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ATÉ QUANDO O PAI DEVE PAGAR PENSÃO ALIMENTÍCIA

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ATÉ QUANDO O PAI DEVE PAGAR PENSÃO ALIMENTÍCIA?
de FELIPE PIACENTI em 03/10/2014 em FAMÍLIA com 507 COMENTÁRIOS
Já vimos no blog Direito de Todos que a valoração da pensão alimentícia depende da possibilidade de quem paga e da necessidade de quem recebe. Todavia, existe uma dúvida que assola diversos pais e filhos: até quando o pai deve pagar pensão alimentícia?
Primeiramente, importante destacar que não há limitação objetiva definida na lei em vigor atualmente no Brasil (conheça 5 mitos sobre a pensão alimentícia). O que há, no máximo, é uma reafirmação da lei quanto a obrigação do pai ou da mãe de pagar pensão alimentícia ao filho menor. Veja:
Art. 1.701, do Código Civil (CC): “Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação, quando menor.
Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma do cumprimento da prestação”.
Porém, conforme vimos no post “Pensão alimentícia: quanto meu filho vai receber?”, a pensão alimentícia é determinada pela possibilidade de quem paga e a necessidade de quem recebe, ou seja, não é o simples fato de o filho completar os 18 anos que exclui automaticamente a sua necessidade de receber alimentos.
Podemos citar como exemplo, aquelas pessoas que continuam estudando após os 18 anos e, por vezes, não podem trabalhar em decorrência de tal motivo. Esta hipótese é uma situação clara em que, apesar de completar a maioridade, o filho continua necessitado do apoio financeiro do pai. Outra hipótese é a do filho que possui algum tipo de deficiência ou doença que lhe impeça de trabalhar.
Não podemos nos esquecer, que a pensão alimentícia também pode ser cobrada por ex-cônjuges ou companheiros que já tenham completado a maioridade, desta forma, não faria sentido o filho perder o direito à pensão alimentícia automaticamente ao completar 18 anos e sua mãe, por exemplo, com 40 anos de idade ainda continuar recebendo alimentos do ex-marido.
Neste sentido, entende o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que se manifesta sobre o assunto por meio de sua Súmula nº 358: “O cancelamento da pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”.
Caso o obrigado a pagar a pensão entenda que seu filho não necessite mais receber pensão alimentícia, o mais correto a se fazer é ingressar com uma ação de exoneração de alimentos para comprovar que o seu filho já possui meios de se sustentar sem a necessidade de receber pensão alimentícia.
Desta forma, pode-se dizer que não existe um limite de idade definido em lei para até quando o pai deve pagar a pensão alimentícia, sendo de fundamental importância a observação dos requisitos da possibilidade de quem paga e da necessidade de quem recebe.
Exoneração da pensão alimentícia paga ao filho maior de idade
Até quando se está obrigado a pagar pensão alimentícia? Até a maioridade do filho? Até que ele conclua a graduação? Saiba mais aqui.
Maioria das situações de alimentos originam-se quando casais rompem relacionamentos e fica estabelecida uma pensão em favor dos filhos menores de idade. Porém, com o avanço do tempo, eles crescem, vão se tornando autossuficientes, começam a trabalhar/estagiar e os pais se questionam a hora de cortar ou diminuir essa verba de sustento.
Existe a natureza pedagógica da exoneração dos alimentos, mesmo que escalonada/gradual, pois força os filhos a buscar por conta própria a subsistência. Quando o valor pago pelo pai se soma ao que o jovem começa a receber da sua atividade, ele passa a gastar em um padrão de vida fora da sua realidade. Imagine um pai que dá 800 reais por mês e o filho que recebe no emprego (ou estágio) mais 800 reais. Com o dobro da renda, mesmo morando na casa da antiga guardiã (porque agora ele já é maior de idade), as despesas em tese não modificaram, mas a renda disponível dobrou. Terá maturidade para lidar com valor?
Os principais conflitos judiciais para cortar a pensão dos filhos maiores ocorrem nas situações em que eles começam a atrasar a conclusão da faculdade, pois sabem que depois de formados a pensão do pai pode ser cortada. Então preferem somar as duas rendas (que vem do pai e a que vem do trabalho/estágio). Mas não basta comprovar esse cenário para que um pai consiga se exonerar do dever alimentar.
O que pesará no processo é se as despesas do filho maior são justificáveis e compatíveis com seu padrão de vida, de modo que o incremento de renda não elevou sua condição social, apenas diminuiu o aperto financeiro que já vinha passando. Veja a hipótese da pensão paterna em 800 reais, mas a faculdade do filho custa 1200 reais. A mãe dele, apesar de morar junto, contribui de forma indireta (não em dinheiro) através do pagamento das despesas com moradia, alimentação, vestuário, etc. Se a pensão que o pai paga já era muito insuficiente e a nova renda conseguida pelo filho permite que ele viva com um pouco mais de tranquilidade, isso dificilmente permitirá uma redução no encargo.
Quando o recebimento da pensão permite que o filho compre automóvel (mesmo financiado), faça viagens de alto custo e tudo isso sem o apoio do pai, aparecem indícios de que o filho está conseguindo fazer economias, que o dinheiro não é empregado nos gastos regulares.
Depois de formado na faculdade, a exoneração também não é automática (exceto se assim pactuado), devendo ser analisado pelo juiz se o jovem está capacitado para sobreviver sozinho (ou se não estiver, de quem é a responsabilidade). Por óbvio que o pai não ficará provendo eternamente, ainda mais quando o filho não demonstra iniciativa em se libertar da dependência, se ele tem esta potencialidade e escolhe se acomodar.
Muitas vezes é difícil para os pais conseguirem enxergar a situação com perspectiva e compreender que a cautela adotada nos processos exoneratórios serve apenas para evitar um dano irreparável.
A ação pode ser movida a qualquer tempo, não sendo preciso esperar um implemento de idade específico (que a lei não prevê) ou já ter ocorrido um fato como a colação de grau. Os processos judiciais são demorados, normalmente se consegue um bom acordo com mediação judicial para que o valor seja diminuído periodicamente ou dada uma carência de poucos meses antes que seja cortado por inteiro.
Caso os dois envolvidos tenham conversado e chegado a um acordo (ou estão perto disso), é aconselhável que procurem um advogado de família para que expliquem as possibilidades, seja negociada essa exoneração de modo escalonado, mas de comum acordo, sendo apenas encaminhado para a justiça a fim de ajustar o desconto em folha de pagamento (caso esteja implantado).
É rotineiro os pais deixarem claro aos filhos que jamais deixarão eles passarem dificuldades dali para frente, que a obrigação jurídica pode terminar, mas a relação entre eles deve continuar amistosa e os auxílios permanecem como uma obrigação moral sempre que os pais entenderem como adequado.
Quando falamos de pai ou mãe no texto, também é muito comum os filhos morarem com o pai e ser a mãe quem paga a pensão. Portanto, as informações servem para qualquer gênero.
Sempre existirão hipóteses e situações peculiares, pois nessa área jurídica cada família é única e a análise jurídica deve sempre ser personalizada. Por isso, deve haver muito cuidado com analogias com outras pessoas e situações já conhecidas.
O FIM DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR A PENSÃO ALIMENTÍCIA
Quando o filho menor deixa de ter direito a receber pensão alimentícia.
O Novo Código Civil alterou a maioridade das pessoas, que antes ocorria com 21 anos e hoje se dá aos 18 anos de idade. Isso gerou uma grande dúvida em relação à pensão alimentícia. Até quando o pai é obrigado a pagar esta pensão?
A pensão alimentícia entre pais e filhos é um direito inquestionável. Basta provar a filiação nesta ação que o pai ou a mãe está obrigado a pagar. No entanto, após os 18 anos esta situação podese alterar, ou seja, é preciso provar que apesar de ser maior de 18 anos ainda precisa da ajuda financeira dos pais.
O Código Civil diz que é devido o pagamento de pensão alimentícia entre parentes. O filho maior de 18 anos, pode estar estudando e não ter condições de se sustentar sozinho. Neste caso o parente mais próximo que deve ajuda-lo são os pais.
Existia um entendimento que era devido o pagamento dos alimentos até os 24 anos quando este estava estudando em curso superior. No entanto isso não está escrito na lei, mas é entendimento do Tribunal e pode ser invocado quando for necessário.
A maior dúvida está sobre a situação do menor que completa 18 anos de idade, se automaticamente ele perde o direito à pensão alimentícia ou não.
A lei não estabelece desta forma e os Tribunais tem entendido que é necessário ingressar com uma ação exoneratória para colocar fim na obrigação de pagar a pensão alimentícia.
Isto porque os alimentos se baseiam na necessidade de quem recebe e na possibilidade de quem paga. É preciso provar que o filho maior de 18 anos não tem mais necessidade de receber a pensão alimentícia porque já pode se sustentar sozinho.
Ainda que o filho não tenha uma situação estável, o fato dele terminar a faculdade, por exemplo, é um indicativo que já tem uma profissão e pode trabalhar para se sustentar sozinho. É claro que cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente na Justiça.
Por último cabe aconselhar aos pais que pagam pensão alimentícia a não deixar de pagar em razão do filho ter completado 18 anos. É preciso constituir um advogado e ingressar com a ação de exoneração provando que ele não necessita mais desta ajuda.
5 MITOS SOBRE A PENSÃO ALIMENTÍCIA
de FELIPE PIACENTI em 02/22/2016 em FAMÍLIA com 18 COMENTÁRIOS
Todos nós sempre conhecemos alguém que tem palpite para tudo ou pensa que sabe muito das coisas seja porque “conhece alguém que alguém que trabalha com isso” ou porque “a filha da amiga da vizinha já passou por isso” ou qualquer outra fonte de informação não tão confiável. Estas pessoas são responsáveis pela criação de alguns mitos jurídicos. Hoje iremos esclareces 5 mitos sobre a pensão alimentícia.
1 – É sempre o pai quem paga a pensão.
Talvez este seja o maior mito de todos. Ele surgiu porque antigamente a mãe sempre era quem tomava conta de casa e o pai trabalhava fora. Quando o casal se separava era natural que as crianças ficassem sempre com as mães e que os pais fossem morar em outro lugar, ficando responsáveis pelo pagamento da pensão.
Entretanto, atualmente a situação não é mais essa. Como já vimos no blog Direito de Todos, o pai tem direito de guarda dos filhos tanto quanto a mãe. Assim, se o pai ficar com a guarda unilateral das crianças, a mãe fica responsável pelo pagamento da pensão alimentícia.
Em alguns casos excepcionais, a pensão pode ser paga pelos avós.
2 – Pai que não paga pensão não tem direito de visita
Não podemos nos esquecer de que a visita é um direito, além do pai, do filho, pois a convivência com o pai é importante para a criança. O simples fato de a pensão não estar sendo paga, não impede que filho e pai mantenham contato e continuem se vendo de tempos em tempos.
Caso a mãe não esteja de acordo com o período de visitas, ela pode mover uma ação específica para que estas sejam modificadas, contudo, a falta de pagamento da pensão não impede que o pai visite o seu filho.
3 – A pensão é direito apenas do filho
O ex-cônjuge também pode ter direito à pensão alimentícia desde que comprove que não possui meios para se sustentar, levando em conta que deixou o mercado de trabalho por conta do casamento e agora está tendo dificuldades de reingressar no mesmo.
Você pode ter mais detalhes a respeito desta situação lendo o nosso texto: ex-mulher pode ter direito à pensão alimentícia.
4 – A pensão alimentícia deve ser paga sempre em dinheiro
A legislação brasileira não contém nenhum dispositivo legal que determine que a pensão deva ser paga em dinheiro. Desta maneira, caso o juiz determine ou as partes concordem, o pai ou a mãe responsável pelo pagamento da pensão poderá fazê-lo pagando diretamente a mensalidade do colégio, o plano de saúde ou qualquer outra despesa da criança.
5 – O valor da pensão é sempre 30% dos rendimentos do pai
Como já vimos no texto: “pensão alimentícia: quanto meu filho vai receber?”, não há na lei um valor predeterminado para o pagamento da pensão. O art. 1.694, § 1º do Código Civil prevê apenas que “os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.
Assim, o valor da pensão alimentícia deve ser determinado com base na necessidade de quem recebe e na possibilidade de quem paga.
VALOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA: QUANTO MEU FILHO VAI RECEBER?
de FELIPE PIACENTI em 01/27/2014 em FAMÍLIA com 4 COMENTÁRIOS
Quando ocorre a separação de um casal que tem filhos, dúvida frequente é: qual o valor da pensão alimentícia que deverá ser paga pelo genitor que não ficou com a guarda da criança? A resposta para esta pergunta não é simples de ser dada, pois leva em conta diversos fatores.
Não existe qualquer dispositivo legal que determine uma percentagem, um mínimo ou máximo, referente ao valor da pensão alimentícia. Contudo, tradicionalmente é tomado por base um binômio para definir quanto será pago mensalmente de pensão ao filho. Este binômio é a necessidade-possibilidade.
A interpretação lógica do art. 1.695, do Código Civil (CC), permite-nos observar tal binômio. Veja: 
“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento”.
Perceba os requisitos dentro do artigo:
Necessidade: “[…] quando quem os pretende não tem bem suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença […]”.
Possibilidade: “[…] de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento”.
Há quem diga, que ainda existe um terceiro pressuposto, que transforma este binômio em um trinômio. Tal requisito seria a razoabilidade/proporcionalidade. Destaca-se, que a razoabilidade e a proporcionalidade devem estar presentes em qualquer decisão judicial.
Assim, tomando por base a necessidade de quem pede e a possibilidade de quem paga, o valor da pensão alimentícia deve ser fixado levando em conta uma proporção razoável entre a necessidade de um e a possibilidade de outro.
Levando-se em conta os requisitos para a fixação do valor da pensão alimentícia, esta pode ser determinado em valores fixos ou variáveis, de acordo com o caso concreto.
Desta maneira, percebe-se que a pensão alimentícia não deve ser encarada como uma punição ao genitor, muito menos como um meio de melhorar a condição social, às custas do alimentante, de quem a recebe, mas sim como forma de garantir uma prestação que mantenha a condição social do alimentado.

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