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AVICULTURA DE POSTURA 
CRIAÇÃO E PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO 3 
2 HISTORICO 3 
3 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA 4 
4 RAÇAS E CRUZAMENTOS 4 
4.1 CLASSE 5 
4.2 CLASSE AMERICANA 5 
4.3 CLASSE INGLESA 5 
4.4 CLASSE MEDITERRÂNEA 6 
4.5 CLASSE ASIÁTICA 6 
5 ANATOMIA E BIOLOGIA 7 
6 FORMAÇÃO DO OVO 8 
7 QUALIDADE DO OVO 9 
7.1 ASPECTOS EXTERNOS 9 
7.2 ASPECTOS INTERNOS 9 
7.2.1 CLARA 9 
7.2.2 GEMA 9 
7.2.3 CÂMARA DE AR 10 
7.2.4 ODOR E SABOR 10 
7.2.5 MANCHAS DE SANGUE 10 
7.3 MANEJO DOS OVOS 10 
7.3.1 HIGIENE 10 
7.3.2 GAIOLAS 10 
7.3.3 COLHEITA 10 
7.3.4 TRANSPORTE INTERNO 11 
7.3.5 LAVAGEM DOS OVOS 11 
7.3.6 CLASSIFICAÇÃO 11 
7.3.7 EMBALAGEM 11 
7.3.8 ARMAZENAMENTO 11 
7.3.9 DISTRIBUIÇÃO PARA O COMÉRCIO 12 
8 SISTEMA DE CRIAÇÃO 12 
8.1 CRIAÇÃO EM GAIOLAS 12 
8.2 CRIAÇÃO EM PISO 13 
 
 
2 
 
9 IMPLANTAÇÃO DO AVIARIO 13 
9.1 INVESTIMENTO 13 
9.2 ESCOLHA DO TERRENO 13 
9.3 EQUIPAMENTOS 14 
9.3.1 BEBEDOURO 14 
9.3.2 COMEDOUROS 15 
9.3.3 AQUECEDORES 15 
9.3.4 SISTEMA DE VENTILAÇÃO 15 
9.4 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO 15 
9.5 INSTALAÇOES HIDRÁULICAS 16 
9.6 PISO E COBERTURA 17 
9.7 VEDAÇÃO DE CORRENTES DE AR 17 
9.8 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS AVES 17 
9.9 DISTRIBUIÇÃO DA RAÇÃO 18 
9.10 FASES DA ALIMENTAÇÃO 18 
9.11 ÁGUA 18 
10 PRODUÇÃO DE OVOS 19 
10.1 PRODUÇÃO MUNDIAL 19 
10.2 PRODUÇÃO NACIONAL 20 
10.3 PRODUÇÃO NA BAHIA 20 
11 EXPORTAÇÃO 21 
12 REFERENCIAS 22 
 
 
 
 
3 
 
 
Avicultura de postura 
 
1 INTRODUÇÃO 
A avicultura é a criação de aves para produção de alimentos evidenciando a 
carne e ovos, a avicultura se divide em avicultura de corte e de postura. 
Sendo destacado neste a poedeiras ou de postura. As aves de postura são 
destinadas à produção de ovos, sendo este considerado de alto valor nutricional, 
podendo a sua qualidade ser influenciada por fatores como condições de 
manejo, instalações nutrição e ambiente. 
 
2 HISTORICO 
A produção comercial da ave no Brasil começou em Minas Gerais, por volta de 
1860. O processo de modernização e de produção em escala da avicultura no 
país começou na década de 1930, em razão da necessidade de abastecer os 
mercados que já erram gigantesco na época. Mas foi a partir da década de 1950 
que a avicultura brasileira ganhou impulso através dos avanços genéticos, do 
desenvolvimento das vacinas, da nutrição e de equipamentos específicos para 
sua criação. As grandes agroindústrias ganharam estrutura no início dos anos 
1960 (QUEVEDO, 2003). 
As primeiras gaiolas para poedeiras chegaram ao Brasil em 1955. As grandes 
evoluções científicas desta época deram origem ao que é chamado atualmente 
de “avicultura industrial”, com grande produção de carne e ovos em pequenas 
áreas através do sistema de confinamento. Graças a esse novo sistema hoje 
instalado no país, surgiu um a indústria avícola forte que, além de abastecer o 
mercado interno, consegue exportar produtos de qualidade para outros países, 
trazendo enormes benefícios à nação (MAIA, 1997). 
A criação brasileira de aves tem demonstrado nos últimos anos ótimo 
desempenho, em vista da organização e desenvolvimento do setor e os avanços, 
principalmente, nas áreas de nutrição e sanidade que contribuíram em muito 
 
 
4 
 
para esses resultados (GAMA, 2007). Mundialmente, a avicultura é considerada 
uma atividade econômica cada vez mais relevante, sendo os principais 
exportadores o Brasil, os Estados Unidos, a União Europeia, a Tailândia e a 
China. 
3 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA 
REINO: ANIMALIA 
FILO: CHORDATA 
SUBFILO: VERTEBRATA 
CLASSE: AVES 
ORDEM: GALIFORMES 
FAMÍLIA: PHASIANIDAE 
GÊNERO: GALLUS 
ESPÉCIE: GALLUS GALLUS 
 GALLUS SONNERATI 
 GALLUS LAFAYETTEI 
 GALLUS VARIUS 
4 RAÇAS E CRUZAMENTOS 
A classificação que nos orienta é da American poultry association standard 
perfection, fundada nos EUA em 1870 (1ª Instituição fundada na América ligada 
ao setor agropecuário e tem sua sede em Oklahoma) ela reuniu as aves em 15 
classes. 
O “Standard” de perfeição americana faz o agrupamento das aves em classes, 
raças e variedades, se limitando apenas ás características de conformação e por 
menores sobre plumagem, sem referências especificas aos aspectos de 
produtividade. 
 
 
 
5 
 
4.1 Classe – Define um grupo de raças originarias da mesma região geográfica. 
4.2 Classe Americana – reuni raças desenvolvidas na américa do norte, na 
metade do século XIX 
Plymouth Rock: variedades brancas, barradas (Carijó), entre outras 
Rhode Island: variedades branca e vermelha 
New Hampshire: vermelho claro 
Gigante de Jersey: variedades preta e branca 
Imagem 1: espécie New Hamphire 
Fonte: imagem da internet 
 
4.3 Classe Inglesa 
Cornish: variedades branca, preta e amarela 
Sussex: variedades branca, vermelha e pintada 
Imagem 2: espécie Cornish 
Fonte: imagens da internet 
 
 
 
 
 
6 
 
4.4 Classe Mediterrânea 
Legorn: variedades branca, preta, amarela, prata entre outras 
Minorca: variedades branca, preta e amarela 
 
Imagem 3: espécie Legorn 
Fonte: imagem da internet 
 
4.5 Classe asiática 
Brahma: finalidade de ornamentação e corte, nas variedades clara e escura 
Cochin: ornamentação, variedades branca, preta, marron, amarela, barrada 
Imagem 4: espécie Brahma 
Fonte: imagem da internet 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
5 ANATOMIA E BIOLOGIA 
O esqueleto da galinha é composto de 160 ossos que servem de suporte. Os 
ossos esponjosos ou pneumáticos são cheios de ar e ligados ao aparelho 
respiratório. 
A musculatura corresponde a 75% do peso das aves sendo maior em regiões 
que fazem acentuado esforço físico, coxas e músculos peitorais. 
Aparelho digestivo tem aproximadamente 250 cm de comprimento na ave adulta, 
inicia-se no bico e termina na cloaca 
 Distribuição dos órgãos internos das aves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Constituição óssea das aves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 5 
Fonte: imagens da internet 
 
 
8 
 
6 FORMAÇÃO DO OVO 
O ovo inicia sua formação no ovário e vai se completando a medida que caminha 
nos diferentes compartimentos do oviduto. 
Aproximadamente 25 a 26 horas são necessárias entre a liberação do oócito e 
a expulsão do ovo completo 
 Anatomia feminina das aves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 6 
Fonte: imagens da internet 
 Composição do ovo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 7 
Fonte: imagens da internet 
 
 
9 
 
7 QUALIDADE DO OVO 
O ovo é um alimento natural barato que oferece equilíbrio de nutrientes 
necessários para a formação de um ser vivo completo. Com isso, a população 
utiliza este produto como fonte de alimento, entretanto, a sua utilização depende 
da qualidade dos ovos oferecidos ao mercado. 
Sabe-se que após a postura é inevitável a perda de qualidade do produto, de 
maneira contínua, devido aos fatores do meio. Assim, o melhor conhecimento, 
especialmente por parte dos pequenos e médios produtores, permite um controle 
ideal e, consequentemente, a melhora na qualidade dos ovos, proporcionando 
benefícios tanto ao mercado consumidor como aos produtores avícolas. 
7.1 Aspectos externos 
Deve ser limpa, sem trincas e deformações. Para ter resistência a fim de proteger 
as partes internas, as aves dependem de rações com níveis equilibrados de 
cálcio, fósforo e vitamina D3. As deformações na casca indicam problemas 
sanitários no local da criação além de gerar prejuízo por causa do visual. 
7.2 Aspectos internos 
7.2.1 Clara 
Os ovos frescos são caracterizados por uma clara transparente, límpida, 
consistente, densa como uma porção um pouco mais fluída. Devido à 
decomposição, com o passar do tempo, esta parte do ovo vai perdendo a 
densidade e tornando-se cada vez mais líquida, alterando o seu grau de acidez, 
o que compromete sua utilização na culinária. Essas modificações são mais 
intensas em dias quentes.7.2.2 Gema 
É desejável que seja bem amarela, translúcida, consistente e fixada no centro 
da clara por pequenos cordões laterais provenientes da própria clara. Isso 
depende exclusivamente da alimentação que é oferecida às aves (sorgo, 
mandioca e seus subprodutos na ração deixam-na esbranquiçada). À medida 
que o tempo passa, ela vai apresentando forma achata além de manchas 
escuras, o que torna a membrana mais sensível, podendo romper com facilidade, 
prejudicando sua utilização. 
 
 
10 
 
7.2.3 Câmara de ar 
Encontra-se internamente na extremidade maior do ovo. É também um indicativo 
de qualidade uma vez que pode ser observada contra a luz. Quanto maior a sua 
área, mais velho é o ovo. 
7.2.4 Odor e sabor 
Deve possuir odor e sabor característico e agradável para o consumidor. O ovo 
absorve odor e sabor de alimentos estocados próximos a ele. Assim, cuidados 
com este aspecto devem ser tomados na estocagem deste produto. 
7.2.5 Manchas de sangue 
É normal ocorrerem pequenas manchas de sangue na gema e na clara. Isso 
não é um fator limitante no valor dos ovos e nem no seu consumo. 
7.3 Manejo dos ovos 
O manejo deve ter por objetivo a atenção na qualidade dos ovos pelos 
avicultores, desde a postura até ao mercado consumidor. 
7.3.1 Higiene 
Limpeza do criadouro e arredores deve ser feita de modo a evitar acúmulo de 
poeira e mato. Impedir a ocorrência de águas paradas além de manter o esterco 
bem seco a fim de evitar moscas. É necessária também a limpeza nos 
aparadores das gaiolas com vassouras e escovas duas vezes por semana para 
evitar excesso de poeira e de restos de ração além de ferrugens, uma vez que 
mancham as cascas dos ovos. A limpeza dos bebedouros deve ser realizada 
com cuidado para não molhar os ovos. 
7.3.2 Gaiolas 
Devem possuir pisos com inclinação adequada, para deslocamento dos ovos até 
o aparador. Tomar cuidado, pois se a inclinação for excessiva pode haver 
prejuízo por quebra dos ovos, e o contrário também gera prejuízo pelos ovos 
parados no fundo das gaiolas aumentando a sujeira. 
7.3.3 Colheita 
Quando não automatizada, deve ser realizada no mínimo três vezes ao dia com 
o uso de bandejas de plásticos ou polpa bem limpas (é desaconselhável o uso 
de cestos). Nesta fase, é aconselhável empilhar no máximo oito bandejas para 
reduzir a pressão nas bandejas inferiores, diminuindo os índices de quebras. 
Aqui, faz-se a primeira separação dos ovos sujos, trincados e quebrados, pois 
 
 
11 
 
se colocados na bandeja espalham sujeira e aumentam o prejuízo. Os 
funcionários encarregados da coleta devem ser instruídos para a necessidade 
da lavagem e desinfecção das mãos anteriormente à manipulação dos ovos. 
7.3.4 Transporte interno 
Os ovos devem ser retirados do galinheiro rapidamente e colocados em 
embalagens plásticas, que geram maior proteção. É imprescindível a utilização 
de veículo adequado além de estradas em boas condições. 
7.3.5 Lavagem dos ovos 
É permitida desde que seja feita com água morna (temperatura entre 38 e 46° 
C) e supercloração ou desinfetantes e detergentes, geralmente a base de 
amônia quaternária e associações encontrados no comércio, alguns específicos 
para ovos. Recomenda-se que ovos excessivamente sujos sejam descartados 
ou, se lavados, sejam comercializados separadamente para fins específicos. 
7.3.6 Classificação 
Durante esta etapa a separação dos ovos (sujos, trincados e quebrados) deve 
ser mais rigorosa. A Resolução n. 005- da Coordenação Geral de Inspeção de 
Produtos de Origem Animal - CIPOA exige que sejam vendidos diretamente ao 
consumidor apenas os ovos de casca limpa e íntegra com a especificação 
seguinte, tanto para ovos brancos como para os vermelhos. As grandes granjas 
possuem equipamentos automatizados para realizar a classificação; já os 
pequenos classificam através de medidas do diâmetro do ovo e também por 
classificadores manuais. 
7.3.7 Embalagem 
O ideal seria a utilização de embalagens novas, entretanto, pequenos e médios 
produtores realizam a reciclagem de embalagens. Neste caso, somente as 
bandejas limpas e integras devem ser utilizadas (garantia de qualidade) e 
apenas nos depósitos, longe das aves. 
7.3.8 Armazenamento 
As caixas onde os ovos são armazenados para a comercialização deverão ser 
rotuladas adequadamente contento data e origem, conforme a legislação vigente 
para armazenamento e comercialização. Os ovos não devem permanecer muito 
tempo na granja, três dias no máximo. A temperatura ideal de armazenamento 
gira entre 10 e 15° C em ambiente bem ventilado. As caixas devem ser 
 
 
12 
 
arranjadas em estrados no piso e com distância mínima (1,20 m das paredes e 
0,80 m do piso, conforme Portaria n. 1 de 21 de fevereiro de 1990) das paredes 
e forros, evitando-se assim o contato com as mesmas e o risco de contaminação. 
Para preservar a qualidade interna dos ovos por mais tempo, mesmo fora da 
geladeira, basta aplicar óleo mineral ou parafina líquida na extremidade maior do 
ovo com uma esponja. 
7.3.9 Distribuição para o comércio 
Esta etapa deve ser realizada com bastante rapidez, com bastante cuidado no 
manuseio das caixas (preferencialmente de papelão ou plástico com 30 dúzias) 
e no transporte, minimizando choques. 
8 SISTEMA DE CRIAÇÃO 
As poedeiras podem se adaptar aos diferentes sistemas de criação sendo 
confinadas em gaiolas ou solta controlada. Nas criações comerciais, a fase de 
crescimento das aves pode ser no piso ou em gaiola, sendo que na produção, 
na fase de postura, realizada em gaiolas. 
A decisão pelo sistema de criação está ligado ao objetivo da criação e fatores 
socioeconômico, como custos de produção valores culturais ou mesmo por 
satisfação. 
O manejo no crescimento e postura podem ser realizados nas condições: 
 Chão – gaiola de postura 
 Chão gaiola recria – gaiola de postura 
 Gaiola de cria – gaiola recria – gaiola de postura 
 
8.1 Criação em Gaiolas 
A criação em gaiolas é uma tentativa de aumentar o controle da criação, 
facilitando o manejo proporcionando um melhor desempenho produtivo. 
As gaiolas variam de acordo com seu fabricante e com sistema de criação, de 
forma geral encontra-se gaiolas de 1 metro variando dimensões de acordo com 
o número de divisórias. 
 
 
13 
 
8.2 Criação em piso 
 Quanto a criação das aves em piso as práticas de manejo são semelhantes a 
criação do frango de corte, na qual monta- se um círculo inicial de criação 
utilizando dos sistemas de aquecimento. 
 A densidade de criação das aves no chão dependerá de vários fatores 
relacionados a linhagem que está sendo criada, instalações, equipamentos 
gerais de criação. 
9 IMPLANTAÇÃO DO AVIARIO 
9.1 Investimento 
Os investimentos necessários para implementação do sistema de produção de 
uma granja de postura são elevados. Aviários rústicos equipados para 5.000 
poedeiras custam aproximadamente R$ 10.000,00 e aviários modernos com 
equipamentos automáticos para 100.000 poedeiras custam aproximadamente 
R$300.000,00. 
O retorno financeiro na avicultura de postura acontece aproximadamente 150 
dias após o alojamento das pintas e continua semelhante. Os ovos podem ser 
comercializados no atacado, via contrato, com supermercados e padarias 
9.2 Escolha do terreno 
O local a ser escolhido deve manter a biosseguridade do sistema de produção. 
A área selecionada deve permitir a locação do aviário e sua possível expansão 
de acordo com as exigências ambientais (código florestal; legislação ambiental 
e código sanitário) e as do projeto no que diz respeito às distancias mínimas 
regulamentares das edificações, estradas, moradias, divisas, fontes de agua e 
áreas de proteção permanente. 
O terreno deve proporcionar as condições de ventilação natural e de reduzir 
a incidência da radiação solar, facilitar o transito de pessoas, animais e 
insumos. Precisa possuir bom nível de isolamento sanitáriopor meio de 
vegetação além de um acesso fácil através de estradas com boas condições 
de trânsito em qualquer época do ano. Sua topografia deve ser plana ou 
levemente ondulada. 
 
 
14 
 
O local deve apresentar abastecimento de agua de boa qualidade, contando 
com os riscos que o local apresenta para a população, a contaminação, à 
escassez dos recursos hídricos. 
Importante verificar o fornecimento de energia elétrica, fonte necessária 
principalmente nas fases inicias, na qual é realizado o aquecimento das 
pintainhas. 
No caso de criação intensiva ser realizada em regiões cujos fatores climáticos 
diferem das exigências fisiológicas das aves, é necessário projetar as 
instalações em função das condições climáticas onde a granja será 
construída. No Brasil não existe um modelo padrão de aviário, já que é um 
país tropical sendo assim, os aviários são projetados para atender os efeitos 
indesejáveis do calor, sempre com as peculiaridades adversas do clima que 
exigem construções diferenciadas (ABREU, 1999). 
9.3 Equipamentos 
Na escolha dos equipamentos é necessário obter informação técnica correta 
do fornecedor para utilização adequada, independentemente da fase de 
criação. Dentro da grande variedades de equipamentos que as granjas 
avícolas podem apresentar, os mais tem revolucionado o setor de produção 
de ovos são os sistemas de fornecimento de agua, climatização, de 
distribuição de ração, coleta, transportação de ovos e empacotamento 
9.3.1 Bebedouro 
Três sistemas de bebedouro são mais utilizados na avicultura; 
 Calha - pode ser com válvula ou boia, automático, confeccionado em 
metal com custo relativamente baixo, porém com maior probabilidade 
de contaminação da agua. 
 Pendular – é o mais tradicional. A água desce pela base e cai direto 
na bacia, ficando armazenada e a disposição das aves com volume 
constante, sendo liberado à medida do seu consumo e exposta as 
condições ambientais em contato com poeira, resto de ração e 
elevadas temperaturas. 
 Nipple – o sistema tipo “chupeta” foi induzido recentemente, são 
menores e a água encanada é liberada com o toque do bico na água 
 
 
15 
 
o que reduz o risco de contaminação. É indicado um bico a dez a 
quinze aves. 
9.3.2 Comedouros 
Bandejas tubulares ou automatizadas. A quantidade de comedouros no 
sistema de criação de aves de postura são maiores no que de corte, e 
devem estar em maior altura a fim de fortalecer a musculatura das pernas 
e aumentar a capacidade copulatória do galo. 
9.3.3 Aquecedores 
Podem ser à lenha, a gás ou elétricos. 
9.3.4 Sistema de ventilação 
Ajuste do ambiente conforme a necessidade das aves. 
9.4 Implantação do aviário 
Os galpões das fases de cria e de postura são construídos de forma 
semelhantes, com exceção das gaiolas do galpão de postura que 
possuirão aparador de ovos. As dimensões de largura e comprimento são 
determinadas pelos tamanhos das gaiolas e dos corredores de circulação. 
O material utilizado na construção deve facilitar a limpeza além de serem 
providas de telas com malhas de medida não superior a 2,5 cm, limitante 
invasores. 
O terreno deve ser delimitado com afastamento mínimo de 5 m por cercas 
de segurança e possuir um único acesso que compor te o livre trânsito de 
pessoas, veículos e animais; caso a granja possua sistema de coleta de 
ovos e esterco automatizados, a distância de afastamento pode ser 
menor. Segundo Mazzuco (2006), estes limites podem ser alterados pelo 
Serviço Oficial após avaliação do risco sanitário, em função da adoção de 
novas tecnologias, na condição de existência de barreiras naturais 
(reflorestamento, matas naturais, topografia), artificiais (muros de 
alvenaria) ou da utilização de manejo e medidas de biosseguridade 
diferenciadas, que impeçam a introdução e disseminação de agentes de 
doenças. 
As distâncias mínimas entre os estabelecimentos (de postura e outros 
com objetivos diferentes) devem ser respeitadas. Apresenta-se a seguir 
 
 
16 
 
as respectivas distâncias (QUADRO 1) segundo a Portaria do Ministério 
da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), n. 136, de 02 de junho 
de 2006 
Quadro 1 – distancias mínimas entre um estabelecimento de aves de 
postura de ovos de outros estabelecimentos 
Fonte: MAZZUCO,2006. 
9.5 Instalaçoes hidráulicas 
A granja deve possuir um reservatório central com capacidade suficiente 
para atender a demanda de aves e o serviço de limpeza. 
Para facilitar o monitoramento da circulação de água e a detecção de 
problemas, recomenda-se que o sistema hidráulico seja divido, como 
exemplo: fonte, sistema de filtração/desinfecção, de armazenamento, de 
distribuição para criação e de tratamento. Pode ser necessário a utilização 
de uma bomba dosadora de cloro e um filtro instalados na entrada da 
água. 
O monitoramento do consumo da água pelas aves é realizado por 
hidrômetros, com uma frequência mínima a cada 7 dias. A detecção de 
desperdício, vazamentos e outros problemas relacionados serão 
facilitados caso o controle seja diário. A utilização da água na propriedade 
deve estar baseada na Política Nacional de Recursos Hídricos e na 
Resolução n. 357/05 do Conselho nacional do Meio Ambiente - CONAMA, 
além de cumprirem as legislações estaduais e as do Código Florestal. 
 
 
17 
 
9.6 Piso e cobertura 
Recomenda-se que seja construído piso de concreto para facilitar a 
higienização do galpão. 
Na cobertura, podem ser utilizadas telhas metálicas. Entretanto, neste 
caso é necessário fazer um isolamento térmico com poliuretano, 
poliestireno, manta térmica ou pintura reflexiva. Uma outra maneira de 
evitar o sofrimento pela carga térmica é adotar um sistema de aspersão 
sobre a cobertura do aviário com uso de calhas coletoras de água. 
Uma sobreposição ao longo da parte mais alta do telhado proporciona 
uma abertura, que deve ser maior ou igual a 8, para ajudar na ventilação. 
Nesta abertura, uma tela de arame deve ser instalada para evitar a 
entrada de pássaros e outros animais silvestres. 
9.7 Vedação de correntes de ar 
A vedação das correntes de ar deve ser completa, sendo assim, cortinas 
nas laterais devem ser fixadas, na metade da altura da mureta 
ultrapassando 30 cm do bandô, e possuírem um sistema de roldana por 
meio de roda dentada com corrente. 
Seu material pode ser de plástico trançado, lona ou PVC. Em regiões de 
clima frio deve ser utilizado sobre cortinas fixadas na parte interna do 
aviário, sobrepostas à tela, particularmente nos primeiros dias de vida, 
quando os aviários forem abertos. 
9.8 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS AVES 
Uma ração de qualidade e composta principalmente do balanceamento 
de energia, proteínas e minerais, a energia de uma ração representa 
50% do seu custo e é tudo que a galinha irá utilizar para seu 
crescimento, produção de ovos, movimentos musculares, trabalho do 
coração, respiração, entre outros. Uma ave não utiliza toda energia de 
uma ração, sendo parte da energia eliminada pelas fezes e urina. 
Vários nutrientes fornecem energia, sendo os principais os carboidratos, 
as gorduras e as proteínas. 
 
 
18 
 
Uma boa ração será composta por proteínas, principal componente das 
células e tecidos, lipídios atuando como reserva de energia, aminoácidos 
essências, minerais e vitaminas. 
 Procedimento para balanceamento das rações 
 Conhecer as exigências nutricionais do animal 
 Conhecer a composição química nutricional dos nutrientes da 
ração 
 Observar as restrições do uso de ingredientes 
 Observar a necessidade de inclusão de aditivos químicos 
 Caracterizar os animais a serem alimentados, em termos de 
categoria, fase, idade, peso vivo, produção estimada 
 Verificar a composição química dos alimentos a serem trabalhados 
 Verificar as exigências nutricionais dos animais em: energia, 
proteína bruta, minerais, aminoácidos essenciais, etc, de acordo 
com a fase do animal 
 Usar ummétodo matemático para o balanceamento. 
9.9 Distribuição da ração 
Para saber o consumo total de ração por dia, multiplica-se o consumo 
diário por ave pelo número de aves, este total será dividido em duas 
partes, sendo fornecido a metade na parte da manhã e a outra metade no 
período da tarde. 
O consumo de ração é baseado na qualidade da mesma, na iluminação, 
na temperatura ambiente e na saúde das aves. 
9.10 Fases da alimentação 
A alimentação se divide em 5 fases, são elas: Fase inicial 1 a 6 semanas; 
fase cria 7 a 12 semanas; fase recria 13 a 18 semanas; fase postura I 19 
a 45 semanas; fase de postura II acima de 45 até 80 semanas de idade. 
9.11 Água 
O consumo de água pode ser afetado por vários fatores sendo eles: 
quantidade e qualidade da ração; temperatura ambiente; temperatura da 
água; tamanho da ave; intensidade de postura. 
 
 
19 
 
10 PRODUÇÃO DE OVOS 
A produção dos ovos de galinhas poedeiras comerciais é grandemente 
influenciada pelas ações de manejo bem como pela biologia reprodutiva. 
Alguns viveiros iniciam sua postura com 22 semanas de idade e põem 
continuamente por cerca de um ano. Outros se forçados a um período de 
inatividade reprodutiva (muda forçada), e então estimulados a postura por 
um período adicional de 35 semanas. No primeiro caso é típica uma média 
de produção de 300 a 320 ovos por galinha. No segundo caso cada 
galinha poderá pôr cerca de 560 ovos em sua vida produtiva. 
10.1 Produção mundial 
A china é o maior produtor de ovos do mundo, seguindo dos Estados 
Unidos e Índia, produzindo respectivamente 38,70%, 7,35%, 5,98% da 
produção mundial de ovos (FAO 2018). Isto se dar a melhoria constate de 
tecnologia e seu desenvolvimento. 
 
Fonte: elaborado a partir de dados da FAO. (2018) 
 
 
 
 
20 
 
10.2 Produção nacional 
O Brasil é responsável por 3% da produção mundial de ovos, ocupando a 
5ª posição no ranking internacional. A produção brasileira de ovos de 
galinha totalizou 44 milhões de dúzias de ovos em 2014 (FAO 2016). 
De acordo com o IBGE (2017) a região Sudeste é a maior produtora com 
43,5% da produção nacional estando a frente da região Sul com 24,3%, 
Nordeste com 16,8%, Centro- Oeste com 11,8% e região Norte com 
apenas 3,6%. 
Em 2017 o estado de São Paulo o maior produtor de ovos de galinha 
participado com 26,4% da produção nacional. O município que mais 
produz ovos no Brasil, também conhecido como “capital do ovo” é Bastos 
(SP). (IBGE2018 
 
 
 
Fonte: MAPA|AGROSTAT 
 
10.3 Produção na Bahia 
A produção baiana de ovos representa 1,4% da produção nacional, os 
maiores avicultores da Bahia estão no norte e oeste do estado as avícolas 
baianas produziram entre janeiro e julho de 2016 23.586.000 dúzias de 
ovos o equivalente a um acrescimento de 6,97% com relação ao mesmo 
período de 2015. (ABA 2017) 
A maior granja de galinhas poedeiras da Bahia, fica na cidade de Entre 
Rios, nordeste do estado, o investimento no bem estar das aves e uma 
alimentação especifica por idade, fez com que 700 mil galinhas da 
fazenda Sossego produzisse diariamente 600 mil ovos. 
 
 
 
 
 
21 
 
11 EXPORTAÇÃO 
Os embarques de ovos e ovosprodutos no decorrer do ano de 2019 
retrocederam um quarto no volume e pouco mais de 20% na receita. 
O item de maior valor foram os ovos férteis destinados a produção de 
pintos de corte. Em 2019 houve queda anual de quase 20% no volume de 
16% na receita. O segundo item foram os ovos frescos (com casca) 
destinados ao consumo humano e, neste sentido a redução em volume e 
valor ficou acima de 40%. 
Juntos os dois itens representaram 84% do volume embarcado e quase 
91% auferida. Em 2018 o índice atingiu 86% em volume, mas ganhou na 
receita. Ou seja no ano passado perdeu participação em volume, mas 
ganhou em receita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MAPA|AGROSTAT 
 
 
 
22 
 
12 Referencias 
 
ABPA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. 
Estabelecimentos habilitados a exportação no país. Disponível em: http://abpa-
br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-
exportação-no-pais 
Manual de Segurança e Qualidade para Avicultura de Postura Brasília: 
EMBRAPA/SEDE, 2004. 97 p. (Qualidade e Segurança dos Alimentos). Projeto 
PAS Campo. Convênio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA 
BRASIL – MINISTERIO DA AGRICULTURA, PECUARIA E ABASECIMENTO. 
 
 
 
 
 
http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais
http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais
http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais
 
 
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