Buscar

Metabolismo do ferro - RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

METABOLISMO DO FERRO
O ferro é um elemento essencial na formação da Hb. Em cada molécula de Hb há 4 átomos de ferro.
O ferro é obtido por meio da dieta. Nos alimentos encontra-se na forma férrica (Fe+3), mas para compor a Hb, é necessária a sua redução para a forma ferrosa (Fe+2). Essa reação de redução ocorre no estômago, sendo mediada pelo ácido clorídrico produzido nas células parietais da mucosa gástrica.
Ao chegar ao intestino delgado, já na forma ferrosa, é absorvido parcialmente, pois, em condições fisiológicas, sempre há uma perda do ferro ingerido pela dieta através das fezes. Isso ocorre porque há uma reutilização do ferro liberado pela degradação da Hb oriunda da destruição de eritrócitos velhos. Esse ferro dos eritrócitos velhos vai para a medula óssea vermelha e é utilizado para a formação de Hb que irá compor os novos eritrócitos, ou seja, há uma reciclagem do ferro no organismo sadio. Essa reutilização do ferro denomina-se ciclo do ferro.
Após a absorção, o ferro vai para o sangue circulante e se liga a uma proteína chamada transferrina, utilizada apenas em seu transporte. Do ferro circulante, 60% vai para a medula óssea vermelha para a formação de Hb nos precursores eritrocitários e os 40% restantes são armazenados no organismo.
Há duas formas de reserva orgânica de ferro. Uma parte do ferro se liga a apoferritina, que é uma proteína presente no parênquima hepático formando a ferritina, que é uma reserva de ferro de fácil mobilização. Quando o organismo necessita de ferro, é essa forma de reserva de ferro que é utilizada por primeiro. Há também a hemossiderina, que é uma reserva de ferro dentro dos macrófagos (especialmente no baço, fígado e medula óssea). Essa última é mais dificilmente mobilizada.
A absorção de ferro pelo intestino é regulada pela quantidade de ferritina existente no fígado, sendo indiretamente proporcional a ela. Ou seja, se há ferritina em quantidade normal no fígado, sempre haverá uma absorção parcial de ferro com excreção de ferro pelas fezes. Se a ferritina diminui, a absorção intestinal de ferro aumenta, reduzindo a excreção orgânica de ferro.
As reservas orgânicas de ferro podem diminuir se o aporte de ferro na dieta for insuficiente. Isso ocorre com mais frequência na espécie humana. Nos suínos, pode haver ferropenia em leitões lactentes se não houver suplementação de ferro ou acesso a terra, pois o leite das porcas não contém ferro suficiente.
Nos animais, a ferropenia (redução do ferro orgânico) ocorre na maior parte das vezes pela perda de eritrócitos (hemorragia). A ferropenia é a maior consequência dos processos ocasionados por hemorragia crônica, onde há perda de um pequeno volume de sangue por um longo período de tempo. Como causas de hemorragia crônica pode-se citar: endo e ectoparasitas hematófagos, tumores e úlceras gastrointestinais, coagulopatias crônicas.
Um animal que apresenta hemorragia crônica vai ter uma redução na reutilização do ferro. Inicialmente haverá produção normal de eritrócitos às custas das reservas orgânicas de ferro, inicialmente da ferritina e depois da hemossiderina. Neste estágio a anemia é do tipo regenerativa. Quando essas reservas de ferro acabarem (ferropenia), se instala no organismo o que se chama de anemia ferro-priva (decorrente da hemorragia crônica) com a produção de eritrócitos de menor tamanho (microcíticos) e com pouca quantidade de Hb (pálidos ou hipocrômicos) por não haver ferro suficiente para a síntese normal de Hb. Nesta fase (microcítica hipocrômica), a medula óssea já não apresenta mais sinais de regeneração.

Continue navegando