Buscar

Ética profissional no serviço social

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Ética Profissional no Serviço Social
O conhecimento é algo precioso, ninguém toma de você. Júlio di Paula
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
(...) 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
(...) 
 
As políticas de assistência social se destinam constitucionalmente a promover a construção de uma sociedade livre, justa e solidária que passa necessariamente pela erradicação a pobreza e a marginalização, pela redução desigualdades sociais e pela promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação. 
Em sintonia com os princípios fundamentais, a CF também estabelece como objetivo da ordem social o bem-estar e a justiça sociais (CF, art. 193) e, especificamente, quanto à assistência social, dispõe a norma constitucional no art. 203 que:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de eficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Ética profissional no serviço social
A Assistência Social carrega consigo o legado histórico da imprevisibilidade das ações , relegadas à boa vontade do solidarismo , quando não ligados à chamada individualização das ações, relegadas à boa vontade do solidarismo, quando não ligados à chamada individualização da questão social. 
A inscrição da prática assistencialista na assistência social brasileira social brasileira se deu atravessada e focalizada , identificada com os desprovidos, os hipossuficientes, despossuído de capacidade econômica e “moral” , que para ser reconhecido enquanto atendido pela política de assistência social , tinha que mostrar pobre dentre os mais pobres.
Lei Orgânica de Assistente Social (LOAS)
LOAS (Lei 8742/93 é um documento juspolitico (...) que expressa no seu conteúdo aparentemente neutro toda a gama de discussões que caracterizam a história da Assistencia Sociallei .( Pereira , 1998, p. 69,70)
O art. 1 da LOAS , define a assistência social como direito do cidadão garantindo através de dever do Estado , como política de proteção social não contributiva. 
No âmbito da assistência social emergem um escopo de novos atores: as empresas “socialmente responsáveis” : ONGs, que fundamentam o que Yazbeck (2000) denomina “refilantropização” da questão social.
O Serviço Social é uma profissão de caráter sociopolítico, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”. 
No conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. 
Assistentes sociais se inserem nas mais diversas áreas: saúde, previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça etc. Com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, atuam nas relações entre os seres humanos no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de prestação de serviços.
O Assistente Social é uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, denominado projeto ético-político, que foi construído pela categoria a partir das décadas de 1970 e 1980.
 Ele expressa o compromisso da categoria com a construção de uma nova ordem societária. Mais justa, democrática e garantidora de direitos universais. Tal projeto tem seus contornos claramente expressos na Lei 8662/93, no código de Ética Profissional de 1993 e nas Diretrizes Curriculares.
A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão.
Em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria, um novo aparato jurídico se fez necessário para expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. Hoje, a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662/93 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais. Em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, a lei define competência e atribuições privativas da assistente social.
De acordo com a lei, assistentes sociais:
Realizam estudos e pesquisas para avaliar a realidade e emitir parecer social e propor medidas e políticas sociais;
Planejam, elaboram e executam planos, programas e projetos sociais;
Prestam assessoria e consultoria a instituições públicas e privadas e a movimentos sociais;
Orientam indivíduos e grupos, auxiliando na identificação de recursos e proporcionando o acesso aos mesmos;
Realizam estudos socioeconômicos com indivíduos e grupos para fins de acesso a benefícios e serviços sociais e
Atua no magistério de Serviço Social e na direção de Unidade de ensino e Centro de estudos.
O dia 15 de maio é comemorado em virtude do Decreto 994/62 que regulamenta a profissão do assistente social e cria os Conselhos Federal e Regionais ter sido editado em 15 de maio de 1962. 
Assim, embora a profissão tenha sido legalmente reconhecida por meio da Lei no. 3252 de 27 de agosto de 1957, somente em 15 de maio foram regulamentados e instituídos os instrumentos normativos e de fiscalização, na época Conselho Federal e Regional de Assistentes Sociais. Hoje com a edição da Lei 8662 de 08 de junho de 1993 – Conselho Federal e Regionais de Serviço Social.
 SUAS
O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema público que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e recursos dos três níveis de governo para a execução e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.
O Suas organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. 
A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social.
 A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.
O profissional de serviço social realiza um trabalho essencialmente socioeducativo e está qualifcado para atuar nas diversas áreas ligadas á condução das politicas públicas e privadas, tais como planejamento, organização, execução, avaliação, gestão, pesquisa e assessoria. O trabalho tem como principal objetivoresponder ás demandas dos usuários dos serviços prestados, garantindo o acesso aos direitos assegurados na constituição federal de 1988 e na legislação complementar. 
O assistente social utiliza vários instrumentos de trabalho, como entrevistas, analises sociais, relatórios, levantamentos de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais entre outros.
O assistente social faz-se desenvolvendo
ou propondo politicas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios constituídos e conquistados socialmente, principalmente da área de seguridade social.
As caracteristicas profissionais de um assintente social, são de cunho humanista portanto, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas e suas diferenças e potencialidades, sem discriminaçãode qualquer natureza, tendo constituído como projeto ético-político e profissional, referendado em seu código de ética profissional, o compromisso com a liberdade, a justiça e a democracia.
O assistente social deve desenvolver como postura profissional a capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder a encaminhamentos técnicos-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais