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Evolução do Pensamento Geográfico

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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Prof. Dr. Jailson de Macedo Sousa
ANDRADE, Manuel Correia de. A Geografia como ciência. In: _______. Geografia – ciência da sociedade: introdução à análise do Pensamento Geográfico. São Paulo: Editora Atlas, 1987. p. 11-19.
GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA
Admite-se a institucionalização do conhecimento geográfico no fim do séc. XIX, fruto da evolução dos saberes pretéritos e das contribuições de Alexandre Humboldt e Karl Ritter;
O desenvolvimento técnico e os progressos científicos são entendimentos como elementos vitais à evolução do pensa-mento geográfico e domínio do homem sobre a natureza.
Na idade Antiguidade e na idade média, a Geografia era utilizada apenas para desenhar roteiros a serem percorridos, para indicar os recursos a serem explorados, para analisar as relações meteorológicas, estando identificada com a Cartografia e com a Astronomia. (ANDRADE, 1987, p. 12)
GEOGRAFIA COMO CIÊNCIA – IDADE CONTEMPORÂNEA
A realização de estudos por HUMBOLDT – naturalista e viajante alemão e RITTER – professor da Univer-sidade de Berlim foram essenciais à expansão do saber geográfico;
Através desses estudiosos que a Geografia emergiu como ramo autônomo de conhecimento no fim sec. XIX;
Cabe destacar as contribuições fornecidas por Elisée Reclus e Friedrich Ratzel como percussores do saber geográfico construído por Humboldt e Elisée Reclus;
Ratzel defendia a unificação e expansão da Alemanha. Réclus, por sua vez, foi forte defensor de uma Geografia Libertária.
GEOGRAFIA MODERNA
Mesmo com a sistematização do saber geográfico, continuou estigmatizada e com a finalidade de informar a organização dos espaços no mundo;
Sua função até meados da década de 1950 foi a de produzir observações e descrições da Terra, catalogando nome de montanhas, rios, mares, cidades, etc.
Daí definir-se a Geografia durante muito tempo como ciência cuja tarefa central é realizar descrições precisas da Terra.
Diversas abordagens surgem frutos de preocupações distintas, entre as quais, destacamos: Geografia de exploradores, Geografia Popular, Geografia Científica, entre outras.
ALGUMAS DEFINIÇÕES...
A evolução da Geografia acadêmica trouxe várias contribui-ções aos estudos geográficos e à delimitação do seus objeto.
Ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológi-cos e humanos pela superfície terrestre. Não compete à Geogra-fia apenas uma descrição do espaço, mas a sua explicação. (EMANNUEL DE MARTONNE).
O reordenamento territorial do/no mundo implicou em mudanças significativas nas estruturas de pensamento;
A revolução comandada pelo NEOPOSITIVISMO apresentou novas formas de estudos e de apreensão dos lugares, regiões, países, através da aplicação de técnicas estatísticas;
A Geografia edificou-se fundamentada nesses critérios.
O PROBLEMA DA INTERDISCIPLINARIDADE
Os limites que separam/unem as ciências sociais são claros. Há, assim, a necessidade de um diálogo permanente a ser construído entre áreas do conhecimento humano.
No caso da Geografia, sua aproximação se faz tanto com as Ciências Sociais, como também, com as Ciências Naturais, uma vez que ela se preocupa em investigar a complexidade das rela-ções que envolvem as dinâmicas entre a natureza - sociedade.
Ao usar técnicas modernas, peculiares às ciências exatas, a Geografia necessita manter contatos com as chamadas ciências exatas. Este mesmo fato se remete ao diálogo que a Geografia deve estabelecer com as ciências humanas.
O PROBLEMA DA INTERDISCIPLINARIDADE
Diversas áreas do conhecimento têm servido de suporte ao desenvolvimento das ideias geográficas. A Geografia, no entanto, não pode é perder a sua IDENTIDADE.
Como a Geografia é uma ciência que tem relacionamento com uma série de ciências afins, é natural que entre ela e as outras ciências desenvolvam áreas de conhecimentos intermediários, ora como ramos de outras ciências, ora como ramos do saber geográfico. (ANDRADE, 1987, p. 17).
Ao geógrafo compete reconhecer os sub-ramos (sub-áreas) que são particulares ao saber geográfico e os sub-ramos que alimentam a construção do saber geográfico.
UNIDADE E DIVERSIDADE NA PRODUÇÃO DO SABER GEOGRÁFICO
A Geografia ao estudar as relações entre as dinâmicas que envolvem a sociedade – natureza apresenta OBJETO AMPLO.
A ampliação dos conhecimentos (emergência de sub-áreas) e o desejo crescente de especialização dos geógrafos os levaram, a partir de 1950 a subdividir a Geografia em dois grandes polos do conhecimento: GEOGRAFIA HUMANA/GEOGRAFIA FÍSICA. (ANDRADE, 1987, p. 17).
Mas esta separação em dois grandes polos (HUMANA/FÍSICA) tende a ser ultrapassada, ou seja, superada com o estabeleci-mento de uma Geografia que integre: humano, social e físico.
CARÁTER SOCIAL DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA
A Geografia se apresenta como um campo do conhecimento humano que se preocupa com as formações sociais e as formas de intervenção desta no meio natural (natureza).
Cada formação social gera um tipo de relação com o espaço, sendo diferente o espaço do mundo. É a sociedade quem determina as metas a serem atingidas, o tipo de espaço que deseja construir, modificando, transformando este, à medida que as relações sociais se alteram. (ANDRADE, 1987, p. 17).
Cabe à Geografia, estudando as relações: sociedade-natureza, analisar a forma como a sociedade atua, criticando os métodos utilizados. Daí admitirmos que a Geografia é uma ciência da sociedade, ou seja, uma ciência social.
REFERÊNCIAS...
ANDRADE, Manuel Correia de. A Geografia como ciência. In: _______. Geografia – ciência da sociedade: introdução à análise do Pensamento Geográfico. São Paulo: Editora Atlas, 1987. p. 11-19.

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