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DIREITO ADMINISTRATIVO

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Aula do dia 22/07/2013
Conceito de Licitação
Marçal Justen Filho – “Licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio que determina critérios objetivos de seleção da proposta de contratação mais vantajosa com observância ao Princípio da Isonomia e conduzido por um órgão dotado de competência específica”.
a)Procedimento administrativo: quando se fala em procedimentos, se fala em um conjunto de atos e a licitação se resume nisso, pois possui varias fazes.
EX da modalidade concorrência:
1ª Fase: nessa primeira fase publica-se o edital se iniciando o processo de licitação – publicado o edital, o mesmo terá um prazo, a fim de que as partes apresentem os documentos constitutivos da empresa bem como suas propostas – encerrado esse momento parte-se para outra fase;
2ª Fase da habilitação – nessa fase (a empresa precisa demonstrar as habilidades, as capacidades da empresa) será verificada a capacidade da empresa para a participar do procedimento de licitação. Os documentos técnicos e constitutivos da empresa será analisados. A empresa habilitada vai para a classificação;
3ª Fase de classificação: nessa fase as propostas das empresas serão analisadas; 
4ª Fase da Homologação: nessa fase a autoridade pública, superior, irá verificar se o procedimento está de acordo com a lei;
5ª Fase de adjudicação: o Poder Público expressamente declara que a proposta escolhida é a mais vantajosa. Manifesta a intenção de celebrar o contrato com a empresa que fez a melhor proposta.
b)Disciplinado por lei: a licitação tem que ter respaldo na lei. 
- Artigo 37, XXI da CF/88 -> disciplina uma regra específica sobre licitação publica. 
- Lei geral, 8.666/93.
- Lei 10.520/2002 (pregão) -> disciplina uma modalidade específica, que não está prevista na 8.666/93.
-verificar também se existem legislações próprias para determinados procedimento, municípios e etc. 
c) Ato administrativo prévio: Também denominado de instrumento convocatório, que nada mais é do que o edital da licitação pública. O primeiro passo é verificar se o edital não está ferindo a lei, a fim de que se isto ocorrer, o mesmo seja impugnado.
d) Critérios objetivos: o edital deve evitar a subjetividade, a fim de evitar que o Poder Público faça escolhas que não estejam previstas no edital. O objeto, os prazos, os critérios entre outros elementos contidos no edital deverão ser objetivos.
e) Mais vantajosa: O objetivo da licitação é escolher uma proposta mais vantajosa para a administração pública. Isso não quer dizer que a iniciativa privada não pode ter lucro. Pressupõem-se que no processo de licitação é preciso haver mais de um interessado. Caso não ocorra, apenas se manifestando um interessando, será aberto novo prazo a fim de que se manifestem outras empresas interessadas. Logo, a competição faz parte desse processo.
f) Princípio da Isonomia: considerado o princípio constitucional da licitação, pois tem previsão expressa no artigo 37, XXI da CF. Deve ser aplicado dentro do processo de licitação entre as empresas que estão concorrendo.
“Artigo 37, XXI da CF - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.”
g) órgão de competência específica – a lei não obriga que seja por órgão especializado. A lei estabelece três servidores estáveis para conduzir um processo de licitação. O conceito do Marçal voltou-se para um nível federal, onde existe um departamento próprio só para condução da licitação pública, contudo, existem municípios que não possuem capacidade para tanto.
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Aula do dia 23/07/13
Conceito de licitação segundo Celso Antônio Bandeira: “Licitação é o certame que as entidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, para escolher proposta mais vantajosa as conveniências públicas.”
a)entidades governamentais: Artigo 37, XXI da CF – esse artigo traça regras que estão voltadas para a administração pública. Toda a administração publica esta obrigada a participar dos procedimentos licitatórios. Tanto os órgãos as administração direta e indireta 
- Lei 8.666/93, artigo 1º, Parágrafo único:  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. (nesse caso inclui também as entidades controladas (direta e indireta), bem como as paraestatais que são as controladas pelo estado, desenvolvem suas funções com o dinheiro público, ou seja recebem recurso publico para desenvolvimento de suas atividades, devido a isso não tem muita liberdade para compra ou utilização de serviços, devido a isso necessita também de processo licitatório).
LOGO pode atingir entidade paraestatais, e não apenas as entidades de administração direta e indireta como traz o conceito do Celso Antonio Bandeira de Melo. 
b) Objeto: de acordo com o artigo 37, XXI da CF/88, o objeto podem ser obras, serviços, compras ou alienações. De acordo com o artigo 1º, caput da lei 8.666./93 o objeto será também obras, serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações e locações. Logo, o objeto srá um encontro dos dois textos de lei. 
EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR 
- A Lei também trabalha as exceções ao dever de licitar, no artigo 37, XXI da CF. Ademais, a lei geral de licitações (8.666/93) traz elencada os casos de exceção, em seu artigos 17 (dispensadas), 24 (dispensáveis) e 25 (inexigíveis).
Tecnicamente a diferença entre elas consiste em: 
1 - Quando a lei fala em dispensa quer dizer que nos casos elencados no artigo 17 não se faz licitação. 
2- Quando se fala em licitação dispensável, que são os casos do artigo 24, se entra na discricionariedade administrativa, ou seja, o administrador terá uma margem de liberdade para analisar se irá realizar o ou não o processo licitatório. 
O artigo 23 trabalha valores e modalidades de licitação publica. O mesmo dispõem que:
a) modalidade convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
b) modalidade tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);  (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
c) modalidade concorrência: acima de R$ 1.500.000,00
-> Se a obra for de baixo valor a licitação poderá ser dispensada.
-> inciso V (licitação deserta): o poder publico pode dispensar a licitação, se a mesma for deserta, quando não aparece nenhuma empresa interessada, realizando o contrato com determinada empresa, contanto que seja nos mesmos termos do que esta previsto no edital licitatório. Nesse caso não aparece ninguém -> se refaz o procedimento -> mesmo assim não apareceu interessados -> pode-se contratar diretamente.
-> licitação fracassada: quando aparecem interessados no procedimento, contudo no momento da qualificação, não há empresas que se encaixam nos padrões solicitados. Artigo 48, §3º da Lei 8.666/93. Nesse caso não se fala refazer, mas sim de readequar a proposta.
-> inciso XIX: não se faz necessário estar em tempos de guerra, diferente do que traz o inciso III.
-> inciso XX: é dispensável quando a empresa que será contratada (a associação) é uma associação de portadores de deficiência física (incluindo também os portadores de necessidade especial). É possível então o Estado contratar essa associação, sem o processo de licitação.
Dispensável (não se faz licitação) X dispensável(fica a critério do poder publico) x inexigível (quando a licitação se torna inviável).
3 – quando se fala em licitação inexigível, disposta no artigo 25, a questão está no objeto, ou seja, não existe processo licitatório para determinado objeto. 
- Caput do artigo 25: “ é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de licitação”.
-inciso I: fornecedor exclusivo inviabiliza a licitação. Ex: hospital publico precisa comprar um equipamento essencial que somente um fornecedor fabrica. Nesse caso ocorre a inexigibilidade do processo de licitação.
- inciso II: “para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;”
Trata de serviços técnicos – a lei entende como serviços técnicos profissionais os elencados no artigo 13 da lei 8.666/93. 
Natureza singular – se individualiza o objeto que se pretende. Ex: Contratar o Laerte para cuidar de determinado assunto, fazer determinado parecer. O que não pode é contratar um escritório de advocacia para fazer o que aparecer.
Notória especialidade – a notoriedade passa pelo crivo do artigo 25, § 1º da Leu 8.666/93. Quando houver mais de um advogado, ou escritório notório, o poder público poderá fazer a contratação com qualquer um deles, exercendo então seu poder discrionário, pois o poder público não precisará justificar a escolha de determinado prestador. 
- inciso III:  “para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”. Ddesde que o preço esteja dentro do real praticado pelo artista, caso contrario, até mesmo o artista poderá ser responsabilizado pelo prejuízo causado ao Estado. Ex. o valor do show de XY é R$ 100.000,00, contudo quando é contratado pela prefeitura passa a cobrar o valor de R$ 200.00,00.
OBS: Qual a diferença entre dispensada e inexigível -> nos caso dos artigo 17, não é que o objeto não poderia ser licitado, mais sim o legislador que optou por ser desnecessário o processo licitatório; já no artigo 25, a questão é o objeto que torna inviável o processo de licitação.
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Aula do dia 30/07/2013
Modalidades de Licitação Pública
A Lei 8.666/93 dispõe sobre a maioria das possibilidades:
“Art. 22.  São modalidades de licitação:
I – concorrência – utilizada via de regra, para maiores informações;
§ 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que (aberta há qualquer interessado – que preencha os requisitos estabelecidos no edital), na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Quanto ao Objeto: 
a)Quanto ao valor da contratação por parte do estado – nesse caso entra a tabela disposta no artigo 23, inciso I e II, de acordo com o previsto no caput do mesmo artigo da lei de licitações. 
b) Quanto a compra ou venda de bens imóveis - existem objetos que independem do valor, conforme dispõe o §3º do artigo 23 da Lei de licitações.
Artigo 23, §3º “A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.”
-EXCEÇÃO: Ressalvado o disposto no aritgo 19 da mesma lei, o qual traz os casos em que se o poder publico adquiriu um bem imóvel, através de um processo judicial ou por uma dação em pagamento, e for vender esse bem, poderá adotar a modalidade concorrência ou leilão
“Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
c) Quanto as concessões de direito real de uso – que se abra licitação para esse caso, na modalidade concorrência. Ex: A prefeitura quer fazer um parque industrial, e tem vários lotes, pretendendo então convidar varias empresas para vir para Maringá a fim de fazer esse parque industrial. O município terá que abrir a licitação na modalidade concorrência, com o edital contendo os requisitos para participação, concedendo por 10, 20 anos a propriedade pública para a empresa explorar. A concessão somente poderá ser realizada se a prefeitura terá que justificar o retorno que a empresa dará para o Município. 
d) Licitação internacional: É permitido que outros países participem de licitação no Brasil. Quando a licitação é internacional, a regra é que a modalidade que deverá ser utilizada será a da concorrência.
II - tomada de preços;
- § 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
-Modalidade de preço, modalidade de licitação aberta, de acordo com o artigo 22, §2 do CPC, para:
a) Cadastrado
b) Sem cadastro (desde que apresente a documentação necessária para cadastramento com antecedência de 03 dias).
OBS: O objetivo é de que as empresas que tenham interesse de participar da licitação, façam um cadastro prévio no órgão público onde tenham vontade de participar da licitação.
- Quanto ao objeto:
a) médio
b) Artigo 23, §3º - licitações internacionais – desde que dentro do valor estipulado naquele artigo. Quando a empresa é estrangeira tem a obrigação de ter um cadastro prévio, pois quando se fala em cadastrar uma empresa internacional é diferente de cadastrar uma empresa brasileira. 
III - convite;
- Artigo 22, §3º: § 3o  Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
- Modalidade para os cadastrados ou não / são escolhidos no mínimo três pelo estado / estendido aos demais cadastrados que se manifestarem com antecedência de até 24 horas; 
- Pode-se dizer que qualquer um pode participar da licitação na modalidade convite? R: Quem convida é o Estado, e este poderá convidar os cadastrados ou não. 
-Artigo 22, §7º -> não obtenção do numero mínimo de participantes. Somente nos casos em que forem impossíveis. É necessário comprovar a impossibilidade. 
- Artigo 22, §6º -> deverá chamar a 4ª empresa que esteja obrigatoriamente cadastrada.
- modalidade que envolve os menores valores.
QUESTÃO: O município de Maringá abriu licitação pública para reforma do paço municipal, orçada em R$ 100.000,00 (cem mil reais). A modalidade de licitação adotada foi a concorrência, tendo sido impugnada o edital por um dos interessados sob o fundamento de que a modalidade afronta a lei 8.666/93. Tem fundamento a impugnação do interessado?
R: Artigo 23, §4º da lei de licitações. Não tem fundamento a impugnação. 
IV - concurso;
-Artigo 22, § 4º da lei de licitações – “Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmiosou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.”
-Modalidade para que o estado possa escolher um trabalho técnico, cientifico ou artístico. (escolher o trabalho nas três áreas citadas é o objeto da modalidade concurso).
- Artigo 45 da Lei de licitações – estabelece critérios de julgamento – o mesmo está descrito no edital do concurso.
 
V – leilão
- Artigo 22, §5º da Lei de licitações – “ Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação”
- o leilão é usado exclusivamente par ao Estado vender algo que lhe pertence.
- se faz um leilão somente para vender algo e não para compra.
- venda de bens móveis inservíveis para a administração pública: aquele bem que perdeu a utilidade para o poder publico. Nesses casos, o estado vende os bens pela modalidade leilão;
- qual o valor do bem? O Estado deverá fazer uma avaliação para verificação do valor.
- OBS: É diferente de dos leilões judiciais.
- no caso de bens apreendidos, o Estado poderá realizar o leilão dos bens, através da modalidade de licitação leilão, apenas de bens legais, (ex: não pode fazer um leilão de armas apreendidas).
-Alienação de bens imóveis -> somente poderá ocorrer por meio da modalidade leilão nos casos previsto no artigo 19 da Lei de licitações. 
- Critério de julgamento: o critério para julgamento será o do maior lance.
Modalidade não incluída na lei de licitação:
Pregão – Lei 10.520/02;
-Artigo 1º: “ para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade pregão, que será regida por esta lei.”
- Para aquisição de bens e serviços comuns: o paragrafo único do artigo 1º da lei, traz a definição do que seria bens e serviços comuns. Bens cujo padrão de desempenho e qualidade são definidos objetivamente no edital. Ex.: poder publico quer comprar carteiras para uma escola municipal. O poder publico consegue definir o padrão de qualidade que almeja para as cadeiras no edital da licitação. 
- Critério de julgamento do pregão: artigo 4º, X da Lei 10.520/2002. O critério sempre será o menor preço.
TIPOS DE LICITAÇÃO 
Artigo 45 da Lei de Licitações
- exclui-se a modalidade concurso
a) Menor preço – se estabelece um padrão mínimo de qualidade do objeto que se quer. Entre as propostas que atendem esse padrão, será escolhido o de menor preço.
b) Melhor técnica – artigo 46, §1º da Lei de Licitações – a técnica que vai ser solicitada dos licitantes deverá estar clara no edital da licitação pública. Deverá estar estipulado também o valor máximo que o Estado poderá pagar.
- inciso I, II e III -> serão enviados pelo menos dois envelopes por participante, contendo, separadamente, em um envelope a técnica e no outro envelope o valor. O envelope financeiro somente será aberto se for provada a proposta técnica apresentada no primeiro envelope. 
c) Técnica e preço – Artigo 46, §2º da Lei de Licitações. Adiciona-se as etapas do parágrafo e incisos anteriores e mais os deste paragrafo
d) Maior lance ou oferta – critério objetivo / parte-se de uma avalição por parte do estado. Ganha quem dá o maior lance.
OBS: Modalidades e Tipos de licitações 
Concorrência -> tipo: maior lance, menor preço, melhor técnica e técnica e preço;
Tomada de preço -: tipo: maior lance, menor preço, melhor técnica e técnica e preço;
Convite -> tipo: maior lance, menor preço, melhor técnica e técnica e preço;
Concurso -> tipo: artigo 45, §1º da lei de licitações – não se aplica os tipos a modalidade concurso, pois este é para a escolha de trabalhos técnico, científicos ou artísticos.
Leilão -> tipo: maior lance ou oferta. Artigo 22, §5º da Lei de licitações 
Pregão -> tipo: menor preço. Artigo 4º, inciso X da Lei 10.520/2002
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Aula do dia 19/08/13
(LER no livro da Maria Silvia de Pietro, no tópico que ela fala sobre adm. Publica – ela estabelece possíveis diferenças em procedimento licitatório.)
Procedimento de licitação – Artigo 38 e seguintes da Lei de Licitações
Edital -> Apresentação
Fase de elaboração 
Fase interna: o conteúdo que vai estar dentro do edital (objeto, texto) do processo de licitação, o Estado para licitação desse contudo irá se utilizar da discricionariedade administrativa.
Fase externa: se inicia a partir da publicação do edital de licitação, passando a vincular as partes (a administração publica e o licitante), ambos passam a estar vinculados ao que está escrito no edital. Artigo 41 da Lei de Licitações ( a administração não pode descumprir as normas e condições do edital..). Não se muda as regras do edital ao bel prazer do estado, não podendo também desrespeitá-las. Ou seja, por exemplo, o estado não poderá no meio do procedimento licitatório mudar o objeto, entre outros. Contudo, meras correções podem ser realizadas, o que não pode é realizar mudanças significativas.
O que deve conter um edital? O mínimo de informações/requisitos que o edital deverá conter está disposto no artigo 40 da Lei de Licitações. Quem for realizar o edital, bem como quem for participar do processo de licitação deverá observar se todos esses requisitos obrigatórios estão presentes. Isto pois existe prazo para impugnar a licitação publica, e não fazendo nesse prazo, decaindo (decadência) do direito de impugnar. O referido prazo é de 05 dias úteis antes da data de abertura dos documentos constitutivos para habilitação da empresas interessadas em participar do procedimento licitatório. Artigo 41 da LL. Existem dois prazos distintos, um para o cidadão que não esta participando do processo de licitação que é de 05 dias, e outro prazo, de 02 dias para o licitante. Com a perca do prazo não tem mais como impugnar o edital perante a administração publico, contudo poderá se recorrer ao judiciário, se presentes ilegalidades, entretanto, corresse o risco de o poder judiciário entender que não há ilegalidade, mas apenas a pratica da discricionariedade administrativa, não julgando o mesmo.
Após serão recebidos os documentos e as propostas, os quais são entregues separadamente 
a)Documentos 
b)Propostas – este envelope, se não estiver fechado, o Estado irá lacra-lo no momento da entrega. Pode ser apenas um envelope ou até três. 
5) Ultrapassadas as fases de recebimento da proposta e da documentação constitutiva das empresas, vão para a fase de habilitação
6) Habilitação – será verificada a idoneidade, reputação da empresa. O artigo 27 da LL traz o que será analisado na fase da habilitação, quais sejam:
- habilitação jurídica – prevista no artigo 28 da LL – ligada a analise de documentos constitutivos da empresa
- qualificação técnica – prevista no artigo 30 da LL – voltada para comprovação de experiência anterior da empresa (quando essa é exigida) e etc.
- qualificação econômica financeira – prevista no artigo 31 da LL – verificar a saúde financeira da empresa, a condição financeira da empresa. Verificar se a empresa tem condições de suportar um contrato com o poder público. O artigo 31 traz as garantias possíveis de se exigir da empresa que participara do procedimento licitatório. Empresas em recuperação judicial não podem participar do procedimento de licitação. A empresa tem que apresentar para o estado uma possível garantia (da situação econômica da empresa) que se a mesma for escolhida poderá se efetivar (a garantia). No caso da prestação de serviços continuados (disposto no §3º do artigo 31) se exige da empresa um patrimônio liquido (livre, desembaraçado, sem alienações) no valor de até 10% do valor da obra. Esses requisitos dispostos no r. artigo, serve para que o Estado tenha a garantia que o contrato será cumprido se determinada empresafor vencedora do procedimento de Licitação
- regularidade fiscal e trabalhista – previsto no artigo 29 da LL – não pode se exigir mais do que já está disposto neste artigo. Será necessário as três certidões solicitadas no inciso II (não pode ser uma ou outra). Caso a empresa tenha varias sedes, uma em Maringá, outra em Curitiba e outra em Londrina, tendo a sua matriz em São Paulo, será necessária a comprovação através das certidões da empresa que esta participando do procedimento. (se a licitação for da prefeitura de Maringá, e a empresa que estiver participando for a sede de Maringá, as certidões estaduais e municipais seram de Maringá). A certidão negativa com efeitos positivos, prova que o Estado aceitou o parcelamento da dívida, logo, se o estado o aceitou, não teria então empecilho para a participação da licitação. No caso do acordo trabalhista, a empresa que estiver com prestações do acordo a vencer ainda, não poderá participar do procedimento licitatório, mesmo que tenha parcelado os débitos da reclamação trabalhista.
- cumprimento do disposto no artigo 7º, XXXIII da CF. – respeitar a regra da CF quanto a proibição do trabalho de menores.
OBS: uma empresa que foi desabilitada em um determinado processo de licitação em razão de possuir débitos com a fazenda pública, ajuizou ação no intuito de reverter a decisão administrativa sob o fundamento de que a exigência de regularidade fiscal em licitação afronta o artigo 37, inciso XXI da CF. O argumento utilizado tem respaldo jurídico? Fundamente a resposta.
Resposta: Não tem respaldo jurídico. A interpretação correta do artigo 37, XXI é que o “somente”, contido no artigo, é que a CF quis ressaltar a qualificação econômica e financeira.
7) Passada a fase de habilitação, as empresas que não atenderem os requisitos da habilitação, saem do procedimento licitatório. Os envelopes contendo os documentos, bem como as proposta será devolvidos a empresa desclassificada.
8) Classificação 
- Nessa fase será colocado em evidência o tipo da licitação.
- O artigo 48 traz quando uma proposta será desclassificada. (no §3º o Estado exerce seu poder discricionário do Estado em poder conceder, se quiser, diante do fato de todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, o prazo de 08 dias para que as empresas apresentem nova documentação )
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Aula do dia 02/09/13
Contratos Administrativos 
Conceitos 
Hely Lopes Meirelhes: “é todo ajuste celebrado pela administração pública, que agindo nesta qualidade firma com o particular para a consecução de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria administração.
Celso Antônimo Bandeira de Mello: “é um tipo de avença travada entre a administração pública e terceiros, no qual por força de lei, de cláusulas pactuadas ou do tipo do objeto, a permanência do vinculo e as condições pré-estabelecidas as sujeitam-se a cambiáveis imposições de interesse público, ressalvando os interesses patrimoniais do contratante privado. 
Vamos estudar os contratos administrativos, que são considerados típicos, ou tipicamente administrativos. Os contratos unilaterais é o objeto do nosso estudo, e não os contratos bilaterais.
Contrato celebrado entre a administração publica e o particular
Supremacia do interesse público – isso tem relevâncias praticas dentro do contrato celebrado.
As condições contratuais são elaboradas pelo estado, são elaboradas pela Administração pública. Ou seja, o contrato tipicamente administrativo é um contrato de adesão. Isso é bom para o Estado quando age em prol do interesse público. 
Contrato disciplinado por leis e clausulas pactuadas.
Lei 8.666/1993, artigo 54 e seguintes.
Lei 8.987/1995
- A parte que adere ao contrato ira preencher algumas clausulas estabelecidas.
Os vínculos e as condições preestabelecidas do contrato, estão sujeitas a cambiáveis, ou seja, estão sujeitas à alterações. Artigo 58 e seguintes (possibilidade de alterar, ou reincidir unilateralmente o contrato). É possível alterar em razão de um interesse publico justificável, contudo se houver essa alteração os interesses patrimoniais do particular deverão ser respeitados. Se o Estado partir para um rescisão unilateral do contrato, e ficar provado que o particular terá prejuízos com tal ação, o interesse do particular deverá ser preservado. Contudo, a indenização possui parâmetros e regras que serão estudados ao decorrer da matéria.
Lei 8.666/1993, em seu artigo 2º, paragrafo único, traz o conceito de Contratos administrativos: “Para os fins desta lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formação de vinculo e a estipulação de obrigações reciprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Características dos Contratos Administrativos
a)Presença de cláusulas exorbitantes – cláusulas que extrapolam a regras estipuladas pelo direito civil. Exorbita regras do contrato civil. Vão além das estipuladas pelas regras do contrato civil. (ex: rescisão do contrato de forma unilateral pode ocorrer no contrato publico tipicamente administrativo). O artigo 58 da Lei 8.666/93, dispõe sobre as prerrogativas que o poder público possui, quais sejam:
a.1 – modificação unilateral das cláusulas para melhor adequação ás finalidades de interesse público. Contudo a modificação deverá estar dentro do limite da lei, podem ocorrer nos casos elencados no artigo 65, inciso I da Lei de Licitações. A alteração unilateral pode ocorrer em até 25% do valor de obras, serviços e compras. Nos casos das reformas, é possível ter uma modificação nos acréscimos de até 50% do valor. 
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2º BIMESTRE
Aula do dia 07/10/2013
Intervenção do Estado na Propriedade Privada
a)Direito a Propriedade
b)Função Social da Propriedade – o estado pode intervir na propriedade quando não se esta cumprindo a função social da propriedade.
Quando for urbana – artigo 182 da CF/88
Quando for rural – Artigo 184 da CF/88
As formas de intervenção na propriedade não se limitem as questões de não cumprimento da função social. Pois existe a possibilidade de intervenção em razão de um interesse publico que justifique a medida. O estado mesmo existindo uma propriedade privada, que cumpra com sua função social, poderá intervir em razão de interesse público. 
São elas:
1º Servidão Administrativa:
Conceito (Maria Silvia de Pietro): “Servidão administrativa é o direito real de gozo de natureza pública instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade púbica ou por seus delegados em favor de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”.
Direito real de gozo: quando se fala em servidão o estado não esta expropriando o bem, o particular não esta perdendo o bem para o estado, mais esta ocorrendo uma limitação do gozo, do uso dessa propriedade pelo particular. A propriedade continua sendo do particular, não se transfere a propriedade pro estado. É uma limitação. O estado poderá utilizar parte da propriedade onde se realizara a servidão. O estado não será o proprietário. 
Não existe um máximo de servidão estabelecida sobre determinada propriedade. O que existe é uma limitação que decorre do caso concreto.
O interesse publico irá prevalecer, contudo o interesse do particular deverá ser respeitado (o interesse deverá ser preservado, e pode ser indenizado). Se o estado necessita da servidão para fins de interesse público relevantes (ex: saneamento básico), e se não houver uma alternativa, não se pode barrar, suspender ou impedir a realização da servidão administrativa, pois o interesse público prevalece sobre o direito privado. 
A lei não estabelece um limite, contudo se essa servidão acabar por inutilizar para o proprietário, ou minorar significativamente o uso para o mesmo? R: Nesse caso, cabe ao proprietário pleitear na justiça a conversãoda servidão em desapropriação, a fim de que o estado pague o valor “total” do imóvel, pois nesse caso o fundamento é de que o estado deveria ter desapropriado o imóvel e não apenas estabelecido servidão, portanto esta seria ilícita.
Qual a indenização que o particular tem, pelo fato do estado estar se utilizando de sua propriedade? A jurisprudência estabelece que as indenizações giram de 10 á 30% da faixa onde se estabelece a servidão.
Entidade pública ou delegados: Podem exercer a servidão pública a administração pública direta e indireta, os delegados, as concessionarias.
A servidão se estabelece em razão de um serviço público, ou em razão de o bem afetado ser de utilidade pública. Decreto-lei 3.365/41, em seu artigo 5º, trata da desapropriação, contudo, fala sobre os casos de necessidade e utilidade pública.
Quando se fala que a servidão é de natureza pública, não se pode esquecer que existe servidão de direito privado.
Principiais características da servidão administrativa 
Natureza publica
Servidão estabelecida em razão de um serviço publico ou de utilidade pública
Quem pode fazer é a entidade pública e os entes delegados
Não se transfere a propriedade 
Direito real de gozo – o estado limita o uso da propriedade por parte do particular;
Em regra, não é indenizável: a indenização só se justifica se ficar comprovada a limitação do gozo pelo proprietário privado;
Possui caráter definitivo – prazo indeterminado. Isso fica constando, é averbado no registro do imóvel, não possuindo prazo de validade. Uma servidão só vai deixar de existir se perder o interesse público, a finalidade pública.
Tem o atributo da imperatividade – atos de império; 
Ato formal – a servidão tem que ser estabelecida por escrito? Nas servidões especificas que se individualiza o objeto, será necessário a formalidade. Nas servidões genéricas não é preciso. 
Servidão administrativa e meio ambiente 
José Afonso da Silva: “o objeto de tutela jurídica não é tanto o meio ambiente considerado nos seus elementos constitutivos. O que o direito visa a proteger é a qualidade do meio ambiente, em função da qualidade de vida. Pode-se dizer que há dois objetos de tutela no caso: um, imediato, que é qualidade do meio ambiente; e outro mediato, que é a saúde, o bem estar e a segurança da população, que se vem sintetizando na expressão qualidade de vida.”
A administração publica ao realizar uma servidão administrativa, ela também tem que verificar o impacto desta servidão no meio ambiente.
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Aula do dia 08/10/2013
2º Desapropriação
Conceito (Celso Antônio Bandeira de Mello):”Do ponto de vista teórico pode-se dizer que a desapropriação é o procedimento através do qual o poder público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a adquire, mediante indenização, fundado em um interesse público. Trata-se, portanto de um sacrifício de direito imposto ao desapropriado”.
Procedimento – Poder publico -> não é apenas uma limitação de gozo, mais sim do bem por inteiro, em razão de interesse público existente. Trata-se um procedimento composto por um conjunto de atos ( não acontece simplesmente porque o prefeito quer), é montado um processo de desapropriação, que esta tipificado no Decreto-lei nº 3365/41. Conjunto de atos.
Compulsório -> é um ato administrativo, realizado pelo poder público, contudo se tem preservado a característica da compulsioriedade, pois é um ato administrativo típico, unilateral, o estado manifesta a sua vontade e em razão disso irá adquirir um direito em função de um interesse publico relevante.
Atos de império – a desapropriação se manifesta independente da vontade, da concordância do particular. 
Indenização -> embora seja um ato administrativo compulsório, os interesses patrimoniais privados, tem que ser respeitados. O direito do particular, embora vá sucumbir a um interesse público relevante, deverá ser preservado. O elemento que compõem a desapropriação é o direito á indenização. Diferente de outro ato administrativo chamado confisco, quando o estado toma a propriedade em razão da pratica de atos ilícitos na mesma (ex. plantio de plantas entorpecentes).
Mesmo cumprindo sua função social, a propriedade pode ser objeto da desapropriação, contudo se terá direito a indenização nos moldes do disposto no artigo 5º, XXIV da CF.
Justa indenização seria o valor real do imóvel na época de sua desapropriação, conforme os entendimento jurisprudências.
Contudo, se a propriedade não cumprir sua função social a própria CF estabelece critérios indenizatórios diferenciados. Se a propriedade for urbana, será indenizada na forma do artigo 182, §4º, III, será pago em títulos da divida pública, em papeis do estado, resgatado no prazo de 10 anos. Se a propriedade for rural, a indenização será pautada no artigo 184 da CF, que dispõe que o pagamento será feito através de títulos ada dívida pública, resgatado no prazo de 20 anos.
(Ely Lopes Meireles): “Desapropriação ou expropriação é a transferência compulsória da propriedade particular ou publica de entidade de grau inferior para superior para o poder público ou seus delegados, por utilidade, necessidade, pública ou, ainda, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro (artigo 5º, XXIV da CF), salvo as exceções constitucionais de pagamento em títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, no caso de área urbana não edificada, subutilizada, ou não utilizada (artigo 182, § 4º, III da CF), e de pagamento em títulos da dívida agraria, no caso de reforma agraria, por interesse social (artigo 184 da CF).
Transferência compulsória ->
a)Propriedade particular – que passa para o estado
b)Pública – inferior/superior – pode ser de uma propriedade pública. Artigo 2º, §2º do decreto-lei nº 3365/41. Trata-se aqui de um ato complexo, duas vontades independentes para se tornar um ato.
Poder público / delegados -> a desapropriação pode ser realizada pelo poder público e também pelos seus agentes delegados, artigo 3º do decreto-lei 3365/41. A concessionária, por exemplo, é legitima para propor a desapropriação, contudo, esse bem, vai para quem? R: PESQUISAR
Fundamentações da desapropriação:
Utilidade pública: “a utilidade pública apresentasse quando a transferência de bens de terceiros para a administração é conveniente, embora não seja imprescindível.”
Previsto no decreto-lei 3365/41, no artigo 5º: 
Necessidade pública: “a necessidade pública surge quando a administração defronta situações de emergência que para serem resolvidas satisfatoriamente exigem a transferência urgente de bens de terceiros para o seu domínio e uso imediato.”
Previsto no decreto-lei 3365/41, no artigo 5º
Atos urgentes 
Interesse social: “o interesse social ocorre quando as circunstancias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em beneficio da coletividade, ou de categorias sociais merecedoras de amparo especifico do poder público”.
Previsto na lei 4.132/61
Nesse caso, de desapropriação por interesse social, a propriedade não vai para o Estado necessariamente, mas sim para o nome de terceiros. (ex: projetos para o minha casa minha vida – o dono não será o Estado, mas sim aquele que esta fechando o projeto, quem esta comprando)
Fases da desapropriação 
A)Declaratória: a declaração expropriatória considerada de maneira objetiva, apresentasse como um ato administrativo que consubstancia a projeção da vontade do Estado formalmente expressa, síntese de uma séria de providências anteriores, fatos administrativos, ou operações administrativas, tais como estatísticas, inquéritos, planos, plantas, gráficos, levantamentos, avaliações e outros, que cominam no convencimento valorativo, ementado por pronunciamento transitativo do mundo exterior. 
A primeira fase é a declaratória. Trata-se de ato administrativo (manifestação unilateral da vontade do Estado), logonão há necessidade de concordância da outra parte. É um ato escrito, ou seja formal, possui forma definida, sendo escrito através de um decreto publicado no diário oficial.
É fruto de uma síntese – seria um resumo de tudo o que foi feito no processo administrativo que corre junto ao órgão publico. O decreto expropriatório acontece, mas tem por trás de todo um processo administrativo que justifica a ação do Estado. 
Surge a partir de um convencimento valorativo – ocorre portanto um ato discricionário por parte da administração publica. É o poder publico que vai definir se determinada situação é de necessidade, utilidade ou interesse social. Caberá ao poder judiciário nesse caso analisar a legalidade do ato.
1°) - Quem tem competência?
DECRETO LEI 3365/41
Art. 6o A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito.
Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.
2º) - A partir de qual momento o ato declaratório acontece, existe tempo para que o poder público comece a segunda fase, qual seja, executória? E se existe, o que acontece se esse prazo não for cumprido, existe alguma sanção?
DECRETO LEI 3365/41
Art. 10.  A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará.  (Vide Decreto-lei nº 9.282, de 1946).
Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração. 
Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
3º) - A partir do momento desse ato declaratório, o Estado já possui a posse, ou necessita finalizar a fase executória?
DECRETO LEI 3365/41
Não transfere a posse na fase declaratória ao expropriante, portando o expropriado/proprietário poderá continuar usufruindo de sua respectiva posse, ressalvado o direito do expropriante em casos de urgência imitir a posse provisoriamente, conforme consta do artigo 15 do Decreto Lei nº 3365/41.
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens;
EXECUTÓRIA Pode ser administrativa ou judicial, compreendendo os atos, através dos quais o poder público promove a desapropriação. Será administrativa quando houver acordo entre as partes a cerca da indenização, devendo ser reduzido a termo para a transferência do bem expropriado. Não havendo acordo, cabe ao Poder Público obedecendo ao que prescreve o Decreto Lei 3365/41 (utilidade e necessidade pública) e Lei 4132/62 (interesse social), dar início a fase executória.
- Indenização: via administrativa: valor de mercado, através de avaliações feitas por imobiliárias registradas no local onde se encontra o imóvel. Via judicial: Poderá também ser feito através de perícia, sendo a fim arbitrada pelo juiz. 
“Maria Sylvia de Pietro – No valor indenizatório devem ser incluídas as seguintes parcelas: valor do bem expropriado; lucros cessantes e danos emergentes; juros compensatórios (no caso de ter havido imissão provisória na posse); juros moratórios (em relação ao atraso do pagamento da indenização); honorários advocatícios; custas e despesas judiciais; correção monetária; e por fim, despesas com desmonte e transporte de mecanismos instalados e em funcionamento.”
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Aula do dia 28/10/2013
Agentes públicos – exercem funções públicas.
-> Políticos: Qualidade pessoal – exercem cargos eletivos – presidente, ministros, governador, prefeito, secretários, deputado, senador, vereador.
-> Servidores estatais – prevalece a qualificação técnica e o nível de escolaridade. Vai verear dependendo da função que é exercida. 
1º Servidores públicos: 
- Conceito aberto. Não é possível definir um parâmetro exato para definir quem é o servidor público. 
O que caracteriza o servidor...
É aquele que tem um vinculo de trabalho profissional com pessoas de direito público (para administração publica direta, autarquias e fundações). Esse vinculo ocorre com as pessoas jurídicas de direito público. O regime, se é CLT ou estatutário, no presente momento não se tem uma definição clara em qual se encaixaria o servidor.
->Existem servidores que ocupam CARGO e outros que ocupam EMPREGOS.
Os que ocupam CARGOS PÚBLICOS: umas das caracteristícas do cargo é que o regime de contratação é o regime estatutário. Quando se fala em estatuto, nada mais é do que uma lei que disciplinara direitos e obrigações. 
A regra geral, é a oq eu determina a constituição federal do Brasil, quem ocupa cargo, deverá observar as leis contidas nesta. Disposto nos artigos 37 ao 41. Tirando a normas estabelecidas CF, cada entidade pode ter seu estatuto próprio.
-nível federal – lei 8.112/90
- nível municipal – cada município pode ter seu próprio estatuto, disciplinando seus cargos públicos.
- nível estadual – os estados também podem ter seus estatutos próprios para disciplinar os cargos públicos.
2º Servidores de pessoa governamental de direito privado
- é o caso de quem trabalha, por exemplo, na Caixa Econômica Federal, ou seja, para quem trabalha para as sociedades de economia mista e para as empresas públicas.
-> Agentes delegados – são aqueles que tem contrato administrativo com o Estado, e através deste contrato administrativo eles passam a ter a execução de um serviço público. O agente delegado tem a delegação de um serviço público, podendo portanto exercer o poder de policia, realizar desapropriações e etc.
->Honoríficos: São os particulares em colaboração com a administração pública. Ex: mesários, jurados.
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Continuação...... SERVIDOR PÚBLICO 
ESTATUTOS (para disciplina do cargo público)
->Será adotada a lei federal nº 8112/90 para o estudo sobre estatutos.
a)Esta lei disciplina o  regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais 
b)no artigo 3º traz a definição do que é cargo público: “Art. 3o  Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
O cargo pertence ao Estado. O servidor exerce as atribuições inerentes ao cargo, enquanto nele estiver.
c)No artigo 5º tem-se alguns requisitos mínimos para que alguém ocupe um cargo federal:  
“Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em cargo público:
        I - a nacionalidade brasileira (regra, tem exceções); (um argentino naturalizado brasileiro prestou concurso... é possível ele ocupar o cargo? R: SIM)
- A lei no caso não distingui brasileiro nato ou naturalizado, pois a única lei que pode fazer isto é a constituição federal. A CF traz um rol taxativo, no artigo 12, §3º de cargos que só podem ser ocupados por brasileiros natos. 
        II - o gozo dos direitos políticos; (tem que estar na plenitude dos direitos políticos, ou seja, ter o direito de votar e o direito de ser votado)
        III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
        IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; (depende do cargo que será ocupado)
        V - a idade mínima de dezoito anos;
        VI - aptidão física e mental. 
- o estado pode estabelecer um edital na hora do concurso público, teste de esforço físico para servidores, para todos os cargos públicos? R: A exigência na prova de concurso, na etapa de esforço físico, dependera do cargo que é objeto do concurso. Se o cargo justifica o teste de esforço físico é possível ser cobra isso então na prova. 
-Deverá mostrar os exames para verificação da saúde? Pode ser exigido tais exames? R:cada caso seráanalisado individualmente, não se tem uma regra fechada. Existem situações na justiça em que o Estado não esta obrigado a aceitar um candidato doente (Ex: doença terminal, agressiva). Se há uma possibilidade real de que não existe cura, o Estado não esta obrigado a aceitar esse tipo de pessoa exercendo temporariamente o cargo, visto que geraria ônus para o Estado (ex: pensão pós-morte). Tudo depende muito da situação, do cargo que se esta analisando. Ex: diabético, para exercer um cargo administrativo, e lhe é negado tal cargo, poderá então entrar com uma ação contra o Estado, o que o possibilitará exercer o cargo, visto que esse tipo de doença, para o cargo em questão, não existiram impedimentos. OU SEJÁ, em alguns casos o Estado tem o direito de intervir e em outros casos não tem.
Quanto a aptidão mental – como se pode mensurar a aptidão mental? Através de testes. Dependendo da função que será exercida, este é um teste fundamental. O problema esta em como esse teste é aplicado. Embora essa aplicação tenha uma certa subjetividade, o entendimento que se tem é que a aplicação do teste mental, ele tem que ser um teste objetivo, extremamente objetivo, e a psicologia apresenta varias teoria e vários tipos de aplicação de teste que cientificamente comprovam o seu resultado. O que se busca é que esse teste seja o mais possível objetivo destro dos padrões da psicologia, para não entrar na subjetividade extrema. A entrevista pode ser um dos critérios para aprovação do cargo, contudo não pode ser o único critério.
        § 1o  As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
        § 2o  Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
     
-Existe a possibilidade de se ter estrangeiro ocupando cargo público federal? SIM. Artigo 37, I da CF (os cargos, empregos e funções, são acessíveis ao brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei). A nossa Cf permite que estrangeiros ocupem cargos público, sendo possível na forma da lei, o que faz então o artigo 5, §3º da lei 8112/90.
   § 3o  As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.”
d)Artigo 8º disciplina as formas de provimento.
  Art. 8o  São formas de provimento de cargo público:
        I - nomeação; Celso Antônio Bandeira de Melo: diz que nomeação é a forma originaria de provimento, ou autônoma. Fala-se de alguém que esta assumindo o cargo.
José é analista da receita federal a 25 anos, e Maria, que não trabalha, vão prestar concurso para auditor da Receita Federal. José terá privilégios em frente de Maria? NÃO. Será provido no cargo independentemente do vinculo anterior com Estado. 
        II - promoção; para alguém ser promovido, obrigatoriamente já terá que exercer um cargo público. Forma de provimento considerada derivada, pois primeiro já tem que se ter um cargo público. É considerada também como derivada vertical, pois a pessoa esta subindo de cargo. 
Todo cargo público tem essa forma de provimento? Tem a possibilidade de promoção? R:NÃO. A promoção é entendida para aqueles cargos considerados verticais, ou seja, cargos em que se tem a possibilidade de ascensão na carreira. Cargos horizontais, não tem a figura da possibilidade de promoção. Não se pode confundir promoção com possíveis vantagens em virtude do tempo que trabalha na servidão pública.
Quais os critérios para a promoção? R:O estatuto estipula dois critérios: 1º antiguidade/ 2º merecimento. 
        III - readaptação;
        IV - reversão;
        V - aproveitamento;
        VI - reintegração;
        VII - recondução.

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