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IVAS em Pediatria

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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS 
SUPERIORES 
Raisa Brighenti 
Raphael Canto 
Renata Santi 
Thabara Campos 
RESFRIADO COMUM 
RESFRIADO COMUM 
 ETIOLOGIA 
RESFRIADO COMUM 
 EPIDEMIOLOGIA 
 
 Início do outono e final da primavera 
 Lactentes: 6 a 8 resfriados por ano - deficiência de lectina ligadora de manose? 
 10 a 15% das crianças têm pelo menos 12 infecções anuais 
 Crianças que frequentam creches têm 50% mais resfriados que as criadas em casa 
 
RESFRIADO COMUM 
 PATOGÊNESE 
 
 Disseminação: aerossóis de pequenas ou grandes partículas ou pelo contato direto 
 Infecção do epitélio nasal -> resposta inflamatória aguda -> sintomas 
 A inflamação pode obstruir os óstios dos seios paranasais ou a tuba auditiva e predispor a sinusite 
ou otite média bacterianas 
 
RESFRIADO COMUM 
 MECANISMOS DE DEFESA DO VÍRUS 
 
 Rinovírus e adenovírus possuem inúmeros sorotipos diferentes 
 Influenza é capaz de alterar sua superfície, gerando diferentes sorotipos 
 Parainfluenza e VSR: não há desenvolvimento de imunidade protetora contra esses antígenos após a 
infecção. 
 
RESFRIADO COMUM 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Garganta irritada, obstrução nasal e rinorreia 
 Tosse aparece em 30% dos pacientes 
 Os sinais e sintomas sistêmicos ausentes ou leves 
 O resfriado habitual dura 1 semana, porém 10% pode durar 2 semanas 
 Exame físico: aumento da secreção nasal, cornetos edemaciados e eritematosos 
 
RESFRIADO COMUM 
 DIAGNÓSTICO 
 Objetivo: excluir outras patologias mais graves 
 Diagnóstico diferencial: 
 
RESFRIADO COMUM 
 EXAMES LABORATORIAIS 
 
 Não são úteis para diagnóstico e tratamento 
 Esfregaço nasal com eosinófilos pode ser útil se suspeita de rinite alérgica 
 Cultura, detecção de antígenos, PCR ou métodos sorológicos. Geralmente não há indicação para 
esses exames 
 
RESFRIADO COMUM 
 TRATAMENTO 
 
 Terapia antiviral 
 Não há terapia antiviral específica para rinovírus 
 A Ribavarina (VSR) não tem efeito no resfriado comum 
 Inibidores da neuraminidase têm efeitos modestos sobre a duração das infecções pelo influenza 
 Oseltamivir reduz a frequência de otite média associada ao influenza 
RESFRIADO COMUM 
 TRATAMENTO 
 
 Tratamento sintomático 
 
 O FDA recomenda que o tratamento sintomático oral para tosse e resfriado não seja 
usada em lactentes e crianças menores de 2 anos. 
 Febre: geralmente não é necessário tratamento. 
 Obstrução nasal: agentes adrenérgicos tópicos ou orais. Existem formulações com 
potência reduzida para crianças pequenas. 
 
RESFRIADO COMUM 
 TRATAMENTO 
 
 Tratamento sintomático 
 
 Descongestionantes tópicos: raro bradicardia, hipotensão e coma. 
 Descongestionantes orais: menos eficientes e estão associados a efeitos sistêmicos, como 
estimulação do SNC, hipertensão e palpitações. 
 O uso prolongado de agentes adrenérgicos tópicos pode provocar rinite medicamentosa 
e efeito rebote. 
 O soro fisiológico para lavagem auxilia na melhora dos sintomas. 
 
RESFRIADO COMUM 
 TRATAMENTO 
 
 Tratamento sintomático 
 Rinorreia 
Anti-histamínicos de 1ª geração. E.C: sedação. 
Brometo de ipratrópio: anticolinérgico tópico. Não causa sedação. E. C: irritação e sangramento nasal. 
 Dor de garganta 
Analgésico comum 
 AAS não deve ser administrado em crianças com infecções do trato respiratório devido ao risco de Síndrome de 
Reye. 
 Tosse 
O tratamento dos sintomas nasais melhora a tosse. Pastilhas auxiliam. 
Codeína, dextrometorfano e guaifenesin não são eficientes para tosse de resfriados. 
 
RESFRIADO COMUM 
 TRATAMENTO 
 
 Tratamentos ineficazes 
Vitamina C, guaifenesin, inalação de ar aquecido e umidificado, pastilhas orais com zinco e equinácea. 
 
 COMPLICAÇÕES 
 
 5 a 30% desenvolvem otite média, sendo mais comum nas crianças que frequentam creche 
 5 a 13% dos resfriados comuns em crianças são complicados com sinusite bacteriana 
 Exacerbação da asma é incomum, embora grave 
 Resistência bacteriana (mau uso de antibióticos) 
 
RESFRIADO COMUM 
 PREVENÇÃO 
 
 Quimioprofilaxia ou imunoprofilaxia não existem para resfriado comum. Imunização contra influenza 
pode ser útil para a prevenção de resfriado contra esse patógeno 
 Vitamina C e equinácea não são eficientes 
 Lavagem das mãos é recomendada 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
OTITE MÉDIA AGUDA 
 Com 1 anos de idade, 75% das crianças terão OMA. Pico: 6 meses e 18 meses 
 Líquido no ouvido médio com sinais e sintomas de infecção aguda 
 Fatores predisponentes: 
 
 IVAS 
 Mamar deitado 
 Ausência de aleitamento materno 
 Tabagismo passivo 
 Natação 
 Atopia 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
 Pneumococo, H. influenzae, Moraxella catarallis 
 Sintomas: 
 Otalgia, plenitude, hipoacusia, e otorreia (eventualmente) 
 Exame físico: 
 Abaulamento da membrana timpânica, hiperemia, opacificação 
 Pode estar retraída em algum quadrante 
 Bolhas e níveis na resolução 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
 TRATAMENTO 
 Amoxacilina VO 40-50 mg/kg/dia por 14 dias 
 Dose dobrada em caso de falha terapêutica 
 
 COMPLICAÇÕES 
 Mastoidite 
 Colesteatoma 
 Paralisia do VII par 
 Meningite 
 Abscesso cerebral 
 
SINUSITE 
SINUSITE 
 DEFINIÇÃO 
 
 A rinossinusite aguda é um processo inflamatório da mucosa rinossinusal 
de início súbito por período menor que 12 semanas. Pode ocorrer uma ou 
mais vezes num determinado período de tempo, mas sempre com remissão 
completa dos sinais e sintomas entre os episódios. 
 
SINUSITE 
 DEFINIÇÃO 
 
 Etmoidal e maxilar: presentes no 
nascimento. Porém os seios 
maxilares não estão pneumatizados 
até os 4 anos de idade. 
 Esfenoidais: surgem aos 5 anos. 
 Frontais: entre 7 e 8 anos. 
 
SINUSITE 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
 RSA viral/ resfriado comum: usualmente autolimitada e sintomas duram < 10 dias 
 RSA pós-viral: piora dos sintomas após 5 dias de doença ou quando os sintomas persistem por mais 
de 10 dias de doença 
 RSA bacteriana: 0,5 a 2% dos pacientes com RSA pós-viral evoluem com RSAB 
 
SINUSITE 
 ETIOLOGIA 
 
 Streptococos penumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis 
 
 FATORES PREDISPONENTES 
 
 RSA: infecções virais do TRS, rinite alérgica, exposição a fumaça de cigarro. 
 RSC: imunodeficiências, fibrose cística, disfunção ciliar, anormalidades da função fagocitária, fenda 
palatina, pólipos nasais, corpo estranho nasal (sonda nasogástrica). 
 
SINUSITE 
 PATOGÊNESE 
 
 Infecção viral 
 RS viral 
 Inflamação, espessamento e edema da mucosa dos seios paranasais 
 Secreções nasais e bactérias da nasofaringe entram nos seios até mesmo pelo ato de assoar o nariz 
 A inflamação e o edema dos óstios dos seios prejudicam a eliminação das bactérias 
 Sinusite bacteriana 
 
SINUSITE 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Queixas inespecíficas, congestão nasal, secreção nasal purulenta uni ou bilateral, febre e tosse 
 Cefaleia e dor facial são raras em crianças! 
 Podem apresentar halitose, hiposmia, edema periorbital, desconforto nos dentes maxilares, dor ou 
pressão exacerbada com a inclinação da cabeça para frente 
 
SINUSITE 
 DIAGNÓSTICO 
 
 Clínico/ endoscópico/ TC 
 Dx clínico - dois ou mais sintomas: obstrução nasal, rinorreia anterior ou posterior, dor ou 
pressão facial, hiposmia 
 Sintomas persistentes por mais de 10 a 14 dias ou sintomas graves por 3 a 4 dias. 
 Sintomas por mais de 5 dias com piora progressiva.SINUSITE 
 DIAGNÓSTICO 
 
 Dx endoscópico: Um ou mais dos seguintes achados: pólipos, secreção mucopurulenta 
drenando do meato médio, edema obstrutivo da mucosa no meato médio. 
 Dx por imagem (TC)*: Alterações de mucosa do complexo óstio-meatal ou seios 
paranasais. 
 Cultura do material aspirado dos seios paranasais dá o diagnóstico preciso, porém não é 
prático. Reservada aos pacientes imunossuprimidos com suspeita de RS fúngica. 
 Transiluminação não é confiável em crianças. 
 
 
 
SINUSITE 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
 Infecções do TRS: secreção nasal clara, usualmente não purulenta, tosse e febre leve. Sintomas não 
duram mais que 10 ou 14 dias 
 Rinite alérgica: sazonal, eosinofilia na avaliação das secreções nasais 
 
 
 
SINUSITE 
 TRATAMENTO 
 
 Amoxacilina (45 mg/kg/dia) 
 Sulfametoxazol-trimetoprim, cefuroxima, claritromicina, azitromicina - alérgicos à penicilina 
 Amoxacilina-clavulanato (80 a 90 mg/kg/dia - 6,4 mg/kg/dia) – crianças com fator de risco para 
resistência bacteriana ou crianças que não responderam a terapia inicial em 72h 
 Duração: tratamento por mais 7 dias após resolução dos sintomas 
 Lavagem com soro fisiológico ajudam a liquefazer as secreções e atuam como vasoconstritores leves 
 Descongestionantes, anti-histamínicos, mucolíticos e corticoides intranasais não são recomendados 
 Complicações intracranianas secundárias à sinusite frontal: ceftriaxone parenteral até melhora dos 
sintomas 
 
 
 
 
SINUSITE 
 COMPLICAÇÕES 
 
 Seio etmoidal 
 
 Celulite periorbital: eritema e edema dos tecidos ao redor do globo ocular 
 Celulite orbital: proptose, quemose, redução acuidade visual, diplopia, dor ocular, dano dos movimentos 
 Conduta: TC das órbitas e dos seios, avaliação oftalmológica e otorrinológica. Iniciar antibiótico IV 
 Celulite orbitária pode requerer drenagem cx 
 
 
 
 
 
 
SINUSITE 
 COMPLICAÇÕES 
 
 Intracranianas 
 
 Abscesso epidural, meningite, trombose do seio cavernoso, empiema subdural, abscesso cerebral, osteomielite 
do osso frontal 
 Alteração do estado mental, rigidez de nuca ou sinais de elevação da pressão IC exigem TC de cérebro, 
órbitas e seios 
 Conduta: iniciar antibiótico IV de amplo espectro enquanto aguarda cultura 
 Pode ser necessária drenagem cirúrgica 
 
 
 
 
 
FARINGITE AGUDA E COMPLICAÇÕES 
Faringite aguda 
Faringite recorrente 
Abcesso retrofaríngeo e 
faríngeo lateral 
Abcesso/celulite peritonsilar 
FARINGITE AGUDA 
 Aproximadamente ⅓ das infecções do trato respiratório superior tem a dor de 
garganta como sintoma primário. 
 
 ETIOLOGIA 
 VIRAL: Adenovírus, coronavírus, enterovírus, rinovírus, vírus sincicial respiratório, Epstein-barr (VEB), 
vírus Herpes simples, metapneumovírus. 
 Bactérias:Estreptococcus Beta hemolíticos do grupo A (EBHGA). 
 
 EPIDEMIOLOGIA 
+ Outono, Inverno e Primavera; 
 Disseminadas por contato íntimo; 
 Faringite estreptocócica é rara antes dos 2-3 anos de idade → incidência aumenta nos primeiros 
anos escolares e declina no final da adolescência e inicio da vida adulta. 
 
FARINGITE AGUDA 
 PATOGÊNESE 
 
A colonização da orofaringe por EBHGA pode resultar tanto em portadores assintomáticos quanto 
em infecção aguda → presença de proteína M que dificulta a fagocitose pelos neutrófilos. 
 Escarlatina: doença causada por toxinas dos EBHGA → produzem 3 exotoxinas pirogênicas, que 
causam rash papular bem definido. Apesar da Exotoxina A estar mais associada a escarlatina, 
qualquer uma das três (A, B ou C) pode causar a escarlatina. 
 A imunidade contra as exotoxinas é especifica e duradoura para cada uma, portanto a criança 
pode apresentar escarlatina até três vezes na vida 
 
FARINGITE AGUDA 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Início mais gradual, com rinorreia, tosse e diarreia. 
 Etiologia viral sugerida pela presença de conjuntivite, coriza, rouquidão e tosse. 
 A faringite pelo adenovirus pode apresentar conjuntivite e febre. 
 
FARINGITE AGUDA 
 COXSACKIEVIRUS 
 Pequenas vesículas acinzentadas e 
úlceras inflamadas na faringe posterior 
(herpangina) ou pequenos nódulos 
branco-amarelados na 
faringe posterior (farin- 
gite linfonodular aguda. 
 
FARINGITE AGUDA 
 EPSTEIN-BARR 
 Aumento significativo das tonsilas 
palatinas, com exsudato, linfadenite 
cervical, hepatoesplenomegalia, rash e 
fadiga generalizada como parte da 
síndrome de mononucleose infecciosa. 
 
FARINGITE AGUDA 
 BACTERIANA 
 
 Início da Faringite estreptococica geralmente é rápido, com dor de garganta e febre; 
 Ausência de tosse; 
 Cefaleia e sintomas gastrointestinais são frequentes; 
 Faringe fica avermelhada, tonsilas edemaciadas e cobertas por exsudato amarelo tingido por 
sangue. 
 Pode haver petequias no palato mole e na faringe posterior. Úvula pode apresentar-se vermelha, 
pontilhada e edemaciada. 
 Linfonodomegalia em linfonodos cervicais anteriores com sensibilidade à palpação. 
 Periodo de incubação de 2-5 dias. 
 
FARINGITE AGUDA 
 ESCARLATINA 
 Palidez ao redor da boca, lingua em aspecto de framboesa e rash papular avermelhado, com 
aspecto de lixa e semelhante a queimaduras de sol, junto com espinhas. 
 
FARINGITE AGUDA 
 DIAGNÓSTICO 
 
 Objetivo: identificar a infecção pelo EBHGA. 
 Padrão-ouro: Cultura da orofaringe 
 Testes rápidos:↑Especificidade e ↓Sensibilidade → portanto, um teste rápido positivo 
pode ser utilizado para iniciar o tratamento com antibióticos e a cultura se torna 
desnecessária 
 Hemograma demonstrando muitos linfócitos atípicos e teste de aglutinação em lâmina 
positivo ( ou „‟ponto‟‟) podem ajudar a diagnosticar mononucleose por VEB. 
 
FARINGITE AGUDA 
 TRATAMENTO 
 
 A maioria das faringites estreptococicas se resolve sozinha em poucos dias mesmo sem 
antibióticos, porém a antibioticotarapia precoce acelera a recuperação clínica em 12-
24horas. 
 Benefício: prevenção da febre reumática aguda. 
 Antibióticos sem cultura positiva: 
Faringite sintomática + teste rápido positivo, ou diagnóstico clínico de escarlatina, contato 
domiciliar com faringite estreptocócica documentada, história passada de febre reumática aguda 
ou história recente de febre reumática aguda em familiar/contato domicilar. 
 
 
FARINGITE AGUDA 
 TRATAMENTO 
 
 EBHGA : Penicilina! 
 Penicilina V, 2 ou 3 vezes ao dia durante 10 dias: 250mg/dose para crianças e 
500mg/dose para adolescentes e adultos. 
 1 dose IM de penicilina benzatina= 600.000UI para crianças < 27 kg e 1.200.000 
para crianças maiores --> garante a adesão ao tratamento 
OU 
 Amoxacilina oral devido gosto mais agradável e possibilidade de comprimidos 
mastigáveis = dose diária de 750mg durante 10 dias. 
 
 
FARINGITE AGUDA 
 TRATAMENTO 
 
 Culturas de acompanhamento não são necessárias a não ser que haja recorrência dos 
sintomas. 
 Alguns dos pacientes tratados continuam a abrigar o EBHGA em suas faringes e se tornam 
portadores assintomáticos. 
 Para erradicar = Clindamicina 20mg/kg/dia em três doses, VO durante 10 dias. 
 Sintomáticos: agentes analgésicos e antipiréticos= acetaminofeno ou ibuprofeno. 
 
 
FARINGITE RECORRENTE 
 Nova infecção com uma cepa idêntica= Se o uso do antibiótico tiver sido 
inadequado utilizar uma dose de Penicilina Benzatina IM. 
 Recorrência pode ser causada por cepas diferentes resultantes de novas 
exposições ou pode ser causada por um estado de portador estreptocócico. 
 
 
ABSCESSO RETROFARINGEO E FARÍNGEO 
LATERAL 
 Mais comuns em crianças <3-4 anos de idade, afeta mais meninos do que 
meninas. 
 67% dos casos ocorrem após infecção recente do ouvido, nariz ou faringe. 
 Geralmente polimicrobianas: Streptococcus grupo A, bactérias anaeróbias 
da orofaringe e S. aureus. 
 
ABSCESSO RETROFARINGEO E FARÍNGEO 
LATERAL 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Manifestações inespecíficas que incluem febre, irritabilidade, diminuição da ingestão oral 
de alimentos e sialorreia. 
 Pode estar presente rigidez cervical, torcicolos e recusa em mover o pescoço. 
 A criança que já é capaz de falar se queixa de dor de garganta e dor cervical. 
 Outros: voz abafada, estridor e angustia respiratoria. 
 Menos de 50% das crianças apresentam abaulamento da parede posterior da faringe. 
 Pode haver presença de linfadenopatia cervical. 
 Os abscessos laterais da faringe se apresentam com febre, disfagia e abaulamento 
proeminente da parede lateral da faringe, algumas vezes com deslocamento medial da 
tonsila palatina. 
 
 
ABSCESSO RETROFARINGEO E FARÍNGEO 
LATERAL 
 DIAGNÓSTICO 
 Incisão para drenagem e cultura = diagnóstico definitivo 
 TC só identifica abscesso em 63% dos pacientes. 
 
 TRATAMENTO 
 Antibiótico EV com ou sem drenagem cirúrgica. 
 
 COMPLICAÇÕES 
 Obstrução significativa das vias aéreas superiores, ruptura levando a pneumonia 
aspirativa e extensão para o mediastino. 
 
 
ABSCESSO/CELULITE PERITONSILAR 
 Invasão bacteriana através da cápsula das tonsilas palatinas → celulite e/ou formação de 
abscessos nos tecidos circundantes. 
 Patógenos mais comuns: Streptococcus do grupo A e anaeróbios mistos da orofaringe. 
 Típico: adolescente com história de faringoamigdalite recente. 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Dor de orofaringe, febre, trismo e disfagia. 
 Abaulamento assimétrico da tonsila palatina com deslocamento medial da úvula. 
 TC é útil para revelar o abscesso. 
 
 
 
ABSCESSO/CELULITE PERITONSILAR 
 TRATAMENTO 
 
 Drenagem cirúrgica e antibióticoterapia. 
 Aproximadamente 95% dos abscessos peritonsilares são resolvidos após a aspiração com agulha e 
antibioticoterapia, uma pequena porção destes necessita de uma nova aspiração. 
 Os 5% que não resolvem com aspiração necessitam de incisão e drenagem. 
 
 COMPLICAÇÕES 
 
 Ruptura do abscesso resultando em pneumonite por aspiração = rara! 
 
 
AMÍGDALAS E ADENÓIDE 
AMÍGDALAS E 
ADENOIDES 
 ANEL DE WALDEYER 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 AMÍGDALA PATALINA E 
ADENOIDE 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 IMUNIDADE 
 
 Linfócitos B (2/3) 
 4-10 anos: pico de atividade imunológica 
 
 Funções: 
 Induzem imunidade secretória 
 Regular a produção de Ig secretórias 
 Defesas primárias para corpo estranho 
 
 Não há grande deficiência imunológica se retiradas por tratamento cirúrgico 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 S. aureus 
 Gram-negativos 
 M. pneumoniae 
 N. gonorrhoeae 
 C. diphteriae 
OUTROS 
ORGANISMOS 
VÍRUS 
Streptococus β-hemolítico do 
grupo A (SBHGA): 
Streptococus pyogenes 
CANDIDÍASE ORAL 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 INFECÇÃO AGUDA 
 
 Sintomas: 
 Ressecamento da orofaringe 
 Mal-estar 
 Febre 
 Calafrios 
 Odinofagia 
 Disfagia 
 Otalgia 
 Dor de cabeça 
 Dores musculares 
 Dilatação de linfonodos cervicais 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 INFECÇÃO AGUDA 
 
 Exame físico: 
 Ressecamento da língua 
 Amígdalas eritematosas e dilatadas 
 Exsudato amidaliano/faríngeo 
 Dilatação e sensibilidade de linfonodos 
 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 INFECÇÃO CRÔNICA 
 
 Polimicrobianos – produtores de β-lactamases 
 Aeróbios e anaeróbios 
 Amigdalite críptica 
 
 Manifestações clínicas: 
 Halitose 
 Irritações crônicas da orofaringe 
 Sensação de corpo estranho 
 Gosto amargo na boca 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS 
 Principal causa – amígdalas e adenoides 
 Sintomas diurnos: respiração oral, obstrução 
nasal, fala hiponasal, hiposmia, redução do 
apetite, fraco desempenho escolar 
 Sintomas noturnos: roncos de alto volume, 
episódios de sufocamento, pigarros, apneias 
francas, sono inquieto 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 NEOPLASIA DE AMÍGDALAS 
 
 Rápida dilatação das amígdalas 
 Unilateral 
 Sinais sistêmicos de febre, perda de peso e linfadenopatia 
 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 TRATAMENTO 
 
 Rápida CLÍNICO 
 I. AGUDAS: Penicilina, amoxicilina, eritromicina, azitromicina, analgésicos/antipiréticos, gargarejos, 
spray 
 I. CRÔNICAS: Cefalosporina, clindamicina, expressão dos amigdalitos, cauterização com nitrato de 
prata 
 CIRÚRGICO 
 AMIGDALECTOMIA 
 ADENOIDECTOMIA 
 
AMÍGDALAS E ADENOIDES 
 COMPLICAÇÕES 
 
 Glomerulonefrite pós-estreptocócica 
 Febre reumática aguda 
 Infecção peri-tonsilar, retrofaríngea, parafaríngea 
 Faringotonsilite crônica 
 Obstrução crônica das Vas 
 Sangramentos no PO 
 
OBSTRUÇÃO INFLAMATÓRIA AGUDA 
DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES 
Crupe 
Epiglotite 
Laringite 
Traqueíte Bacteriana 
OBSTRUÇÃO INFLAMATÓRIA AGUDA 
 O que é? 
 Muito comum com morbidade significativa 
 Crianças e lactentes: VA estreitas e complacentes 
 Raio Resistência ao fluxo aéreo Esforço respiratório 
 Clínica e exame físico: 
 Voz, choro e tosse 
 Expansibilidade pulmonar e MV 
 Estridor (inspiratório, expiratório ou bifásico) 
 
 Agentes virais: 
 Parainfluenza (tipo 1, 2 e 3) – 
75% 
 Influenza A e B 
 Adenovírus 
 VRS 
 Sarampo 
 
 
CAUSAS 
CRUPE 
 O que é? 
 Clínica: 
 Quadro inicial = IVAS + rinorreia + faringite + tosse leve + febre 
 Obstrução = rouquidão + tosse metálica + estridor inspiratório 
 Exame físico: coriza + faringe + FR 
 Febre variável 
 Sintomas mais noturnos e autolimitados 
 Progressão da obstrução 
 FR aumentada, dilatação nasal, tiragem intercostal, estridor contínuo 
 Hipóxia e baixa SatO2 = suporte respiratório imediato 
CRUPE 
 Diagnóstico 
 Raio-x: 
 Quando fazer? 
 Achados 
CRUPE 
 Tratamento: 
 
 Objetivos 
 Casos leves: nebulização + tto domiciliar 
 
 Hospitalização: 
 Estridor progressivo 
 Cianose 
 Hipóxia 
 Angústia respiratória 
 Depressão do sensório 
 Epinefrina racêmica nebulizada 
 Crupe moderada - grave 
 vs. L-epinefrina 
 Cuidados com pcte taquicárdico ou com problemas cardíacos 
 
 Corticosteróides 
 Crupe leve - grave 
 Dexametasona oral 
 
 ATB 
 
 Quando dar alta? 
CRUPE ESPASMÓDICO 
 Semelhante ao crupe 
 Sem pródromo de infecção viral ou febre 
 Causa: viral, alérgica ou psicológica 
 Patogênese desconhecida 
 Clínica: 
 Despertar noturno 
 Tosse metálica + Inspiração ruidosa + Angústia respiratória 
 Ansiedade e medo 
 Afebril 
 Recorrência 
EPIGLOTITE AGUDA 
 Atualmente rara (vacina HiB) 
 Forma mais grave de obstrução inflamatória 
aguda das vias aéreas 
 Clínica: 
 Irritação da orofaringe + febre 
 Disfagia + respiração forçada 
 Posição de alívio 
 Episódio de “fome de ar” + inquietação 
 Cianose e coma 
 *Sialorreia 
 *Estridor 
 *Tosse metálica 
 
 
EPIGLOTITE AGUDA 
 DIAGNÓSTICO 
 Visualização de uma grande epiglote 
edemaciada “vermelho-cereja” na 
laringoscopia 
 
 Raio-x: sinal do polegar 
 
EPIGLOTITE AGUDA 
 TRATAMENTO 
 
 Objetivo 
 Estabelecer via aérea artificial (intubaçãonasotraqueal) independente do nível de angústia 
respiratória 
 Oxigênio complementar 
 Cultura de sangue + superfície epiglótica 
 ATB: 
 Ceftriaxona 
 Cefotaxime 
 Meropenem 
 > ou = 10 dias 
 Resolução clínica rápida 
LARINGITE INFECCIOSA AGUDA 
 Comum, de curso clínico leve 
 Agentes virais (*difteria) 
 Clínica: 
 IVAS + inflamação da orofaringe + tosse + rouquidão + perda da voz 
 Outras doenças infecciosas que podem comprometer a laringe: 
 Coqueluche 
 Sarampo 
 Rubéola 
 Varicela 
 Herpes 1 e 2 
TRAQUEÍTE BACTERIANA 
 Complicação bacteriana pós infecção viral 
 5 – 7 anos de idade 
 Staphylococus aureus 
 Potencialmente fatal, principal DD 
 Edema de mucosa na região da cartilagem cricóide + secreções espessas e purulentas 
(pseudomembranas) 
 Clínica: 
 Tosse estridente 
 Febre alta + angústia respiratória 
 X Dificuldade em se deitar, disfagia ou sialorreia 
 X Melhora com nebulização com epinefrina 
 Síndrome do choque tóxico e PCR 
 
TRAQUEÍTE BACTERIANA 
 DIAGNÓSTICO 
 Febre alta 
 Secreção 
 X Clínica para epiglotite 
 Raio-x 
 
 TRATAMENTO 
 ATB = Agentes antiestafilocócicos 
 Considerar via aérea artificial 
 Oxigênio complementar 
 Boa resposta à ATB 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
 Aspiração de corpo estranho 
 Abcesso retrofaríngeo ou periamigdaliano 
 Compressão extrínseca das vias aéreas 
 Membrana laríngea 
 Anel vascular 
 Obstrução intraluminar por massas 
 Papiloma laríngeo 
 Hemangioma subglótico 
 Angioedema 
 Reações alérgicas 
 Edema pós extubação 
 Mononucleose

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