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QUESTIONÁRIO – ARTS. 235 A 249 Art.235 1 – Qual o bem jurídico tutelado pela lei penal? É o interesse do Estado em proteger a organização a organização familiar, mais precisamente o casamento monogâmico, que é regra na grande maioria dos países ocidentais. 2 – Qual o pressuposto do crime de bigamia? É a vigência de um casamento civil anterior. 3 – De que forma responderá aquele que, não sendo casado, contrair casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância? É punido com reclusão ou detenção, de um a três anos. 4 – Qual o momento de consumação? O crime admite a tentativa? Explique. O crime se consuma no momento em que os contraentes manifestam formalmente a vontade de contrair casamento perante a autoridade competente, durante a celebração. Para tal fim, nem sequer é exigido o termo de casamento, que é simples prova do crime. Admite tentativa, e se inicia uma celebração e o casamento é impedido. 5 – É correto afirmar que foi prevista no CP uma questão prejudicial ao julgamento da ação penal? Explique. Sim, as questões prejudiciais são classificadas em: homogêneas que pertencem ao mesmo ramo do direito, exemplo a receptação, e para sua caracterização é necessário que se prove que a coisa é oriunda de outro crime, portanto cabe ao juiz criminal a solução desta questão prejudicial; heterogêneas elas pertencem a outro ramo do direito, que no caso e o da bigamia, o juiz criminal não pode decidir se o réu era ou não casado anteriormente, devendo remeter o debate ao juízo cível para sanar a dúvida, é possível a suspensão do processo criminal enquanto não resolvida a questão no juízo cível art. 93 do CPP. Art.236 1 – Qual o momento de consumação do crime em análise? Admite-se a tentativa? Consuma-se o crime com o casamento, não sendo bastante o induzimento a erro ou a ocultação de impedimento. Não se admite a tentativa o parágrafo único do art. 236 diz que a ação penal só pode ser proposta se já tiver transitado em julgado, a sentença que anulou o casamento em razão do erro ou do impedimento. 2 - O induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento constitui crime de que tipo de ação penal? Crime de bigamia, art. 235, será ação penal privada personalíssima, somente o ofendido pode ajuizar a ação penal. 3 – A partir de que instante tem início a contagem do prazo prescricional? Prazo prescricional da pretensão punitiva só passa a correr após anulação do casamento. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10671676/artigo-93-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41 Art.237 1 – Explique o elemento objetivo do tipo penal. Consiste no crime de contrair casamento, e conhecendo a existência de impedimento que causa nulidade absoluta, não tem emprego de fraude (induzimento ou ocultação), sendo suficiente que um ou ambos saibam da existência do impedimento. 2 – Qual o momento de consumação do crime? O crime se consuma com a efetiva celebração do casamento, ou seja, após o assentimento dos nubentes (art. 1.514 do CC). Art.238 1 – Qual o momento de consumação do crime? A consumação do crime não se exige a celebração do matrimônio, bastando a prática de ato inequívoco de atribuir-se autoridade. 2 - Explique o elemento objetivo do tipo penal. O delito consiste em atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento, no art. 1.550, VI, do CC, diz que o casamento realizado nessas circunstâncias feito por autoridade incompetente é anulável. Art.239 1 – Há algum elemento normativo do tipo? Sim, é indispensável, para que se configure o crime, que a ação enganosa ludibrie alguém diretamente na celebração do matrimônio. O Código Penal não distingue qual a pessoa enganada, isto é, se é especificamente o outro contratante. 2 – Quem figura como sujeito ativo do crime Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. 3 – Qual o elemento subjetivo do tipo penal É o dolo, consistente na vontade livre e consciente de praticar a conduta típica, por se tratar de crime subsidiário, se a finalidade do agente for a de obter fraudulentamente a posse sexual da mulher, o crime poderá ser outro (CP, art. 215). Art.241 1 – Explique o elemento objetivo do tipo penal? Consiste em registrar ou dar causa ao registro de pessoa que não nasceu, havendo, também, infração na conduta de registrar natimorto como se tivesse nascido vivo. Por se tratar de crime especial, a sua configuração afasta a aplicação do crime de falsidade ideológica. 2 – Nos crimes de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, a partir de que momento começa a correr a prescrição? O art. 111, IV, do Código Penal, determina que o prazo prescricional tem início a partir da data que o fato se torna conhecido das autoridades. Art.242 1) Quem pode figurar como sujeito ativo do crime? Sujeito ativo tem que ser do sexo feminino e consiste em apresentar à sociedade um recém-nascido como se fosse seu próprio filho, quando, em verdade não é. 2 – Quando se reputa consumado o crime? É possível a tentativa? A consumação ocorre no instante em que é criada uma situação que leve outras pessoas a interpretar que o filho é dela. A tentativa é possível. 3 – O que se entende pela expressão “motivo de reconhecida nobreza”? É uma forma privilegiada previsto no parágrafo único do art. 242. Motivo de reconhecida nobreza para cumprir um bem maior. E quando isto acontece temos presentes as razões para um perdão judicial ou aplicação da pena de detenção, de um a dois anos em razão de ato de nobreza, ou de bondade. Art.243 1 – Quem pode praticar o crime em pauta? No caso de abandono do próprio filho, pode ser cometido por um ou por ambos os pais. Em se tratando de filho alheio, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. 2 – Quando ocorre a consumação? No momento em que o menor é deixado na instituição. Não é necessário que o agente consiga atingir sua finalidade de sonegar o estado de filiação, basta ter intenção. Art.245 1 – Quem pode praticar o crime em questão? Quem figura como sujeito passivo? Apenas os pais podem figurar como autores deste crime, já que o tipo penal contém a expressão “entregar o próprio filho” a pessoa inidônea, qualquer um deles pode cometer o delito. Sujeito passivo e o filho menor de 18 anos. 2 – Qual o elemento subjetivo? O que se entende pela expressão “saiba ou deva saber”? É o dolo sem finalidade específica, consubstanciado na vontade consciente de praticar uma das condutas típicas. Entende – se que o agente tem entendimento do que está fazendo. Art.246 1 – Quanto à conduta, como é classificado esse crime? Sua classificação se dá como: crime próprio, permanente, formal, de forma livre, omissivo e não admite tentativa. 2 – Há algum elemento normativo do tipo? Segundo Bitencourt, o tipo apresenta um elemento normativo, contido na expressão "sem justa causa", isto é, omitir as medidas necessárias para que seja ministrada instrução ao filho em idade escolar, indevidamente e injustificadamente. Art.247 1 – É necessária a constatação de alguma finalidade específica por parte do agente? Além do dolo, o crime é punido pela vontade do agente de praticar o ato com a finalidade específica de permitir que o menor se entregue a qualquer das atividades previstas. Art.249 1 – Qual a consequência advinda da de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações? Apresente a natureza jurídica. O sujeito responderá pelo art. 249 parágrafo 2° em que o juiz pode deixar de aplicar a pena.
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