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19.Simulação de casamento

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19 
SIMULAÇÃO DE CASAMENTO 
_____________________________ 
 
19.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS DO 
 CRIME 
Estabelece o art. 239 do Código Penal: “Simular casamento mediante engano de 
outra pessoa: Pena – detenção, de 1(um) a 3 (três) anos, se o fato não constitui elemento 
de crime mais grave.” 
O bem jurídico protegido é, uma vez mais, o casamento. 
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo, inclusive os próprios nubentes, o juiz ou o 
oficial do registro civil. 
Sujeito passivo é o Estado e a pessoa que tiver sido enganada, os nubentes ou só um 
deles, seus representantes legais etc. 
 
19.2 TIPICIDADE 
19.2.1 Conduta e elementos do tipo 
O crime se realiza com a simulação da celebração do casamento. Simular é dar 
aparência de verdadeiro ao que não é, enganando alguém. O agente consegue enganar 
alguém, criando uma cena que aparenta ser um casamento. Geralmente, é necessário o 
concurso de mais de uma pessoa para o sucesso do crime, que é uma verdadeira 
representação, à semelhança de uma peça teatral, de um casamento. 
Só há crime quando alguém é enganado, um ou ambos os nubentes ou os pais que 
deram a indispensável autorização para o casamento. 
Este é também um tipo subsidiário de crime mais grave. Se a simulação se 
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles 
 
realizou com a finalidade de obtenção de vantagem indevida em prejuízo de alguém, 
haverá estelionato. 
Necessário que o agente e os concorrentes atuem com dolo, com consciência de que 
simulam uma celebração de casamento e com vontade livre de agirem para enganar 
alguém, sem outra finalidade que, se presente, importará na realização de outro crime. 
 
19.2.2 Consumação e tentativa 
O crime se consuma quando é concluída a encenação da cerimônia de casamento, 
com a completa representação dos atos, que se encerra no momento em que a pessoa que 
representa o papel de juiz declara os nubentes casados. A tentativa é admissível se não se 
conclui a simulação por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
 
19.3 AÇÃO PENAL 
A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, possível a suspensão 
condicional do processo penal.

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