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0 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA EXAMES CONTRASTADOS: UROGRAFIA EXCRETORA E SUAS REAÇÕES ADVERSAS Antonio de Pádua Fontinele Rêgo Junior Daiana Correia da Silva Helliakin Aguiar Mota Lucelia Pereira Santos Marcos Vinicius Sousa da Silva Teresina – PI 2015 1 Antonio de Pádua Fontinele Rêgo Junior Daiana Correia da Silva Helliakin Aguiar Mota Lucelia Pereira Santos Marcos Vinicius Sousa da Silva EXAMES CONTRASTADOS: UROGRAFIA EXCRETORA E SUAS REAÇÕES ADVERSAS Trabalho da disciplina Praticas Interdisciplinar orientado pela Profª MS. Thais Alexandre do curso de Tecnologia em Radiologia da Uninovafapi como requisito de nota. Teresina – PI 2015 2 SUMÁRIO METODOLOGIA --------------------------------------------------------------------------------- 3 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------ 4 1 CONCEITO DE UROGRAFIA EXCRETORA (UE) ---------------------------------- 5 2 MEIO DE CONTRASTE UTILIZADO NA UROGRAFIA EXCRETORA -------- 6 3 REAÇÕES ADVERSAS AO CONTRASTE -------------------------------------------- 7 3.1 QUANTO AO GRAU DE SEVERIDADE ------------------------------------------ 7 3.2 QUANTO AO TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE --------- 7 4. REALIZAÇÃO DO EXAME ---------------------------------------------------------------- 8 4.1 PREPARO DO EXAME ---------------------------------------------------------------- 8 4.2 TÉCNICA DO EXAME ----------------------------------------------------------------- 8 4.3 CONSIDERAÇÕES --------------------------------------------------------------------- 8 CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 9 REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------- 10 ] 3 METODOLOGIA O estudo consistiu em uma revisão de literatura sob análise de periódicos em português e na Biblioteca Virtual em Saúde BVS/ BIREME, Portal de Periódico CAPES/MEC e sites acadêmicos relacionados entre 2005 e 2015, utilizando como descritores “exames contrastados”, “urografia excretora” e “reações adversas ao contraste”. Na base de dados da BVS/ BIREME, não foram encontrados trabalhos científicos via Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/ MeSH) com os termos “exames contrastados”, “urografia excretora” e “reações adversas ao contraste”. Realizando uma pesquisa no portal Periódico CAPES foram encontrados 40 artigos com os 3 descritores já citados, dentre os quais somente 11 atenderam os critérios de seleção, sendo 6 com o descritor “urografia excretora”, 1 com o descritor “exames contrastados” e 4 com o descritor “reações adversas ao contraste”. Em posse dos artigos e livro selecionados, 12 referências foram submetidas à revisão, categorizadas em eixos temáticos e colocadas à discussão suas defesas no tocante à temática proposta. 4 INTRODUÇÃO Após a descoberta dos raios-x houve uma grande evolução na área da medicina, em linhas gerais, tendo em vista os avanços tecnológicos alcançados pela sociedade, observa-se que o mesmo muito contribuiu muito para a aprimoração dessa área. Uma vez que, o uso de equipamentos modernos e a realização de diversos tipos de exames, possibilitaram ao homem conhecer inúmeras doenças e consequentemente diversas formas de tratamento eficientes, que com toda certeza tem como consequência uma melhor qualidade de vida para os seres humanos. (FICEL, 2006). Neste contexto, pontua-se que a Urografia Excretora como sendo fruto do aparato tecnológico é um exame radiológico realizado com o intuito de identificar doenças renais e disfunção urinária. Com a realização teste tipo de exame é possível identificar cálculo uretrais, vesicais e tumores. Assim, o objetivo de uma Urografia Excretora é visualizar a porção coletora do sistema urinário e avaliar a capacidade funcional dos rins. (FICEL, 2006) O presente trabalho tem como objetivo discutir e explicar o exame de urografia excretora, destacando, seu conceito, suas reações adversas, os meios de contraste utilizado e todo o seu processo para realização do exame desde o preparo até o pós-procedimento. O trabalho tem como justificativa possibilitar uma melhor avaliação do tamanho, contorno, eixo e simetria funcional dos rins, ou seja, fornece informações adicionais podendo mostras características de uma massa tumoral. 5 1. CONCEITO DE UROGRAFIA EXCRETORA (UE) A urografia excretora (UE) é exame radiológico do sistema urinário que faz uso de uma substancia radiopaca, chamada contraste, que possibilita melhor visualização dos órgãos internos do corpo humano. A primeira urografia foi realizada em 1923, na Clínica Mayo nos EUA por Osborne e colaboradores, após notarem que a bexiga ficava opaca em raios X de alguns pacientes com sífilis, que foram tratados com altas doses de sódio iodado por via endovenosa. Porém, estes pesquisadores obtiveram pouco sucesso na visualização da pelve renal e a administração de sódio iodado em altas doses ocasionou manifestações tóxicas nos pacientes. Somente cinco anos mais tarde é que o exame de UE apresentou sucesso, utilizando um tipo de meio de contraste à base de piridina mono-iodado, sintetizado por Binz e Rath em Berlin. Com o passar dos anos e a evolução tecnológica um jovem americano chamado Moses Swick que trabalhava no Departamento de Urologia de Von Litchtenberg, em Berlin, fez experimentos e notou que uma substancia mais solúvel com apenas 2 átomos de iodo oferecia maior contraste quando combinados com os raios x, possibilitando assim melhor visualização das estruturas que viriam a ser estudadas. Swick batizou esse produto de ácido tri-iodo benzóico e que vem sendo utilizados ate os dias de hoje nos exames de UE. A UE possibilita a avaliação do tamanho, eixo, contorno e simetria funcional dos rins, ureteres e bexiga. Com essa técnica radiográfica é possível visualizar cálculos renais ou ureterais, traumatismo renal, insuficiência renal, massas abdominais e infecções de trato urinário. (FICEL, 2006) 6 2. MEIO DE CONTRASTE UTILIZADO NA UROGRAFIA EXCRETORA O uso dos meios de contraste nas imagens radiográficas tornou-se uma ferramenta crucial para o estudo e descoberta de patologias. Devido ao avanço tecnológico esta cada vez mais seguro a utilização de certas substancias para melhor avaliação no diagnostico das estruturas corporais internas. Atualmente a UE vem sendo extremamente importante para o estudo e avaliação que acometem o sistema urinário, tais como: litíase, divertículos de bexiga, falhas nos ureteres entre outros. A urografia excretora utiliza o meio de contraste hidrossolúvel iodado iônico ou não-ionico administrado endovenosamente, porem os profissionais da radiologia tem como preferência o iodado não-ionico devido ao baixo risco de reações adversas. (JUCHEM, 2004) Alem da urografia excretora existem outros métodos para diagnosticar anomalias do sistema urinário, porem a UE continua sendo o exame mais apropriado pois fornece informações precisas de anatomia normal ou alterada.(NACIF, 2004) 7 3. REAÇÕES ADVERSAS AO CONTRASTE O meio de contraste iodado é administrado endovenosamente e suas reações adversas são classificadas quanto ao grau de severidade em leves, moderadas e graves e quanto ao tempo de administração de contraste em imediatas ou tardias. (JUCHEM, 2004) 3.1. QUANTO AO GRAU DE SEVERIDADE LEVES: são reações autolimitadas, que cedem espontaneamente e não requer terapêutica medicamentosa, sendo necessário apenas observação. Podem manifestar-se com prurido, urticária leve, náuseas, vômitos, tontura e exantema. MODERADAS: exigem tratamento farmacológico e observação cuidadosa no serviço de radiologia, mas não requer hospitalização. São caracterizadas por vômitos persistentes, urticária difusa, cefaléia, edema facial e de laringe, dispnéia e taquicardia. GRAVES: requer suporte terapêutico de emergência e o paciente é hospitalizado para acompanhamento. É caracterizada por hipotensão, broncoespasmos severo, convulsão e parada cardio-respiratoria. 3.2. QUANTO AO TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE IMEDIATAS (AGUDAS): ocorre no período em que o paciente está em observação no serviço de radiologia e tem inicio durante a injeção do contraste ou nos primeiros 20 minutos após a administração do contraste. Estudos apontam que 70% a 95% das reações acontecem durante esse período. TARDIAS: ocorrem após o paciente deixar o serviço de radiologia, geralmente de 30 a 60 minutos após a administração do contraste. As manifestações incluem sintomas gripais, febre, calafrios, dor abdominal e vômitos. 8 4. REALIZAÇÃO DO EXAME 4.1. PREPARO DO EXAME Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame Realizar limpeza intestinal por via oral (laxante ) e por via retal ( fleet-enema) 4.2. TÉCNICA DO EXAME Paciente em decúbito dorsal, realiza-se uma radiografia simples do abdome, para verificação de técnica, posicionamento e preparo intestinal adequado. Após radiografia simples, é administrado por via endovenosa meio de contraste iodado (hidrossolúvel) o qual irá contrastar o sistema urinário. Realiza-se a seguinte seqüência de radiografias: 1- Imediatamente após a administração do meio de contraste realiza-se uma radiografia localizada dos rins; 2- Realizar radiografia das lojas renais após 5 minutos a administração do contraste 3- Após a exposição de 5 minutos, deve-se colocar a faixa de compressão no abdome do paciente. 4- Realizar radiografia das lojas renais após 10 minutos a administração do contraste 5- Aos 15 minutos, deve-se tirar a faixa de compressão, e imediatamente realizar uma radiografia panorâmica, compreendendo das lojas renais até a bexiga; 6- Radiografia panorâmica, após 25 minutos a administração do contraste. 5- Radiografias localizadas da bexiga cheia e pós-miccional. 4.3. CONSIDERAÇÕES R.C. - perpendicular entrando no centro da região de interesse Chassis: 24cm x 30cm transversal para as radiografias de 5 m e 10 m, 30 cm x 40 cm ou 35 m x 43 cm longitudinal para as radiografias simples, 15 m e 25 m e 18 cm x 24 cm transversal para as radiografias localizadas da bexiga. Observação: A faixa de compressão é contra indicada quando o paciente apresentar massa abdominal, cálculos renais e ureterais, transplante e pós- operatório. 9 CONCLUSÃO Conclui-se portanto que é necessário antes de todo exame contrastados que o profissional faça a anamnese do paciente para saber todo o seu histórico clinico, é indispensável que toda sala de exames radiológicos com administração de contraste possua medicamentos que irão auxiliar em caso de uma possível reação adversa. 10 REFERÊNCIAS ABC.MED.BR, 2013. Urografia excretora: como é este exame?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/366779/urografia-excretora- como-e-este-exame.htm>. Acesso em: 6 abr. 2015. BC Juchem, CM Dall'Agnol, ANM, Magalhaes. CONTRASTE IODADO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: prevenção de reações adversas, Rev Bras Enferm, Brasília 2004 jan/fev; BIASOLI JR, Antonio, Técnicas Radiográficas, vol 1, Ed. Rubio, 2006. FICEL, Marcelo Ortiz, Exames Radiológicos do Sistema Urinário, Disponível em: http://www.tecnologiaradiologica.com/rxcontrastado_uroexcretora.htm, Acesso em 19 de maio de 2015. FREITAS, Ricardo Miguel Costa de; SILVA, Luciana Costa; SANTOS, Jovita Lane Soares and TAVARES JUNIOR, Wilson Campos. Avaliação dos métodos de imagem no diagnóstico da urolitíase: revisão da literatura. Radiol Bras [online]. vol.37, n.4, pp. 291-294. 2004. NACIF, Marcelo Souto et al. Análise retrospectiva das urografias excretoras em um serviço de radiologia de um hospital geral. Radiol Bras [online]., vol.37, n.6, pp. 431-435. 2004. PINHO, KÁTIA ELISA PRUS, AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE CONTRASTES IODADOS EM EXAMES DE UROGRAFIA EXCRETORA, UTFPR, Julho de 2006. TRINDADE, Ronald et al. Avaliação do conhecimento de médicos não-radiologistas sobre reações adversas aos contrastes iodados. Radiol Bras [online]. vol.40, n.5, pp. 321-328. 2007 Tecnologia Radiologica, Exames contrastados do sistema urinário: urografia excretora, disponiel em: http://www.tecnologiaradiologica.com/rxcontrastado uroexcretora.htm, acesso 20 de março de 2015
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