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ATIVIDADE ESTRUTURADA INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL

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INTRODUÇÃO À QUESTÃO SOCIAL
ALUNA: RAIMUNDA RODRIGUES DE SOUZA
SERVIÇO SOCIAL – EAD – POLO DE JUAZEIRO DO NORTE-CE
RELATÓRIO DE ATIVIDADE ESTRUTURADA
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL: Origens, determinantes e propostas alternativas.
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
A violência revela-se, atualmente, como um fenômeno que se dissemina no meio social, em suas variadas formas, atingindo um número expressivo de pessoas, sem distinção de sexo, raça/etnia, condição socioeconômica, religião ou idade. 
Contudo, são as crianças e os adolescentes as vítimas mais frequentes das expressões da violência, isso justificado, entre outros aspectos, pela fragilidade desses sujeitos. Muitos são os relatos de meninos e meninas que são, cotidianamente, submetidos às mais diversas e dolorosas manifestações de violência – física, psíquica e emocional – em todo o cenário do mundo. 
É importante que nos perguntemos: Quais as causas da violência praticada contra crianças e adolescentes atualmente e qual a atuação da família e da sociedade no sentido de coibir tal prática?
No Brasil, ainda que amparados por um Estatuto próprio, afirmando em seu artigo 5º que: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais” (ECA), e, dessa forma, caracterizando como sujeitos de direitos, cidadãos, pessoas em desenvolvimento e por isso prioridade absoluta, fato constatado é que estes sujeitos são cotidianamente submetidos às mais variadas expressões da violência, refletindo aspectos históricos, culturais, estruturais e conjunturais. 
Diante dessa realidade, as crianças e os adolescentes podem ser vitimados pelas condições socioeconômicas apresentadas em nossa conjuntura atual, ou, ainda, vitimizados nas relações interpessoais – onde prevalece o abuso de poder do adulto sobre estes sujeitos, podendo ocorrer independentemente da situação socioeconômica vivida. 
Sabemos que, a violência, independentemente do âmbito onde ocorra, traz graves danos à vida de quem a sofre, refletindo nas relações sociais cotidianas e, principalmente, no aspecto subjetivo dos indivíduos, possibilitando, muitas vezes, a perpetuação dos atos violentos. 
Enquanto expressão da questão social, as diversas manifestações da violência têm exigido ações que vislumbrem não apenas a intervenção nos casos denunciados, mas, principalmente, ações que afirmem a prevenção da problemática – em suas dimensões primária, secundária e terciária. 
Para tanto, e dentro da nova proposta de atenção a crianças e adolescentes, afirma-se a necessidade de criar estratégias de enfrentamento do fenômeno a partir da consideração de suas particularidades na realidade local. Isso se torna possível através da formação de REDES SOCIAIS – saúde, educação e assistência social. A construção de rede de atendimento mostra-se como alternativa necessária de enfrentamento das manifestações da exclusão social. 
A rede sugere a ideia de articulação, conexão, vínculo, ações complementares, relações horizontais entre os parceiros, interdependência de serviços para garantir a integralidade da atenção aos segmentos sociais vulneráveis ou em situação de risco social ou pessoal. 
Na área da infância e da adolescência, a rede representa “o conjunto integrado de instituições governamentais, não governamentais e informais, ações, informações, profissionais, serviços e programas que priorizem o atendimento integral à criança e adolescente na realidade local de forma descentralizada e participativa”. 
A intervenção integrada entre os profissionais inseridos nessa proposta se torna fundamental, além disso, consideramos importante que as ações desenvolvidas sigam uma perspectiva multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial, criando, de fato, uma rede de proteção às vítimas da violência.
Sendo assim, necessário se faz a prevenção da violência contra crianças e adolescentes, a ser abordado através de diferentes ações junto aos profissionais que compõem a rede de atenção, junto aos pais/responsáveis e às próprias crianças e adolescentes.
A temática da infância e juventude deve ser compreendida como um fenômeno social e, portanto constitui-se a muito tempo em um campo de atuação para o assistente social.
O futuro profissional de serviço social, ao ser formado pelos valores e princípios presentes em nossa sociedade deve estar imbuído do sentido do necessário cuidado com as crianças e adolescentes, daí a importância da capacitação profissional como condição para melhoria do trabalho e consequentemente melhor atendimento. Ao concordarmos com esta perspectiva, cabe indagar: Quando se estruturam propostas de capacitação profissional, de que capacitação falamos? 
Entende-se que falar em capacitação implica a revisão, permanente, de conceitos e valores, no sentido de, por um lado, erradicar os preceitos, normas e valores pautados na situação irregular e, por outro, garantir a consolidação da perspectiva da proteção integral.
De forma geral, as ações desenvolvidas devem reafirmar a necessária intervenção e, consequentemente, a construção de saberes sobre o assunto. Ao formar espaços de repasse de informações e de discussão, buscando levar os sujeitos a refletirem sobre seus papeis na luta contra a problemática - VIOLÊNCIA, sobre as possíveis formas de ação e as bases de apoio, bem como buscando dar voz aos sujeitos, principalmente às crianças e os adolescentes, fortalecendo-os enquanto sujeitos de direitos, protagonistas sociais, enquanto cidadãos capazes de pensar e recriar a realidade. 
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Brasília. D. F., Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselho Nacional de Assistência Social, 2002.
______. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Estabelece sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
REZENDE, Ilma; CAVALCANTI, Ludmila Fontenele. Serviço Social e Políticas Sociais. 3.ª edição. Rio de Janeiro. Editora UFRJ. 2009.

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