
Mircea Eliade-Osagradoeoprofano-resumo-prova
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dos gestos divinos as festas religiosas que voltam a ensinar aos homens a sacralidade dos modelos. O homem religioso sente a necessidade de mergulhar por vezes no tempo sagrado, pois na festa ele reencontra a dimensão sagrada da vida e a santidade da existência humana como criação divina. No simbolismo do centro o homem busca viver o mais próximo possível dos Deuses. Estabelecer o tempo de origem o que se revive nas festas religiosas significa então tornar-se contemporâneo dos Deuses – viver na presença deles – embora esta seja misteriosa e invisível. A aproximação do mito com o sagrado se sucede pela fato de que o mito conta uma história sagrada, um acontecimento primordial e essa história sagrada equivale a revelar um mistério, pois as personagens do mito não são humanas: são deuses ou heróis civilizados. O mito é pois uma história que passou e descreve inúmeras vezes as irrupções do sagrado no mundo. O homem religioso assume na humanidade um modelo trans humano, transcendente, ou seja, só se reconhece verdadeiramente homem quando imita os Deuses, heróis, antepassados míticos. O homem religioso faz a si próprio ao aproximar-se dos modelos divinos. Em síntese Eliade apresenta-nos uma serie de ferramentas para analisar a oposição entre sagrado e profano e entender como o sagrado se forma e se perpetua no mundo, desde as hierofanias até o tempo sagrado em sua suma diversificada, e suas várias formas de ser apresentado.
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