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Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó Curso: Letras Português e Espanhol Disciplina: Linguística Aplicada em Língua Portuguesa Professora: Angela Derlise Stübe Aquisição de linguagem e ensino de língua materna: um lugar para a subjetividade Pascoalina Bailon de Oliveira Saleh Alunos: Jonathan Romario Roman Marina Mueller Vanessa Isabel Riffel Aquisição de linguagem Interação focada entre criança e adulto. O adulto, através da fala e da escrita, auxilia a criança na aquisição da linguagem. Não existem certezas quando o tema é linguagem. Algumas crenças existentes entre os professores: -A escrita é a representação da fala; -Existe uma ordem natural para a aprendizagem de uma língua (aprende-se o mais fácil primeiro, subindo gradativamente o nível de dificuldade); Uma criança já é falante de uma língua antes de começar o estudo regular. - Uma mãe com seu bebê já atribui significado à linguagem que ele expressa, o que revela que a interação é fator primordial na aquisição da linguagem. Interacionismo: Interação entre a criança, o outro e a linguagem. - O outro é aquele que interpreta a criança. - A língua é o que permite essa interpretação. São os efeitos da fala do adulto sobre a fala da criança que permitem que esta progrida na linguagem e tornam sua experiência única. A criança sempre estará em contato com o outro e com a linguagem, e essa interação sempre promoverá mudanças progressivas em sua aprendizagem (mesmo quando a criança já parecer dominar a língua). Quanto à hierarquização de dificuldades (ordem natural), a autora critica o método usado nas escolas, onde são apresentados textos que promovem a leitura tendo em vista sempre o estudo da gramática. Assim, a leitura é relegada a segundo plano, mesmo sabendo-se de sua importância. Conforme Saleh: Quando, porém, a questão é iniciar as crianças no mundo das letras, é difícil para muitos profissionais pensarem que a criança pode chegar ao funcionamento da escrita por meio de “verdadeiros” textos, ou seja, de textos que não foram forjados para alfabetizar. (pg. 161) Esse comentário, feito por uma aluna de licenciatura, resume o que é praticado nas escolas: Precisamos começar de alguma coisa, então começamos do que é mais fácil para a criança, que é a letra, a relação entre letras e som, etc. (pg.161) Esse é o método sintético, que ensina a ler e escrever partindo das unidades menores até chegar às palavras. Já a abordagem analítica faz o percurso inverso: parte da palavra até chegar às letras. Mota (1995) faz um estudo com crianças não alfabetizadas utilizando a abordagem analítica, provando que é possível a inserção das crianças no mundo da escrita, mesmo sem terem passado ainda pelo processo de alfabetização. Nesses textos é possível notar que as crianças são capazes de ler, mas de um modo diferente. O texto escrito do adulto funciona como o outro da criança no processo de aquisição, pois auxilia o avanço na relação dela com a linguagem, tanto na escrita quanto na oralidade. Transmissão vs. Mediação: uma questão de ensino-aprendizagem? Aquisição: processo natural e espontâneo Aprendizagem: depende de uma intervenção planejada, com base em métodos específicos. Surge a questão de qual seria o papel do professor no processo de aquisição, visto que a aquisição, conforme antes mencionado, dá-se na interação entre a criança e o adulto e/ou o texto. O trabalho do professor é o de interpretar a escrita infantil. Ele lê para a criança, a interroga sobre o sentido do que leu, escreve para ela ler, atribui sentido ao “lido” e ao “escrito” pela criança. Quando a criança “recompõe” os traçados das letras ou mesmo de uma única letra do seu nome, baseando-se na escrita do adulto, não é simplesmente a semelhança do traçado que está posto em jogo ali. Junto dele, ou melhor, nele, está inscrita toda a história dos textos em que o adulto o significou para a criança, o que permite que ele funcione como texto não só para a criança como também para o adulto, embora o seu estatuto não seja o mesmo para os dois. (pg.168-169) Referências: SALEH, Pascoalina Bailon de Oliveira. Aquisição da linguagem e ensino da língua materna: um lugar para a subjetividade. Uniletras, Ponta Grossa, v. 30, n. 1, p. 157-172, jan./jun. 2008 Disponível em: http://www.uepg.br/uniletras. Acesso em 15/04/2016. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15
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