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EconomiaAula2013parte2

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Fundamentos de Fundamentos de 
Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda
11
Prof. Cláudio Rocha LopesProf. Cláudio Rocha Lopes
Fundamentos de Fundamentos de 
EconomiaEconomia
Plano de Aulas
DATA ASSUNTO
21/11 Apresentação da Disciplina - Definições/Generalidades
28/11 Fatores de Produção e Capitalização, Conceitos de Renda, Salários, Juros, Lucros e Impostos
05/12 Produto Nacional e Renda Nacional
12/12 Inflação e Índices de Preços
19/12 Demanda e Oferta - Mecanismo do Mercado
02/01 Problemas Envolvendo Taxas de Juros Simples e Compostos
09/01 Moeda , Taxas de Câmbio 
22
09/01 Moeda , Taxas de Câmbio 
16/01 1a Verificação
23/01 Vista de Prova, Sistema Bancário
30/01 Banco Central e Bolsa de Valores
06/02 Ação Econômica do Governo
20/02 Política Fiscal e Monetária
27/02 Crescimentos e Ciclos e Conjuntura Econômica Atual
06/03 Conjuntura Econômica Atual
13/03 2a Verificação
20/03 Vista de prova - Reposição
27/03 Reposição
“Economia é a ciência que estuda as relações
humanas denominadas econômicas, avaliáveis em
moedas e tendo por fim um consumo.” De outra maneira
poderíamos dizer que a Economia estuda as ações
econômicas do homem, quando ele procura obter os bens
e serviços necessários para viver, ou ainda, que a
Economia estuda a atividade humana denominada
Definições e Generalidades
33
Economia estuda a atividade humana denominada
econômica e tendo por fim a satisfação das necessidades
primárias e secundárias. J.R.Hicks dividiu a Economia
em três fases: Teoria Econômica, Estatística Econômica
e Economia Aplicada.
A Teoria Econômica compreende um conjunto de
conhecimentos sobre os fenômenos econômicos, que
podem ser observados de duas maneiras diferentes: Micro
e Macroeconomicamente.
Microeconomia é o estudo da atividade econômica do
indivíduos, empresas e governo e de que forma essas atividades
econômicas afetam os mercados de bens e serviços. Existem três
maneiras de usar a análise microeconômica:
1. Entender os mercados e prever possíveis mudanças
2. Tomar decisões gerenciais e pessoais
3. Avaliar as políticas públicas
Macroeconomia
Definições e Generalidades
44
Macroeconomia é o estudo da atividade econômica global
de todos os indivíduos, empresas e governo, ou seja é o estudo da
economia do país como um todo. A macroeconomia explica porque
as economias crescem e se desenvolvem e por que o crescimento
econômico muitas vezes é interrompido. A análise
macroeconômica pode ser feita por três maneiras:
1. Entender como uma economia nacional funciona
2. Entender os grandes debates sobre política econômica
3. Melhorar a capacidade de tomada de decisão nos
negócios
Estatística Econômica é a parte que cuida dos dados
numéricos, que são manipulados para tentar exprimir as
atividades econômicas. Para se obter estes dados são
necessários a Coleta, Seleção e Exames dos dados econômicos,
além de Complementação por estimativas, uma vez que muitos
dados e/ou informações não foram obtidos satisfatoriamente.
Necessidades Humanas podem ser definidas como
aquelas que por motivo essencial para a sobrevivência são
Definições e Generalidades
55
aquelas que por motivo essencial para a sobrevivência são
necessárias. Ou necessidades que vieram oriundas de fatores
psicofisiológicos ou psicosociais. Desta maneira podemos dividir
as necessidades humanas em Primária, Secundária e Coletivas.
Necessidades Humanas Primárias ⇒ Cinco são estas
necessidades fundamentais: Alimentação, Vestuário, Habitação,
Transporte e Higiene, observe que os três primeiros são
necessidade vitais desde os primórdios, enquanto Transporte e
Higiene são necessidades que surgiram com o desenvolvimento
humano.
“Salário Mínimo é a contraprestação mínima
devida e paga diretamente pelo empregador a todo
trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção
de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer,
em determinada época e região do país, às suas
necessidades normais de alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte.” Artigo 76 da
Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo
Definições e Generalidades
66
Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo
Decreto Lei no 5452 de 01/05/1943.
Necessidades Humanas Secundárias ⇒ Estas
necessidades são advindas principalmente dos fatores
psicosociais, como por exemplo “prazer” e “status.”
Circuito Fechado de Atividade Econômica. ⇒ A
necessidade engendra o desejo, que provoca a atividade
econômica, isto é, o trabalho que procura obter o bem que,
por sua vez, satisfaz a necessidade.
Necessidades Coletivas ou Sociais ⇒
Quanto à satisfação das necessidades de um indivíduo,
normalmente ele as satisfaz pelo esforço próprio, ou por
meio de um esforço associativo (associações,
cooperativas, etc.). As necessidades coletivas exigem,
para que possam ser satisfeitas, um volume de recursos
Definições e Generalidades
77
para que possam ser satisfeitas, um volume de recursos
e de meios de ação que ultrapassa as possibilidades de
um indivíduo ou grupo de indivíduo. Justamente por
causa da existência das necessidades coletivas é que
surgiu um organismo especialmente destinado à
satisfação delas. Esse organismo é o Estado.
O Estado satisfaz às necessidades coletivas
através dos serviços públicos que podem ser de duas
espécies: Serviços Públicos Gerais e Serviços Públicos
Especiais.
Os Serviços Públicos Gerais se prestam a um
consumo global por parte da população, como por exemplo,
Saúde, Educação e Segurança. Estes serviços são
Definições e Generalidades
88
Saúde, Educação e Segurança. Estes serviços são
prestados com recursos provenientes de Impostos,
arrecadados pelos Municípios, Estados e União.
Os Serviços Públicos Especiais são consumidos
individualmente pelo cidadão, como por exemplo, Telefone,
Luz e Correio, etc. Estes serviços são prestados a
população através de pagamentos de Taxas a empresas
concessionárias, seja ela Estatal ou Privada.
Henry Pratt Fairchild nos deu a seguinte pérola. “Há cinco
meios para obter a riqueza: Fazer, Comprar, Achar, Receber em
Dádiva e Roubar. Achar e Receber em Dádiva dependem de
caprichos da sorte ou pessoal e não ocorrem de modo regular. O
mesmo acontece com Roubar, e o roubo, ainda quando
cuidadosamente organizado em grande escala, não é reconhecido
pela sociedade como atividade normal. Por conseguinte, a ciência
que trata da riqueza se limita a dois dos cincos meios indicados:
Definições e Generalidades
99
que trata da riqueza se limita a dois dos cincos meios indicados:
Fazer e Comprar.”
O ato de Fazer é o que chamamos de Produção. Do ponto
de vista da Economia produção não significa somente criação de
produtos materiais, mas também os imateriais. Desta forma
produção pode ser classificado em: Produção de Bens
Econômicos (Alimentos, Máquinas, etc.) e Produção de Serviços
(Transporte, Serviços Médicos/Dentários, Turismo, etc.).
Produção pode ser conceituado como o fenômeno
econômico que cria Bens e Serviços para a troca ou permuta.
Tradicionalmente os Fatores de Produção são em número de três:
1. Terra / Matéria Prima / Recursos Naturais
2. Trabalho (Mão de Obra)
3. Capital Físico / Equipamentos em Geral
A Terra nos oferece grandes quantidades de gêneros alimentícios e
matéria prima para a produção de novos bens econômicos, possibilitando ao
homem melhorar a sua existência com aproveitamento dos recursos naturais.
Não é por outra razão a luta humana pela posse da Terra, que em última
análise, não deixa de ser uma grande riqueza.
Fatores de Produção
1010
análise, não deixa de ser uma grande riqueza.
O esforço do homem para plantar, pescar, caçar pode ser
considerado um trabalho. Desta forma o trabalho do homem é o segundo fator
de produção.
Com o correr dos anos,o homem verificou que algumas coisas,
apesar de não proporcionarem a pronta satisfação de suas necessidades,
serviam para ajudá-lo a obter outras coisas de consumo imediato. Assim
nasceu o que chamamos de capital, o terceiro fator de produção. Portanto,
denominamos capital físico os bens que não se destinam à imediata
satisfação da necessidade humana, porém facilitam a produção de utilidades
econômicas. O capital do ponto de vista econômico, é representado pelas
máquinas, instrumentos, utensílios, ferramentas, etc. (equipamentos em
geral).
Com o desenvolvimento da sociedade, surgiu um novo fator
de produção, apontado por muitos autores como um quarto fator.
Trata-se da empresa, que representa a organização econômica com a
finalidade de reunir ou combinar os fatores tradicionais da produção
(terra, trabalho e capital), tendo em vista produzir bens econômicos e
serviços. No entanto há controvérsias, pois diversos autores
consideram empresa forma de produção e não fator de produção.
Outros autores preferem considerar em cinco os fatores de
produção, adicionando dois fatores aos três tradicionais:
Fatores de Produção
1111
produção, adicionando dois fatores aos três tradicionais:
4 ) Capital Humano
5) Capacidade Empresarial
O capital humano consiste no conhecimento e nas
habilidades que um trabalhador adquire por meio da educação e da
experiência. O capital humano, assim como o capital físico é usado
para produzir bens e serviços.
A capacidade Empresarial é o fator de produção que consiste
no esforço usado para coordenar a produção e a venda de bens e
serviços. Um empreendedor concebe a idéia de produzir um bem ou
um serviço e decide de que maneira a executará. O empreendedor
assume riscos, investe dinheiro e tempo na expectativa de obter lucro.
Outros autores, como por exemplo John Richard
Hicks consideram que os fatores da produção podem ser
resumidos em dois:
1. Trabalho
2. Capital
Assim teremos a seguinte expressão:
Fatores de Produção = Trabalho + Capital
Fatores de Produção
1212
Desta forma o fator trabalho é todo o esforço humano
destinado à produção. Por sua vez, o fator capital
compreende:
a) Terra (todos os bens duráveis da natureza - terrenos
agrícolas, áreas urbanas, minas, etc.);
b) Bens de produção duráveis (também conhecidos
por capital fixo - bens feitos pelo homem - máquinas,
ferramentas, etc.);
c) Bens de consumo duráveis (Bens produzidos pelo
homem - casas, veículos, etc.)..
Fatores de Produção
Possibilidades de Produção
Para decidir o que produzir, uma sociedade deverá
determinar as combinações de produtos possíveis, considerando
a disponibilidade de seus recursos produtivos e seu
conhecimento tecnológico. O gráfico de possibilidades de
produção mostra as opções de produção disponíveis para uma
economia. Um ponto situado abaixo da curva mostra que a
economia sempre poderá aumentar sua produção e melhorar
sua condição de eficiência.
1313
sua condição de eficiência.
Deslocamentos da curva: 
Aumento de recursos produtivos, 
Inovações Tecnológicas ⇒
deslocamento da curva para fora
Catástrofes, Guerras ⇒
deslocamento da curva para dentro
O Mecanismo do Mercado: O Mecanismo do Mercado: O quê, como, para quem?
A Limitação do Investimento
Cada Empresário/Governo precisa de um
mecanismo para responder às perguntas fundamentais
criadas pela especialização e pela necessidade de fazer
escolhas.
1414
1. Quais bens e serviços produzir? (Como
escolheremos entre as alternativas representadas pela
curva de possibilidade de produção?).
2. Como produzir esses bens e serviços? (tipo de
tecnologia, priorização na qualidade e/ou no preço?).
3. Para quem produzir os bens e serviços? Uma
vez pronto os bens, a quem distribuí-los?
O Mecanismo do Mercado: O Mecanismo do Mercado: O quê, como, para quem?
A Limitação do Investimento
Há basicamente duas maneiras de obter
respostas a estas perguntas. A primeira é utilizar a
“mão invisível” de Adam Smith. Caso os indivíduos
tenham liberdade completa na escolha então o
mercado dará as respostas às três perguntas
1515
mercado dará as respostas às três perguntas
fundamentais. A segunda maneira é através do
governo. As funções governamentais podem ser bem
determinantes, restringindo, ou mesmo direcionando
as escolhas do mercado.
Uma economia mista é uma economia em que
o governo e o mercado compartilham as decisões de
o que, como e para quem produzir.
Fatores de Produção - Escassez e Escolha
Necessidades 
humanas
ILIMITADAS
XX ESCASSEZ ESCOLHAXX
Recursos 
produtivos
LIMITADOS
ESCASSEZ ESCOLHA
* O que e quanto produzir
* Como produzir
* Para quem produzir
Curva de Possibilidade de Produção
A Curva de Possibilidade de Produção (CPP),
é a fronteira máxima que a economia pode
produzir, dados os recursos produtivos limitados.
Suponhamos que a economia produzaSuponhamos que a economia produza
apenas dois bens: queijo e manteiga, nos quais são
empregados todos os recursos produtivos (mão-de-
obra, matérias-primas, recursos naturais). As
alternativas são as seguintes:
Curva de Possibilidade de Produção
ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO
A B C D E F
Manteiga (em mil toneladas) 0 3 6 8 9 10
Queijo (em mil toneladas) 15 14 12 10 7 0Queijo (em mil toneladas) 15 14 12 10 7 0
Colocando as informações acima num diagrama, 
e unindo os pontos, temos:
F
M
a
n
t
e
i
g
a
 
(
m
i
l
 
t
o
n
e
l
a
d
a
s
) E
D8
10
9
Curva de Possibilidade de Produção
Queijo (mil unidades)
M
a
n
t
e
i
g
a
 
(
m
i
l
 
t
o
n
e
l
a
d
a
s
B
A
C
15120 7 1410
3
6
Capitalização
Capitalização significa o processo de formação de novos
capitais. Trata-se do investimentos em novos bens de
produção, principalmente capitais fixos, ex:
equipamentos, instalações, etc.
O investimento é a parte da produção não
consumida (poupança) e se destina à formação de novo
capital, o qual, no futuro, poderá dar oportunidade a outro
2020
capital, o qual, no futuro, poderá dar oportunidade a outro
ciclo de produção.
Quanto à origem, o investimento pode ser assim
classificado:
1) investimento interno;
2) investimento externo.
Capitalização
Os investimentos internos são aqueles gerados
no próprio país e cujo destino é a formação bruta do
capital fixo. Estes investimentos têm as seguintes fontes
de financiamento:
a) poupança de indivíduos (poupança, títulos do g
overno e outros investimentos);
b) lucro retidos das empresas e depreciação do
2121
b) lucro retidos das empresas e depreciação do
capital fixo;
c) “superavit” (poupança) do governo.
Os investimentos externos podem ser do tipo:
a) investimento de empresa estrangeira;
b) investimento de capital estrangeiro em bolsas
e/ou em aplicações financeiras
c) compra de títulos do governo federal
Conceitos de RendaConceitos de Renda
Ao produzir uma mercadoria e negociá-la, o dinheiro
arrecadado por esta verba é repartido, cabendo:
a terra ⇒ renda,
ao trabalhador ⇒ salário,
ao capital ⇒ juros,
a empresa ⇒ lucros
⇒e ao estado ⇒ os impostos.
Renda pode ser definida no sentido amplo ou restrito. No
sentido amplo todos os elementos de repartição (renda,
salário, juros, lucros e impostos) podem ser considerados
renda, daí o conceito de Renda Nacional que engloba todas
as espécies de renda. No sentido restrito renda trata-se do
pagamento ou remuneração que cabe ao proprietário de um
determinado bem, diversos economistas utilizam a palavra
aluguel em lugar de renda no que se refere ao sentido restrito.
2222
Conceitos de RendaConceitos de Renda
Para calcular o produto nacional, todos os bens e serviços devem ser
contados uma única vez. O valor do carro vendido ao consumidordeve ser
contabilizado, entretanto o aço, pneus e outros bens intermediários na
produção do veículo não deve ser contabilizados, pois o valor do carro já
inclui o valor de todos os bens intermediários necessários para sua produção.
� Valor Adicionado: é o valor do produto da empresa menos o custo dos
produtos intermediários comprados pela empresa de seus fornecedores.produtos intermediários comprados pela empresa de seus fornecedores.
� Produto Nacional: é o valor em Reais (ou qualquer outra unidade
monetária) dos bens e serviços finais produzidos durante o ano.
� Produto Nacional Nominal: é medido ao preço prevalecentes na época
de sua realização.
� Produto Nacional Real: é medido aos preços prevalecentes num ano-
base específico.
� Renda Nacional: é a soma de todas as rendas derivadas da utilização dos
fatores de produção. Ela inclui salários, aluguéis, juros e lucros.
2323
Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno
Produto Nacional = C + G + I + X - M 
(C) = Gastos pessoais em consumo
Os gastos pessoais em consumo (C) constituem o maior componente do
produto nacional:
1. Bens duráveis (automóveis, máquina de lavar, etc.);
2. Bens não duráveis (alimentação, vestuário, etc.);
3. Serviços (médicos, cabeleireiros, etc.).
(G) = Gastos do governo em bens e serviços
2424
(G) = Gastos do governo em bens e serviços
O Governo investe para a construção de estradas, ferrovias, hidrovias, gasta
com os servidores públicos, com educação e saúde para a população, em
todos os níveis (federal, estadual e municipal).
(I) = Investimento privado nacional
Os bens de capital (bens de investimentos) que auxiliarão na produção de
anos futuros também são contabilizados. O investimento privado nacional
inclui três categorias:
1-Edificações (Plantas industriais e/ou outras estruturas físicas);
2-Equipamentos (Máquinas e instrumentos em geral);
3-Variações no estoque (podem ser positivas ou negativas).
Os investimentos são considerados quando em solo nacional.
Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno
(X) = Exportações de bens e serviços
A exportação de um bem deve ser contabilizada em separada
pois não foi consumida dentro do país e assim não foi contabilizada. A
exportação de serviços ocorre quando turistas estrangeiros gastam com
transporte, hospedagem, alimentação, serviços médicos, etc.
(M) = Importações de bens e serviços
A importação de um bem deve entrar na conta do produto
nacional, no entanto, seu valor deve ser subtraído. Os gastos de
2525
nacional, no entanto, seu valor deve ser subtraído. Os gastos de
brasileiros no exterior também devem ser contabilizados como importação
de serviços, e da mesma forma subtraídos no produto nacional.
Depreciação (D): O valor do produto nacional é superestimado quando
contabilizamos o valor total das edificações e dos equipamentos durante
o ano. Isto porque as máquinas, equipamentos e edificações foram
utilizadas e se depreciaram. Desta forma deve-se fazer uma dedução no
valor destes, esta dedução é chamada de depreciação.
Produto Nacional Bruto (PNB): C + I + G + X - M
Produto Nacional Líquido (PNL): C + I + G + X - M - D
Produto Nacional x Produto InternoProduto Nacional x Produto Interno
Produto Nacional Bruto (PNB): C + I + G + X - M
Produto Nacional Líquido (PNL): C + I + G + X - M – D
Outro detalhe importante é a diferenciação entre produto interno
e produto nacional. O produto nacional bruto (PNB) difere do produto
interno bruto (PIB) pela renda líquida enviada ao exterior (Rl), que
consiste no resultado líquido das transferências de renda de estrangeiros
obtidas no Brasil e enviadas a seus países de origem, e de rendas
obtidas por brasileiros no exterior e enviadas ao Brasil. O resultado
2626
obtidas por brasileiros no exterior e enviadas ao Brasil. O resultado
líquido destas remessas pode ser positivo ou negativo.
Produto Interno Bruto (PIB): C + I + G + X - M ± Rl
Produto Interno Líquido (PIL): C + I + G + X - M – D ± Rl
Teoricamente o Produto Interno Líquido (PIL) é a medida de
produto nacional que deveria ser utilizada, pois leva em consideração a
depreciação dos maquinários durante o ano. Entretanto devido a
dificuldade de estimativa do valor real da depreciação. O PIB = PIL + D é
o mais utilizado.
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2727
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2828
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2929
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3030
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3131PIB Variação nominal - análise
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3232PIB Variação nominal - análise
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3333
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3434
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3535
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2,50E+012
3,00E+012
3,50E+012
4,00E+012
4,50E+012
4,14 x 1012
P
I
B
 
e
m
 
R
$
PIB Brasileiro a Preços Correntes - PIB Nominal (R$)
3636
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
0,00E+000
5,00E+011
1,00E+012
1,50E+012
2,00E+012
2,50E+012
P
I
B
 
e
m
 
R
$
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
3500000
4000000
4500000
4,14 Trilhões de R$
 
(
R
$
)
PIB a Preço de 2011( 106 R$)
3737
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
2000000
2500000
3000000
P
I
B
 
x
 
1
0
6
 
(
R
$
)
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2
3
4
5
6
7
8
(2011 , 2,7)
V
a
r
i
a
ç
ã
o
 
d
o
 
P
I
B
 
(
%
)
 Variação do PIB (%)
3838
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2 (2011 , 2,7)
V
a
r
i
a
ç
ã
o
 
d
o
 
P
I
B
 
(
%
)
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
180000
190000
200000 (2011 , 195 milhões)
P
o
p
u
l
a
ç
ã
o
 
B
r
a
s
i
l
e
i
r
a
 
x
 
1
0
3
População Brasileira
3939
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
150000
160000
170000
P
o
p
u
l
a
ç
ã
o
 
B
r
a
s
i
l
e
i
r
a
 
x
 
1
0
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
19000
20000
21000
22000
(2011 , 21.252)
 PIB Per Capta 2011 (R$)
4040
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
14000
15000
16000
17000
18000
R
$
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
PPC (purchasing power parity) = Paridade de Poder de Compra
4141
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
PPC (purchasing power parity) = Paridade de Poder de Compra
10000
11000
12000
(2010 , 11273)
P
I
B
 
(
u
$
)
 
-
 
P
P
C
 
-
 
p
e
r
 
c
a
p
t
a
PIB (US$) PPC per capta
4242
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
5000
6000
7000
8000
9000
P
I
B
 
(
u
$
)
 
-
 
P
P
C
 
-
 
p
e
r
 
c
a
p
t
a
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
2
4
6
V
a
r
i
a
ç
ã
o
 
(
%
)
Variação % do PIB Per Capta (R$ de 2011)
4343
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
-8
-6
-4
-2
0
V
a
r
i
a
ç
ã
o
 
(
%
)
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
10000
12000
14000
(2011 , 12.696,10)
PIB Nominal Per Capta (US$)4444
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
2000
4000
6000
8000
U
S
$
Ano
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
4545
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
4646
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
Composição Setorial do PIB Brasileiro 2011
4747
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
Composição Setorial do PIB dos BRICS - 2011
4848
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
Composição Setorial do PIB de Países Ricos e Brasil - 2011
4949
Produto Interno BrutoProduto Interno Bruto
5050
Crescimento da Economia
O crescimento da economia deve ser mensurado para que se
possa ter um valor de comparação entre o passado e o futuro de um país,
bem como, a comparação entre economias de países diferente. A
maneira mais eficaz de medir o crescimento da economia é através do
PIB, pois este representa toda a riqueza de um país. Para que haja
crescimento econômico, dois mecanismos básicos são considerados: O
primeiro é a acumulação de capitais, aumentos no estoque de capital de
uma economia relativo à sua força de trabalho, o segundo é o progresso
tecnológico, onde a economia opera de maneira mais eficiente.
5151
tecnológico, onde a economia opera de maneira mais eficiente.
O que causa o progresso tecnológico:
Pesquisa e desenvolvimento em ciência fundamental;
Inovação tecnológica - Patente;
Escala de mercado – Mercado Global;
Inovações induzidas – Redução de Custos;
Educação e conhecimentos acumulados – Know-How.
O capital humano é o principal fator a se investir para que países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento possam crescer de maneira
sistemática e sustentada.
Crescimento da Economia
Comparar PIB é difícil, pelo fato que os países têm
suas economias em diversas moedas próprias e possui
diferentes padrões de consumo. Robert Summers e Alan
Heston desenvolveram um método de mensuração de PIB
real entre países, onde eles comparam os preços dos
produtos nas diversas moedas e calculam o PIB relativo a
uma determinada moeda padrão (normalmente o dólar), ou
seja ele transforma o PIB de um país em um determinado PIB
5252
seja ele transforma o PIB de um país em um determinado PIB
em dólares que procura representar o poder de compra
comparativo de um país em dólar.
Apenas a utilização da taxa de câmbio não é
suficiente para a comparação, pois ela não representa um
real poder de compra. A taxa de câmbio representa
simplesmente a oferta e a demanda de fluxos financeiros.
SalárioSalário
Salário é toda a remuneração / pagamento que o 
trabalhador recebe como recompensa de seu trabalho, quer 
seja físico ou intelectual. O salário pode tomar os seguintes 
destinos:
a) Consumo: Compra de Bens e Serviços.
b) Poupança: Parte da renda não consumida e 
que se transforma em investimentos.
c) Entesouramento: Parte da renda que 
5353
c) Entesouramento: Parte da renda que 
permanece fora de circulação e é improdutiva.
Existem diversas outras expressões usadas em
substituição ao termo salário, como por exemplo: honorários,
ordenados, saldos, vencimentos, etc. Para as empresas, o
salário representa o custo da mão-de-obra empregada na
produção.
JurosJuros
Definição: Juro é a remuneração pelo uso de um capital
emprestado, ou ainda, remuneração paga pelas instituições
financeiras sobre o capital nelas aplicado.
Os juros representam o pagamento pelo uso de certo
capital e dependem da relação entre a oferta e a procura de dinheiro
ou crédito.
O uso do capital é, verdadeiramente, o único motivo da
cobrança de juros, embora pode-se apontar também a
compensação pelo risco que corre o capital em poder de terceiros
5454
compensação pelo risco que corre o capital em poder de terceiros
(inadimplência).
A determinação do valor do juro que é cobrado em
qualquer transação financeira é efetuada mediante a consideração
de um coeficiente denominado taxa de juro. A taxa de juro, que
sempre é referida a certo período de tempo, como mês, semestre
ano etc., nada mais é que a remuneração pela utilização da unidade
de capital durante o período a que se refere. A taxa de juros
costuma ser apresentada sob forma percentual. Exemplo: 12% ao
ano = 12% a.a. ; 2% ao mês = 2% a.m.,
Tipos de JurosTipos de Juros
Os juros são normalmente classificados em simples e
compostos, dependendo do processo de cálculo utilizado. No caso de
Juros Simples os juros de cada período são calculados sempre em
função do capital inicial empregado, enquanto que no caso de Juros
Compostos os juros de cada período são calculados sempre em
função do saldo existente no início do período correspondente.
Para se calcular os juros e demais termos financeiros,
temos quatro elementos a considerar:
> Capital - é a quantidade que se empresta (C0).
> Juros - é o rendimento do capital emprestado (J).
5555
> Juros - é o rendimento do capital emprestado (J).
> Tempo - é o prazo / período de uso do capital (n).
> Taxa - é o rendimento perante um tempo em % (i).
Sendo J os juros do capital C0, durante o tempo t e a taxa i, pode-se
escrever:
J = (C0 i n )/100
Chamando de capital inicial de C0 e capital final de Cf, por um prazo
de aplicação considerado, pode-se escrever que:
J = (C0 i)/100 ⇒ J = Cf - C0;
i = 100 (J/C0) ⇒ i = 100 [ ( Cf / C0 ) – 1 ], 
O montante ou resultado da aplicação ( soma do principal + juros ) Cn
pode ser expressa por: Cn = C0 ( 1 + i n / 100 )
Tipos de JurosTipos de Juros
Para o caso de juros compostos, os juros formados
no fim de cada período a que se refere a taxa considerada são
incorporados ao capital inicial, passando esta soma a render
juros no período seguinte. Diz-se que os juros são
capitalizados. Desta forma com uma taxa de juros invariante
com o tempo, pode-se escrever:
C = C (1 + i / 100)n ;
5656
Cn = C0 (1 + i / 100)n ;
onde Cn é o valor do capital (montante) no final de n períodos
e n a quantidade de períodos. A taxa de juros pode ser
expressa por:
i = 100 [(Cn/C0)1/n – 1].
O total de juros formados (Jn) pode ser expresso por:
Jn = C0 [ (1 + i / 100)n -1 ].
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise
de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens
de consumo. A idéia básica é simplificar a operação financeira a um
Fluxo de Caixa e empregar alguns procedimentos matemáticos.
Capital: O Capital é o valor aplicado através de alguma operação
financeira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor
Presente ou Valor Aplicado. Em língua inglesa, usa-se Present Value,
indicado nas calculadoras financeiras pela tecla PV.
5757
Juros: Juros representam a remuneração do Capital empregado em
alguma atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados
segundo os regimes: simples ou compostos, ou até mesmo, com
algumas condições mistas.
Regime Processo de funcionamento
Simples Somente o principal rende juros.
Compostos
Após cada período, os juros são 
incorporados ao Capital, proporcionando 
juros sobre juros (anatocismo).
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Notações comuns que serão utilizadas neste material
C Capital
n número de períodos
j juros simples decorridos n períodos
J juros compostos decorridos n períodos
r taxa percentual de juros
5858
r taxa percentual de juros
i taxa unitária de juros (i = r / 100)
P Principal ou valor atual
M Montante de capitalização simples
S Montante de capitalização composta
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Compatibilidade dos dados
Se a taxa de juros for mensal, trimestral ou anual, os
períodos deverão ser respectivamente, mensais, trimestrais ou
anuais, de modo que os conceitos de taxas de juros e períodos sejam
compatíveis, coerentes ou homogêneos.
Juros simples
Se n é o numero de periodos,i é a taxa unitária ao período e 
P é o valor principal, então os juros simples são calculados por:
5959
P é o valor principal, então os juros simples são calculados por:
j = P i n ou j = P r n / 100
Montante simples
Montante é a soma do Capital com os juros. O montante também é
conhecido como Valor Futuro. Em língua inglesa, usa-se Future
Value, indicado nas calculadoras financeiras pela tecla FV. O
montante é dado por uma das fórmulas:
M = P + j = P (1 + i n), 
a taxa i por: i = [(M-P) / P n],
e o período n por: n = [(M-P) / P i]
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Fluxo de Caixa
Fluxo de Caixa é um gráfico contendo informações
sobre Entradas e Saídas de capital, realizadas em
determinados períodos. O fluxo de caixa pode ser apresentado
na forma de uma linha horizontal (linha de tempo) com os
valores indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma
6060
valores indicados nos respectivos tempos ou na forma de uma
tabela com estas mesmas indicações.
A entrada de dinheiro para um caixa em um sistema bancário
poderá ser indicada por uma seta para baixo enquanto que o
indivíduo que pagou a conta deverá colocar uma seta para
cima. A inversão das setas é uma coisa comum e pode ser
realizada sem problema.
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Fluxo de Caixa (continuação)
Consideremos uma situação em que foi feito um
depósito inicial de R$5.000,00 em uma conta que rende juros
simples de 4% ao ano, compostos mensalmente e que se
continue a depositar mensalmente valores de R$1.000,00
durante os 5 meses seguintes. No 6º. mês quer-se conhecer o
Valor Futuro da reunião destes depósitos.
6161
Valor Futuro = S = 5000 (1+ (0,04/12)6) + 1000 (1+ (0,04/12)5) + 1000 
(1+ (0,04/12)4) + 1000 (1+ (0,04/12)3) + 1000 (1+ (0,04/12)2) + 1000 
(1+ (0,04/12)) = R$10.150,00
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Juros Compostos (Juros sobre juros)
S = P (1+i)n ou P = S(1+i)-n
Fator de Acumulação de Capital (Fator de P para S)
FAC(i,n) = FPS(i,n) = (1 + i)n
Pode-se então escrever: S = P FAC(i,n) = P FPS(i,n)
6262
Pode-se então escrever: S = P FAC(i,n) = P FPS(i,n)
Fator de Valor Atual ou Fator de S para P ou Fator 
de Desconto, denotado por FVA(i,n) ou FSP(i,n) é o 
inverso de FAC(i,n), ou seja:
FVA(i,n) = FSP(i,n) = (1+i)-n
P = S FVA (i,n) = P FSP(i,n)
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Juros Compostos (Juros sobre juros)
S = P (1 + i)n
P = S (1+i)-n
6363
Cálculo de juros Compostos
J = P [(1+i)n-1]
P = S (1+i)-n
Matemática Financeira Matemática Financeira -- TAXASTAXAS
Taxa é um índice numérico relativo cobrado sobre um
capital para a realização de alguma operação financeira.
No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os
técnicos e executivos, reina muita confusão quanto aos
conceitos de taxas de juros.
Não importando se a capitalização é simples ou
composta, existem três tipos principais de taxas:
A Taxa Nominal é quando o período de formação e
6464
A Taxa Nominal é quando o período de formação e
incorporação dos juros ao Capital não coincide com aquele a
que a taxa está referida.
A Taxa Efetiva é quando o período de formação e
incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele a que a
taxa está referida.
A Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária
do período da operação.
Correlação entre as TAXAS: 1+ireal = (1+iefetiva) / (1+iinflação)
Matemática Financeira Matemática Financeira -- TAXASTAXAS
Taxa equivalente: A fórmula básica que fornece
a equivalência entre duas taxas é: 1 + ia = (1+ip)Np
ia taxa anual
ip taxa ao período
Np número de vezes em 1 ano
6565
Fórmula Taxa Período Número de 
vezes
1+ia = (1+isem)2 isem semestre 2
1+ia = (1+iquad)3 iquad quadrimestre 3
1+ia = (1+itrim)4 itrim trimestre 4
1+ia = (1+imes)12 imes mês 12
1+ia = (1+iquinz)24 iquinz quinzena 24
1+ia = (1+isemana)24 isemana semana 52
1+ia = (1+idias)365 idias dia 365
Matemática Financeira Matemática Financeira –– DESC0NTODESC0NTO
Notações comuns na área de descontos:
D Desconto realizado sobre o título
A Valor Atual de um título
N Valor Nominal de um título
i Taxa de desconto
6666
Desconto é a diferença entre o Valor Nominal de um 
título (futuro) N e o Valor Atual A deste mesmo título.
D = N – A
Tipos de descontos:
Desconto Simples Comercial e Comercial Composto (por fora)
Desconto Simples Racional e Racional Composto (por dentro)
n Número de períodos para o desconto
Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Comercial
Desconto Simples Comercial (capitalização
simples) (por fora): O cálculo deste desconto é
análogo ao cálculo dos juros simples, substituindo-
se o Capital P na fórmula de juros simples pelo Valor
Nominal N do título.
Desconto Simples Comercial Juros simples
D = N i n j = P i n
6767
O valor atual no Desconto Simples Comercial, é 
calculado por:
A = N(1-in) = N (1 - i n)
D = N i n j = P i n
N = Valor Nominal P = Principal
i = taxa de desconto i = taxa de juros
n = no. de períodos n = no. de períodos
Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Comercial
EXEMPLO: Uma empresa oferece uma duplicata de
$50000,00 com vencimento para 90 dias, a um determinado
banco. Supondo que a taxa de desconto acertada seja de 4%
a.m. e que o banco, além do IOF de 1,5% a.a., cobra 2%
relativo às despesas administrativas, determine o valor líquido a
ser resgatado pela empresa e o valor da taxa efetiva da
operação.
6868
SOLUÇÃO:
Desconto comercial = Dc = 50000 . 0,04 . 3 = 6000
Despesas administrativas = Da = 0,02 . 50000 = 1000
IOF = 50000(0,015/360).90] = 187,50
Teremos então:
Valor líquido = V = 50000 - (6000 + 1000 + 187,50) = 42812,50
Taxa efetiva de juros = i = [(50000/42812,50) - 1].100 = 16,79 %
a.t. = 5,60 % a.m.
Resp: V = $42812,50 e i = 5,60 % a.m.
Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Simples Racional
Desconto Simples Racional (Juros Simples) (por
dentro): O cálculo deste desconto funciona análogo ao
cálculo dos juros simples, substituindo-se o Capital P na
fórmula de juros simples pelo Valor Atual A do título.
O cálculo do desconto racional é feito sobre o Valor Atual
do título.
Desconto Racional Simples Juros simples
6969
O valor atual, no desconto por dentro, é dado por:
A = N-D = N-A.i.n , ou seja:
A = N(1+i.n)-1
D = A i n j = P.i.n
A = Valor Atual P = Principal
i = taxa de desconto i = taxa de juros
n = no. de períodos n = no. de períodos
Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Comercial Composto
Desconto Comercial Composto (capitalização
composta) (por fora). Este tipo de desconto não é usado no
Brasil e é análogo ao cálculo dos Juros compostos, substituindo-
se o Principal P pelo Valor Nominal N do título.
Desconto Comercial Composto Juros compostos
A = N(1-i)n S = P(1+i)n
A = Valor Atual P = Principal
7070
O valor atual no desconto comercial composto, é calculado por:
A1 = N(1-i), faz-se A2 = A1(1-i) 2, até An = N(1-i)n
D = N (1-(1-i)n)
A = Valor Atual P = Principal
i = taxa de desconto negativa i = taxa de juros
n = no. de períodos n = no. de períodos
Matemática Financeira Matemática Financeira –– Desconto Racional Composto
Desconto Racional Composto (Juros Compostos) (por
dentro): Este tipo de desconto é muito utilizado no Brasil.
Desconto Racional Composto Juros compostos
A = N(1+i)-n S = P(1+i)n
A = Valor Atual, N = Valor Nominal P = Principal
7171
A = Valor Atual, N = Valor Nominal P = Principal
i = taxa de desconto negativa i = taxa de juros
n = no. de períodos n = no de períodos
D = N-N(1+i)-n = N.[1-(1+i)-n] = N.[(1+i)n-1]/(1+i)n
Matemática Financeira Matemática Financeira –– DRCDRC
Exemplo: Uso de Desconto Racional Composto
Uma empresa emprestou um valor que deverá ser pago1 ano após em um único pagamento de R$ 18.000,00 à
taxa de 4,5% ao mês. Cinco meses após ter feito o
empréstimo a empresa já tem condições de resgatar o
título. Se a empresa tiver um desconto racional
7272
título. Se a empresa tiver um desconto racional
composto calculado a uma taxa equivalente à taxa de
juros cobrada na operação do empréstimo, qual será o
valor líquido a ser pago pela empresa?
D = 18.000.[1-(1+0,045)-7] = R$ 4.773,08
D = 18.000.[(1+0,045)7-1]/(1+0,045 )7 = R$ 4.773,08
Valor a ser pago = R$ 13.226,92
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
No pagamento de dívidas, cada parcela de
pagamento pode incluir (R = J + A); J =Juros do período e
A = Amortização do principal, correspondente ao
pagamento parcial (ou integral) do principal.
Existem inúmeras possibilidades de planos de
pagamentos, pois o fluxo dos pagamentos pode ser
definido a critério de um acordo entre as partes
7373
definido a critério de um acordo entre as partes
envolvidas. No entanto no mercado, seis planos são
comumente utilizados:
1. Pagamento no Final
2. Pagamento Periódico de Juros
3. Prestações Iguais – Sistema “Price”
4. Sistema de Amortizações Constantes (SAC)
5. Sistema de Amortizações Mista (SAM)
6. Prestações Crescentes em Progressão Geométrica
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
1 - Pagamento no Final: O financiamento é pago de uma
única vez, no final do prazo acordado. O valor do
pagamento final pode ser escrito como: S = P*(1+i)^n.
2 - Pagamento Periódico de Juros: O financiamento é
pago da seguinte forma: no final de cada período, paga-
se os juros correspondentes, sendo o principal pago no
7474
prazo final conjuntamente com os juros do último
período, ou seja R = J.
3 - Prestações Iguais – Sistema “Price”: O financiamento
é pago em prestações periódicas iguais, que
correspondem ao pagamento dos juros + pagamento de
amortização. O valor das prestações é obtido através da
expressão: R = S*((i/(((1+i)^n)-1))), ou com o uso de
tabelas financeiras.
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
4 - Sistema de Amortizações Constantes (SAC): O financiamento
é pago em prestações uniformemente decrescentes, cada uma
subdividida em duas parcelas: juros do período, calculado sobre o
saldo do início do período, e amortização do principal, calculado
pela divisão do principal pelo número total de prestações
(períodos), ou seja Ry = P/n + Jy, com y variando de 1 a n.
5 - Sistema de Amortizações Mista (SAM): O financiamento é
pago através de prestações periódicas, cujo valor é a média
7575
pago através de prestações periódicas, cujo valor é a média
aritmética das respectivas prestações do sistema “Price” e do
SAC.
6 - Prestações Crescentes em Progressão Geométrica: O
financiamento será liquidado em prestações periódicas, cujos
valores são crescentes e calculados através de uma progressão
geométrica, cuja razão é 1 + taxa de juros. A Expressão pode ser
expressa por: Rp = Pp*(1+i)/((n+1)-p), com p variando de 1 a n.
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: Pagamento Final (Soma = P*(1+i)^n = R$ 31.058,48)
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo 
inicial
Juros Saldo 
parcial
Juros Amort Total Saldo final
7676
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 0,00 0,00 0,00 R$ 11.200,00
2 11200,00 1344,00 12544,00 0,00 0,00 0,00 R$ 12.544,00
3 12544,00 1505,28 14049,28 0,00 0,00 0,00 R$ 14.049,28
4 14049,28 1685,91 15735,19 0,00 0,00 0,00 R$ 15.735,19
5 15735,19 1888,22 17623,42 0,00 0,00 0,00 R$ 17.623,42
6 17623,42 2114,81 19738,23 0,00 0,00 0,00 R$ 19.738,23
7 19738,23 2368,59 22106,81 0,00 0,00 0,00 R$ 22.106,81
8 22106,81 2652,82 24759,63 0,00 0,00 0,00 R$ 24.759,63
9 24759,63 2971,16 27730,79 0,00 0,00 0,00 R$ 27.730,79
10 27730,79 3327,69 31058,48 21058,48 10000,00 31058,48 R$ 0,00
Soma R$ 21.058,48 R$ 21.058,48 R$ 10.000,00 R$ 31.058,48
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: Tabela PRICE – Sistema de Parcelas Iguais
(S = P*(1+i)^n e R = S*((i/(((1+i)^n)-1))))
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo Juros Saldo Juros Amort Total Saldo final
7777
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 569,84 1769,84 R$ 9.430,16
2 9430,16 1131,62 10561,78 1131,62 638,22 1769,84 R$ 8.791,94
3 8791,94 1055,03 9846,97 1055,03 714,81 1769,84 R$ 8.077,13
4 8077,13 969,26 9046,38 969,26 800,59 1769,84 R$ 7.276,54
5 7276,54 873,18 8149,72 873,18 896,66 1769,84 R$ 6.379,88
6 6379,88 765,59 7145,47 765,59 1004,26 1769,84 R$ 5.375,63
7 5375,63 645,08 6020,70 645,08 1124,77 1769,84 R$ 4.250,86
8 4250,86 510,10 4760,96 510,10 1259,74 1769,84 R$ 2.991,12
9 2991,12 358,93 3350,06 358,93 1410,91 1769,84 R$ 1.580,22
10 1580,22 189,63 1769,84 189,63 1580,22 1769,84 R$ 0,00
Soma R$ 7.698,42 R$ 7.698,42 R$ 10.000,00 R$ 17.698,42
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: SAC – Sistema de Amortizações Constantes
(Ap = P/n e Rp = Jp + Ap)
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo 
inicial
Juros Saldo 
parcial
Juros Amort Total Saldo final
7878
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 1000,00 2200,00 R$ 9.000,00
2 9000,00 1080,00 10080,00 1080,00 1000,00 2080,00 R$ 8.000,00
3 8000,00 960,00 8960,00 960,00 1000,00 1960,00 R$ 7.000,00
4 7000,00 840,00 7840,00 840,00 1000,00 1840,00 R$ 6.000,00
5 6000,00 720,00 6720,00 720,00 1000,00 1720,00 R$ 5.000,00
6 5000,00 600,00 5600,00 600,00 1000,00 1600,00 R$ 4.000,00
7 4000,00 480,00 4480,00 480,00 1000,00 1480,00 R$ 3.000,00
8 3000,00 360,00 3360,00 360,00 1000,00 1360,00 R$ 2.000,00
9 2000,00 240,00 2240,00 240,00 1000,00 1240,00 R$ 1.000,00
10 1000,00 120,00 1120,00 120,00 1000,00 1120,00 R$ 0,00
Soma R$ 6.600,00 R$ 6.600,00 R$ 10.000,00 R$ 16.600,00
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: SAM - Sistema Amortizações Mistas (Jp(SAM) = 
(Jp(Price)+Jp(SAC))/2, e Ap(SAM) = (Ap(Price) + Ap(SAC))/2)
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo 
inicial
Juros Saldo 
parcial
Juros Amort Total Saldo final
7979
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 784,92 1984,92 R$ 9.215,08
2 9215,08 1105,81 10320,89 1105,81 819,11 1924,92 R$ 8.395,97
3 8395,97 1007,52 9403,48 1007,52 857,40 1864,92 R$ 7.538,56
4 7538,56 904,63 8443,19 904,63 900,29 1804,92 R$ 6.638,27
5 6638,27 796,59 7434,86 796,59 948,33 1744,92 R$ 5.689,94
6 5689,94 682,79 6372,73 682,79 1002,13 1684,92 R$ 4.687,81
7 4687,81 562,54 5250,35 562,54 1062,38 1624,92 R$ 3.625,43
8 3625,43 435,05 4060,48 435,05 1129,87 1564,92 R$ 2.495,56
9 2495,56 299,47 2795,03 299,47 1205,45 1504,92 R$ 1.290,11
10 1290,11 154,81 1444,92 154,81 1290,11 1444,92 R$ 0,00
Soma R$ 7.149,21 R$ 7.149,21 R$ 10.000,00 R$ 17.149,21Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: PG - Sistema de Prestações Crescentes
(Rp= Pp*(1+i)/((n+1)-p), com p = 1 a n)
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo 
inicial
Juros Saldo 
parcial
Juros Amort Total Saldo final
8080
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 1120,00 0,00 1120,00 R$ 
10.080,00
2 10080,00 1209,60 11289,60 1209,60 44,80 1254,40 R$ 
10.035,20
3 10035,20 1204,22 11239,42 1204,22 200,70 1404,93 R$ 9.834,50
4 9834,50 1180,14 11014,64 1180,14 393,38 1573,52 R$ 9.441,12
5 9441,12 1132,93 10574,05 1132,93 629,41 1762,34 R$ 8.811,71
6 8811,71 1057,41 9869,11 1057,41 916,42 1973,82 R$ 7.895,29
7 7895,29 947,43 8842,73 947,43 1263,25 2210,68 R$ 6.632,04
8 6632,04 795,85 7427,89 795,85 1680,12 2475,96 R$ 4.951,93
9 4951,93 594,23 5546,16 594,23 2178,85 2773,08 R$ 2.773,08
10 2773,08 332,77 3105,85 332,77 2773,08 3105,85 R$ 0,00
Soma R$ 9.654,58 R$ 9.574,58 R$ 10.080,00 R$ 19.654,58
Matemática Financeira Matemática Financeira 
Planos Equivalentes de FinanciamentosPlanos Equivalentes de Financiamentos
Principal em Reais (R$) = P = R$ 10.000,00; Taxas de Juros 
ao Ano = i = 12%; Prazo (anos) = n = 10; Capitalização Anual; 
Pagamento Final = S
Plano: Pagamento Periódico de Juros (Soma = P + (i*P)*n = 
R$ 22.000,00)
n Pp J - Jp Ap Rp Saldo final
Anos Saldo 
inicial
Juros Saldo 
parcial
Juros Amort Total Saldo final
8181
inicial parcial
1 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
2 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
3 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
4 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
5 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
6 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
7 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
8 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
9 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 0,00 1200,00 R$ 10.000,00
10 10000,00 1200,00 11200,00 1200,00 10000,00 11200,00 R$ 0,00
Soma R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00 R$ 22.000,00
8282
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Ao longo do tempo, o preço das mercadorias e
ou serviços podem se alterar: alteração (+) = inflação,
alteração (-) = deflação. No entanto os termos inflação e
deflação são utilizados de maneira mais abrangente, pois
expressam o comportamento do conjunto de preços de
uma certa “cesta” de bens e/ou serviços. O
comportamento do valor desta cesta de produtos produz
8383
um parâmetro chamado índice de preços onde a
variação dos preços está relacionada com o peso (o peso
de cada bem ou serviço está relacionado a importância
relativa deste em função dos gastos familiares)
produzindo assim uma média ponderada da variação dos
preços. Esta média é definida como a inflação ou
deflação no período medido. O índice de preços é muito
utilizado quando queremos comparar preços / valores de
bens ou serviços em tempos diferentes (meses ou anos).
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Existe uma grande quantidade de índices,
que são calculados por diversas entidades, com o
intuito de melhor representar a variação de preços
de um determinado conjunto de produtos e de sua
aplicação a um determinado setor e/ou classe social
(classe de renda). Entre as principais entidades que
pesquisam preços e calculam um determinado
8484
pesquisam preços e calculam um determinado
índice, estão entre outras: IBGE, FGV, FIPE e
DIEESE, as quais produzem os principais índices
nacionais sejam eles: IBGE (IPCA e INPC), FGV
(IGP-DI, IGP-M, IPA, IPC, INCC), FIPE (IPC-FIPE-
SP) e DIEESE (ICV).
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
se constitui no principal provedor de dados e informações do
país, que atendem às necessidades dos mais diversos
segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das
esferas governamentais federal, estadual e municipal.
O SNIPC efetua a produção contínua e sistemática
de índices de preços, tendo como unidade de coleta
8585
de índices de preços, tendo como unidade de coleta
estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços,
concessionária de serviços públicos e domicílios (para
levantamento de aluguel e condomínio).
É composto pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC e pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA. Além deste, através do Sistema
Nacional de Custos e Índices da Construção Civil pode-se
acompanhar a evolução de preços, a mão-de-obra e dos
materiais empregados no setor.
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias
com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja
a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas (RJ, SP, BH, Brasília, Porto
Alegre, Salvador, Curitiba,) do país, além do município de Goiânia e de
Brasília. É o índice escolhido pelo governo (CMN) como referência para o
sistema de metas de inflação.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias
com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe
assalariado, e abrange as mesmas regiões pesquisadas para o IPCA, bem
como os mesmos grupos e sub-grupos de pesquisa.
8686
Grupos e sub-grupos que compõe o índice geral: 
1 - Alimentação e Bebidas (Alimentação fora e dentro do Domicílio)
2 - Habitação (Encargos e Manutenção, Combustíveis e Energia)
3 - Artigos de Residência (Móveis, Aparelhos, Consertos/ Manutenção)
4 - Vestuário (Roupas, Calçados, Jóias/Bijuterias, Tecidos, etc.)
5 - Transportes
6 - Saúde e Cuidados Pessoais (Produtos Farmacêuticos e Óticos,
Serviços de Saúde)
7 - Despesas Pessoais (Serviços Pessoais, Recreação, etc.)
8 - Educação
9 - Comunicação
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
ANO MÊS NÚMERO 
ÍNDICE
VARIAÇÃO
(%)
(DEZ 93 = 100) NO MÊS 3 
MESES
6 
MESES
NO ANO 12 
MESES
2002 JAN 1822,08 0,52 1,89 3,75 0,52 7,62
FEV 1828,64 0,36 1,54 3,40 0,88 7,51
MAR 1839,61 0,60 1,49 3,73 1,49 7,75
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – IPCA - SÉRIE
8787
MAR 1839,61 0,60 1,49 3,73 1,49 7,75
ABR 1854,33 0,80 1,77 3,70 2,30 7,98
MAI 1858,22 0,21 1,62 3,18 2,51 7,77
JUN 1866,02 0,42 1,44 2,94 2,94 7,66
JUL 1888,23 1,19 1,83 3,63 4,17 7,51
AGO 1900,50 0,65 2,28 3,93 4,85 7,46
SET 1914,18 0,72 2,58 4,05 5,60 7,93
OUT 1939,26 1,31 2,70 4,58 6,98 8,45
NOV 1997,83 3,02 5,12 7,51 10,22 10,93
DEZ 2039,78 2,10 6,56 9,31 12,53 12,53
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
PESOS E VARIAÇÕES MENSAIS, POR GRUPO, SUBGRUPOS E ITENS DE PRODUTOS
IPCA - NOVEMBRO DE 2004
************************************************************************************
N Í V E L * VARIAÇÃO * PESO
************************************************************************************ 
* *
Índice Geral * 0.69 * 100.0000
Alimentação e Bebidas * -0.01 * 22.7752
Alimentação no Domicílio * -0.15 * 17.7697
Cereais, Legum. e Oleaginosas * 0.50 * 1.3686
Farinhas,Féculas e Massas * -0.70 * 0.7373
Tubérculos, Raízes e Legumes * -12.43 * 0.5032
Açúcares e Derivados * -0.35 * 0.8999
8888
Açúcares e Derivados * -0.35 * 0.8999
Hortaliçase Verduras * -0.42 * 0.1493
Frutas * 0.13 * 0.5149
Carnes * 1.86 * 2.8624
Pescados * 3.47 * 0.3130
Carnes, Peixes Industrializad * 0.69 * 0.8704
Aves e Ovos * 1.32 * 1.3250
Leite e Derivados * -1.00 * 2.4927
Panificados * -0.56 * 2.2825
Óleos e Gorduras * -2.44 * 0.6301
Bebidas e Infusões * 0.13 * 1.7890
Enlatados e Conservas * 1.15 * 0.2171
Sal e Condimentos * -0.87 * 0.3990
Alimentos Prontos * 0.35 * 0.4153
Alimentação Fora do Domicílio * 0.50 * 5.0056
Alimentação Fora do Domicílio * 0.50 * 5.0056
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
PESOS E VARIAÇÕES MENSAIS, POR GRUPO, SUBGRUPOS E ITENS DE PRODUTOS
IPCA - NOVEMBRO DE 2004
***********************************************************************************
N Í V E L * VARIAÇÃO * PESO
*********************************************************************************** 
* *
Índice Geral * 0.69 * 100.0000
Habitação * 0.36 * 16.6113
Encargos e Manutenção * 0.52 * 10.1199
Aluguel e Taxas * 0.48 * 8.7119
Reparos * 1.26 * 0.5010
Artigos de Limpeza * 0.47 * 0.9069
Combustíveis e Energia * 0.11 * 6.4915
8989
Combustíveis e Energia * 0.11 * 6.4915
Combustíveis (Domésticos) * 1.38 * 1.7373
Energia Elétrica Residencial * -0.36 * 4.7542
Artigos de Residência * 0.53 * 5.5228
Móveis e Utensílios * 0.65 * 2.2809
Mobiliário * 0.61 * 1.4916
Utensílios e Enfeites * 0.89 * 0.5339
Cama, Mesa e Banho * 0.39 * 0.2555
Aparelhos Eletroeletrônicos * 0.45 * 2.8463
Eletrodomésticos e Equipament * 0.61 * 1.5506
TV, Som e Informática * 0.26 * 1.2957
Consertos e Manutenção * 0.44 * 0.3955
Consertos e Manutenção * 0.44 * 0.3955
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Índices da Fundação Getúlio Vargas
O IGP-DI/FGV foi instituído em 1944 com a finalidade de
medir o comportamento de preços em geral da economia brasileira. É
uma média aritmética, ponderada dos seguintes índices:
• IPA que é o Índice de Preços no Atacado e mede a variação de
preços no mercado atacadista. O IPA ponderada em 60% o IGP-
DI/FGV.
• IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a variação de
9090
• IPC que é o Índice de Preços ao Consumidor e mede a variação de
preços entre as famílias que percebem renda de 1 a 33 salários
mínimos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O IPC pondera
em 30% o IGP-DI/FGV.
• INCC que é o Índice Nacional da Construção Civil e mede a
variação de preços no setor da construção civil, considerando no caso
tanto materiais como também a mão de obra empregada no setor. O
INCC pondera em 10% o IGP-DI/FGV.
DI ou Disponibilidade Interna é a consideração das variações
de preços que afetam diretamente as atividades econômicas
localizadas no território brasileiro. Não se considera as variações de
preços dos produtos exportados que é considerado somente no caso
da variação no aspecto de Oferta Global.
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Índices da Fundação Getúlio Vargas
O chamado IGP-10, mede a variação entre os dias 11
de um mês ao dia 10 (inclusive) do mês subsequente. Mas
não é válido como índice mensal por englobar cálculos de
dois meses. É mais utilizado para estudos econômicos e
outras atividades correlatas.
O IGP-DI mede a variação dos preços conforme acima
descrito no período do primeiro ao último dia de cada mês
9191
descrito no período do primeiro ao último dia de cada mês
de referência. Portanto este índice mede a variação de
preços de um determinado mês. A outra versão do IGP
denominada Índice Geral de Preços - Oferta Global (IGP-
OG) origina-se de média ponderada do IPA-OG (60%), IPC
(30%) e INCC (10%). Esse indicador passou a ser calculado
em 1969 quando efetuou-se um conjunto de modificações no
IPA tanto a nível de ponderações quanto de metodologia.
Recebeu essa denominação por refletir a evolução de
preços do total de transações realizadas no País, seja de
produtos para uso interno, seja para exportação.
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Índices da Fundação Getúlio Vargas
Em decorrência das constantes mudanças
ocorridas nos indicadores da correção monetária e da
inflação oficial, um grupo de entidades de classe do setor
financeiro, liderado pela Confederação Nacional das
Instituições Financeiras celebrou contrato de prestação
de serviços com a Fundação Getulio Vargas, em maio de
9292
de serviços com a Fundação Getulio Vargas, em maio de
1989, para criação de um novo índice que fosse de
absoluta credibilidade e estivesse livre das intervenções
do governo. Dessa forma surgiu o novo Índice Geral de
Preços do Mercado (IGP-M). Esse índice origina-se de
média ponderada do IPA-M (60%), do IPC-M (30%) e do
INCC-M (10%). A coleta de preços é feita entre o dia 21
do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de
referência.
INFLAÇÃO INFLAÇÃO -- Índices de PreçosÍndices de Preços
Tabela ?? - Índice Geral de Preços IGP-DI ao longo dos anos
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ACUMU
LADO
1980 6,25 4,20 6,57 5,70 6,40 5,87 8,44 6,93 5,27 7,65 7,56 5,89 110,3%
1981 6,56 8,49 7,35 5,48 6,19 4,46 5,08 6,73 5,08 4,35 5,31 3,80 95,20%
1982 6,29 6,85 7,23 5,35 6,12 7,99 6,06 5,80 3,66 4,78 5,00 6,14 99,71%
1983 9,05 6,52 10,09 9,20 6,70 12,28 13,31 10,11 12,79 13,26 8,43 7,56 211,0%
1984 9,81 12,26 9,95 8,94 8,86 9,25 10,32 10,62 10,51 12,58 9,88 10,53 223,8%
1985 12,64 10,16 12,71 7,22 7,78 7,84 8,92 14,00 9,13 9,05 14,95 13,20 235,1%
1986 17,79 14,98 5,52 -0,58 0,32 0,53 0,63 1,33 1,09 1,39 2,46 7,56 65,04%
1987 12,04 14,11 15,00 20,08 27,58 25,87 9,33 4,50 8,02 11,15 14,46 15,89 415,9%
1988 19,14 17,65 18,16 20,33 19,51 20,83 21,54 22,89 25,76 27,58 27,97 28,89 1038%
1989 36,56 11,80 4,23 5,17 12,76 26,76 37,88 36,48 38,92 39,70 44,27 49,39 1783%
9393
1989 36,56 11,80 4,23 5,17 12,76 26,76 37,88 36,48 38,92 39,70 44,27 49,39 1783%
1990 71,90 71,68 81,32 11,33 9,07 9,02 12,98 12,93 11,72 14,16 17,45 16,46 1477%
1991 19,93 21,11 7,25 8,74 6,52 9,86 12,83 15,49 16,19 25,85 25,76 22,14 480%
1992 26,84 24,79 20,70 18,54 22,45 21,42 21,69 25,54 27,37 24,94 24,22 23,70 1158%
1993 28,73 26,51 27,81 28,22 32,27 30,72 31,96 33,53 36,99 35,14 36,96 36,22 2708%
1994 42,19 42,41 44,83 42,46 40,95 46,58 5,47 3,34 1,55 2,55 2,47 0,57 909,7%
1995 1,36 1,15 1,81 2,30 0,40 2,62 2,24 1,29 -1,08 0,23 1,33 0,27 14,77%
1996 1,79 0,76 0,22 0,70 1,68 1,22 1,09 0,00 0,13 0,22 0,28 0,88 9,33%
1997 1,58 0,42 1,16 0,59 0,30 0,70 0,09 -0,04 0,59 0,34 0,83 0,69 7,48%
1998 0,88 0,02 0,23 -0,13 0,23 0,28 -0,38 -0,17 -0,02 -0,03 -0,18 0,98 1,71%
1999 1,15 4,44 1,98 0,03 -0,34 1,02 1,59 1,45 1,47 1,89 2,53 1,23 19,99%
2000 1,02 0,19 0,18 0,13 0,67 0,93 2,26 1,82 0,69 0,37 0,39 0,76 9,80%
2001 0,49 0,34 0,80 1,13 0,44 1,46 1,62 0,90 0,38 1,45 0,76 0,18 10,40%
2002 0,19 0,18 0,11 0,70 1,11 1,74 2,05 2,36 2,64 4,21 5,84 2,70 26,41%
2003 2,17 1,59 1,66 0,41 -0,67 -0,70 -0,200,62 1,05 0,44 0,48 0,60 7,67%
2004 0,80 1,08 0,93 1,15 1,46 1,29 1,14 1,31 0,48 0,53 0,82 0,52 11,51%
9494
O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado 
Em um mercado, um artigo é comprado e
vendido. Na maioria dos mercados, o comprador e o
vendedor têm um encontro cara a cara. No entanto a
atividade mais simples do dia a dia pode ser o resultado
de uma complicada série de transações de mercado. Ao
tomar um simples café, utilizou alguns produtos
advindos de diferentes pontos do globo. O café em si
9595
advindos de diferentes pontos do globo. O café em si
veio dos cafezais de SP. Você aqueceu o café com gás
feito de petróleo importado do Oriente Médio. O palito de
fósforo que utilizou para acender o fogão foi feito com
fósforo importado dos Estados Unidos. O açucar veio de
PE. A colher que mexeu o café foi feita de aço fabricada
no RJ, com minério de ferro vindo de MG. A fábrica que
produziu a colher em si fica no RGS.
O Mecanismo do Mercado -- Concorrência Perfeita e Imperfeita
A concorrência perfeita existe quando há muitos
compradores e vendedores, e nenhum vendedor ou
comprador, por si só, tem controle sobre o preço. (Algumas
vezes, este tipo de mercado é chamado de “competitivo”.)
Concorrência imperfeita existe se um comprador ou um
vendedor pode influenciar no preço. Dizemos que este
comprador ou vendedor detém poder de mercado.
9696
comprador ou vendedor detém poder de mercado.
Um monopólio existe quando há apenas um vendedor. Um
oligopólio existe quando alguns vendedores dominam o
mercado.
Para existir concorrência pura entre produtores se impõem
três requisitos fundamentais, a saber: Grande número de
firmas, Produtos homogêneos e Livre ingresso.
O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- Monopólio
Um mercado onde existe apenas um comprador ou um
vendedor é chamado de Monopólio. (A palavra grega mono
significa “único”, e a palavra pólio significa “vender”). O monopólio
surge de três razões importantes pelas quais pode haver uma
única empresa vendendo um bem:
1. Controle de um insumo ou de uma técnica. Uma
empresa pode controlar algo essencial que nenhuma outra pode
adquirir. Um exemplo é o caso da propriedade sobre um recurso
natural, outro caso é o da propriedade de uma patente (produção
9797
natural, outro caso é o da propriedade de uma patente (produção
de um bem ou processo por um período legalmente estabelecido.
2. Monopólio legal. Em vários casos é ilegal que mais do
que uma empresa venda, fabrique ou explore um produto. Alguns
exemplos são: direitos exclusivos de exploração de uma linha
interurbana de ônibus; monopólio estatal de exploração de
recursos minerais estratégicos, etc.
3. Monopólio natural. Um monopólio natural se
desenvolve não porque seja garantido por lei, mas, em lugar disto,
porque é o resultado natural de condições especiais de custo. Um
exemplo é o das companhias fornecedoras de energia elétrica.
O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- Monopólio
Políticas Governamentais Anti-monopólio
Objetivando proteger os consumidores, o governo tenta
instituir políticas para lidar com o monopólio. Geralmente essas
políticas são dos seguintes tipos:
1. Estabelecimento de uma agência para controlar o
preço que o monopolista estabelece;
9898
preço que o monopolista estabelece;
2. Operação de um monopólio sob a propriedade
governamental;
3. Cumprimento de leis antitruste para repartir um
monopólio em duas ou mais empresas menores ou para
prevenir que diversas empresas realizem uma fusão para
formar um monopólio. (O objetivo, neste caso, é o de
proteger não apenas os consumidores mas também
as empresas competidores.)
O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- OligOligopólio
Oligopólio
O grau em que uma indústria está dominada por alguns
poucos vendedores pode ser medido pela razão (ou coeficiente)
de concentração, que é a proporção das vendas da indústrias
realizada pelas quatro maiores empresas dessa indústria. A
Tabela abaixo mostra as quatro maiores empresas de diversos
tipos de industrias, alguns tipos de mercado são “controlados”
por estas industrias que dominam amplamente seus mercados.)
9999
Minerais não-metálicos 47,3 Material Elétrico/Comunicação 39,8
Cal e Cimento 35,7 Mecânica 36,5
Artefatos de Vidro e Cristal 71,8 Máquinas, Motores e Equip. 29,0
Metalurgia 54,7 Têxtil 14,6
Siderurgia 92,1 Alimentos 46,0
Produtos Metálicos Diversos 14,9 Laticínios 59,8
Material de Transporte 71,9 Café Solúvel 73,0
Construção Naval 83,5 Fumo 98,9
Veículos automotores 84,7
O Mecanismo do Mercado O Mecanismo do Mercado -- OligOligopólio
O Oligopólio natural ocorre quando os custos médios de firmas individuais
caem por um intervalo grande o suficiente para que poucas firmas possuem
produzir a quantidade total vendida ao menor custo médio.
Na concorrência perfeita, as firmas seguem o preço. A firma
individual não tem influência sobre o preço, o qual é determinado pelas
forças impessoais da demanda e da oferta. No monopólio, a firma
estabelece o preço. No oligopólio, a firma pesquisa o preço. Embora tenha
alguma influência sobre o preço, sua influência está limitada pelas possíveis
reações de seus concorrentes.
100100
reações de seus concorrentes.
O oligopólio precisa desenvolver uma estratégia de mercado, pois
está em concorrência com algumas poucas firmas grandes, capazes de
responder vigorosamente à sua ação. O mundo do oligopólio se parece com
uma partida de xadrez, não havendo situações simples.
No oligopólio pode ocorrer a formação de um Conluio (Coalização),
que não é permitida por lei. A razão da existência dessas leis é a prevenção
dos efeitos econômicos de um Cartel, o tipo mais formal de coalização,
através do qual as firmas se unem para obter as vantagens do monopólio.
Um Cartel é um acordo formal entre firmas a respeito do estabelecimento do
preço e/ou da divisão do mercado.
Fundamentos de Fundamentos de 
Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda
11
Prof. Cláudio Rocha LopesProf. Cláudio Rocha Lopes
Fundamentos de Fundamentos de 
EconomiaEconomia
Moeda, Sistema Bancário e o Banco Central
Definição de moeda: Qualquer bem usado
regularmente nas transações ou trocas econômicas.
A moeda possui três propriedades distintas e
importantes:
22
importantes:
1.Moeda serve como meio de troca
2.Moeda serve como unidade de conta
3.Moeda serve como reserva de valor
Bancos como Intermediários Financeiros
Banco Central do Brasil - Bacen
Conselho Monetário Nacional - CMN
Sistema Financeiro Nacional – SFN
Banco Central
� O Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do
Sistema Financeiro Nacional, foi criado em 31.12.64, com a
promulgação da Lei nº 4.595.
� A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos
importantes para a atuação do Banco Central, dentre os
quais destacam-se o exercício exclusivo da competência da
União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia
pelo Senado Federal, em votação secreta, após argüição
33
pelo Senado Federal, em votação secreta, após argüição
pública, dos nomes indicados pelo Presidente da República
para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além
disso, vedou ao Banco Central a concessão direta ou
indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional.
� A Constituição de 1988 previu em seu artigo 192, a
elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro
Nacional (no 87, de 13 de setembro de 1996) que
redefiniu as atribuições e estrutura do Banco Central do
Brasil.
Organograma do Banco Central do Brasil
44
Organograma do Banco Central do Brasil
Diretorias:
Diretoria de Administração;
Diretoria de Liquidações e Desestatização;
Diretoria de Assuntos Internacionais;
55
Diretoria de Fiscalização;
Diretoriade Normas e Fiscalização do Sistema Financeiro;
Diretoria de Política Econômica;
Diretoria de Estudos Especiais.
66
Conselho Monetário Nacional (CMN)
O Conselho Monetário Nacional é o órgão
deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional.
criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o
órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o
bom funcionamento do SFN. Dentre suas funções
estão: adaptar o volume dos meios de pagamento àsestão: adaptar o volume dos meios de pagamento às
reais necessidades da economia; regular o valor
interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço
de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das
instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento
das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar
pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
coordenar as políticas monetária, creditícia,
orçamentária e da dívida pública interna e externa.
77
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Ao CMN compete: estabelecer as diretrizes gerais
das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as
condições de constituição, funcionamento e fiscalização
das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos
de política monetária e cambial.
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado daO CMN é constituído pelo Ministro de Estado da
Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco
Central do Brasil (Bacen). Os serviços de secretaria do
CMN são exercidos pelo Bacen.
88
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e
do Crédito (Comoc), composta pelo Presidente do Bacen, na
qualidade de Coordenador, pelo Presidente da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do
Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo Secretário
Executivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo SecretárioPolítica Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário
do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro
diretores do Bacen, indicados por seu Presidente.
Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de
comissões consultivas de Normas e Organização do Sistema
Financeiro,de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros,
de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional
e para Saneamento e Infra-Estrutura Urbana, de
Endividamento Público e de Política Monetária e Cambial.
99
 
Conse lho Mone tár io Naciona l - CM N Consel ho Nacional de S eguros Privados - CN SP 
Conse lho de 
G estão da 
P revi dênc ia 
Com plem enta r 
- CGPC 
 
 
Banco Cent ral d o 
B ra si l - B acen 
Com issão de 
V al ore s 
M obiliá r io s - 
CVM 
Superin tendência 
de S egu ros 
P r ivados - Susep 
IRB-B ras il 
R esseguros 
Secre ta r ia de 
P revi dênc ia 
Com plem enta r 
- S PC 
 
Sistema Financeiro Nacional – Composição:
1010
 
 
 
Insti tu ições 
finance ira s 
captadoras de 
depósi to s à vis ta 
Bol sa s de 
M e rcador ia s e 
F uturos-BMF 
Soci edades Seguradoras 
Ent idades 
fechadas de 
previ dênc ia 
com plem enta r 
( fundos de 
pensão) 
Dem a is inst itu i ções 
finance ira s 
Bol sa s de 
Va lo re s- BV Sociedades de Capita liza ção 
Outros 
interm ediá r ios 
finance iros e 
adm ini st radore s de 
recursos de 
terce iros 
 
En tidades abe rta s de prev idênc ia 
com plem entar 
 
 
DECRETO No 3.088, DE 21 DE JUNHO DE 1999.
Estabelece a sistemática de "metas para a inflação"
como diretriz para fixação do regime de política monetária e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPUBLICA, DECRETA :
Art. 1o Fica estabelecida, como diretriz para fixação do
regime de política monetária, a sistemática de "metas para a
Sistema de Metas para a Inflação
1111
regime de política monetária, a sistemática de "metas para a
inflação".
§ 1o As metas são representadas por variações anuais de
índice de preços de ampla divulgação.
§ 2o As metas e os respectivos intervalos de tolerância
serão fixados pelo Conselho Monetário Nacional,
mediante proposta do Ministro de Estado da Fazenda ...
Art. 2o Ao Banco Central do Brasil compete executar as
políticas necessárias para cumprimento das metas
fixadas.
DECRETO No 3.088, DE 21 DE JUNHO DE 1999.
Art. 3o O índice de preços a ser adotado para os fins previstos
neste Decreto será escolhido pelo CMN, mediante proposta do Ministro
de Estado da Fazenda.
Art. 4o Considera-se que a meta foi cumprida quando a
variação acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido
no artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada
Sistema de Metas para a Inflação
1212
no artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada
ano calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de
tolerância.
Parágrafo único. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do
Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do
descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da
Fazenda, que deverá conter:
I - descrição detalhada das causas do descumprimento;
II - providências para assegurar o retorno da inflação aos limites
estabelecidos; e
III - o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
DECRETO No 3.088, DE 21 DE JUNHO DE 1999. 
Art. 5o O Banco Central do Brasil divulgará, até o último
dia de cada trimestre civil, Relatório de Inflação abordando o
desempenho do regime de "metas para a inflação", os
resultados das decisões passadas de política monetária e a
avaliação prospectiva da inflação.
Sistema de Metas para a Inflação
1313
avaliação prospectiva da inflação.
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Brasília, 21 de junho de 1999; 
178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO / PEDRO MALAN
Presidente da República / Ministro da Fazenda
O Comitê de Política Monetária, ou Copom, é o órgão
decisório da política monetária do Banco Central do Brasil,
responsável por estabelecer a meta para a taxa Selic. O
Comitê foi criado em junho de 1996 com o objetivo de
estabelecer um ritual adequado ao processo decisório de
política monetária e aprimorar sua transparência.
No atual regime de metas para a inflação, o principal
objetivo da política monetária implementada pelo Copom é o
COPOM
1414
objetivo da política monetária implementada pelo Copom é o
alcance das metas de inflação estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN). Se, em um determinado ano, a
inflação ultrapassar a meta estabelecida pelo CMN, o
presidente do Banco Central deverá encaminhar uma Carta
Aberta ao ministro da Fazenda, explicando as razões do não
cumprimento da meta, bem como as medidas necessárias
para trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o
tempo esperado para que essas medidas surtam efeito.
O Copom é composto pelos membros da
Diretoria Colegiada do Banco Central: o presidente
e os diretores de Política Monetária, de Política
Econômica, de Estudos Especiais, de Assuntos
Internacionais, de Normas e Organização do
Sistema Financeiro, Administração, Fiscalização e
COPOM
1515
Sistema Financeiro, Administração, Fiscalização e
Liquidações e Desestatização. O presidente tem
direito ao voto decisório em caso de empate na
decisão da política monetária.
A taxa SELIC é o instrumento primário de
política monetária do Copom, é a taxa de juros
média que incide sobre os financiamentos diários
com prazo de um dia útil (overnight) lastreados por
títulos públicos registrados no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (SELIC). O Copom
TAXA SELIC
1616
Liquidação e de Custódia (SELIC). O Copom
estabelece a meta para a taxa SELIC,

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