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T2 PPE V

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA 
ELIZABETH DOS SANTOS OLIVEIRA
PARALISIA CEREBRAL: INCLUSÃO E DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Projeto de Pesquisa apresentado como exigência da disciplina Pesquisa e Prática de Educação V.
Orientador: ROSARIA MARIA DE CASTILHOS SARAIVA
Rio de Janeiro
2016
APRESENTAÇÃO DO TEMA
 Há muitos anos a inclusão e o desenvolvimento educacional de educandos com paralisia cerebral, é um desafio a ser enfrentado no ambiente escolar. A inclusão educacional é um fator que envolve, não somente ao aluno com necessidades educacionais especiais, mas também as famílias, professores e a comunidade, na medida em que visa construir uma sociedade mais justa e consequentemente mais humana. A pesquisa sobre esse tema presente no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é para compreender os limites e dificuldades encontradas diante da inclusão de alunos com paralisia cerebral e como é organizado o desenvolvimento educacional, e estarmos preparados para lidar com tais peculiaridades, que provavelmente aparecerão diante da prática.
 O novo paradigma educacional procura fazer com que todos os alunos com necessidades educativas especiais, independente do seu comprometimento e limites, tenham acesso à educação de qualidade, nas redes regulares de ensino procurando desenvolver da melhor forma possível suas capacidades e potencialidades. O aluno com paralisia cerebral pode e deve ser incluído na escola, desde que a mesma esteja preparada para se adaptar às necessidades apresentadas por eles. Isto exige que os professores sejam capacitados, as estratégias metodológicas sejam adequadas e as adaptações necessárias, apresentando um ambiente educacional flexível, dentre outras características para uma escola inclusiva.
 De acordo com Melo (2008, p.9):
A inclusão de alunos com paralisia cerebral na escola requer uma ampla gama de modificações e mudanças. Dentre elas, é possível citar as mudanças estruturais que se relacionam à acessibilidade, como espaços acessíveis, rampas, mobiliário adequado às características físicas e motoras dos alunos, recursos pedagógicos adaptados. Atrelado às condições de acessibilidade, é necessário formação dos docentes para entender essas particularidades e saber lidar, em situações concretas para sala de aula, com esses recursos e requisitos de acessibilidade (MELO, 2008, p.9).
 A Paralisia Cerebral é um distúrbio sensorial e senso-motor causado por uma lesão cerebral, a qual perturba o desenvolvimento normal do cérebro. A perturbação é estacionária e não progressiva, mas ocorre comprometimento dos movimentos, que estacionam com tratamentos terapêuticos. Um aluno com comprometimento global leve consegue se movimentar com independência, sendo capaz de realizar atividades motoras finas, constroem frases com mais de duas palavras, e demonstram uma ótima adaptação social. O desempenho intelectual favorece a aprendizagem. O aluno que apresenta dificuldade de locomoção ou dependência total apresentará necessidade de suporte material e ou humano, quando for realizar suas atividades, e a demonstração do aprendizado poderá ficar comprometida. Portanto, é necessário que se faça revisão contínua de ensino que são empregados, visando identificar as variáveis envolvidas no processo de aprendizagem. 
 A inclusão social é um processo que em muito contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, principalmente para aqueles que apresentam necessidades educativas especiais. A integração e a inclusão são muito importantes. A educação inclusiva e seu desenvolvimento no ambiente escolar é um campo que deve ser analisado sob várias perspectivas, pois sua proposta inovadora necessita de um remanejamento e uma reestruturação radical na dinâmica escolar. 
O estilo de vida independente é fundamental no processo de inclusão, pois com ele as pessoas portadoras de deficiência terão maior participação de qualidade na sociedade, tanto na condição de beneficiários dos bens e serviços que ela oferece como também na de contribuintes ativos no desenvolvimento social, econômico, cultural e político da nação (HOFFMANN; TAFNER; FISCHER, P.13). 
 A inserção de alunos com necessidades especiais em escolas regulares vem se tornando uma realidade e a maioria dos professores não possuem informações suficientes sobre a educação do aluno com a paralisia cerebral. Os profissionais que lidam com esses alunos devem priorizar a sua atuação o mais precoce possível frente ao atendimento educacional, buscando favorecer a estimulação do potencial e o desenvolvimento integral do aluno. 
 Diante do ponto de vista educacional, o aluno com paralisia cerebral é, antes de tudo, um aluno, e com isso, necessita de uma escola que lhe assegure condições para o pleno exercício da cidadania. E, para que isso aconteça a escola precisa propiciar condições para o desenvolvimento desse aluno e para atuação dos professores, possibilitando os meios necessários para garantir a esse aluno um ensino de qualidade. 
 Segundo Melo (2008, p. 116):
Considerando a política de inclusão escolar vigente em nosso país, é preciso, neste momento estarmos atentos para que a inclusão do aluno com deficiência na escola regular seja entendida como um processo em construção. Nesse sentido, a escola precisa empreender um planejamento, tendo como referencial a sua própria realidade (MELO, 2008, p.116).
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
 As discussões sobre a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais tem se tornado relevantes e repetitivas, incluindo os com paralisia cerebral. Existe a necessidade de refletir as práticas educativas, porque é o alicerce da educação, e com isso a escola tem responsabilidade em proporcionar a estes alunos uma boa qualidade de educação ao atender suas necessidades desde o início do seu processo educativo.
 O presente estudo tem o propósito de refletir sobre os aspectos envolvidos com a inclusão escolar de alunos com paralisia cerebral e as dificuldades apresentadas e encontradas, por eles e seus educadores, no decorrer do desenvolvimento de ensino aprendizagem, procurando responder questionamentos como: como é a inclusão dos alunos com paralisia cerebral? Quais as garantias que esses alunos possuem diante das leis e legislação? Como é feito e elaborado o desenvolvimento educacional? Como esses alunos são avaliados? Como deve ser a postura do professor frente a estes alunos e as dificuldades e limites apresentados? Será que o aluno com paralisia cerebral está tendo o apoio pedagógico que, realmente, necessita para se considerar incluído no contexto da escola regular? E a partir dessas informações ter a oportunidade de buscar a melhoria das práticas pedagógicas.
 
REFERÊNCIAS
HOFFMANN, Ruth Anklam; TAFNER, Malcon Anderson; FISCHER, Julianne. Paralisia cerebral e aprendizagem: um estudo de caso inserido no ensino regular. Disponível em: <http://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev02-12.pdf> Acesso em: 15 abr 2016.
MELO, Francisco Ricardo Lins Vieira de. Atendimento educacional do aluno com paralisia cerebral: uma experiência de formação continuada. João Pessoa: UFPB, 2008.
SAMPAIO, Cristiane T; SAMPAIO, Sônia Maria R. Educação inclusiva: professora mediando para a vida. Salvador: EDUFBA, 2009. Disponível em: <www.books.scielo.org> Acesso 10 abr 2016.
TABAQUIM, Maria de Lourdes Merighi. Paralisia cerebral: ensino de leitura e escrita. Bauru: EDUSC, 1996.
VALE, Bertha de Borja Reis do. et al. Fundamentos teóricos e metodológicos da inclusão. Curitiba: IESDE Brasil, 2003.

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