Aula 5 resumo

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Responsabilidade Social e Empresarial
INTRODUÇÃO
Cabe a nós e principalmente a você, como novo gestor, criar e desenvolver uma nova história.Cada um dos temas que vão ser tratados nesta aula define um novo caminho possível na sociedade moderna, onde entendendo e adotando diferentes ações e dinâmicas, será possível reorganizar as práticas organizacionais e de liderança,direcionando a energia e a capacidade inovadora para acreditar e empreender ações que impulsionem a gestão e a sustentabilidade, descobrindo uma nova visão do mundo para criar condições onde as pessoas sejam capazes de entender às necessidades, e construir, através de um potencial inovador, diferentes formas de trabalho conjunto, que transformem as dificuldades individuais e organizacionais em comunidades enérgicas e resilientes.
É importante que as instituições ou organizações que foram criadas e servem à sociedade com um renovado senso de 
propósito coletivo, respondam as perguntas que são feitas e criem novas relações que,por mais diferentes que sejam, têm a 
possibilidade de levar as organizações e comunidades a partilhar aquilo que as faz ficar juntas. A diversidade, a criatividade e o desejo, de contribuir surgem quando floresce um objetivo que busca mudanças douradoras que incentivem as pessoas a lutar com determinação na busca de melhores condições de vida para todos.
SOCIEDADE MODERNA, GESTÃO E SUSTENTABILIDADE
O que é sociedade?
Sociedade é um conjunto de seres que convivem de forma 
organizada. 
O que é Sociedade moderna?
É o grupo de pessoas que convive em uma limitação geográfica, que interagem entre si e, juntos, constroem um sistema de produção sustentável.
Essa continuidade de mudança, do desaparecimento do velho e do surgimento do novo, é a característica dominante da sociedade moderna, organizada apenas faz dois séculos, mas dotada de tão grande potencialidade inovadora que seus próprios avanços parecem efêmeros perante a realização de outros que acontecem rapidamente.
O que é gestão?
Gestão significa gerenciamento, administração, onde existe uma instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida ou administrada.O objetivo é de crescimento, estabelecido pela empresa através do esforço humano organizado, pelo grupo, com um objetivo especifico. 
As instituições podem ser privadas, sociedades de economia mista, com ou sem fins lucrativos.No âmbito do meio ambiente, a gestão ambiental é uma área relacionada com a sustentabilidade e o planejamento ambiental e,aborda a vertente econômica, social e ambiental das atividades empresariais, é uma área profissional cuja visibilidade tem aumentado bastante, fruto da crescente conscientização ambiental por parte das empresas.
O que queremos sustentar?
No universo organizacional, é enxergar com lentes interativas e chamar a atenção coletiva para um novo conhecimento colaborativo em vários domínios especializados, como jamais tivemos. É um novo chamado para uma espécie de aprendizagem antecipatória,que ajuda a humanidade a antever o futuro e evitar consequências irreversíveis de complexidades de nível global, como a extinção em massa das espécies. É uma convocação para adotarmos um conhecimento consequente, que combina rigor, relevância e liderança.
Existe uma relação intrínseca entre gestão, desenvolvimento e sustentabilidade.Os processos de sustentabilidade têm a ver com a inteligência e vida individual e coletiva, simultânea e interconstitutivamente. Tem a ver também com emergência, com desenvolver humano e social capaz de construir habilidades de autorregulação em sistemas complexos,e não com a aprendizagem de uma nova cartilha, com um tipo laico de conversão a um conjunto de ideias e valores formulados de maneira hierárquica por um grupo de sábios. E isso depende de experiências concretas de fazer as coisas de maneira diferente.
No nível corporativo, muitas empresas não sobreviveram às tormentas da época atual. Isso revela as limitações do mundo dos negócios de aprender a produzir e distribuir riquezas a partir dos seus ativos mais estratégicos: a criatividade, a capacidade de gerar conhecimento e o entusiasmo humano.
No nível individual, temos sido obrigados a desenvolver competências novas e mais complexas para manter nossos empregos. Mas muitos daqueles que conseguem se manter razoavelmente empregados veem-se compelidos a agir contra seus princípios e valores ou vivem estressados e comprimidos pelo alucinante ritmo ditado pelo mercado.
Ser gestor ético em termos de organização depende de quatro alicerces: 
- transparência; 
- prestação de contas; 
- senso de tutoria ou de cuidado com os recursos que estão em nossas mãos:
- fidelidade aos valores e princípios que a organização propaga
O líder verdadeiro,ou gestor consciente,nasce do esforço interno do indivíduo, e não de cargos, normas ou decretos. Habilidades técnicas e capacidades inatas formam as atitudes
que o guiam nas diversas situações e nos relacionamentos com os colaboradores. Estes três fatores de equilíbrio,atitudes, relacionamentos e situações produzem a química de uma boa liderança.
AUTOSSUSTENTABILIDADE E QUALIDADE ÉTICA DO 
TERCEIRO SETOR
O espaço criado pelo Terceiro Setor se configura como aquele de iniciativas de participação cidadã. As ações que se constituem neste espaço são tipicamente extensões da esfera pública não executadas pelo Estado e caras demais para serem geridas pelos mercados. Começa, então,o papel do cidadão que, agente ativo da sociedade civil, a organiza de modo a catalisar trabalho voluntário em substituição aos serviços oferecidos pelo Estado via taxação compulsória, e a transformar em doação a busca por lucro do mercado.
A autossustentabilidade do terceiro setor não é um fenômeno isolado, não acontece sozinho! Não existe a autossustentabili-
dade por si mesma. Não é algo voluntarista, que depende só da vontade; ou tecnicista, que só depende de meios usados; mas está condicionada a todo um grande contexto de conquistas tais como a elaboração de um sério projeto institucional, a sua significação social, a sua sintonia com as políticas públicas e governamentais, a sua capacidade de busca, a sua visão estratégica, os recursos humanos, a comunicação com a sociedade, a sua transparência administrativa.
A AUTOSSUSTENTABILIDADE DO PONTO DE VISTA 
ANTROPOLÓGICO
O ponto de vista antropológico centraliza a atenção sobre a questão da visão de pessoa humana que está subjacente ou implícito ao modelo de gestão que garante a sustentação de uma instituição.Um sistema de gestão que prioriza o bem-estar sem levar em conta que a dignidade das pessoas poderá reduzi-las a ”objeto de cuidado”, mais que promover um sujeito responsável.
A AUTOSSUSTENTABILIDADE DO PONTO DE VISTA ÉTICO
A legitimidade da existência do terceiro setor está na sua contribuição para construção de uma sociedade mais justa e fraternal,onde a pessoa humana seja acolhida e promovida na sua totalidade.
Esta legitimidade depende profundamente da dinâmica de ação e consecução da justiça social por partes das ONGs. 
O terceiro setor se apresenta como uma ”terceira via”,como uma alternativa política não partidária, é profundamente ancorada sobre a defesa, tutela e promoção da dignidade da pessoa humana de modo integral.
Uma das exigências da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos é a autodeterminação dos povos. Isso significa a negação de toda e qualquer forma de escravidão,dominação 
seja qual for que um povo possa sofrer. 
A autodeterminação de um grupo de pessoas pressupõe a consciência do chamado à vivência da liberdade e libertação.
A AUTOSSUSTENTABILIDADE DO PONTO DE VISTA 
POLÍTICO ADMINISTRATIVO
Todo esforço tem sentido quando concorre para uma determinada finalidade. 
Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego “politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. (Convite a Filosofia, Marilena Chaui, Editora Ática). Polis é o que chamamos,ao estudarmos a Grécia Antiga, de Cidades-Estado.
AUTOSUSTENTABILIDADE E PARCERIA
Existe uma estreita relação entre parceria e autossustentabilidade.
Parceria é uma atitude de abertura. Um fenômeno da parceria é bem mais profundo.
Parceria revela a vivência profunda da dimensão social de uma instituição; revela uma visão de mundo em forma de ”rede”, de interdependência recíproca, revela o reconhecimento da ”insuficiência individual”. Ninguém basta a si mesmo, é consequência de uma visão estratégica na condução da administração de um projeto social.
A experiência de parceria tem uma função polivalente:soma talentos, reforça ideias, explora oportunidades, ameniza fragilidades, que mais tarde levarão as organizações a atingir seus objetivos.
	
É evidente que o terceiro setor não pode ser apreendido como panaceia, a solução final para todos os problemas humanos.Se 
aceitarmos a crença de que o terceiro setor resolve tudo, estaremos retirando a responsabilidade dos governos e da sociedade mais ampla de apresentar respostas aos anseios das populações.
QUALIDADE ÉTICA PARA A CONSTRUÇÃO DE RIQUEZA
O terceiro setor, não é diferente de qualquer organização, possui problemas.A dificuldade é facilmente visualizada na busca de novos e permanentes parceiros,no uso de metodologias eficientes, no acompanhamento e avaliações das ações praticadas pela organização no combate aos problemas sociais. Entretanto, dois problemas surgem com maior gravidade: a identificação dos problemas sociais realmente prioritários e o combate ao autointeresse.
O comportamento ético e organizacional baseia-se em alguns 
pontos prioritários:
- na aplicação dos princípios éticos a todos os relacionamentos que a organização mantém (internos e externos)
- na formação da consciência ética social dos colaboradores perante seus parceiros e seu público-alvo.
Tendo como alvo a missão primordial da administração de sua imagem. A ética entra para servir como suporte a esta missão. 
A ética encara a virtude como prática do bem e está como promotora da felicidade dos seres. As organizações do terceiro setor existem justamente para isso, para ajudar o ser humano na busca constante da felicidade, combatendo a pobreza e a desigualdade. 
A ética luta contra dois fatores visivelmente aplicados em certas organizações: a falta de comprometimento com as prioridades anunciadas e o autointeresse.
O gestor que está à frente de uma organização deve pensar de início que a organização não é sua e de nada adiantará tomar decisões centradas apenas em seu interesse. 
O gestor está na frente e tem uma clara missão: adminstrar usando as principais ferramentas da administração, não esquecendo que a ética é a educação da vontade, é o controle consciente dos possíveis abusos provocados ou conduzidos pelo autointeresse.
Administrar o terceiro setor é entender que ali existe, acima do lucro, acima da receita, acima do autointeresse, o povo.
GESTÃO SOCIAL E ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR: 
GOVERNANÇA, TRANSPARÊNCIA E GESTÃO
O que é governança?
Governança deriva do termo governo, e pode ter várias interpretações, dependendo do enfoque. Segundo o Banco 
Mundial, “governança é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento, e a capacidade dos governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções”.
A boa governança deve tornar a gestão essencialmente livre de abusos, de corrupção e decisões temerárias por parte de dirigentes dessas sociedades, com o objetivo de assegurar os interesses de todos os acionistas. 
O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
Governança corporativa corresponde aos processos, costumes,políticas, leis e instituições que são usados para fazer a administração de uma empresa.
Governança corporativa também inclui as relações entre os envolvidos e os objetivos para os quais a corporação é governada. 
Nas organizações contemporâneas, os principais grupos de partes interessadas externas são:
os acionistas:
os credores:
o comércio:
os fornecedores:
os clientes:
as comunidades afetadas pelas atividades da corporação (também são conhecidos como stakeholders).
Apesar das peculiaridades,estas instituições precisam também de planejamento e gestão estratégica. Por mais estranho que pareça, são estas instituições que mais precisam de um bom planejamento e uma boa gestão estratégica. Veja porque:
a)Trabalham com pessoas mais motivadas por participar em obras que envolvem grandes causas do que pela remuneração em si. Assim,uma visão inspiradora, uma missão clara e convincente, estratégias compartilhadas e formuladas em consenso geram energia ainda maior para a superação de todas as dificuldades que se apresentam, como a falta de recursos;
b)Buscam seus recursos em ”corações generosos”, que são mais facilmente sensibilizados a contribuir se puderem entender;
c)Sendo grandes as demandas e imensas as necessidades, o foco claro e disciplinado permitirá a organização do terceiro setor alcançar resultados para demonstrar a todos os interessados que ela está ”fazendo a sua parte”.
As características das organizações/instituições/entidades que compõem o terceiro setor estão pautadas na formalidade, na autonomia ou autogovernança, na voluntariedade e na obrigatoriedade da existência de uma função social. Essas organizações estão ligadas à comunidade por meio de atos de solidariedade e esforço voluntário.
O TERCEIRO SETOR NO BRASIL
Uma das principais razões para o surgimento e principalmente 
para a expansão do terceiro setor no Brasil são os graves problemas sociais enfrentados pelo país. No Brasil, assim como em outros países, observa-se o crescimento de um “terceiro setor”, coexistindo com os dois setores tradicionais: 
1.Primeiro setor, aquele no qual a origem e a destinação dos recursos são públicas, correspondente às ações do Estado; 
2.Segundo setor, correspondente ao capital privado,sendo a aplicação dos recursos revertida em benefício próprio.
O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não
estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias,sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. 
O PERFIL DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL
Existem diversas tentativas de definição do terceiro setor, motivo de intenso debate e polêmica,sobretudo nos anos1990. O conceito mais aceito atualmente é o de uma esfera de atuação pública, não estatal, formada a partir de iniciativas privadas voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. No caso brasileiro,a compreensão do terceiro setor deve ser feito com base na legislação que vigorou até março de 1999, pela qual faziam parte de sua composição todas as instituições jurídicas, de direito privado, sem fins lucrativos. 
Deste modo, a ideia de um terceiro setor aplica-se mais para delimitar um tipo de atuação diferenciada das instâncias de governo e de mercado, mas que, embora com a mesma característica legal, é composto por um .
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