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Resumo de Filosofia e Psicologia

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UFPEL – Curso de Psicologia – Disciplina de Psicologia e Filosofia – Período: 2013-2 – Resumo para a prova 1 elaborado pela acadêmica Larissa de Oliveira Pedra (ATP 2018) 
Como Platão, Aristóteles e Descartes lidam com as relações corpo-mente, razão-emoção, verdade-falsidade, certo-
errado, normal-patológico? 
 
Relação/Pensador Platão Aristóteles Descartes 
CORPO X 
MENTE 
O DUALISMO Platônico divide o SENSÍVEL do 
INTELIGÍVEL, desta forma o corpo faz parte do 
sensível e não passa de uma prisão para a alma. A 
alma faz parte do inteligível, das ideias, e já 
conhece toda a verdade. A alma É, o corpo ESTÁ. 
O corpo é uma substância que possui, como uma 
de suas potências, a vida. Essa vida se atualiza, se 
realiza no corpo através da alma. Três almas, três 
potências de agir: *vegetativa ou NUTRITIVA 
(presente em plantas, ANIMAIS e no homem), 
*alma SENSORIAL (presente nos animais e no 
homem, *alma SENSORIAL E MOTRIZ ou 
INTELECTUAL (presente apenas nos homens). 
O corpo (SUBSTÂNCIA EXTENSA) do ser humano 
funciona como uma máquina, chegando a ser 
comparado ao funcionamento de um AUTÔMATO. 
O que diferencia os homens dos animais é a 
existência da alma (SUBSTÂNCIA PENSANTE). 
Alma e corpo se comunicam através do movimento 
dos espíritos (líquidos menos densos que o corpo) 
dentro da glândula pineal. 
RAZÃO X 
EMOÇÃO 
Os sentidos não são confiáveis, pois tudo o que 
está neste mundo sensível é apenas uma 
degradação das ideias do mundo inteligível. Da 
mesma forma, a emoções, paixões do corpo, 
apenas servem para atrapalhar nossa tentativa de 
chegar à razão. Para encontrar a razão e se tornar 
“mais homem” é necessário negar o corpo. 
Contudo, qualquer homem pode chegar à razão 
por si mesmo, através da MAIÊUTICA. 
Aristóteles não nega o corpo, as sensações e as 
emoções, mas postula que só podemos conhecer o 
que É explorando o mundo em que vivemos (não 
existe mais o dualismo sensível-tangível). Como 
tudo o que existe está ao nosso alcance, vamos 
conhecer o mundo sim através de nossos sentidos, 
mas usando obrigatoriamente a razão, para 
INVESTIGAR corretamente, buscando, por 
exemplo, as quatro causas. 
RACIONALISTA, Descartes acreditava que não 
podíamos confiar em nosso sentidos e emoções. 
Descartes pratica a sua razão através do método 
da dúvida hiperbólica. Treinamento da 
AUTOPERCEPÇÃO e do AUTOGOVERNO através 
da razão. 
VERDADE X 
FALSIDADE 
Seria mais correto falarmos em IDEIAS X 
DEGRADAÇÕES. As ideias são aquilo que 
realmente existe (ou seja, a verdade) e as 
representações do mundo sensível são apenas 
degradações (ou seja, falsidade) 
Seria mais correto falarmos em SUBSTÂNCIA X 
ACIDENTE, onde o acidente até existe, mas não 
merece ser estudado por sua instabilidade, a 
substância é o que É. 
Podemos entender por verdade tudo aquilo que 
pode ser comprovado pelo MÉTODO aplicado pelo 
sujeito epistêmico universal. Tudo é falso até que 
se prove a sua existência através da lógica. Ainda 
se faz uma diferenciação entre PURA EXTENSÃO 
e CARACTERÍSTICAS MUTÁVEIS (contingentes). 
CERTO X 
ERRADO 
Seguindo a mesma linha de pensamento da 
questão sobre verdade X falsidade, o certo seria a 
ideia e o errado a degradação dela, no entanto, 
cabe lembrar que o mal não existe, é uma 
degradação do bem e que é a ideia de alguma 
coisa ou ser o que produz esta coisa ou ser. A 
injustiça é uma degradação da injustiça, etc. 
Falando sob um ponto de vista moral, Aristóteles 
diria que o homem pode ser o melhor dos animais 
quando age com justiça e através da lei, tem bom 
senso e virtude (certo), porém pode usar toda essa 
capacidade para fins contrários (errados), se 
tornando o pior dos animais. 
Descartes até admite a possibilidade de se guiar 
apenas pelas paixões e pelos afetos, mas assinala 
o risco disto. A maneira correta seria utilizar a 
razão para compreender e interagir com o mundo. 
Falando em um aspecto moral, passa a ser 
considerado certo o domínio da natureza, e isso se 
dá através do conhecimento. Surgimento do mal 
afirmativo. 
NORMAL X 
PATOLÓGICO 
Ainda com a ideia do dualismo, só poderia ser 
considerado normal o que é racional, a sanidade, e 
patológico tudo aquilo que não está ligado à razão. 
Poderíamos dizer que o normal seria o ASCETA 
(negar o corpo) e o patológico o ESTETA (buscar a 
satisfação dos prazeres). 
Poderíamos considerar, de forma generalizada, 
que o normal seria a ESSÊNCIA NECESSÁRIA e o 
patológico, os ACIDENTES. 
A normalidade estaria na possibilidade de 
autopercepção e autogoverno através da razão. 
Cabe lembrar as influências cristãs na obra de 
Descartes, evidenciando o livre arbítrio. Os loucos 
desta época eram vistos de duas formas distintas: 
ou eram iluminados que falavam a língua dos anjos 
ou endemoniados.

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