscessos e 
lesões necróticas; 
As hifas invadem a luz e a parede de vasos 
sanguíneos provocando trombose, infarto e 
necrose. 
 
• Aspergilose 
Diagnóstico 
Exame microscópico: observa-se hifas 
hialinas, septadas, com ramificação 
dicotômica e largura uniforme. 
Cultura: são identificadas de acordo com a 
estrutura de seus conídios. 
Sorologia: 
Os testes sorológicos não são úteis para 
diagnosticar Aspergilose invasiva. 
• Aspergilose 
 
Diagnóstico 
80% dos pacientes 
com Aspergiloma ou 
seus correlatos 
alérgicos apresentam 
o teste de ID para 
precepitinas contra 
A. fumigatus 
positivo; 
• Aspergilose 
 
 
 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos: 
Aspectos Clínicos e terapêuticos 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
Aspectos gerais 
Epidemiologia 
Microbiologia 
Patogênese 
Aspergilose Invasiva 
Pulmonar 
Sino-pulmonar 
Cerebral 
Abordagem Terapêutica 
Polienos 
Triazóis 
Equinocandinas 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Epidemiologia – Aspergillus spp. 
Encontrado no mundo todo; em comida 
estragada,vegetação em decomposição, 
fertilizantes, feno e grãos estocados, terra de 
vasos com plantas . 
PODE SER ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 
 
 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Epidemiologia – Aspergillus spp. 
A maioria das infecções são adquiridas no 
HOSPITAL (CONSTRUÇÃO, sistemas de 
ventilação contaminados, sistema de água 
contaminado) 
Ribaud P. Survival and prognostic factors of invasive aspergillosis 
after allogenic bone marrow transplantation. Clin Infe Dis 28: 322-
330, 1999. 
 Reativação de episódio primário também pode 
ocorrer 
 An aproach to intensive anti leukemia therapy in patients with 
previous invasive aspergillosis Am J Med, 1988 
 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Epidemiologia - Fatores de risco associados 
Duração e severidade da neutropenia 
Tx alogênico 
Demora na pega do enxerto 
Idade >18 anos 
CMV positivo no soro (DECH +CMV + Aspergilose) 
Incidência maior em pós Tx medula óssea do que Tx 
órgão sólido *(pulmão) 
 
*Invasive Aspergillosis in transplant recipients. Medicine, 1999 
 
Clinical Aproach to Infection in the Imunocompromised Host, 2002 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Epidemiologia 
Em TCTH (transplante de células-tronco 
hematopoiéticas) e TMO: incidência 
BIMODAL (fase neutropênica: < 20 dias) e 
tardio ( > 100 dias; CTC para DECH) 
Só 31% estavam neutropênicos (Wald) 
A. fumigatus 73% ; A. flavus 15% 
 
 Wald A, et al. J Infect Dis. 1997; 175:1459-1466 
Marr KA, et al. Blood. 2002; 100:4358-4366 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Microbiologia – Aspergillus spp. 
Fungo filamentoso 
Crescimento rápido 
Hifas septadas 
Crescimento em laboratório 2-3 dias 
Mais de 500 espécies porém poucas causam 
doença em humanos 
A. fumigattus é o patógeno mais comum 
Outros: A. niger, A. flavus, A. terreus 
 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Patogênese 
Inalação de conídios 
Resposta do hospedeiro inapropriada 
Hifas invadem tecido brônquico 
Particular propensão a angioinvasão 
Aspergilose disseminada invasiva 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Patogênese 
Infarto hemorrágico e necrose ( Hemoptise, 
dor pleurítica  AVC por angioinvasão). 
Pode simular TEP. 
Nódulos pulmonares podem “cavitar”: 
achados característicos em testes 
diagnósticos de imagem (“sinal do ar 
crescente”): É MAIS TARDIO 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Patogênese 
 Aspergilose disseminada 
Disseminação ocorre na metade dos pacientes 
Cérebro: 50-60% 
TGI: 40 -50% 
Rim: 30% 
Fígado: 30% 
Tireóide: 25% 
Coração: 15% 
Baço: 15% 
Clinical Aproach to Infection in the Imunocompromised Host, 2002 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Doença Pulmonar Invasiva 
Manifestação clínica mais comum ( 75% dos 
casos) 
Traqueobronquite necrotizante pode 
preceder a doença pulmonar 
 (Fungal thracheobrobronchitis report of 9 cases and review of 
literature. Medicine, 1991). 
 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Doença Pulmonar Invasiva 
 Diagnóstico LaboratorialAnticorpos usualmente negativos pelo status da 
imunidade deficiente 
Hemoculturas raramente positivas 
TESTES COM GALACTOMANANA são promissores 
PCR e detecção de antígeno 
 Novas ferramentas para o diagnóstico precoce 
Culturas de escarro/secreções respiratórias positivas 
DEVEM SER ANALISADOS NO CONTEXTO 
CLÍNICO 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 
 Aspergilose Invasiva Comprovada ou 
Definida (Diagnóstico de certeza) 
 
 
 Biopsia tecidual demonstrando invasão com hifas 
e cultura positiva para Aspergillus sp. 
Ascioglu S, et al. Clin Infect Dis. 2002;34:7-14 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Aspergilose Invasiva Provável 
 Achados Laboratoriais – Secreções 
respiratórias 
 
 
 Isolamento de Aspergillus sp. de escarro ou LBA 
deve ser considerado como representativo de 
doença invasiva em neutropênicos sintomáticos 
com achados radiológicos sugestivos (“sinal do 
halo” ou “sinal do ar em crescente” 
Epidemiology of Aspergillus infections in a large cohort of 
patients undergoing bone marrow transplantation 
J Infect Dis. 1997 Jun;175(6):1459-66 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Prognóstico 
Análise retrospectiva de 48 pacientes com 
aspergilose definida ou provável que 
receberam Tx de célula tronco ou de medula 
óssea subseqüente: 
Reincidência: 
 com profilaxia secundária : 29% 
 sem profilaxia secundária: 57% 
14 dos 16 (88%) pacientes com recorrência 
morreram 
 Clin Infect Dis. 1998 May;26(5):1098-103. 
Aspergilose Invasiva em Pacientes 
Imunocomprometidos 
 Aspergilose cerebral 
 
Apresentação Clínica 
 
 O SNC é o alvo mais comum para a disseminação 
hematogênica da aspergilose 
 Manifestações: AVC focal , hemiparesia, paralisia de 
nervos cranianos, infartos hemorrágicos devido a 
invasão vascular 
Prognóstico 
 Aspergilose de SNC tem sido quase universalmente fatal 
(>90% mortalidade) 
Cohen. Infectious Diseases, 2004 
Aspergiloma 
Aspergiloma 
Aspergilose Invasiva 
 Abordagem Terapêutica 
 
 Polienos 
 Triazóis 
 Equinocandinas 
 
 
Aspergilose Invasiva 
Conclusões 
Voriconazol apresentou resposta superior 
tanto em neutropênicos quanto em não 
neutropênicos 
O prognóstico pior foi observado em 
aspergilose extrapulmonar e em receptores 
de transplante alogênico de célula tronco 
Este estudo estabelece voriconazol como 
droga padrão para a terapia de aspergilose 
invasiva 
 
 
 
Herbrecht R, Denning DW, Patterson TF, et al. Randomised comparison of voriconazole 
and amphotericin B in primary therapy of invasive aspergillosis. N Engl J Med 2002; 347: 
408–15 
Pneumocistose 
 
Características Gerais e Morfológicas 
Ocorre em pacientes imunodeprimidos. 
A disseminação é rara. 
O agente causal é o Pneumocystis jiroveci. 
Atualmente é denominado de fungo, com 
estreita relação com Ascomycotina 
É encontrado no pulmão de vários 
mamíferos(ratos, cães, gatos, coelhos). 
É um patógeno extracelular. 
Características Gerais e Morfológicas 
O P. jiroveci apresenta duas formas 
distintas: os trofozoítos(parede fina) e os 
cistos(parede espessa). 
São esféricos ou elípticos. 
Contêm quatro a oito núcleos. 
Os trofozoítos e cistos são encontrados como 
massas compactas. 
O P. jiroveci apresenta uma glicoproteína de 
superfície. 
• Pneumocistose 
 
Patogenia 
 Inalação do P. jiroveci(imunossuprimido) 
 
 Infecção pulmonar limitada à camada de 
surfactante 
 
 
Pneumonia de 
plasmócitos intersticial 
Pneumonia por P. jiroveci 
sem plasmócitos 
Lactentes 
desnutridos e 
imunossuprimidos 
AIDS 
• Pneumocistose 
Epidemiologia 
Tem distribuição mundial; 
 Evidências sorológicas sugerem o contato e 
posterior infecção pelo P. jiroveci durante a 
infância. 
Não há reservatório natural. 
Os pacientes imunocomprometidos devem 
fazer uso de quimioprofilaxia. 
• Pneumocistose 
 
Manifestações Clínicas 
Pacientes apresentam tosse seca ou produtiva, 
febre, dispnéia progressiva, perda de peso, 
anorexia, cianose (dificuldade de troca gasosa), 
podendo evoluir para insuficiência respiratória. 
Normalmente, a infecção se restringe aos 
pulmões, porém com o advento da AIDS e 
consequente profilaxia, o P. jiroveci tem 
acometido outros órgãos como o baço, os 
linfonodos e a medula óssea. 
• Pneumocistose 
 
Diagnóstico 
Exame microscópico: observação de cistos e 
trofozoítos corados pelo método de giemsa, 
ou azul de toluidina, ou calcoflúor branco, 
ou metenamina-prata. 
Cultura: não é cultivado. 
Sorologia: fluorescência direta para 
detecção de anticorpo monoclonal 
específico. 
Não é utilizado clinicamente. 
• Pneumocistose 
 
Diagnóstico 
• Pneumocistose 
Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo 
Bagagli 
Fungos Causadores de Zigomicose 
Entomoptorales 
Conidiobolus coronatus 
C.incongruus 
C.lamprauges 
Basidiobolus ranarum 
Conidiobolomicose 
Basidiobolomicose 
Mucosa Nasal e 
 Subcutâneo 
Membros 
Mucorales 
Rhizopus arrhizus 
R. rhiopodiformis 
Apophysomyces elegans 
Cunninghamella bertholttiae 
Cokeromyces recurvatus 
Mucor spp 
Zigomicose 
Rinocerebral 
Pulmonar 
(Menos frequente) 
(Mais frequente) 
Características Gerais e Morfológicas 
É causada por diversos bolores da ordem 
Mucolares e da classe dos Zigomicetos. 
Principais patógenos: espécies dos gêneros 
Rhizopus, Rhizomucor, Absidia, Mucor e 
Cunninghamella. 
São saprófitas termotolerantes. 
• Mucormicose(Zigomicose) 
Características Gerais e Morfológicas 
Fatores de risco: acidose(diabetes), 
leucemia, linfoma, uso de corticosteróides, 
queimaduras extensas, imunodeficiência e 
pacientes em diálise com agente quelante de 
ferro(deferoxamina). 
Os Zigomicetos produzem 
esporangiosporos( forma assexuada). 
• Mucormicose(Zigomicose) 
Mucormicose(Zigomicose) 
 
Patogenia 
 
Contato com Zigomicetos(direto ou inalatória) 
 Germinação de 
angiosporos no nariz 
Angiosporos no 
pulmão 
Hifas na corrente 
sanguínea 
Seios nasais, olhos, 
cérebro e ossos do crânio 
Parênquima e vasculatura 
pulmonares 
Trombose, infarto e necrose isquêmica 
 
Manifestações Clínicas 
Mucormicose rinocerebral. 
Principal forma clínica. 
A doença pode ter uma evolução rápida; 
Ocorre edema da área facial afetada, celulite 
orbitária e exsudato nasal sanguinolento. 
Mucormicose torácica 
Evolui com necrose isquêmica e destruição 
tecidual maciça. 
• Mucormicose(Zigomicose) 
Feohifomicoses 
 Infecções causadas por fungos demáceos que apresentam hifas escuras 
nos tecidos. O número de agentes envolvidas é, em geral, muito grande 
e tende a aumentar. 
 Alternaria spp. – produz quadros como ceratomicose, infecções 
cutâneas, osteomielite, doenças pulmonares e infecção do septo nasal. 
 Bipolaris spp. – causam ceratomicose e sinusite fúngica, abscessos 
subcutâneos, meningite, alergias e peritonite. 
 Cladosporium spp., Epicoccum spp. e Nigrospora spp. – causa 
ceratomicose e alergias. 
 Curvularia spp. – causam ceratomicoses, micetoma, endocardite, 
infecção pulmonar, alergias e infecção do septo nasal. 
 Exserohilum spp. – sinusite fúngica, embolia aórtica, úlcera de córnea e 
meningite. 
Feohifomicoses 
Hialohifomicoses 
 Infecção causada por fungos hialinos (hifas hialinas) 
 Acremonium sp. - pode causar ceratomicose, lesões do palato duro, 
meningite, artrite e doenças sistêmicas. 
 Aspergillus sp.- o Aspergillus fumigatus é o patógeno oportunista mais 
comum do gênero. Aspergilose disseminada, doenças pulmonares, 
broncopneumonia alérgica, ceratomicose, otomicose e infecção dos seios 
paranasais. 
 Fusarium spp. - causa mais comum de ceratomicoses, onicomicoses, 
otomicoses, úlceras varicosas, micetoma, osteomielite. Tem sido 
identificado também em lesões sistêmicas em transplantados de medula 
óssea. 
 Paecilomyces spp. – implicados em casos de peniciliose, endoftalmite, 
endocardite, derrame pleural e lesões cutâneas. 
 Penicillium spp. – causam ceratomicose, peniciliose, otomicose, 
onicomicose e, raramente, infecções profundas. Penicillium marnefei 
produz uma forma disseminada de peniciliose, é o único agente 
dimórfico do grupo. 
 Scopulariopsis sp. – ceratomicose, otomicose e onicomicose. 
Hialohifomicoses 
Diagnóstico 
Exame microscópico: observação de hifas 
largas, com espessura e ramificações 
irregulares e septos escassos. 
Cultura 
Crescem rapidamente, produzindo colônias 
algodonosas. 
Identificação baseada na morfologia dos 
esporângios. 
• Mucormicose(Zigomicose) 
Zigomicose 
 infecção fúngica aguda causada por fungos da divisão 
Zigomycota, os esporos desses fungos podem infectar os 
seios paranasais e a área peri-orbital. 
 A infecção rapidamente se dissemina para os vasos 
sanguíneos vizinhos, causando necrose e trombose, 
vascular (CID). A partir daí se difunde para o encéfalo e 
para as meninges, produzindo meningoencefalíte, 
rapidamente fatal. 
 Essa doença pode se disseminar para os pulmões e para o 
tubo digestivo. 
 Principais agentes envolvidos: Absidia sp., Apophysomyces 
sp., Mucor sp., Rhizopus sp., Saksenaea sp., 
Cunninghamella sp.. 
Mucormicose órbito facial 
Mucormicose rino-órbito-cerebral

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