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AVICULTURA DE POSTURA CRIAÇÃO E PRODUÇÃO 1 Sumário 1 INTRODUÇÃO 3 2 HISTORICO 3 3 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA 4 4 RAÇAS E CRUZAMENTOS 4 4.1 CLASSE 5 4.2 CLASSE AMERICANA 5 4.3 CLASSE INGLESA 5 4.4 CLASSE MEDITERRÂNEA 6 4.5 CLASSE ASIÁTICA 6 5 ANATOMIA E BIOLOGIA 7 6 FORMAÇÃO DO OVO 8 7 QUALIDADE DO OVO 9 7.1 ASPECTOS EXTERNOS 9 7.2 ASPECTOS INTERNOS 9 7.2.1 CLARA 9 7.2.2 GEMA 9 7.2.3 CÂMARA DE AR 10 7.2.4 ODOR E SABOR 10 7.2.5 MANCHAS DE SANGUE 10 7.3 MANEJO DOS OVOS 10 7.3.1 HIGIENE 10 7.3.2 GAIOLAS 10 7.3.3 COLHEITA 10 7.3.4 TRANSPORTE INTERNO 11 7.3.5 LAVAGEM DOS OVOS 11 7.3.6 CLASSIFICAÇÃO 11 7.3.7 EMBALAGEM 11 7.3.8 ARMAZENAMENTO 11 7.3.9 DISTRIBUIÇÃO PARA O COMÉRCIO 12 8 SISTEMA DE CRIAÇÃO 12 8.1 CRIAÇÃO EM GAIOLAS 12 8.2 CRIAÇÃO EM PISO 13 2 9 IMPLANTAÇÃO DO AVIARIO 13 9.1 INVESTIMENTO 13 9.2 ESCOLHA DO TERRENO 13 9.3 EQUIPAMENTOS 14 9.3.1 BEBEDOURO 14 9.3.2 COMEDOUROS 15 9.3.3 AQUECEDORES 15 9.3.4 SISTEMA DE VENTILAÇÃO 15 9.4 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO 15 9.5 INSTALAÇOES HIDRÁULICAS 16 9.6 PISO E COBERTURA 17 9.7 VEDAÇÃO DE CORRENTES DE AR 17 9.8 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS AVES 17 9.9 DISTRIBUIÇÃO DA RAÇÃO 18 9.10 FASES DA ALIMENTAÇÃO 18 9.11 ÁGUA 18 10 PRODUÇÃO DE OVOS 19 10.1 PRODUÇÃO MUNDIAL 19 10.2 PRODUÇÃO NACIONAL 20 10.3 PRODUÇÃO NA BAHIA 20 11 EXPORTAÇÃO 21 12 REFERENCIAS 22 3 Avicultura de postura 1 INTRODUÇÃO A avicultura é a criação de aves para produção de alimentos evidenciando a carne e ovos, a avicultura se divide em avicultura de corte e de postura. Sendo destacado neste a poedeiras ou de postura. As aves de postura são destinadas à produção de ovos, sendo este considerado de alto valor nutricional, podendo a sua qualidade ser influenciada por fatores como condições de manejo, instalações nutrição e ambiente. 2 HISTORICO A produção comercial da ave no Brasil começou em Minas Gerais, por volta de 1860. O processo de modernização e de produção em escala da avicultura no país começou na década de 1930, em razão da necessidade de abastecer os mercados que já erram gigantesco na época. Mas foi a partir da década de 1950 que a avicultura brasileira ganhou impulso através dos avanços genéticos, do desenvolvimento das vacinas, da nutrição e de equipamentos específicos para sua criação. As grandes agroindústrias ganharam estrutura no início dos anos 1960 (QUEVEDO, 2003). As primeiras gaiolas para poedeiras chegaram ao Brasil em 1955. As grandes evoluções científicas desta época deram origem ao que é chamado atualmente de “avicultura industrial”, com grande produção de carne e ovos em pequenas áreas através do sistema de confinamento. Graças a esse novo sistema hoje instalado no país, surgiu um a indústria avícola forte que, além de abastecer o mercado interno, consegue exportar produtos de qualidade para outros países, trazendo enormes benefícios à nação (MAIA, 1997). A criação brasileira de aves tem demonstrado nos últimos anos ótimo desempenho, em vista da organização e desenvolvimento do setor e os avanços, principalmente, nas áreas de nutrição e sanidade que contribuíram em muito 4 para esses resultados (GAMA, 2007). Mundialmente, a avicultura é considerada uma atividade econômica cada vez mais relevante, sendo os principais exportadores o Brasil, os Estados Unidos, a União Europeia, a Tailândia e a China. 3 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA REINO: ANIMALIA FILO: CHORDATA SUBFILO: VERTEBRATA CLASSE: AVES ORDEM: GALIFORMES FAMÍLIA: PHASIANIDAE GÊNERO: GALLUS ESPÉCIE: GALLUS GALLUS GALLUS SONNERATI GALLUS LAFAYETTEI GALLUS VARIUS 4 RAÇAS E CRUZAMENTOS A classificação que nos orienta é da American poultry association standard perfection, fundada nos EUA em 1870 (1ª Instituição fundada na América ligada ao setor agropecuário e tem sua sede em Oklahoma) ela reuniu as aves em 15 classes. O “Standard” de perfeição americana faz o agrupamento das aves em classes, raças e variedades, se limitando apenas ás características de conformação e por menores sobre plumagem, sem referências especificas aos aspectos de produtividade. 5 4.1 Classe – Define um grupo de raças originarias da mesma região geográfica. 4.2 Classe Americana – reuni raças desenvolvidas na américa do norte, na metade do século XIX Plymouth Rock: variedades brancas, barradas (Carijó), entre outras Rhode Island: variedades branca e vermelha New Hampshire: vermelho claro Gigante de Jersey: variedades preta e branca Imagem 1: espécie New Hamphire Fonte: imagem da internet 4.3 Classe Inglesa Cornish: variedades branca, preta e amarela Sussex: variedades branca, vermelha e pintada Imagem 2: espécie Cornish Fonte: imagens da internet 6 4.4 Classe Mediterrânea Legorn: variedades branca, preta, amarela, prata entre outras Minorca: variedades branca, preta e amarela Imagem 3: espécie Legorn Fonte: imagem da internet 4.5 Classe asiática Brahma: finalidade de ornamentação e corte, nas variedades clara e escura Cochin: ornamentação, variedades branca, preta, marron, amarela, barrada Imagem 4: espécie Brahma Fonte: imagem da internet 7 5 ANATOMIA E BIOLOGIA O esqueleto da galinha é composto de 160 ossos que servem de suporte. Os ossos esponjosos ou pneumáticos são cheios de ar e ligados ao aparelho respiratório. A musculatura corresponde a 75% do peso das aves sendo maior em regiões que fazem acentuado esforço físico, coxas e músculos peitorais. Aparelho digestivo tem aproximadamente 250 cm de comprimento na ave adulta, inicia-se no bico e termina na cloaca Distribuição dos órgãos internos das aves Constituição óssea das aves Imagem 5 Fonte: imagens da internet 8 6 FORMAÇÃO DO OVO O ovo inicia sua formação no ovário e vai se completando a medida que caminha nos diferentes compartimentos do oviduto. Aproximadamente 25 a 26 horas são necessárias entre a liberação do oócito e a expulsão do ovo completo Anatomia feminina das aves Imagem 6 Fonte: imagens da internet Composição do ovo Imagem 7 Fonte: imagens da internet 9 7 QUALIDADE DO OVO O ovo é um alimento natural barato que oferece equilíbrio de nutrientes necessários para a formação de um ser vivo completo. Com isso, a população utiliza este produto como fonte de alimento, entretanto, a sua utilização depende da qualidade dos ovos oferecidos ao mercado. Sabe-se que após a postura é inevitável a perda de qualidade do produto, de maneira contínua, devido aos fatores do meio. Assim, o melhor conhecimento, especialmente por parte dos pequenos e médios produtores, permite um controle ideal e, consequentemente, a melhora na qualidade dos ovos, proporcionando benefícios tanto ao mercado consumidor como aos produtores avícolas. 7.1 Aspectos externos Deve ser limpa, sem trincas e deformações. Para ter resistência a fim de proteger as partes internas, as aves dependem de rações com níveis equilibrados de cálcio, fósforo e vitamina D3. As deformações na casca indicam problemas sanitários no local da criação além de gerar prejuízo por causa do visual. 7.2 Aspectos internos 7.2.1 Clara Os ovos frescos são caracterizados por uma clara transparente, límpida, consistente, densa como uma porção um pouco mais fluída. Devido à decomposição, com o passar do tempo, esta parte do ovo vai perdendo a densidade e tornando-se cada vez mais líquida, alterando o seu grau de acidez, o que compromete sua utilização na culinária. Essas modificações são mais intensas em dias quentes.7.2.2 Gema É desejável que seja bem amarela, translúcida, consistente e fixada no centro da clara por pequenos cordões laterais provenientes da própria clara. Isso depende exclusivamente da alimentação que é oferecida às aves (sorgo, mandioca e seus subprodutos na ração deixam-na esbranquiçada). À medida que o tempo passa, ela vai apresentando forma achata além de manchas escuras, o que torna a membrana mais sensível, podendo romper com facilidade, prejudicando sua utilização. 10 7.2.3 Câmara de ar Encontra-se internamente na extremidade maior do ovo. É também um indicativo de qualidade uma vez que pode ser observada contra a luz. Quanto maior a sua área, mais velho é o ovo. 7.2.4 Odor e sabor Deve possuir odor e sabor característico e agradável para o consumidor. O ovo absorve odor e sabor de alimentos estocados próximos a ele. Assim, cuidados com este aspecto devem ser tomados na estocagem deste produto. 7.2.5 Manchas de sangue É normal ocorrerem pequenas manchas de sangue na gema e na clara. Isso não é um fator limitante no valor dos ovos e nem no seu consumo. 7.3 Manejo dos ovos O manejo deve ter por objetivo a atenção na qualidade dos ovos pelos avicultores, desde a postura até ao mercado consumidor. 7.3.1 Higiene Limpeza do criadouro e arredores deve ser feita de modo a evitar acúmulo de poeira e mato. Impedir a ocorrência de águas paradas além de manter o esterco bem seco a fim de evitar moscas. É necessária também a limpeza nos aparadores das gaiolas com vassouras e escovas duas vezes por semana para evitar excesso de poeira e de restos de ração além de ferrugens, uma vez que mancham as cascas dos ovos. A limpeza dos bebedouros deve ser realizada com cuidado para não molhar os ovos. 7.3.2 Gaiolas Devem possuir pisos com inclinação adequada, para deslocamento dos ovos até o aparador. Tomar cuidado, pois se a inclinação for excessiva pode haver prejuízo por quebra dos ovos, e o contrário também gera prejuízo pelos ovos parados no fundo das gaiolas aumentando a sujeira. 7.3.3 Colheita Quando não automatizada, deve ser realizada no mínimo três vezes ao dia com o uso de bandejas de plásticos ou polpa bem limpas (é desaconselhável o uso de cestos). Nesta fase, é aconselhável empilhar no máximo oito bandejas para reduzir a pressão nas bandejas inferiores, diminuindo os índices de quebras. Aqui, faz-se a primeira separação dos ovos sujos, trincados e quebrados, pois 11 se colocados na bandeja espalham sujeira e aumentam o prejuízo. Os funcionários encarregados da coleta devem ser instruídos para a necessidade da lavagem e desinfecção das mãos anteriormente à manipulação dos ovos. 7.3.4 Transporte interno Os ovos devem ser retirados do galinheiro rapidamente e colocados em embalagens plásticas, que geram maior proteção. É imprescindível a utilização de veículo adequado além de estradas em boas condições. 7.3.5 Lavagem dos ovos É permitida desde que seja feita com água morna (temperatura entre 38 e 46° C) e supercloração ou desinfetantes e detergentes, geralmente a base de amônia quaternária e associações encontrados no comércio, alguns específicos para ovos. Recomenda-se que ovos excessivamente sujos sejam descartados ou, se lavados, sejam comercializados separadamente para fins específicos. 7.3.6 Classificação Durante esta etapa a separação dos ovos (sujos, trincados e quebrados) deve ser mais rigorosa. A Resolução n. 005- da Coordenação Geral de Inspeção de Produtos de Origem Animal - CIPOA exige que sejam vendidos diretamente ao consumidor apenas os ovos de casca limpa e íntegra com a especificação seguinte, tanto para ovos brancos como para os vermelhos. As grandes granjas possuem equipamentos automatizados para realizar a classificação; já os pequenos classificam através de medidas do diâmetro do ovo e também por classificadores manuais. 7.3.7 Embalagem O ideal seria a utilização de embalagens novas, entretanto, pequenos e médios produtores realizam a reciclagem de embalagens. Neste caso, somente as bandejas limpas e integras devem ser utilizadas (garantia de qualidade) e apenas nos depósitos, longe das aves. 7.3.8 Armazenamento As caixas onde os ovos são armazenados para a comercialização deverão ser rotuladas adequadamente contento data e origem, conforme a legislação vigente para armazenamento e comercialização. Os ovos não devem permanecer muito tempo na granja, três dias no máximo. A temperatura ideal de armazenamento gira entre 10 e 15° C em ambiente bem ventilado. As caixas devem ser 12 arranjadas em estrados no piso e com distância mínima (1,20 m das paredes e 0,80 m do piso, conforme Portaria n. 1 de 21 de fevereiro de 1990) das paredes e forros, evitando-se assim o contato com as mesmas e o risco de contaminação. Para preservar a qualidade interna dos ovos por mais tempo, mesmo fora da geladeira, basta aplicar óleo mineral ou parafina líquida na extremidade maior do ovo com uma esponja. 7.3.9 Distribuição para o comércio Esta etapa deve ser realizada com bastante rapidez, com bastante cuidado no manuseio das caixas (preferencialmente de papelão ou plástico com 30 dúzias) e no transporte, minimizando choques. 8 SISTEMA DE CRIAÇÃO As poedeiras podem se adaptar aos diferentes sistemas de criação sendo confinadas em gaiolas ou solta controlada. Nas criações comerciais, a fase de crescimento das aves pode ser no piso ou em gaiola, sendo que na produção, na fase de postura, realizada em gaiolas. A decisão pelo sistema de criação está ligado ao objetivo da criação e fatores socioeconômico, como custos de produção valores culturais ou mesmo por satisfação. O manejo no crescimento e postura podem ser realizados nas condições: Chão – gaiola de postura Chão gaiola recria – gaiola de postura Gaiola de cria – gaiola recria – gaiola de postura 8.1 Criação em Gaiolas A criação em gaiolas é uma tentativa de aumentar o controle da criação, facilitando o manejo proporcionando um melhor desempenho produtivo. As gaiolas variam de acordo com seu fabricante e com sistema de criação, de forma geral encontra-se gaiolas de 1 metro variando dimensões de acordo com o número de divisórias. 13 8.2 Criação em piso Quanto a criação das aves em piso as práticas de manejo são semelhantes a criação do frango de corte, na qual monta- se um círculo inicial de criação utilizando dos sistemas de aquecimento. A densidade de criação das aves no chão dependerá de vários fatores relacionados a linhagem que está sendo criada, instalações, equipamentos gerais de criação. 9 IMPLANTAÇÃO DO AVIARIO 9.1 Investimento Os investimentos necessários para implementação do sistema de produção de uma granja de postura são elevados. Aviários rústicos equipados para 5.000 poedeiras custam aproximadamente R$ 10.000,00 e aviários modernos com equipamentos automáticos para 100.000 poedeiras custam aproximadamente R$300.000,00. O retorno financeiro na avicultura de postura acontece aproximadamente 150 dias após o alojamento das pintas e continua semelhante. Os ovos podem ser comercializados no atacado, via contrato, com supermercados e padarias 9.2 Escolha do terreno O local a ser escolhido deve manter a biosseguridade do sistema de produção. A área selecionada deve permitir a locação do aviário e sua possível expansão de acordo com as exigências ambientais (código florestal; legislação ambiental e código sanitário) e as do projeto no que diz respeito às distancias mínimas regulamentares das edificações, estradas, moradias, divisas, fontes de agua e áreas de proteção permanente. O terreno deve proporcionar as condições de ventilação natural e de reduzir a incidência da radiação solar, facilitar o transito de pessoas, animais e insumos. Precisa possuir bom nível de isolamento sanitáriopor meio de vegetação além de um acesso fácil através de estradas com boas condições de trânsito em qualquer época do ano. Sua topografia deve ser plana ou levemente ondulada. 14 O local deve apresentar abastecimento de agua de boa qualidade, contando com os riscos que o local apresenta para a população, a contaminação, à escassez dos recursos hídricos. Importante verificar o fornecimento de energia elétrica, fonte necessária principalmente nas fases inicias, na qual é realizado o aquecimento das pintainhas. No caso de criação intensiva ser realizada em regiões cujos fatores climáticos diferem das exigências fisiológicas das aves, é necessário projetar as instalações em função das condições climáticas onde a granja será construída. No Brasil não existe um modelo padrão de aviário, já que é um país tropical sendo assim, os aviários são projetados para atender os efeitos indesejáveis do calor, sempre com as peculiaridades adversas do clima que exigem construções diferenciadas (ABREU, 1999). 9.3 Equipamentos Na escolha dos equipamentos é necessário obter informação técnica correta do fornecedor para utilização adequada, independentemente da fase de criação. Dentro da grande variedades de equipamentos que as granjas avícolas podem apresentar, os mais tem revolucionado o setor de produção de ovos são os sistemas de fornecimento de agua, climatização, de distribuição de ração, coleta, transportação de ovos e empacotamento 9.3.1 Bebedouro Três sistemas de bebedouro são mais utilizados na avicultura; Calha - pode ser com válvula ou boia, automático, confeccionado em metal com custo relativamente baixo, porém com maior probabilidade de contaminação da agua. Pendular – é o mais tradicional. A água desce pela base e cai direto na bacia, ficando armazenada e a disposição das aves com volume constante, sendo liberado à medida do seu consumo e exposta as condições ambientais em contato com poeira, resto de ração e elevadas temperaturas. Nipple – o sistema tipo “chupeta” foi induzido recentemente, são menores e a água encanada é liberada com o toque do bico na água 15 o que reduz o risco de contaminação. É indicado um bico a dez a quinze aves. 9.3.2 Comedouros Bandejas tubulares ou automatizadas. A quantidade de comedouros no sistema de criação de aves de postura são maiores no que de corte, e devem estar em maior altura a fim de fortalecer a musculatura das pernas e aumentar a capacidade copulatória do galo. 9.3.3 Aquecedores Podem ser à lenha, a gás ou elétricos. 9.3.4 Sistema de ventilação Ajuste do ambiente conforme a necessidade das aves. 9.4 Implantação do aviário Os galpões das fases de cria e de postura são construídos de forma semelhantes, com exceção das gaiolas do galpão de postura que possuirão aparador de ovos. As dimensões de largura e comprimento são determinadas pelos tamanhos das gaiolas e dos corredores de circulação. O material utilizado na construção deve facilitar a limpeza além de serem providas de telas com malhas de medida não superior a 2,5 cm, limitante invasores. O terreno deve ser delimitado com afastamento mínimo de 5 m por cercas de segurança e possuir um único acesso que compor te o livre trânsito de pessoas, veículos e animais; caso a granja possua sistema de coleta de ovos e esterco automatizados, a distância de afastamento pode ser menor. Segundo Mazzuco (2006), estes limites podem ser alterados pelo Serviço Oficial após avaliação do risco sanitário, em função da adoção de novas tecnologias, na condição de existência de barreiras naturais (reflorestamento, matas naturais, topografia), artificiais (muros de alvenaria) ou da utilização de manejo e medidas de biosseguridade diferenciadas, que impeçam a introdução e disseminação de agentes de doenças. As distâncias mínimas entre os estabelecimentos (de postura e outros com objetivos diferentes) devem ser respeitadas. Apresenta-se a seguir 16 as respectivas distâncias (QUADRO 1) segundo a Portaria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), n. 136, de 02 de junho de 2006 Quadro 1 – distancias mínimas entre um estabelecimento de aves de postura de ovos de outros estabelecimentos Fonte: MAZZUCO,2006. 9.5 Instalaçoes hidráulicas A granja deve possuir um reservatório central com capacidade suficiente para atender a demanda de aves e o serviço de limpeza. Para facilitar o monitoramento da circulação de água e a detecção de problemas, recomenda-se que o sistema hidráulico seja divido, como exemplo: fonte, sistema de filtração/desinfecção, de armazenamento, de distribuição para criação e de tratamento. Pode ser necessário a utilização de uma bomba dosadora de cloro e um filtro instalados na entrada da água. O monitoramento do consumo da água pelas aves é realizado por hidrômetros, com uma frequência mínima a cada 7 dias. A detecção de desperdício, vazamentos e outros problemas relacionados serão facilitados caso o controle seja diário. A utilização da água na propriedade deve estar baseada na Política Nacional de Recursos Hídricos e na Resolução n. 357/05 do Conselho nacional do Meio Ambiente - CONAMA, além de cumprirem as legislações estaduais e as do Código Florestal. 17 9.6 Piso e cobertura Recomenda-se que seja construído piso de concreto para facilitar a higienização do galpão. Na cobertura, podem ser utilizadas telhas metálicas. Entretanto, neste caso é necessário fazer um isolamento térmico com poliuretano, poliestireno, manta térmica ou pintura reflexiva. Uma outra maneira de evitar o sofrimento pela carga térmica é adotar um sistema de aspersão sobre a cobertura do aviário com uso de calhas coletoras de água. Uma sobreposição ao longo da parte mais alta do telhado proporciona uma abertura, que deve ser maior ou igual a 8, para ajudar na ventilação. Nesta abertura, uma tela de arame deve ser instalada para evitar a entrada de pássaros e outros animais silvestres. 9.7 Vedação de correntes de ar A vedação das correntes de ar deve ser completa, sendo assim, cortinas nas laterais devem ser fixadas, na metade da altura da mureta ultrapassando 30 cm do bandô, e possuírem um sistema de roldana por meio de roda dentada com corrente. Seu material pode ser de plástico trançado, lona ou PVC. Em regiões de clima frio deve ser utilizado sobre cortinas fixadas na parte interna do aviário, sobrepostas à tela, particularmente nos primeiros dias de vida, quando os aviários forem abertos. 9.8 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS AVES Uma ração de qualidade e composta principalmente do balanceamento de energia, proteínas e minerais, a energia de uma ração representa 50% do seu custo e é tudo que a galinha irá utilizar para seu crescimento, produção de ovos, movimentos musculares, trabalho do coração, respiração, entre outros. Uma ave não utiliza toda energia de uma ração, sendo parte da energia eliminada pelas fezes e urina. Vários nutrientes fornecem energia, sendo os principais os carboidratos, as gorduras e as proteínas. 18 Uma boa ração será composta por proteínas, principal componente das células e tecidos, lipídios atuando como reserva de energia, aminoácidos essências, minerais e vitaminas. Procedimento para balanceamento das rações Conhecer as exigências nutricionais do animal Conhecer a composição química nutricional dos nutrientes da ração Observar as restrições do uso de ingredientes Observar a necessidade de inclusão de aditivos químicos Caracterizar os animais a serem alimentados, em termos de categoria, fase, idade, peso vivo, produção estimada Verificar a composição química dos alimentos a serem trabalhados Verificar as exigências nutricionais dos animais em: energia, proteína bruta, minerais, aminoácidos essenciais, etc, de acordo com a fase do animal Usar ummétodo matemático para o balanceamento. 9.9 Distribuição da ração Para saber o consumo total de ração por dia, multiplica-se o consumo diário por ave pelo número de aves, este total será dividido em duas partes, sendo fornecido a metade na parte da manhã e a outra metade no período da tarde. O consumo de ração é baseado na qualidade da mesma, na iluminação, na temperatura ambiente e na saúde das aves. 9.10 Fases da alimentação A alimentação se divide em 5 fases, são elas: Fase inicial 1 a 6 semanas; fase cria 7 a 12 semanas; fase recria 13 a 18 semanas; fase postura I 19 a 45 semanas; fase de postura II acima de 45 até 80 semanas de idade. 9.11 Água O consumo de água pode ser afetado por vários fatores sendo eles: quantidade e qualidade da ração; temperatura ambiente; temperatura da água; tamanho da ave; intensidade de postura. 19 10 PRODUÇÃO DE OVOS A produção dos ovos de galinhas poedeiras comerciais é grandemente influenciada pelas ações de manejo bem como pela biologia reprodutiva. Alguns viveiros iniciam sua postura com 22 semanas de idade e põem continuamente por cerca de um ano. Outros se forçados a um período de inatividade reprodutiva (muda forçada), e então estimulados a postura por um período adicional de 35 semanas. No primeiro caso é típica uma média de produção de 300 a 320 ovos por galinha. No segundo caso cada galinha poderá pôr cerca de 560 ovos em sua vida produtiva. 10.1 Produção mundial A china é o maior produtor de ovos do mundo, seguindo dos Estados Unidos e Índia, produzindo respectivamente 38,70%, 7,35%, 5,98% da produção mundial de ovos (FAO 2018). Isto se dar a melhoria constate de tecnologia e seu desenvolvimento. Fonte: elaborado a partir de dados da FAO. (2018) 20 10.2 Produção nacional O Brasil é responsável por 3% da produção mundial de ovos, ocupando a 5ª posição no ranking internacional. A produção brasileira de ovos de galinha totalizou 44 milhões de dúzias de ovos em 2014 (FAO 2016). De acordo com o IBGE (2017) a região Sudeste é a maior produtora com 43,5% da produção nacional estando a frente da região Sul com 24,3%, Nordeste com 16,8%, Centro- Oeste com 11,8% e região Norte com apenas 3,6%. Em 2017 o estado de São Paulo o maior produtor de ovos de galinha participado com 26,4% da produção nacional. O município que mais produz ovos no Brasil, também conhecido como “capital do ovo” é Bastos (SP). (IBGE2018 Fonte: MAPA|AGROSTAT 10.3 Produção na Bahia A produção baiana de ovos representa 1,4% da produção nacional, os maiores avicultores da Bahia estão no norte e oeste do estado as avícolas baianas produziram entre janeiro e julho de 2016 23.586.000 dúzias de ovos o equivalente a um acrescimento de 6,97% com relação ao mesmo período de 2015. (ABA 2017) A maior granja de galinhas poedeiras da Bahia, fica na cidade de Entre Rios, nordeste do estado, o investimento no bem estar das aves e uma alimentação especifica por idade, fez com que 700 mil galinhas da fazenda Sossego produzisse diariamente 600 mil ovos. 21 11 EXPORTAÇÃO Os embarques de ovos e ovosprodutos no decorrer do ano de 2019 retrocederam um quarto no volume e pouco mais de 20% na receita. O item de maior valor foram os ovos férteis destinados a produção de pintos de corte. Em 2019 houve queda anual de quase 20% no volume de 16% na receita. O segundo item foram os ovos frescos (com casca) destinados ao consumo humano e, neste sentido a redução em volume e valor ficou acima de 40%. Juntos os dois itens representaram 84% do volume embarcado e quase 91% auferida. Em 2018 o índice atingiu 86% em volume, mas ganhou na receita. Ou seja no ano passado perdeu participação em volume, mas ganhou em receita Fonte: MAPA|AGROSTAT 22 12 Referencias ABPA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Estabelecimentos habilitados a exportação no país. Disponível em: http://abpa- br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a- exportação-no-pais Manual de Segurança e Qualidade para Avicultura de Postura Brasília: EMBRAPA/SEDE, 2004. 97 p. (Qualidade e Segurança dos Alimentos). Projeto PAS Campo. Convênio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA BRASIL – MINISTERIO DA AGRICULTURA, PECUARIA E ABASECIMENTO. http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais http://abpa-br.com/setores/avicultura/mercado-externo/estabelecimentos-hablitados-a-exportação-no-pais 23
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