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Organização da Cadeia Produtiva de Carne de Frango no Brasil Profa. Dra. Gabriela de G. C. Arduino Tecnólogo em Agronegócio IFSP – Campus Avaré Cadeia Produtiva As Cadeias Produtivas compreendem todas as atividades articuladas desde a pré- produção até o consumo final de um bem ou serviço Instituto Gênesis - PUC-Rio Sistema Agroindustrial (SAG) da Avicultura de Corte Alimentação Medicamentos Energia Etc. Avicultura de Corte Frigoríficos Comércio • Atacado • Varejo • Exportação Introdução Situação Econômica Últimas décadas Mudanças no macroambiente mundial • Abertura e globalização dos mercados Brasil • Abertura das importações • Estabilização da economia • Maior competitividade interna Ganhos Especulativos X Ganhos Produtivos Introdução Carne de Frango grande expansão na produção Deixou de ser carne nobre Difundida entre todas as classes sociais Evolução relacionada ao desenvolvimento Econômico Tecnológico Mercadológico da Cadeia Produtiva Comércio Exterior Brasileiro • Maior exportador mundial de carne de frango (MARTINS et al., 2006) Introdução Estratégia de parceria ou integração Investimentos em modernização Aperfeiçoamento da logística • Otimização da distribuição de: • Pintos de 1 dia • Ração • Entrega do produto ao varejo / portos para exportação Agroindústria Produtores Introdução Melhoria significativa dos principais índices técnicos produtivos • Conversão alimentar • Idade de abate • Mortalidade das aves Incrementos na produtividade das principais matérias-primas para a avicultura (Milho e Soja) Aumento das áreas de produção Abertura de novas fronteiras de produção • Deslocamento da produção destas “commodities” para o Centro-Oeste do país • Produção de maior escala Significativas vantagens competitivas no mercado internacional Grande habilidade em atender às mudanças nos hábitos dos consumidores domésticos e externos Introdução Avicultura Brasileira atualmente Grande diversidade de produtos Consumidores em ampla faixa de renda Atendimento das necessidades de praticidade e conveniência Crescimento no consumo de cortes e produtos elaborados (x Frango inteiro) Grande Organização Dinamismo da Cadeia Produtiva Evolução da Avicultura Brasileira Década de 50 marco inicial da avicultura industrial - substituição da avicultura comercial (décadas de 20 e 30) • Estudos sobre melhor exploração da atividade • Caráter estrutural da avicultura nacional • pequenos produtores disponíveis, precárias condições sociais Desenvolvimento rápido • Maior controle do processo biológico • Favorece o desenvolvimento do frango em condições adversas • Não depende de solo e clima Grandes frigoríficos (processo extensivo) – novos grupos • Comércio de grãos integração com a produção de carnes brancas Avanço Tecnológico Criação em esfera industrial Evolução da Avicultura Brasileira Década de 60 primeiros indícios da integração no setor Sul – contrato entre empresas processadoras e produtores • Estratégia de integração • Ganho de qualidade na matéria prima • Abastecimento constante • Redução dos custos industriais nas operações de abate • Padronização da carcaça, ... • Empresas integradoras – repassam parte do custo da crise na avicultura tradicional aos produtores • Vantagens • Maior produtividade – formação de um plantel básico de reprodutores de alto valor zootécnico • Redução dos custos de produção • Maior rentabilidade • Garantia de comercialização da produção • Diminuição do risco • Forma de relação contratual • Desenvolvimento • Modernização • Níveis elevados de produtividade Evolução da Avicultura Brasileira Década de 70 Crescimento vertiginoso do Brasil no mercado exportador de carnes Início da década de 80 Segundo lugar entre os exportadores de frango Década Dias para abate Peso ao abate Conversão alimentar Aproveitamento 30 105 1,50 kg 3,50:1 60 56 1,60 kg 2,25:1 70 50 2,00:1 80% 80 45 1,94 kg 1,96:1 90 42 2,20 kg 1,80:1 Comparação entre os índices de produtividade. Evolução da Avicultura Brasileira 2004 terceiro maior produtor - atrás dos Estados Unidos, empatado com a Arábia Saudita líder mundial nas exportações de carne de frango 2005 produção de 9,2 milhões de toneladas (8,2%) • Segundo produto nas exportações do agronegócio • Sexto produto na pauta das exportações do país • Devido ao preço mais baixo que a carne bovina Evolução da Avicultura Brasileira 2006 maior exportador de carne de frango do mundo, superando os EUA segundo lugar no ranking de produção, atrás dos Estados Unidos Produção brasileira de frango de corte • 71% é destinada ao consumo interno • 29% para exportação • Representa 42,8 % das exportações A exportação de frangos • Segunda posição em importância no agronegócio brasileiro • Sexta posição nas exportações totais • Atualmente o frango brasileiro é exportado para cerca de 150 países • Os estados da Região Sul são os principais produtores brasileiros, com cerca de 56% da produção e com 82% das exportações do país (ABEF) 2007 48,75% dos abates sob Inspeção Federal • Carne bovina – 38% Ranking de produção, exportação, importação (milhares de toneladas) e consumo per capita de carne de frango (quilos) - 2012 País Produção 1 EUA 16.476 2 China 13.700 3 Brasil 12.645 4 UE 9.480 5 Índia 3.160 Total 82.317 %pm 67% País Exportação 1 Brasil 3.918 2 EUA 3.211 3 UE 1.080 4 Tailândia 540 5 China 400 Total 10.301 %pm 88% País Importação 1 Japão 855 2 Arabia S. 750 3 UE 740 4 México 630 5 Iraque 603 Total 8.512 %pm 42% País (2011) Consumo 1 EUA 59,4 2 Kuwait 58,9 3 Brasil 47,3 4 Hong Kong 47,0 5 EUA 44,5 Legenda: % pm - Percentual sobre a produção mundial Fonte: www.aveworld.com.br (modificado de United States Department of Agriculture (USDA)) UBABEF Fonte: USDA/ABPA Fonte: USDA/ABPA Fonte: USDA/ABPA Fonte: USDA/ABPA Evolução das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango Evolução da Avicultura Brasileira Modificação no sistema de produção avícola Transformações nos hábitos de consumo popular Frango industrial Impõem-se nos supermercados Consumidor fundamentalmente de classe média O preço do frango e dos ovos tornam-se bastante acessíveis Fonte: http://www.brazilianchicken.com.br/home/produtos Produtos Produtos Fonte: http://www.brazilianchicken.com.br/home/produtos Produtos Fonte: http://www.brazilianchicken.com.br/home/produtos Produtos Fonte: http://www.brazilianchicken.com.br/home/produtos Fonte: Avisite Fonte: UBABEF/MAPA Projeções Evolução da Avicultura Brasileira 1986 – 2004 Crescimento do consumo per capta – 10 para 35 kg/ano Crescimento devido a • Preço • Qualidade • Facilidade de preparo • A carne de frango deixou de ser um substituto às carnes bovina e suína para tornar-se um produto complementar • A demanda por carne de frango no Brasil não é influenciada pelos preços das carnes bovina e suína Consumo per Capita (kg/hab)Fonte: UBABEF Evolução da demanda doméstica e do consumo per capita (kg) de carne bovina, suína e de frango Evolução da demanda doméstica e do consumo per capita (kg) de carne bovina, suína, ovina e de frango Fonte: http://avisite.com.br Consumo per capta de carnes da União Européia, em quilos por habitante por ano Perspectivas do crescimento da produção de Carne de Aves, 2006 a 2015 (milhões de toneladas) Aumentos do consumo total de carnes por Continente, 2005 a 2020 (milhões de Toneladas). Localização da produção de carnes no ano 2020 (% da produção mundial). Evolução das exportações mundiais de carne bovina, suína, ovina e de frango Produção Brasileira de Frango de Corte Produção Brasileira de Carne de Frango por Produto em 2012 (%) Fonte: MAPA Produção Brasileira (milhões ton) Fonte: ABPA Evolução da produção e participação das regiões na produção de frangos no Brasil entre 1995 e 2004 Regiões 2004 2005 2004/2005 Toneladas % Toneladas % Norte 64.983 2 97.688 1 50,33 Nordeste 428.100 11 605.020 7 41,33 Sudeste 1.344.181 33 194.686 26 63,27 Sul 2.009.884 50 4.685.136 56 133,10 Centro Oeste 203.301 5 825.998 10 306,29 BRASIL 4.050.449 100 8.408.528 100 107,59 Fonte: Cepea, 2005 Produção de frangos no Brasil por região Fonte: ABPA, 2015 Abate de Frango em 2010 Estado Participação (%) Paraná 27,77 Santa Catarina 18,59 Rio Grande do Sul 16,23 São Paulo 13,98 Minas Gerais 7,17 Goiás 5,64 Mato Grosso 3,90 Mato Grosso do Sul 2,97 Distrito Federal 1,16 Bahia 0,62 Espirito Santo 0,49 Pará 0,48 Estado Participação (%) Pernambuco 0,38 Paraíba 0,20 Rondônia 0,16 Tocantins 0,14 Rio Grande no Norte 0,11 Rio de Janeiro 0,005 Sergipe 0,005 Maranhão 0,002 Brasil 100 Fonte: Mapa Abate com SIF Região: Sul – 34,82% CO – 13,81% Abate de Frango por Estado em (%) Fonte: MAPA 2012 Evolução da Avicultura Brasileira Região Sul pioneira na produção integrada pequenas propriedades agrícolas predominam – compatíveis com a produção de frango – tendência à integração Região Centro Oeste região brasileira que mais cresceu relativamente expressivo crescimento, devido • Baixos custos de alimentação das aves / áreas produtoras de milho e soja A evolução da produção brasileira ainda é irregular, não apresentando os mesmos índices de desenvolvimento em todas as regiões Fonte: ABPA, 2015 Destino da Produção em 2012 2012 Fonte: ABPA, 2015 Estados Exportadores e Regiões em 2012 Estado Exportação (tons.) SC 1.023.334 PR 1.126.050 RS 726.293 SP 276.843 GO 205.288 MT 175.291 MG 181.431 MS 124.886 DF 74.149 Subtotal 3.811.054 Outros com SIF 4.016 Total Geral 3.917.581 Fonte: UBABEF Estados Exportadores e Regiões Fonte: UBABEF Total 3.917.581 2012 2013 Total 3.891.721 Fonte: ABPA, 2015 Exportações Brasileiras de Carnes em 2010 Volume (% participação) Receita (% participação) Fonte: Abipecs, Abiec, Secex e Ubabef Exportação Brasileira por produto Fonte: MDIC/Secex e Ubabef 2012 2013 Fonte: ABPA, 2015 Exportações Brasileiras por região e produto (2009x2010) Exportações Brasileiras por Região e Produto – 2010 x 2011 (kg) Or. Médio Ásia África UE América Europa (extra UE) Oceania Total In te ir o 2010 1.037.570.744 42.974.487 198.766.424 13.185.946 177.367.498 16.877.589 1.514.004 1.488.256.692 2011 1.065.044.887 48.928.434 178.154.647 9.785.265 190.965.277 7.296.514 2.114.747 1.502.289.771 % 2,65 13,85 -10,37 -25,79 7,67 7,67 39,68 0,94 C o rt e s 2010 312.467.358 963.238.935 294.777.571 132.335.939 97.523.013 171.663.823 496.247 1.972.502.886 2011 333.663.787 1.091.528.068 314.835.275 146.189.990 85.302.165 95.405.824 687.808 2.067.612.917 % 6,78 13,32 6,80 10,47 -12,53 -44,42 38,60 4,82 In d u s tr . 2010 15.605.702 1.454.321 1.831.503 136.355.729 8.075.975 5.514.016 4.623 168.841.869 2011 14.709.712 1.881.568 5.109.730 140.801.678 13.273.557 4.022.483 9.272 179.808.000 % -5,74 29,38 178,99 3,26 64,36 -27,05 100,56 6,49 S a lg . 2010 0 0 23.625 189.430.320 170.879 484.201 0 190.109.025 2011 7.680 122.400 0 191.630.280 218.409 946.346 0 192.925.115 % - - - 1,16 27,82 95,44 - 1,48 T o ta l 2010 1.365.643.804 1.007.667.743 495.399.123 471.307.934 283.137.365 194.539.629 2.014.874 3.819.710.472 2011 1.413.426.066 1.142.460.470 498.099.652 488.407.213 289.759.408 107.671.167 2.811.827 3.942.635.803 % 3,50 13,38 0,55 3,63 2,34 -44,65 39,55 3,22 Fonte: MDIC/Secex Fonte: ABPA, 2015 Exportações Brasileiras por Produto em 2012 (kg) Fonte: Secex e UBABEF Total 3.917.580.630 Crescimento das Exportações Brasileiras por Produto – 2010 x 2011 (%) Fonte: Secex e UBABEF Total 3,22% Crescimento das Exportações Brasileiras por Produto – 2011 x 2012 (%) Fonte: Secex e UBABEF Total -0,6% Fonte: ABPA, 2015 Organização Estrutural da Cadeia Produtiva Avícola Organização estrutural da Cadeia Produtiva Avícola Três elos concentrados e com poder relativamente grande de fixação de preços • Avozeiros • Frigoríficos • Supermercados Avozeiros • Em poder da produção de indústrias multinacionais • Posição estratégica Abatedouros/Frigoríficos/Indústrias de transformação • Articulação do desempenho de multiplicidade de agentes • Coordenação do funcionamento da Cadeia Produtiva do Frango de Corte Supermercados (gerenciados por grandes corporações multinacionais) • Coordenação e poder de venda • Marcadores de preços Setores de criação, produção de milho e soja e consumidores finais • Reduzido poder de negociação de preço Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte no Brasil Configuração mais comum Contrato adotado na Indústria Avícola Brasileira Processador fornece ao produtor • Pintos de linhagens selecionadas • Ração • Assistência veterinária • Medicamentos • Garantia de compra Produtor é responsável • Investimentos em instalações e equipamentos • Mão-de-obra Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte no Brasil Estrutura favoreceu Dinamização da indústria avícola • Principal componente: Contrato de parceria entre processadores e produtores rurais Desenvolvimento de relacionamento estreito entre clientes e fornecedores • Baseado na dependência do fornecedor com um cliente em particular • Possibilita ao consumidor considerável poder de barganha • Algumas vezes é utilizado para exigir condições especiais ou termos de comercialização que podem aumentar a dependência do fornecedor • Garante relativa e expressiva produtividade do setor Ao final do ciclo de engorda – pagamento dos lotes de aves varia de acordo com: índices de eficiência atingidos no processo Conversão alimentar Mortalidade Tempo de engorda Contrato elimina • Custos com transações de mercado • Acompanhamento e negociação do preço • Busca de compradores • Operações de logística Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte no Brasil Sistemas Integrados 2 formas de Integração 1. Contratos 2. Verticalização da empresa controle total por parte da empresa integradora • produção • ração • pintos • abate • processamento • comercialização Sistemas Integrados ContratoSul do País – Rio Grande do Sul / Santa Catarina / Paraná Produtor disponibilizar galpão e equipamentos • padrões da integradora quanto a dimensionamento, conforto ambiental e biosseguridade mão de obra • própria ou contratada manejo de engorda até a fase adulta Indústria Integradora pintos de um dia, ração, assistência técnica custos de transporte de insumos e aves para o abate financiar as atividades desde o início da criação do frango até a venda do produto final, processado e embalado Vantagens favorece a empresa integradora – elimina parte do risco existente controle em todas as etapas produtivas Sistemas Integrados Verticalização da Empresa Características todas as atividades desenvolvem-se sob o comando da empresa integradora capital próprio e mão-de-obra assalariada Vantagens baixo custo de produção alta tecnologia qualidade e inovação no processo produtivo empresas com certificação internacional rastreabilidade de todo o processo produtivo (controle sanitário) garantias de sanidade e segurança alimentar para o mercado é responsável pelas conquistas brasileiras de mercado Principais características da Integração Vertical Organização da maior parte da avicultura brasileira Utilização de instrumentos gerenciais de elevado nível de coordenação por parte das agroindústrias Melhoria dos índices zootécnicos obtidos no sistema de criação Eficiência na logística de distribuição de insumos de produção e produtos acabados Modernização das atividades de abate e processamento Esta organização é responsável pela colocação da avicultura brasileira nos mais elevados níveis de competitividade Sistemas Integrados Verticalização da Empresa Principais fatores que favoreceram a competitividade da avicultura de corte brasileira 1. Abundância de grãos 2. Extensão Territorial 3. Condições Climáticas Favoráveis 4. Mão-de-obra Abundante e de Qualidade 5. Indústria Moderna 6. Mercado Doméstico de porte 7. Competitividade na exportação Organização Estrutural da Cadeia Produtiva Avícola Sistema de Integração Vertical a empresa detém o controle de todos os elos da cadeia • Produção / abate / processamento / distribuição • gera empregos, renda, fixação do homem do campo em sua terra e viabiliza a pequena propriedade Estados do Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) • a integração é responsável por aproximadamente 95% da produção, atingindo perto de 85% no país Organização Estrutural da Cadeia Produtiva Avícola - Custos Indústria Integradora assistência técnica fornecimento e transporte dos pintainhos e da ração medicamentos transporte das aves da granja até o abatedouro Produtor Rural Integrado construção do barracão aquisição dos equipamentos mão-de-obra energia para iluminação, aquecimento e ventilação do aviário “cama” para forrar a granja Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Avozeiros pertencentes a poucas empresas domínio do mercado • pesquisa de linhagens postura dos ovos origem às matrizes quase ausência de diferenciação de produtos alta taxa de concentração técnica (barreiras de entrada) altos montantes de capital exigido controle sob tecnologias (altos investimentos de longa maturação) Estratégias de domínio tecnológico • Maior poder de mercado • melhoria genética • pequeno aumento na taxa de conversão, na postura das matrizes • efeito multiplicador imenso 0 Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Avozeiros Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Avozeiros Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Relação Frigorífico e Aviário - monopsônio existência de muitos vendedores e um único comprador oferta é otimizada • centenas de aviários com tamanhos não muito diferenciados (capacidade de oferta semelhante) • procura monolítica (único comprador) Estrutura • não permite a independência do elo aviário/integrado • Parte de um todo, indissociável do núcleo central (frigorífico) • Agroindústria total controle de preço e demanda Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Relação Frigorífico e Varejista - oligopólio competitivo viscoso importância crescente dos supermercados • negociam com as indústrias em posição de força centenas de aviários com tamanhos não muito diferenciados (capacidade de oferta semelhante) • procura monolítica (único comprador) Estrutura • não permite a independência do elo aviário/integrado • Parte de um todo, indissociável do núcleo central (frigorífico) • Agroindústria total controle de preço e demanda Instalações Localização das Edificações Escolha do local adequado Otimizar Processos construtivos Conforto térmico Sanitários Aproveitar • Vantagens da circulação natural do ar • Evitar obstrução por outras construções, barreiras naturais ou artificiais • Direção dos ventos dominantes e brisas – vantagens do efeito de resfriamento no trópico úmido • Em relação à principal direção do vento – caso seja do Sul ou Norte • Diminuir os efeitos da radiação solar no interior – direção do vento predominante (caso não Norte ou Sul) Declividade suave Topografia plana ou levemente ondulada - preferencialmente Voltado para o Norte – boa ventilação Figura 1. Esquema da distância mínima entre aviários. Localização das Edificações Orientação Sol – se possível, melhor evitá-lo dentro dos aviários Construções Eixo longitudinal sentido Leste-Oeste • Horas mais quentes do dia • sombra embaixo da cobertura • menor carga calorífica possível Figura 2. Orientação do aviário em relação à trajetória do sol. Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Largura influência no acondicionamento térmico interior e custo Relacionada com o clima da região Normalmente • 10 metros – clima quente e úmido • 10 a 14 metros – clima quente e seco • 12 metros – adequada ao custo estrutural, bom acondicionamento térmico natural (associação com lanternim e altura do pé-direito) Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Pé-Direito Em função da largura adotada • Favorecer a ventilação natural • Quanto mais largo, mais alto • Em torno de 3 metros • Favorece a ventilação, reduz a quantidade de energia radiante da cobertura Tabela 3. Determinação do pé direito em função da largura adotada para o aviário Largura do Aviário (m) Pé direto mínimo em climas quentes (m) até 8 2,80 8 a 9 3,15 9 a 10 3,50 10 a 12 4,20 12 a 14 4,90 Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Comprimento Não deve ultrapassar 200 metros • evitar problemas com terraplanagem, comedouros e bebedouros automáticos Na prática: 100 a 125 metros • aconselhadas divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2.000 aves • diminuir a competição e facilitar o manejo • devem ser removíveis • de tela • altura de 50 cm Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Piso importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade facilitar o manejo lavável impermeável não liso espessura de 6 a 8 cm • de concreto no traço 1:4:8 (cimento, areia e brita) • 1:10 (cimento e cascalho) Revestido • 2 cm de espessura de argamassa1:4 (cimento e areia) Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Piso Pode ser construído em tijolo deitado • boas condições de isolamento térmico piso de chão batido • não isola bem a umidade • de difícil limpeza e desinfecção • diminuir o custo de instalação inclinação transversal de 2% do centro para as extremidades a pelo menos 20 cm acima do chão adjacente sem ralos (entrada de pequenos roedores e insetos indesejáveis) Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Fechamentos Parede • protege os frangos de vários fluxos de energia radiante • reduz a movimentação do ar • altura da mureta - 20 cm • permite a entrada de ar ao nível das aves e não a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário • parte superior chanfrada • facilita limpeza • não permite o empoleiramento de aves • Tela • entre a mureta e o telhado • finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros • malha da tela 2,5 cm, fio 16 • telas de PVC (plástico) - não enferrujam, não provocam rasgos nas cortinas, maior durabilidade e possibilidade de reaproveitamento Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Fechamentos Parede • Oitões ou paredes das extremidades • fechados até o teto • climas quentes sem correntes de ventos provindas do sul – de tela e com cortinas • protegidos do sol nascente e poente • dependendo da região - podem ser de madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou alvenaria • do lado leste pode ser de 15 cm de espessura, sendo o do lado oeste de 25 cm, em material com menor condutividade térmica, como, por exemplo, o tijolo cerâmico ou mesmo a madeira Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Fechamentos Parede • Cortinas • nas laterais • pelo lado de fora • evitar penetração de sol e chuva • controla a ventilação no interior • plástico especial trançado • lona • PVC • porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior • funciona como quebra-vento • sem capacidade de isolamento térmico • fixada a dois terços da altura do pé-direito • aberta das extremidades para o ponto de fixação • primeiros dias de vida - sobrecortinas (regiões frias) • parte interna do aviário Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Fechamentos Entradas • portas nas extremidades • pedilúvio fixo • ultrapassar a largura das portas • 40 cm de cada lado • largura de 1 metro • profundidade de 5 a 10 cm • facilitar o carregamento de aves, a carga nova e a descarga de cama velha • 1 porta em cada extremidade do aviário, que permita a entrada de veículo ou trator Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Cobertura telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima, como para o interior do aviário escolher para o telhado • material com grande resistência térmica • sapé • telha cerâmica • telhas de cimento amianto - comodidade e economia • baixo conforto • fácil colocação e menor madeiramento • material para melhorar a sua eficiência térmica • isolantes, pinturas refletoras, aspersão no telhado • regiões quentes - telhas com isolamento térmico, como o poliuretano, telhas cerâmicas ou telhas de fibrocimento pintadas com tinta acrílica branca • evitadas as telhas de alumínio ou zinco - barulho durante o período chuvoso Largura do aviário, Pé Direito, Comprimento e Piso Inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental quanto maior a inclinação maior ventilação natural (termossifão) inclinações entre 20 e 30º têm sido consideradas adequadas, para atender as condições estruturais e térmicas Lanternim • abertura na parte superior do telhado • indispensável para adequada ventilação • permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão ambiente confortável • em duas águas • disposto longitudinalmente na cobertura • abertura mínima de 10% da largura • sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura (40 cm no mínimo) • com sistema que permita fácil fechamento • com tela de arame nas aberturas evitar a entrada de pássaros Figura 3. Esquema para determinação das dimensões do lanternim. Localização das Edificações Circunvizinhança qualidade das vizinhanças afeta a radiosidade gramados em toda a área delimitada aos aviários • reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos • de crescimento rápido que feche bem o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras • constantemente aparado para evitar a proliferação de insetos • 5 m de largura para trânsito de veículos no abastecimento de ração e carregamento de aves, na lateral das edificações Localização das Edificações Sombreiro emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações projeção de sombra sobre o telhado regiões onde o inverno é mais intenso árvores caducifólias Figura 4. Uso de árvores como sombreiro. Localização das Edificações Sombreiro plantadas nas faces norte e oeste do aviário e mantidas desgalhadas na região do tronco, preservando a copa superior • ventilação natural não fica prejudicada verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas meio eficiente de redução da temperatura dentro das instalações desvios das situações ideais de conforto desempenho baixo do lote estresses artifícios estruturais para manter o equilíbrio térmico entre a ave e o meio ventilação adequada eliminação do excesso de umidade do ambiente e da cama permitir a renovação do ar Ventilação Ventilação Tipos de Ventilação Ventilação Natural ou espontânea • Ventilação dinâmica • Ventilação térmica Ventilação Artificial, mecânica ou forçada • Pressão positiva (Pressurização) • Pressão negativa (Exaustão) velocidade de ar que o sistema de ventilação deve introduzir ou retirar do aviário depende condições meteorológicas idade das aves Tabela 2. Necessidades de ar em função da temperatura e da idade das aves (litros/ave/minuto). Temperatura (oC) Idade (semanas) 1 3 5 7 4,4 6,8 19,8 34,0 53,8 10,0 8,5 22,7 45,3 65,1 15,6 10,2 28,3 53,8 79,3 21,1 11,9 34,0 62,3 93,4 26,7 13,6 36,8 70,8 104,8 32,2 15,3 42,5 79,3 118,9 37,8 17,0 48,1 87,8 133,1 43,3 18,7 51,0 96,3 144,4 Tabela 3. Necessidades de ventilação, em m3/hora/quilo de carne. Idade (dias) Peso (g) Mínima inverno Máxima verão Máxima verão Umidade > 50% 7 160 0,5 2 2 14 380 0,6 2 2 21 700 0,7 3 3 28 1070 0,9 4 4 35 1500 1,0 5 6 42 1920 1,5 6 8 49 2350 1,5 6 8 Aquecimento • fornecer calor e proporcionar conforto térmico • estão cada vez mais aperfeiçoados, funcionais e eficientes Categorias de aquecedores • Aquecedores a lenha • Campânulas • Fornalha • Aquecedores elétricos • Campânulas elétricas • Lâmpadas infravermelhas • Resistência embutida no piso • Aquecedores a gás • Campânulas a gás • Campânulas de placa cerâmica • Campânulas infravermelhas • Geradores de ar quente • Alternativos • Aproveitamento de resíduos • Fornalhas • Biogás • Canalização de água quente no piso • Aquecimento solar Material Genético Criação de Frangos para o Abate evolução para modelos intensivos potencial genético responsávelpor grande parte dos ganhos de produtividade alto potencial de ganho de peso, de conversão alimentar e de rendimento de carcaça • programas para a geração de material genético comercial • acasalamento/cruzamento entre ou dentro de raças, linhas, bisavós, avós e matrizes Desempenho Tabela 1. Potencial genético considerando a idade, peso vivo, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, viabilidade e índice de eficiência produtiva (IEP) esperados, para frangos agrupados por sexo. Idade dias Peso vivo g Ganho de peso semanal g Ganho de peso acumulado g Consumo acumulado g Consumo semanal g CA acumulada Viabilidade % IEP Machos 1 40 - - - - - - - 7 154 114,00 114,00 154 154,00 1,351 98,5 160,4 14 420 266,00 380 521 367,00 1,371 98,3 215,1 21 820 400,00 780,00 1141 620,00 1,463 97,7 260,8 28 1360 540,00 1.320,00 2033 892,00 1,540 97,2 306,5 35 1990 630,00 1950,00 3266 1233,00 1,675 96,7 328,3 42 2600 610,00 2560,00 4577 1311,00 1,788 95,1 329,3 49 3190 590,00 3150,00 6054 1477,00 1,922 94,8 324,1 56 3760 570,00 3720,00 7581 1527,00 2,038 93,0 306,4 Fêmeas 1 40 - - - - - - - 7 150 110,00 110,00 152 152,00 1,382 99,5 154,3 14 390 240,00 350,00 499 347,00 1,426 99,1 193,6 21 740 350,00 700,00 1053 554,00 1,504 98,7 231,2 28 1200 460,00 1160,00 1837 784,00 1,584 98,4 266,3 35 1710 510,00 1670,00 2896 1059,00 1,734 97,9 275,8 42 2200 490,00 2160,00 4023 1127,00 1,863 97,1 273,1 49 2675 475,00 2635,00 5250 1227,00 1,992 96,0 263,0 56 3140 465,00 3100,00 6557 1307,00 2,115 95,0 251,8 Mistos 1 40 - - - - - - - 7 152 112,0 112,00 153 153,00 1,366 99,0 157,4 14 405 253,00 365,00 510 357,00 1,397 98,7 204,3 21 780 375,00 740,00 1097 587,00 1,482 98,2 246,0 28 1280 500,00 1240,00 1935 838,00 1,560 97,8 286,5 35 1850 570,00 1810,00 3081 1146,00 1,702 97,3 302,1 42 2400 550,00 2360,00 4300 1219,00 1,822 96,1 301,4 49 2933 533,00 2893,00 5652 1352,00 1,954 95,4 292,3 56 3450 517,00 3410,00 7069 1417,00 2,073 94,0 279,3 Cruzamentos cruzamentos normalmente se busca tirar proveito dos seguintes efeitos a) genéticos • Efeito de raça • Efeito da heterose • Efeito recíproco b) não genéticos • Efeito da complementariedade No cruzamento entre as linhas puras (avós) para a formação das matrizes se busca combinar as características para as quais as linhas foram selecionadas com diferentes ênfases os cruzamentos efetuados para gerar os frangos incorporam ganhos pela melhor eficiência produtiva Particularidades da Cadeia Produtiva Avícola Avozeiros Recomendações para adquirir Pintinhos de linhagens reconhecidas pelo mercado criação: mista ou separada por sexo os pintos devem apresentar características saudáveis como • olhos brilhantes • umbigo bem cicatrizado • tamanho e cor uniformes • canelas lustrosas sem deformidades • plumagem seca, macia e sem emplastamento na cloaca transportar os pintos do incubatório, onde são mantidos em ambiente controlado, até o local do alojamento, em veículos adequados, com conforto e buscando o bem-estar Linhagens / Raças Linhagens de corte Híbridos comerciais de frangos de corte (importadas) • Ag Ross • Cobb Vantress • Hybro • Isa Vedette • MPK • Arbor Acres • Avian • Shaver • Hubbard Híbridos comerciais de frangos de corte (nacionais): • Embrapa 021 • S-54 • Chester Raças Mais de 300 raças puras e variedades de galinhas já foram desenvolvidas até os dias de hoje apenas poucas têm expressão comercial Em frangos de corte as raças utilizadas são Plymouth Rock Branca New Hampshire Cornish Branca Sussex Plymouth Rock Branca pele amarela e crista lisa muito utilizada nos primeiros cruzamentos para produção de frangos de corte Atualmente material básico de muitas linhas cruzadas Vantagem • penas brancas • produção comercial de frangos e para os abatedouros que preferem aves de penas brancas às coloridas Desvantagem • maioria das linhas originais era de empenamento tardio • a maioria das linhas disponíveis atualmente é de empenamento rápido New Hampshire cor vermelho claro pele amarela crista lisa produz ovos de cor marrom por muitos anos foi utilizada para a produção de frangos de corte mais tarde utilizada para cruzamentos com outras raças de corte atualmente apenas poucos criadores se dedicam à comercialização desta raça foi utilizada em muitos cruzamentos que formam os atuais híbridos de corte habilidade de produção de grande quantidade de ovos que eclodem bem Cornish Branca crista ervilha pele amarela produz ovos de casca marrom corpo de conformação diferente das outras raças pernas mais curtas corpo amplo com peito musculoso habilidades de produção de carne produz poucos ovos de tamanho pequeno e com eclodibilidade pobre A habilidade de produzir carne desta raça tem sido explorada no cruzamento de galos Cornish com galinhas de raças como a Plymouth Rock Barrada, Plymouth Rock Branca, New Hampshire e linhas híbridas Sussex raça inglesa predominantemente para corte com diversas variedades Light Sussex é a mais popular pele branca produz ovos de casca marrom boa produtora de carne em alguns países europeus frangos de pele branca são os preferidos Linhas Puras seleção para alta quantidade de carne, a produção de ovos diminui muito Linhas fêmeas - desenvolvidas separadamente das linhas macho fêmeas produzem os ovos e são responsáveis pela eclodibilidade linhas fêmeas são selecionadas para produzir grande quantidade de ovos, que eclodem bem, além de produzirem pintos grandes com grande capacidade de crescimento Linhas de carne - excepcional conformação para corte de tamanho grande, crescimento rápido e excelente conversão alimentar atualmente são híbridas e incorporam genes necessários para produção de carne, conformação e facilidade de processamento - pouca ênfase em produção de ovos e eclodibilidade Provavelmente todas as linhas machos usadas para produção de carne incorporaram alguns genes das raças Cornish Escura ou Cornish Clara amplitude de peito, pernas curtas e a carcaça arredondada desvantagem: penas coloridas - as linhas híbridas também incorporaram genes de linhas brancas maioria dos consumidores preferem aves de pele amarela praticamente todas as linhas de macho e de fêmeas apresentam pele amarela na Inglaterra e em alguns países europeus - preferência por aves de pele branca • os frangos são produzidos pelo acasalamento de galos de pele branca com galinhas de pela amarela. Os galos de pele branca de linhas Sussex Clara são os mais utilizados. Bisavós, Avós e Matrizes Bisavós necessidade de ganhos genéticos cumulativos necessidade de grande número de aves para a seleção grande número de galinhas para produzir as avós as linhas puras podem ser reproduzidas em várias incubações, quinzenalmente, cujos produtos nascidos são da mesma constituição das linhas puras e selecionados dentro da linha transformando-se em Bisavós. Avós do acasalamento das bisavós dentro de galos nas linhas de macho galinhas nas linhas de fêmeas • serãoos pais das matrizes e chamados de avós Matrizes as matrizes são os híbridos resultantes do cruzamento de avós Por exemplo, a matriz macho AB é produzida pelo acasalamento do avô paterno (galo A) com a avó paterna (galinha B) e a matriz fêmea CD é produzida pelo acasalamento do avô materno (galo C) com a avó materna (galinha D) Avaliação do Desempenho do Lote O desempenho padrão da linhagem pesagem de cerca de 1% dos frangos em qualquer época comparando-o com tabelas constantes nos manuais das linhagens • na moderna avicultura de corte, taxas de mortalidade acima de 3% por lote estão fora dos padrões aceitáveis como normais O desempenho do lote pode ser avaliado através de índices, como por exemplo, o IEP (índice de eficiência produtiva). leva em consideração o peso vivo, viabilidade, idade e a conversão alimentar (CA), de acordo com a seguinte fórmula: 𝐼𝐸𝑃 = (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 𝑘𝑔 𝑥 % 𝑉𝑖𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) (𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑥 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝐴𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟) x100 Exemplo: peso corporal de 2,3 kg mortalidade de 3 % idade 42 dias CA de 1,8 • IEP = (( 2,3 x 97 ) / ( 42 dias x 1,8 )) x 100 • IEP = 295,1 Desempenho Tabela 1. Potencial genético considerando a idade, peso vivo, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, viabilidade e índice de eficiência produtiva (IEP) esperados, para frangos agrupados por sexo. Idade dias Peso vivo g Ganho de peso semanal g Ganho de peso acumulado g Consumo acumulado g Consumo semanal g CA acumulada Viabilidade % IEP Machos 1 40 - - - - - - - 7 154 114,00 114,00 154 154,00 1,351 98,5 160,4 14 420 266,00 380 521 367,00 1,371 98,3 215,1 21 820 400,00 780,00 1141 620,00 1,463 97,7 260,8 28 1360 540,00 1.320,00 2033 892,00 1,540 97,2 306,5 35 1990 630,00 1950,00 3266 1233,00 1,675 96,7 328,3 42 2600 610,00 2560,00 4577 1311,00 1,788 95,1 329,3 49 3190 590,00 3150,00 6054 1477,00 1,922 94,8 324,1 56 3760 570,00 3720,00 7581 1527,00 2,038 93,0 306,4 Fêmeas 1 40 - - - - - - - 7 150 110,00 110,00 152 152,00 1,382 99,5 154,3 14 390 240,00 350,00 499 347,00 1,426 99,1 193,6 21 740 350,00 700,00 1053 554,00 1,504 98,7 231,2 28 1200 460,00 1160,00 1837 784,00 1,584 98,4 266,3 35 1710 510,00 1670,00 2896 1059,00 1,734 97,9 275,8 42 2200 490,00 2160,00 4023 1127,00 1,863 97,1 273,1 49 2675 475,00 2635,00 5250 1227,00 1,992 96,0 263,0 56 3140 465,00 3100,00 6557 1307,00 2,115 95,0 251,8 Mistos 1 40 - - - - - - - 7 152 112,0 112,00 153 153,00 1,366 99,0 157,4 14 405 253,00 365,00 510 357,00 1,397 98,7 204,3 21 780 375,00 740,00 1097 587,00 1,482 98,2 246,0 28 1280 500,00 1240,00 1935 838,00 1,560 97,8 286,5 35 1850 570,00 1810,00 3081 1146,00 1,702 97,3 302,1 42 2400 550,00 2360,00 4300 1219,00 1,822 96,1 301,4 49 2933 533,00 2893,00 5652 1352,00 1,954 95,4 292,3 56 3450 517,00 3410,00 7069 1417,00 2,073 94,0 279,3 Nutrição e Alimentação Nutrição e Alimentação A nutrição adequada dos frangos de corte depende de conhecimento técnico sobre nutrientes, energia, aminoácidos, minerais, vitaminas, ácidos graxos e água. É importante anotar o consumo diário de água, pois uma flutuação repentina no consumo, pode indicar o início de problema Os nutrientes que são usados em pequenas quantidades são chamados de micronutrientes e são adicionados à ração através de pré-misturas vitamínicas e minerais (Premix). As dietas devem ter especificações de qualidade de ingredientes para entrarem na fabricação de rações. Entre as especificações devem ser atendidas as exigências dos frangos de acordo com o peso ou fases produtivas, a qualidade e preços dos ingredientes. Tabela 1. Estimativa de consumo diário de água em ml por frango. Semana ml / dia / frango I / dia / 12.000 frangos 1 32 384 2 69 828 3 104 1248 4 143 1716 5 179 2149 6 214 2568 7 250 3000 8 286 3432 Exigências dos frangos Tabela 2. Especificações das exigências dos frangos de acordo com a idade em porcentagens ou quando diferente, especificado na variável. Fases Pré-inicial Inicial Crescimento Final/Retirada* Idade, dias 1 a 7 8 a 21 22 a 35 ou 22 a 42 35 a 42 ou 42 a 49 Proteína 21 20 18 18 EM, kcal/Kg 3.000 3.100 3.200 3.200 Cálcio 0,99 0,94 0,85 0,85 P disponível 0,47 0,44 0,42 0,42 Sódio 0,22 0,22 0,20 0,20 Lisina digstível 1,18 1,16 1,05 1,05 Met +Cis digstível 0,83 0,82 0,74 0,74 Treonina digestível 0,74 0,73 0,68 0,68 Triptofano digestível 0,19 0,19 0,18 0,18 Premix mineralico, vitamínico e aditivos* + + + * * As vitaminas, microminerais e aditivos serão incluídos na forma de pré-mistura em quantidades variáveis conforme o fabricante. Salienta-se que a dieta final ou de retirada, não deve conter drogas de nenhuma categoria. O uso de aditivos pode ser feito com prudência e respeitando as quantidades recomendadas pelos fabricantes e expressas no rótulo das embalagens. São preferidos os promotores de crescimento Gram +, desde que aprovados pelo Ministério da Agricultura. Os antimicrobianos Gram – podem ser usados, se prescritos por Médico Veterinário e, respeitando o limite de retirada do produto antes do abate. Nunca devem ser usados Cloranfenicol, Ácido 3-Nitro e Nitrofuranos, pois não são permitidos pelo Ministério da Agricultura. Composição média da ração para frango de corte Custos de Produção Custo de Produção de Frangos Sistema Convencional (R$/kg) Fevereiro/2015 Custo de Produção de Frangos Sistema Convencional (R$/kg) Fevereiro/2015 Custo de Produção de Frangos Sistema Convencional (R$/kg) Fevereiro/2015 Valores pagos / Frango Vivo: Avisite: R$ 2,40 / kg IEA (Instituto de Economia Agrícola): R$ 2,40 / kg Associação dos Avicultores do ES: R$ 2,90 / kg Custo de Produção de Frangos (R$/kg) – Fevereiro/2015 Fevereiro/2015 Sistema Convencional Sistema Climatizado Positivo Sistema Climatizado Negativo Índice do Custo de Produção (ICP) - Embrapa http://www.cnpsa.embrapa.br/cias/index.php?option=com_content&view=article&id=253 * O ICPFrango/Embrapa é referente aos custos de produção no Paraná, maior produtor de frangos do país, para o aviário tipo climatizado em pressão positiva, modelo referencial de produção. Atualmente, a Embrapa Suínos e Aves calcula os custos de produção para três diferentes modelos de aviários: climatizado em pressão negativa, climatizado em pressão positiva e convencional. * Referente aos custos da produção no Paraná, maior produtor nacional de frangos. Índice do Custo de Produção (ICP) - Embrapa http://www.cnpsa.embrapa.br/cias/index.php?option=com_content&view=article&id=253 Projeção de preços de grãos Finalizando Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte no Brasil Registros Diários A manutenção correta dos registros é essencial para monitorar o desempenho e a rentabilidade de um plantel, bem como para possibilitar a realização de previsões, programações e projeções de fluxo de caixa. É útil também para fazer a detecção precoce de possíveis problemas. Os registros diários devem ficar expostos em cada galpão. Em alguns países, os dados a seguir devem ficar à disposição das autoridades competentes antes do abatedas aves. Mortalidade e refugagem por galpão e por sexo; Consumo diário de ração; Consumo diário de água; Proporção entre água e ração; Tratamento da água; Temperatura mínima e máxima diária; Umidade mínima e máxima diária; Número de aves encaminhadas para abate; Alterações no manejo. Registros sobre o Plantel 1. Entregas de ração (fornecedor/quantidade/tipo/data do consumo); 2. Amostra de ração de cada entrega; 3. Peso vivo (diário/semanal/ganho diário); 4. Medicamento (tipo/lote/quantidade/data da administração/data da interrupção); 5. Vacinação (tipo/lote/quantidade/data da administração); 6. Programa de luz; 7. Cama de frango (tipo/data do fornecimento/quantidade fornecida/inspeção visual); 8. Fornecimento de pintos (número/data/horário/contagem nas caixas/temperatura e umidade no caminhão); 9. Densidade de alojamento; 10. Fonte fornecedora dos pintos (incubatório/raça/código da matriz/peso do pinto); 11. Pesos de cada carga em cada abatedouro; 12. Descartes; 13. Data e horário da retirada da ração; 14. Data e horário do início e encerramento do fornecimento de ração; 15. Esvaziamento (contagem total viável/inspeção visual); 16. Resultados post mortem; 17. Consertos e manutenção; 18. Teste semanal do gerador; 19. Teste semanal do sistema de alarme; 20. Controle de sensores e termostatos (data da aferição). Possíveis causas de perda da qualidade da carcaça no abatedouro Causas Arranhões Contusões Membros Fraturados Calos de Pé/Peito Alta densidade de alojamento X X X X Falha do sistema de comedouros X Programa de luz incorreto X Luz muito intensa X Movimento agressivo do encarregado do plantel X X X Empenamento inadequado X X Pega agressiva X X X Cama de baixa qualidade X Nutrição incorreta X X X Máquinas depenadoras X Ventilação X Manejo dos bebedouros X Desafios da Avicultura Brasileira Produzir com qualidade para atender as exigências do mercado interno e externo Alimento sem riscos para o consumidor Qualidade Rastreabilidade Bem-estar animal Bem-estar do homem Saúde animal Saúde do homem Meio ambiente Avaliação do risco No caso específico do Frango Melhorar a qualidade do frango brasileiro acabando com o excesso de hidratação Desmistificar os tabus existentes no frango e ovos Hormônios Colesterol Produzir sem agredir o meio-ambiente respeitando o bem-estar animal e do trabalhador Outros Desafios da Avicultura Crescimento futuro Continuar crescendo no sul e sudeste com competitividade e sem agredir o meio ambiente Implantar novas unidades de produção no Centro Oeste, Norte e Nordeste Infraestrutura de transporte e portuária Aumentar escala de produção sem afetar a produtividade e qualidade Outros Desafios da Avicultura Investimentos nas empresas para adequar infraestrutura Adequar os abatedouros e comprar equipamentos mais eficientes para melhorar tecnologia de abate Implementação de BPF, PPHO e HACCP para melhorar a qualidade dos produtos e redução na contaminação Melhorar condições de trabalho Implementar programas de bem-estar animal Outros Desafios da Avicultura Problemas ambientais Resíduos • Granjas • Abatedouros • Incubatórios • Embalagens de produtos químicos e veterinários Aviário gigante do Paraná aloja até 90 mil pintos Construção de 150 x 32 metros, em Quedas do Iguaçu. Fonte: http://www.avisite.com.br/clipping/default.asp?CodNoticia=13056&Pag=2 Desafios para atender o Mercado Externo Eliminar as barreiras aos produtos brasileiros Sanitárias Técnicas Tarifárias Sanidade animal Implementar medidas de prevenção a Influenza Aviária e doença de Newcastle Consolidar a regionalização por Estado Compartimentação de algumas empresas • Perdigão de Rio Verde, GO • Sadia de Lucas do Rio Verde, MT • Seara de Itapiranga, SC • Doux Frangosul de Passo Fundo, RS • Bisavoseiros Considerações Finais É fundamental que o setor se estruture para enfrentar os novos desafios que surgirão, relacionados com: Aumento nas exigências dos exportadores Concentração da produção no mercado interno Necessidade de aumentar a escala de produção Blindar a avicultura contra riscos sanitários Melhorar a infraestrutura governamental Desburocratizar as ações governamentais
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