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Petroquimicos Basicos

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Petroquímicos Básicos 
Grupo 2: 
Bárbara Archanjo 
Jéssica Ibata 
Ludmila Santos 
Nathália Toledo 
Thuanni Ciappina 
1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
CAMPUS DIADEMA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 
Unidade Curricular: Processos Químicos Industriais 
 
Resumo 
2 
 Nessa apresentação, visa-se expor o 
tema Petroquímicos Básicos, com breve 
histórico da Indústria Petroquímica Brasileira, 
assim como sua situação atual; a divisão dos 
produtos petroquímicos nas principais 
gerações; os principais processamentos 
envolvidos, bem como as aplicações dos 
produtos finais da indústria petroquímica. 
Introdução 
O que são as substâncias petroquímicas: 
• Qualquer produto derivado de petróleo ou gás 
natural; 
• São compostos decorrentes da decomposição 
da matéria orgânica; 
• São compostos orgânicos, constituídos 
principalmente por cadeias carbônicas longas. 
 
 
3 
Motivações: 
 
• A primeira e maior motivação para o grande 
desenvolvimento da indústria petroquímica foi a 
criação de explosivos para a Segunda Guerra 
Mundial; 
 
• Produção de fontes de energia, tanto para 
termoelétricas quanto para os automóveis; 
 
• Abundância e preço relativamente baixo das 
matérias primas. 
4 
Formação do petróleo e do gás natural: 
5 
Figura 1 - Representação esquemática de como é a formação do petróleo e gás natural. 
Composição Básica do Petróleo e Gás Natural: 
 
• Há três grupos principais que compõem essa 
classe: Parafinas (alcanos), Aromáticos e Nafta; 
 
• Nafta: É uma mistura de alcanos, cicloalcanos e 
aromáticos com ponto de ebulição entre 20 e 
200°C, além de possuir entre 4 e 12 carbonos na 
cadeia carbônica; 
 
• Há também nitrogênio e enxofre na composição, 
porém em baixas concentrações. 
 
6 
7 
Figura 2 - Diagrama comparando o ponto de ebulição de vários componentes do petróleo. 
Torre de destilação do petróleo 
8 
Figura 3 - Representação esquemática da torre de destilação do petróleo 
Petroquímicas no Brasil: 
 
• Iniciou-se em 1950 quando o plástico se tornou um 
produto com alta demanda; 
• O crescimento das petroquímicas no Brasil se iniciou após a 
criação da Petrobrás em 1953; 
• O conselho nacional do petróleo implantou o monopólio da 
exploração estatal. Este só dissolvido em 2002; 
• Nos anos 80 ocorreram as crises do petróleo causando um 
recesso no desenvolvimento da indústria petroquímica. 
Esta atividade só se estabilizou após o Plano Real ser 
implantado; 
• A principal matéria prima da cadeia petroquímica no Brasil 
é a Nafta; 
• Principais polos petroquímicos integrados com a fonte de 
matéria prima são: Capuava (SP), Camaçari (BA), Triunfo 
(RS) e Duque de Caxias (RJ). 
9 
 Divisão dos produtos: 
 
• 1ª Geração: são todos aqueles derivados 
diretamente da matéria prima básica, isto é, 
aqueles que são produzidos a partir do gás 
natural e da nafta; 
 
• 2ª Geração: são todos aqueles derivados de 
produtos de 1ª geração; 
 
• 3ª Geração: produtos derivados dos 
petroquímicos de segunda geração, sendo que 
apresentam alto valor agregado. 
 
10 
11 Figura 4 - Fluxograma contendo as gerações e seus respectivos produtos. 
Processos importantes: 
 
• Grande parte dos processos de separação das 
matérias primas são métodos físicos; 
 
• Porém, a maioria dos produtos finais são derivados 
de conversões químicas; 
 
• 1ª transformação de correntes petrolíferas: 
processos físico-químicos (craqueamento a vapor, 
pirólise, reforma a vapor, reforma catalítica etc). O 
restante das transformações envolvem o 
processamento dos produtos primários. 
 
 
12 
Precursores petroquímicos 
  Matérias primas básicas: 
• GLP; 
• gás natural; 
• gás dos processos de craqueamento; 
• os destilados líquidos (C4 a C9); 
• os destilados de processos de craqueamento especiais; 
• frações cíclicas de aromáticos. 
 
 
 Misturas são separadas nos seus constituintes nas refinarias de 
petróleo e convertidas quimicamente nos precursores reativos, 
antes de serem sujeitas às conversões químicas necessárias para a 
fabricação dos diversos petroquímicos usados ativamente pelas 
indústrias. 
13 
14 
Os precursores petroquímicos são substâncias 
convertidas a partir do gás natural, do gás de 
craqueamento, do GLP e de frações de cadeia fechada. 
Estes precursores ou são convertidos quimicamente a 
partir dos materiais do petróleo natural bruto, ou são 
isolados de frações de craqueamento. Os principais 
precursores tabelados na Tabela 1 são: 
 
•Acetileno; 
•Propeno; 
•Benzeno; 
•Xilenos; 
•Eteno; 
•Buteno; 
•Tolueno; 
•Naftalenos. 
 
 
15 
Tabela 1– Operações unitárias na separação de olefinas e aromáticos como 
precursores de petroquímicos. 
16 
NAFTA 
 
Corte de destilação usualmente na faixa 
de temperatura de 20 a 200 °C. 
Mistura de hidrocarbonetos (C5 a C12) 
rica em compostos parafínicos, 
naftênicos e aromáticos. A partir da 
nafta diversos produtos podem ser 
obtidos como eteno, propeno, 1-
buteno, 1,3-butadieno, isopreno, 
benzeno, tolueno, p-xileno, etc. 
 
 
• Principal matéria-prima para indústria petroquímica para a 
produção dos insumos básicos para as indústrias de 2ª 
geração, responsáveis pela obtenção de polímeros como 
polietileno e poli-propileno, entre outros produtos. 
 
Principais Petroquímicos Básicos 
 
• Importância econômica e geopolítica do petróleo não se 
restringe apenas ao seu uso como fonte de energia, ela também 
está diretamente relacionada à indústria petroquímica; 
 
• A partir da destilação do petróleo é possível obter-se uma série 
de produtos, os quais serão insumos para outros novos 
produtos, que são a segunda e terceira geração. Esse efeito 
cascata de obtenção de novos produtos representa cerca de 90% 
dos produtos químicos obtidos em escala industrial; 
 
• Na escolha das matérias-primas para um projeto petroquímico 
leva-se em consideração o conjunto de condições econômicas 
para sua obtenção e processamento (exemplo: processamento 
do eteno). 
 
 
18 
Tabela 2 - Produtos da pirólise do etano. 
Tabela 3 - Produtos da pirólise da nafta. 
Principais Petroquímicos Básicos 
Eteno: 
 
•Mais importante em termos de volume, número de 
derivados e valor de venda; 
•Dois átomos de carbono ligados enter si por meio de 
uma dupla ligaçãoe cada qual ligados a dois átomos de 
hidrogênio; 
•Grupo das olefinas; 
•Obtido a partir do craqueamento na nafta ou a partir 
do etano do gás natural; 
•2ª geração: o polietileno (PE), policloreto de vinila 
(PVC) e o poliestireno (PS); 
 
•Polietileno (PE): 
•processamento passa por três unidades principais: 
compressor, reator e unidade de separação (alta ou baixa 
densidade); 
 
•(polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno linear 
de baixa densidade (PELBD), polietileno de média 
densidade (PEMD) e polietileno de alta densidade (PEAD); 
 
• sacolas plásticas, filmes e embalagens para a indústria de 
alimentos, frascos e recipientes para a indústria cosmética e 
de higiene e limpeza, engradados para bebidas, lonas e silos 
para plasticultura, caixas d’água, fios e cabos elétricos, 
tubos para água e gás, tanques de combustível e 
entressolas de calçados; 
•Policloreto de vinila (PVC): produtos amplamente 
utilizados no campo da construção civil, como tubos 
e conexões, janelas, portas, pisos, forros e telhas, e 
também em bolsas de soro fisiológico e sangue, 
tubos de irrigação e galpões utilizados na 
agricultura; 
 
•Poliestireno (PS): é uma combinação de eteno e 
benzeno e é utilizado na fabricação de produtos 
plásticos descartáveis e revestimentos internos de 
eletrodomésticos.Propeno: 
 
•Gás incolor e altamente inflamável; 
•Segundo em importância como matéria-prima 
petroquímica; 
•Grupo das olefinas; 
•Obtido a partir de quatro fontes: como co-produto 
do craqueamento da nafta, como produto do refino 
do petróleo off-gases do craqueamento, pela 
desidrogenação do propano ou pelo processo de 
metátese: reação de eteno e buteno; 
•3 tipos de propeno, classificados de acordo com 
seu grau de pureza; 
•De 50% a 70% : produção de cumeno (um 
intermediário na síntese de outros compostos 
químicos como o fenol e a acetona) e álcool 
isopropílico; 
•De 92% a 96% : para fazer acrilonitrila, oxo-
álcoois, óxido de propeno, cumeno, álcool 
isopropílico e ácido acrílico; 
•Maior que 99,5% : produção de polipropileno e 
elastômeros eteno-propeno; 
•Terceira geração: encontrados no setor 
automobilístico, plásticos e fibras acrílicas. 
Butadieno: 
 
• Gás incolor; 
• Grupo das olefinas; 
• Obtido principalmente como subproduto na fabricação 
de eteno; 
• Mais de 80% de sua demanda associada à indústria de 
pneumáticos; 
• Principal aplicação no setor de elastômeros, como a 
borracha butadieno-estireno, borracha de polibutadieno, 
adiponitrila, látex estireno-butadieno, neoprene, resinas 
acrilonitrila-butadieno-estireno, borracha nitrílica, e 
também adesivos de látex, tintas, tubos, revestimentos 
de papel, peças automotivas e fabricação de fungicidas 
(captano e captafol). 
Benzeno: 
 
•Líquido, inflamável, incolor e um composto tóxico; 
•Grupo dos aromáticos; 
•Obtido a partir de seis métodos, sendo os 
principais a reforma catalítica e pirólise da gasolina; 
•Utilizado, sobretudo, para produção de outros 
produtos petroquímicos uma vez que sua 
toxicidade limita seu uso como solvente; 
•(2ª g.) Estireno ⇨ (3ª g.) polímeros e plásticos; 
•(2ª g.) Fenol ⇨ (3ª g.) resinas e adesivos (via 
cumeno); 
•(2ª g.) Caprolactama ⇨ (3ª g.) nylon. 
Tolueno: 
 
•Líquido, incolor, volátil, inflamável; 
•Grupo dos aromáticos; 
•4º do ranking em importância, atrás de eteno, benzeno e 
propeno; 
•Derivado de frações do petróleo contendo metil-cicloexano 
desidrogenadas cataliticamente, e é produzido tanto na forma 
pura como componente de misturas; 
•Principal uso como mistura (benzeno-tolueno-xileno / BTX) na 
gasolina; 
•Tolueno puro ⇨ solvente ou removedor de tintas, adesivos, 
tintas de impressão, produtos farmacêuticos e como aditivo de 
cosméticos. 
 
• Resumo do processo utilizando a nafta como matéria-prima: 
27 
Craqueamento nos fornos de pirólise visando a 
produção de olefinas (alcenos), especialmente 
eteno e propeno. 
O produto do craqueamento é resfriado, 
comprimido e conduzido a sucessivas 
colunas de destilação, a fim de separar os 
compostos puros e as misturas 
Na purificação de eteno e propeno são 
utilizados leitos catalíticos à base de 
paládio, nos conversores de acetileno e de 
metil acetileno/propadieno (MAPD). 
Processamento 
• O mecanismo das principais reações de craqueamento: 
28 
Processamento 
Figura 5 - Principais reações presentes na pirólise de hidrocarbonetos. 
 
• Esquema geral das reações de craqueamento: 
29 
Processamento 
Figura 6 - O mecanismo das reações de craqueamento via radical livre 
Processamento 
30 
Diagrama simplificado dos processos de craqueamento da nafta, fracionamento de 
alcenos e hidrogenação de gasolina de pirólise: 
Figura 7 - Fluxograma da produção de eteno e propeno a partir do gás de refinaria e do craqueamento 
da nafta. 
Produção dos Petroquímicos básicos 
• A produção é feita por uma instalação “Steam-
Cracking”. 
• Duas seções principais: 
– seção quente, onde a matéria-prima é pirolisada 
e o efluente condicionado; 
– seção fria: separação e purificação dos produtos 
formados na seção quente. 
 
31 
Fluxograma: “Steam Cracking” 
32 
 Seção Quente: 
Figura 8 - Fluxograma da seção quente do processo de produção do etileno e propileno. 
Craqueamento da nafta 
• A nafta é vaporizada e misturada ao vapor pré-aquecido; 
 
• Essa mistura passa através de tubos por um forno de 
craqueamento aquecido diretamente pela combustão de 
gases ou óleos; 
 
• As reações de craqueamento com vapor ocorrem no forno 
a elevada temperatura; 
 
• O tempo de residência no forno é curto, entre 20 e 100 
milissegundos para minimizar a formação de coque que é 
potencialmente um grande problema, já que esse é um 
produto termodinamicamente favorecido. 
Resfriamento 
• Os produtos craqueados na saída do forno 
encontram-se a cerca de 800 °C e devem ser 
rapidamente resfriados a algo em torno de 400 °C 
para evitar reações secundárias; 
 
• O resfriamento inicial ocorre com a geração de vapor 
a alta pressão em trocadores de calor entre o 
efluente e água. 
 
Compressão do gás craqueado e 
Lavagem com NaOH 
• Nessa fase, a água e a gasolina de pirólise são 
separadas do processo através de um fracionamento 
primário; 
• Os componentes gasosos são comprimidos em uma 
série de compressores e lavados com uma solução 
cáustica para a remoção de gases ácidos como H2S e 
CO2; 
• A umidade contida no gás craqueado deve ser 
removida antes dos fracionamentos para impedir a 
formação de hidratos e de gelo. 
 
Fluxograma: “steam cracking” 
36 
 Seção Fria: 
Figura 9 - Fluxograma da seção fria do processo de produção do etileno e propileno. 
Colunas de Destilação 
 Coluna Demetanizadora: 
• Possui, em seu topo, um condensador resfriado a -100 ºC; 
• Metano e hidrogênio são os principais produtos obtidos no topo; 
• Os produtos de fundo são levados a uma segunda coluna. 
 
 Coluna Deetanizadora: 
• Separa uma corrente C2(etileno e etano) de produtos mais pesados; 
• A presença de acetileno nessa corrente é eliminada por hidrogenação 
seletiva na presença de catalisador, já que esse interfere nas reações de 
polimerização do etileno. 
 
 Separação Etileno-Etano: 
• Exige uma coluna especialmente eficaz devido à proximidade dos seus 
pontos de ebulição; 
• O etileno pode ser obtido com uma pureza de 99,95% (grau de 
polímero) e a corrente de etano, no fundo da coluna, segue para o 
reciclo. 
 
 
Colunas de Destilação 
 Coluna Depropanizadora: 
• Os produtos de fundo do deetanizador seguem para uma coluna 
depropanizadora que separa a corrente C3 de produtos mais pesados; 
• A corrente C3, coletada no topo do depropanizador, é também 
hidrogenada seletivamente na presença de catalisador com o objetivo 
de remover metilacetileno e propadieno, convertendo-os em 
propileno. 
 
 Separação Propileno-Propano: 
• Obter uma corrente de propileno com uma pureza de 99,5% é 
necessário a separação de propano. 
 
 
 
Colunas de Destilação 
 Coluna Debutanizadora: 
• Os hidrocarbonetos mais pesados, obtidos no fundo do 
depropanizador, são tratados em um debutanizador que produz, no 
topo, uma corrente C4 rica em 1,3-butadieno; 
 
• A gasolina de pirólise é obtida no fundo dessa coluna e combinada 
com a corrente do fracionamento primário e, dependendo da 
severidade do processo, contém de 50-85% em peso de 
hidrocarbonetos aromáticos, dos quais mais da metade corresponde 
ao benzeno. 
Controle e garantia da qualidade 
Um elemento chave para o fornecimento de produtos e serviços adequados ao 
setor de petróleo, petroquímico e de gás natural é que os fornecedores de 
produtos e prestadores de serviços sejam dotados de um sistema de gestão da 
qualidade que considere as especificidades do setor de petróleo, petroquímico e 
de gás natural. 
 
 ISO/TS 29001: 
 
• É uma especificação técnica da ISO que fornece os requisitos de Sistema de 
Gestão da Qualidade para fornecedores de produto e prestadores de 
serviçopara a indústria de petróleo, petroquímica e gás natural. Ela é 
baseada na ISO 9001 e inclui requisitos adicionais específicos do setor. 
 
• Define os requisitos do sistema de gestão da qualidade para a concepção, 
desenvolvimento, produção, instalação e manutenção de produtos para 
indústrias de petróleo, petroquímica e gás natural. 
Implantação da ISO/TS 29001 
• As plantas industriais do setor petrolífero, petroquímico e de gás natural 
manuseiam fluidos extremamente perigosos com uma ampla variedade 
de processos com diferentes volumes, temperaturas e pressões; 
 
• Falhas nessas plantas podem trazer consequências catastróficas, como 
perdas humanas, perdas de produção e grandes danos ambientais. Tais 
falhas são, portanto, consideradas inadmissíveis; 
 
• O setor petrolífero, petroquímico e de gás natural exige um alto nível 
para a segurança dos trabalhadores e da comunidade vizinha, para a 
proteção ambiental e para a continuidade operacional. 
 
 
 Para quem é a ISO TS 29001? 
 
A ISO TS 29001 é destinada a toda organização que seja fornecedora de bens ou 
serviços para toda a cadeia produtiva do setor de petróleo, petroquímico e de gás 
natural. 
 
Esta norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, quando 
uma organização: 
• Necessita demonstrar sua capacidade para fornecer de forma coerente 
produtos que atendam aos requisitos do cliente e requisitos regulamentares 
aplicáveis; 
• Pretende aumentar a satisfação do cliente por meio da efetiva aplicação do 
sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e a garantia da 
conformidade com requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis. 
Petroquímicas no Brasil 
Situação Atual: 
 • Indústria Química Brasileira ocupa a 9ª 
posição mundial; 
• Setor de transformação é o 2º Maior Setor 
industrial brasileiro, sendo que concentra 
3,5% do PIB; 
• Corresponde a 15% do recolhimento de 
tributos da indústria de transformação; 
• Dos R$169,3 bilhões de faturamento líquido 
da indústria de transformação, R$69,5 bilhões 
é proveniente das petroquímicas; 
Figura 10 – Faturamento da Indústria Química por Segmento em 2005. 
• 60% dos produtos químicos industriais são 
petroquímicos; 
• É o segmento mais dinâmico da industria 
química brasileira; 
• Há 4 polos petroquímicos: São Paulo, 
Bahia,Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro; 
• Apenas o Rio de Janeiro utiliza como matéria 
prima o gás natural, os outros utilizam a nafta 
(70% proveniente da Petrobrás). 
Figura 11 – Composição do faturamento dos produtos químicos de uso industrial em 2005. 
• Déficit na indústria química de cerca de US$ 8 
bilhões em 2005 (-7,4% em relação ao ano 
anterior), decorrente aumento em 5,7% em 
importações, que correspondem a quase 21% 
das importações totais do país; 
• Superávit de US$ 7,3 bilhões em exportações 
(+25,4%), o segundo maior da história e cerca 
de 6% das exportações totais; 
48 
Balança Comercial 
49 
Figura 12– Gráfico da Balança Comercial Brasileira – Indústria Química (em US$ Bilhões FOB) 
• Petroquímica >> segmento mais dinâmico da indústria 
química nacional, organizada em complexos 
industriais – os polos petroquímicos –, que visam à 
minimização de custos e ao aproveitamento de 
sinergias em termos de logística, infraestrutura e 
integração operacional. 
• 4 polos petroquímicos no país: 
• São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul : utilizam a nafta 
petroquímica (70% produzidos pela Petrobras e o 
restante importado) como matéria-prima; 
• Polo do Rio de Janeiro : utiliza derivados do gás 
natural extraído pela Petrobras na Bacia de Campos; 
50 
• Normalmente as unidades de 1ª e 2ª geração 
são economicamente integradas assegurando 
maiores economias de escala; no Brasil isto não 
ocorria, criando limitações na eficiência 
econômica; 
• Com o início das privatizações em 1990 a 
indústria petroquímica brasileira iniciou um 
processo de adequação ao padrão 
internacional; 
• Polos Petroquímicos: Copesul-Triunfo, PQU 
(Petroquímica União)-São Paulo, Brasken-
Camaçari, Riopol-Rio de Janeiro e Comperj-Rio 
de Janeiro. 
PQU(atualmente parte da Brasken): 
• Próxima do maior mercado consumidor e da principais 
refinarias e recebe toda a sua matéria prima por dutos 
vindos da Petrobrás; 
• Capacidade produtiva reduzida quando comparada aos 
outros pólos; 
• Defasagem tecnológica devida à equipamentos de mais de 
30 anos (1º polo implantado). 
Tabela 4 – Estrutura Societária da PQU em 2004. 
Brasken: 
• Reúne 13 plantas; 
• Até recentemente o complexo da Braskem 
dominava praticamente 50% do mercado de 
petroquímicos básicos brasileiros; 
• Apresenta grande diversidade de produtos. 
Tabela 5 – Estrutura Societária da Braskem em 2004. 
Copesul: 
• Responde a cerca de 30% dos petroquímicos 
básicos; 
• Mais de 80% da sua produção é consumida 
dentro do polo, e o restante é vendida no país ou 
exportada para o Mercosul. 
Tabela 6 – Estrutura Societária da Copesul em 2004. 
RioPol (Rio Polímeros): 
• Primeiro polo gás-químico do país; 
• 2º maior produtor de polietileno; 
• Integra em uma só empresa duas gerações de 
produtos petroquímicos; 
• Tecnologia moderna; 
• Próxima do mercado consumidor e das reservas de 
gás natural. 
Tabela 7 – Estrutura Societária da Riopol em 2004. 
Sobre o Comperj: 
• O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro 
(Comperj) está sendo construído no município de 
Itaboraí. 
 É um complexo industrial, onde serão produzidos, 
numa mesma área industrial, produtos 
petroquímicos de primeira e segunda geração. 
 A etapa inicial do empreendimento visa à 
implantação de uma refinaria com capacidade 
para processar 165 mil barris de petróleo por dia. 
Tabela 8 – Capacidade instalada dos principais petroquímicos básicos, por 
central petroquímica. 
Principais tendências do setor estão ligadas à: 
 
• Disponibilidade das matérias-primas; 
• Investimentos necessários para fazer frente ao 
crescimento projetado para a economia brasileira 
nos próximos anos, além da continuidade do 
movimento de consolidação dos grupos atuantes 
no setor. 
 
Tendências do setor no Brasil 
Investimentos 
Figura 13 – Gráfico do déficit de capacidade das principais resinas em 2013. 
• Perspectivas de crescimento da economia 
implicarão déficits para todas as resinas 
termoplásticas, em 2013, exigindo decisões 
imediatas de investimentos. Caso contrário 
resultará em crescente importação e déficit 
comercial global da indústria petroquímica; 
 
• No período 2004/2013, foram necessários 
investimentos da ordem de US$ 12,8 bilhões, 
para ampliação do parque petroquímico 
nacional até 2013, exigida para atendimento 
apenas da demanda interna. 
 
Investimentos Identificados (Projetos) – 
Perspectivas de Atuação do BNDES 
 
• A carteira de projetos do DEINQ/AIB contempla 
boa parte dos investimentos previstos para a 
indústria petroquímica; 
 
• Destaque para o projeto de investimento do 
Comperj, que utilizará o petróleo pesado e 
deverá levar a uma substancial expansão da 
oferta de produtos petroquímicos básicos, com 
base em tecnologia inovadora desenvolvida pelo 
Cenpes/Petrobrás. 
 
Conclusão 
• A produção de petroquímicos envolve, 
principalmente, processos de separação física, e 
algumas transformações químicas; 
• No Brasil é um segmento com grande importância 
econômica; 
• Concentra grande investimento em 
desenvolvimento tecnológico; 
• É um segmento dinâmico da indústria, uma vez 
que está em constante mudança; 
• Os petroquímicos são a matéria-prima para 
muitos produtos industriais essenciais. 
Referências Bibliográficas: 
63 
[1] E. M. M.Torres; “A evolução da indústria petroquímica brasileira”; 
Química Nova; v. 20; 1997; 49-54. 
[2]http://library.thinkquest.org/C004185/english/intro/intro_organic/i
ntro_basics1.htm. Acesso em: 27 de Maio de 2013. 
[3] R. N. Shreve; J. A. Brink; “Indústrias de Processos Químicos”; 
Guanabara Koogan S.A., 1997, Rio de Janeiro. 
[4] R. L. Myers; “The Basics Of Chemistry”, Greenwood, 2003. 
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